André escreveu: Para mim patrimônio é relevante pois ele indica não apenas a riqueza produzida mas a acumulada. Políticas de melhor distribuição dessa riqueza acumulada, poderiam diminuir a desigualdade socioeconômica, não isoladamente, nem são suficientes, mas podem contribuir.
O velho complexo de Robin Hood das esquerdas...
A experiência socialista prova claramente que toda vez que patrimônios privados foram expropriados houve de fato redução da desigualdade sócio-econômica.
O problema é que esta redução se deu através da disseminação generalizada da miséria.
Toda vez que alguém tentou a solução brilhante de enriquecer os pobres empobrecendo os ricos só conseguiu com que ricos e pobres se tornassem miseráveis.
Todo lero-lero sobre o socialismo democrático e como este caminho é diferente do socialismo real é conversa mole para boi dormir.
Os socialistas reais também se diziam socialistas democráticos antes de tomar o poder e não há a mais mínima razão para se dar voto de confiança a quem se mostrou indigno dele pelo passado de extermínio sumário de populações inteiras via opressão armada e fome.
André escreveu: Vc demonstrou para o seu gosto que renda é suficiente, para mim não.
Em primeiro lugar não foi isto que demonstrei, logo você não entendeu bulhufas.
Em segundo, gosto não tem nada a ver com isto, como qualquer um menos doutrinado pode concluir das exposições didáticas anteriores.
André escreveu:Sendo que existe desigualdade de renda poderia até buscar um estudo sobre isso, mas obviamente não é tão grande quanto a de riqueza. Justamente devido a acumulação. Uma medida desse patrimônio acumulado, pode, e é o que alguns do partido Democrata nos EUA defendem, ser por exemplo, taxado, de forma a gerar recursos para políticas sociais que ajudam pessoas a sair da pobreza, assim como para garantir serviços essenciais. Para ser claro o partido democrata está contra a isenção de impostos dada aos mais ricos, e a patrimônio. Isso é somente um exemplo.
Quanta babaquice.
Esquerdistas devem pensar que o tal "patrimônio acumulado" fica escondido embaixo dos colchões dos ricos malvados que não querem que ele seja usado para alimentar as criancinhas pobres.
No mundo real, a parte líquida dos patrimônios circula no mercado de capitais, nas bolsas de valores e sistema de financeiro, e se transforma nos investimentos que geram emprego, produção e renda, única forma verdadeira de se eliminar pobreza.
Toda vez que algum iluminado socialista tentou mexer neste sistema só deu merda, mas o que não falta são outros socialistas iluminados cheios de certeza que, desta vez e do modo dele, tudo vai dar certo, mesmo sem nenhum respaldo na experiência prática e fundamentada em uma teoria que não resiste a um bafejo de bom senso, como bem demonstrou Eugene Bohm-Bawerk.
André escreveu:Se essa riqueza existe, e está desigualmente distribuída, melhor distribuí-la, de forma democrática, através da vontade popular, sem autoritarismos, é uma alternativa. Claro que se deve ter limites para isso.
Não sei se os socialistas não enxergam suas próprias contradições ou fingem que.
É inacreditável que alguém fale em expropriar bens privados "de forma democrática e sem autoritarismos", como se fosse possível fazer tal coisa sem revogar os direitos de propriedades e como se fosse possível revogar direitos fundamentais de forma democrática e não autoritária.
A panacéia de que uma votação popular torna qualquer ato lícito é idiota, pois se assim fosse seria aceitável que a maioria de uma população votasse pela escravidão ou extermínio da minoria.
E esta conversa mole de limites só existe enquanto a esquerda não chega ao poder. Depois que isto acontece todo mundo sabe o bicho que dá e é muita ingenuidade achar que se a História se repetir será diferente do que foi.
André escreveu:Além de maximizar o patrimônio nacional, eu acredito que políticas de melhor distribuição são importantes. Mesmo que não sejam suficientes. Claro que não podem chegar ao ponto de ser punitivas, e qual é o ponto está aberto para disputa democrática.
É como na fábula, um grupo de lobos e uma ovelha decidindo democraticamente qual vai ser o jantar.
Claro, os lobos jamais fariam com a ovelha nada que pudesse ser considerado punitivo.