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ENTREVISTA-
"Tropa de Elite" não é elogio à brutalidade--diretor
Qua, 19 Set, 07h03
Por Andrei Khalip
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O cineasta José Padilha fica incomodado quando as pessoas encaram seu novo filme, "Tropa de Elite", como uma defesa às forças especiais do Rio de Janeiro no combate contra os criminosos.
A tortura e a execução sumária, para ele, obviamente não devem ser as práticas dos mantenedores da lei e da ordem, nem dos mocinhos do filme.
Ele diz que é perturbador, mas compreensível que muita gente, cansada da criminalidade e da inércia do governo, considere heróis os policiais que matam dezenas de traficantes nos tiroteios das favelas.
Mas Padilha quer é que as pessoas enxerguem que há alguma coisa errada no sistema, em que oficiais malpagos "têm de escolher entre se tornar corruptos, negligentes, ou ir à guerra", como diz o filme.
"Minha esperança é que as pessoas assistam como se fosse no espelho e digam: 'Pô, temos de mudar essas regras'. Queremos criar um debate", disse Padilha à Reuters antes do lançamento do filme na quinta-feira, no Festival de Cinema do Rio. Os ingressos para a sessão aberta ao público se esgotaram uma hora depois do início da venda.
"Tropa de Elite" mostra uma polícia malpaga e mal-equipada que vive de propinas pagas por criminosos.
Os policiais Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro) entram no Batalhão de Operações Especiais (Bope), cujos oficiais são tidos como incorruptíveis e bem-treinados, mas que torturam os suspeitos para obter informações e depois os matam. Ambos são comandados pelo estressado capitão Nascimento, interpretado pelo ator Wagner Moura.
O grito de guerra dos policiais diz que sua missão é "entrar na favela e deixar corpo no chão".
PIRATARIA
O filme já chegou às manchetes com o pirateamento de uma cópia da pós-produção, que acabou sendo vendida nas ruas. Também é alvo de grande discussão na Internet.
No Blog da Segurança Pública, um internauta disse: "'Tropa de Elite' é mais um orgulho para o cinema brasileiro e uma homenagem aos policiais honestos do Brasil". Outro, que assinou como Allan, escreveu: "É essa a polícia que queremos contra esse bando de marginais!"
Padilha, que também dirigiu "Ônibus 174", disse que esse tipo de afirmação é preocupante, mas afirmou que a maioria das pessoas para quem mostrou o filme, especialmente no exterior, ficou horrorizada com os métodos mostrados.
"Na minha escala de valores, a tortura é ruim", disse Padilha, um documentarista que baseou o filme em entrevistas com policiais.
Um grupo de oficiais tentou sem sucesso impedir a estréia, alegando que o filme denigre a polícia. O longa também ataca os grupos sociais que atuam nas favelas, as classes altas por financiar o crime com o consumo de drogas e a sociedade por permitir o enorme abismo entre ricos e pobres.
Padilha contou que a polícia tentou impedir a filmagem em certas áreas, mas o governo estadual interveio. Tirando isso, seu maior problema foi um ataque por parte de um grupo de traficantes na favela.
"Tivemos parte da equipe sequestrada, armas roubadas, a polícia fazendo operações na favela; isso quase acabou com o filme, e nossos custos explodiram."
Mesmo assim, filmar na favela, mesmo as controladas pelas gangues de traficantes, foi uma experiência emocionante. "Havia interação com os moradores. Às vezes os traficantes apareciam e davam conselhos, como: 'Não é assim que se queima um cadáver"'.
O filme termina sem dar esperanças. Mas Padilha diz estar otimista com o Brasil, que com o tempo poderia mudar, através da educação, da melhor distribuição de renda e das mudanças radicais na polícia e nos sistemas judiciário e prisional.
"O filme mostra que o jogo jogado com estas regras não tem ganhadores se jogado sob as regras atuais", afirmou.
Tropa de Elite
Tropa de Elite
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
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Re.: Tropa de Elite
Emmmmcricri......... a quanto trempo.... bem revindo.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Re: Re.: Tropa de Elite
aknatom escreveu:Emmmmcricri......... a quanto trempo.... bem revindo.
valeu cara!
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
- Jeanioz
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Re: Tropa de Elite
Bem vindo de volta, emmcri!
O problema é: há regras ideais para resolver essa guerra?

emmmcri escreveu:"O filme mostra que o jogo jogado com estas regras não tem ganhadores se jogado sob as regras atuais", afirmou.
O problema é: há regras ideais para resolver essa guerra?
"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte
"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte
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