O feito é do mesmo grupo de cientistas que já havia mostrado que a ausência de uma proteína, chamada miostatina, leva ao crescimento acima do normal de músculos tanto em camundongos quanto em seres humanos. Agora, os mesmos pesquisadores, do Instituto Johns Hopkins, nos Estados Unidos, encontraram outra proteína, a folistatina, que, quando produzida demais, faz os músculos cresceram ainda mais.
Na verdade, a segunda proteína impede o funcionamento da primeira. Ou seja, ela instiga o desenvolvimento muscular impedindo a miostatina de agir. Sem a miostatina ativa, ou com a folistatina ativa, o desenvolvimento muscular dos camundongos é duas vezes maior que o normal. Mas o pesquisador foi surpreendido pelo fato de que essa não é a única maneira que a segunda proteína instiga o desenvolvimento muscular.
Se fosse assim, não haveria mudança quando as duas condições ocorressem em conjunto, ou seja, quando um roedor não tivesse a primeira proteína ao mesmo tempo em que tivesse a segunda em excesso. Mas não foi isso que aconteceu. Quando as duas coisas ocorreriam ao mesmo tempo, o efeito duplicava e o desenvolvimento muscular chegava ser duas vezes maior.
De acordo com Lee, o tamanho das fibras musculares nesses casos chegou a ser 117% maior do que o de camundongos normais. A quantidade das fibras, no total, subiu 73%.
A técnica pode se provar útil para engordar o gado em fazendas e também para ajudar pessoas com doenças que degeneram os músculos.
