Edson Jr escreveu:Samael escreveu:Para Freud, a História da humanidade é a História da repressão dos instintos libidinosos. É a teoria da repressão. E o trabalho, enquanto ente gerador do progresso, é uma ferramente unicamente racional que afasta o homem de seu verdadeiro instinto animalesco.
Olá Samael!
Não leia o que Marcuse diz de Freud. Leia o que o próprio Freud escreveu. Isso evitará distorções graves.
Diga-me qual seria o erro da Teoria da Repressão de Freud. Não digo um errinho qualquer. Digo um erro significativo que abale a espinha dorsal da Teoria da Repressão.Samael escreveu:E, para Freud, "felicidade não é cultural", ou seja, a felicidade é um padrão alcançável apenas para seres não culturalmente reprimidos.
Freud apenas nos diz que a civilização nos impõe determinadas regras e normas que reduzem nossa capacidade de alcançarmos felicidade. Se as exigências de uma civilização forem tão intensas, ao ponto de não permitirem vazão aos nossos instintos e impulsos, obviamente não será possível alcançar felicidade e satisfação.
A felicidade é, segundo Freud, um estado decorrente da satisfação de nossos impulsos instintivos, quer seja através do sexo ou de qualquer outra expressão da sexualidade, como a música e a arte.Samael escreveu:Leia "A Civilização e seus Descontentes" de Freud e "Eros e a Civilização" de Marcuse.
Samael, "A Civilização e seus Descontentes", mais conhecido pelo nome "O Mal-Estar na Civilização", já li e reli várias vezes. Está, inclusive, na cabeçeira de minha cama.
É muita ingenuidade sua supor que conheço tão pouco sobre os trabalhos e obras de Freud.Samael escreveu:Marx não ignora a essência humana, ele REFUTA a idéia de haver uma essência humana. Para Marx, o homem se constrói em poiésis e é totalmente despropositado colocar o homem enquanto um animal comum.
1)É exatamente aí que reside a ilusão e construção delirante de Marx, Samael. Justamente a partir do momento que ele ignora a idéia do ser humano possuir uma essência.
E qual seria a razão de ser despropositado colocar o ser humano na categoria dos animais? Ao meu ver, o despropositado seria não colocar!
Sugiro que faça um teste: Pense em alguma coisa que você fez ou deseja fazer na vida! Tente dissociar seus desejos do seu ego, do seu egoísmo.
Você verá que tal tarefa é absolutamente inviável, pois nenhuma de suas ações ou atitudes podem ser separadas de sua essência.
O homem é um animal, mas não apenas natural, ele é social, cultural e político, não sujeito a determinismos naturais universalizastes.
Teorias essas que tratam de uma suposta essência comum natural para mim não reconhecem o elemento histórico do homem e seu desenvolvimento político. Essas são teorias deterministas, para as quais, os resultados estariam sujeitos a apenas essas essência que explica tudo mais.
Se existe essência comum ela se encontra na humanidade, em toda sua complexidade, inclusive cultural.
O homem é um animal, mas não como os outros, e o que ele se diferencia é justamente na complexidade de suas construções políticas e sociais. Na complexidade de sentidos, e raciocínio que o leva não somente a construções físicas singulares, como construções mentais.