Orbe escreveu:Acho divertida essa insistência em usar casos de traição em casais tradicionais para argumentar a favor do "poliamor". Mas a verdade é que se a pessoa esta assim com tanta vontade de manter relações com outras, é porque não ama o parceiro(a). Aí ficam inventando mil desculpas para conseguir sexo com outros. Poliamor é a mais moderna dessas desculpas.
Só na sua cabeça.
Qual o problema de amar alguém e dividi-la com outro?
Talvez pra quem tenha um "amor" que considera o outro como propriedade privada... isso pode ser um problema.
Ou você vai me dizer que por amar alguém, vai deixar de sentir atração por outras pessoas?
Eu não posso amar uma menina e sentir atração e carinho por outra?
Você acha mesmo que "amor" tem dose limitada que só pode ser dado a uma pessoa?
Não podemos ter vários filhos e amar todos eles?
Então não faz sentido nenhum dizer que por manter relações com outros, não amo minha companheira de verdade.
Não se de onde tirou essa idéia maluca.
Orbe escreveu:Se houver traição o erro já vem do início da relação. Obviamente o casal não se gostava e nem deveria ter dado continuidade a uma farsa.
Ou então um dos parceiros se deixou levar por um desejo.
Quem disse que o cara que trai a esposa não a ama?
Você não tem como dizer que o "casal" não se gostava... não pode nem ao menos dizer que o que traiu não ama o companheiro.
Talvez tenha sido puro tesão por mais alguém em um momento de fraqueza.
Orbe escreveu:NadaSei escreveu:Só alguém que acha isso moralmente errado, pode levantar esse tipo de "questão"... o que iram dizer as criancinhas.
Seria como perguntar como agem pais gays na frente das crianças...
A diferença nos dois casos é gigantesca. Uma coisa é vc ver o papai e o papai (casal gay

) juntos. Outra coisa é ver o papai hoje com um cara, amanhã com outro, depois com outro... e outro... e outro...
Gigantesca só na sua cabeça.
Um cristão fervoroso e moralista, acharia até mais aceitável isso, que crianças vendo dois homens agindo como um casal.
Você vê um problema onde ele não existe.
Da mesma forma que uma criança acha natural ver os pais trazendo amigos em casa, vai achar natural ver os pais trazendo namorados em casa.
Já vai crescer achando isso a coisa mais normal do mundo.
Orbe escreveu:Como eu já disse antes, ensinar e educar apenas não é suficiente. Mesmos entre jovens que receberam todas as orientações possíveis ainda ocorrem gravidez e contágio por doenças. Com adolescentes se vc não der o exemplo, tem altas chances de ver o seu tempo com educação jogado no lixo.
Isso não significa nada, tanto que muitos pais dão o "exemplo" e mesmo assim as filhas engravidam.
Ensinar o adolescente a se cuidar, não tem nada a ver com ensinar a ser monogâmico.
Orbe escreveu: Não adianta falar para eles se controlarem e não sair fazendo sexo com todo mundo que veêm pela frente (pois é isso que boa parte deles quer fazer) se os pais fazem exatamente isso ou quase. Adolescentes sentem o cheiro de hipocrisia de longe. As vezes até quando não há nenhuma realmente.
Não é uma questão de ensinar a se "controlar", mas a se "cuidar".
Os adolescentes também "ficam" e transam com namoradinhos.
Um adolescente vai transar com quem quiser e quando quiser.
O que os pais ensinam é a se cuidar, não a permanecer "casto" e a fazer sexo só após o casamento.
Orbe escreveu:Mas o homem vai ficar na dúvida, pedir o exame e quebrar o laço de confiança do casal ou fechar os olhos e confiar cegamente.
Não quebra o laço de confiança pois ambos sabem dos riscos e o aceitam.
Orbe escreveu:Bonito isso. Mas paternidade envolve outras questões como herança, guarda dos filhos, doação de orgãos e tecidos...
E assim como é "impulso natural" se relacionar com vários parceiros (como diz a reportagem), também posso afirmar que é impulso natural querer perpetuar os seus genes, invés de garantir a perpetuação dos genes de outro macho.
Quem disse?
Quantos casais não adotam crianças mesmo podendo ter filhos?
Quantas pessoas não entram em relações onde um dos parceiros tem um filho pequeno?
Impulso "natural" uma ova...
Acidentes de percurso, qualquer um pode se apaixonar por uma mãe solteira.
As mesmas chances que tem disso acontecer, são as chances de um casal do poliamor acabar tendo um filho fora de outro pai.
Até aqui nada demais, são as coisas da vida, e essa é uma que não é um problema.
Orbe escreveu:A diferença é que solteiro não tem responsabilidades com outras pessoas. Solteiros (a menos os cafagestes, é claro) não afirmam amar, enquanto tem desejos incontroláveis por outras pessoas. Solteiros deixam bem claro que não tem relação com ninguem.
Primeiro não são desejos incontroláveis, e sim desejos perfeitamente controláveis, mas que não faz nenhum sentido querer controlar.
Segundo que isso não tem NADA a ver com não amar o parceiro.
Só na sua cabeça.
Orbe escreveu:A questão toda não se refere ao simples fato de duas pessoas estarem juntas. Seja em concumbinato ou em casamento formal ou em relação "poliamorosa". A questão é o sentimento.
Se ocorrem traições, como eu disse antes, é pq não há amor real entre as duas pessoas. Simples assim.
Sentimento que pode estar presente em todas essas situações.
O problema é que pra você, quem ama não trai... o que é um grande engano.
O pior é que acha que quem ama não sai com outras pessoas, pois na traição ainda existe a mentira, mas no poliamor não.
São pessoas honestas com o parceiro e que em comum acordo vivem esse tipo de relação e se amam muito.
Orbe escreveu:NadaSei escreveu:De resto só tem benefícios.
Discordo totalmente. Essa é uma visão muito otimista tanto desse tipo de relação como dos seres humanos.
Ué... você só citou "possíveis" cenários de algumas complicações, cenários com menor probabilidade de ocorrer, basta o casal se cuidar.
Nada que um solteiro não tenha o mesmo problema, ou o cenário de um filho de fora, algo que não é nenhum problema, como não é problema escolher como companheira uma mãe solteira.
Já a diversão...
Sem contar a cumplicidade do casal e a certeza plena de não estar sendo "traido", são ótimos bônus além da diversão.