Nóbeis afirmam que não existe "mão invisível do mercado

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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

André escreveu:Um bem simples o Bolsa Família incorpora que é: Manter os filhos na escola. E perder o beneficio se tirar eles de lá. Esse já busca evitar o trabalho infantil que impede que a pessoa termine o ensino fundamental. Claro que a qualidade da educação tem que ser aprimorada para esse ter efeito maior.

Eu penso em outros. Adultos por exemplo, ganhariam um incentivo para fazer cursos de qualificação profissional. E empresas que disponibilizassem isso ganhariam descontos nos impostos, já Universidades, ou escolas técnicas, ganhariam recursos, se montassem espaços para pessoas advindas desses programas. Seria uma forma de incentivar qualificação, o que facilita que a pessoa seja absorvida pelo mercado de trabalho.

Outro micro crédito para pequenos negócios. Se a pessoa tem idéia de montar um pequeno negocio, como forma de sair da pobreza. O Estado estende um credito, com base em um contrato que a pessoa logicamente tem que pagar o investimento. Só que os juros são apenas para acompanhar a inflação. A idéia é o Estado fazer isso não para lucrar, mas ter que a pessoa pague para: Um não ter prejuízo, dois criar uma pressão sobre a pessoa em fazer o melhor que puder para fazer o negocio funcionar e assim não se tornar agente de dinheiro fácil. O programa ajudaria as pessoas a tirar o negocio do papel, e as pessoas em contra partida teriam que pagar esse investimento aos poucos. O que funcionaria melhor que os empréstimos tradicionais bancários, embora seja inspirado no Yunus e procedimento bancário.

Outra associar parte do incentivo a compra de alimentos (Pode ser um cartão cujo recurso serve apenas para compra de alimentos). Para garantir que o dinheiro não vai se converter em bebida, ou alguma droga.

Ah se os adultos que vão a escola, tb poderia haver um incentivo para isso.

Condicionar o benefício a exames anuais em postos de saúde. Ai não seria beneficio extra, lógico, seria cortar benefícios que a pessoa já recebe, se não fizer isso.

Detalhes os benefícios não são todos acumulativos nem podem superar salário mínimo, com exceção do micro credito, mas esse tem que ser pago diretamente de volta, mesmo que as poucos. Outro detalhe é que mesmo pessoas que recebem salário mínimo, ou um pouco mais poderiam se qualificar a alguns benefícios ( como o de alimentos). Quanto pior a situação maior o beneficio, mas não ao ponto de ser melhor ficar pior para se qualificar. Associar benefícios a pessoa estar fazendo cursos, ou tendo comportamentos que demonstram que ela quer melhorar de vida. O que acaba incentivando esse tipo de busca com dois mecanismos.

Essas são algumas condicionalidades. Ou seja, beneficio associado a uma prática boa, benéfica, a eles próprios. Por conseqüência a todos.


Concordo! :emoticon4:

O Bolsa Família também exige a vacinação dos filhos até os 7 anos, o que é uma coisa boa também. O problema seria, ao meu ver, desenvolver métodos de fiscalização adequados. O que ainda parece deixar muito a desejar.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:
André escreveu:Um bem simples o Bolsa Família incorpora que é: Manter os filhos na escola. E perder o beneficio se tirar eles de lá. Esse já busca evitar o trabalho infantil que impede que a pessoa termine o ensino fundamental. Claro que a qualidade da educação tem que ser aprimorada para esse ter efeito maior.

Eu penso em outros. Adultos por exemplo, ganhariam um incentivo para fazer cursos de qualificação profissional. E empresas que disponibilizassem isso ganhariam descontos nos impostos, já Universidades, ou escolas técnicas, ganhariam recursos, se montassem espaços para pessoas advindas desses programas. Seria uma forma de incentivar qualificação, o que facilita que a pessoa seja absorvida pelo mercado de trabalho.

Outro micro crédito para pequenos negócios. Se a pessoa tem idéia de montar um pequeno negocio, como forma de sair da pobreza. O Estado estende um credito, com base em um contrato que a pessoa logicamente tem que pagar o investimento. Só que os juros são apenas para acompanhar a inflação. A idéia é o Estado fazer isso não para lucrar, mas ter que a pessoa pague para: Um não ter prejuízo, dois criar uma pressão sobre a pessoa em fazer o melhor que puder para fazer o negocio funcionar e assim não se tornar agente de dinheiro fácil. O programa ajudaria as pessoas a tirar o negocio do papel, e as pessoas em contra partida teriam que pagar esse investimento aos poucos. O que funcionaria melhor que os empréstimos tradicionais bancários, embora seja inspirado no Yunus e procedimento bancário.

Outra associar parte do incentivo a compra de alimentos (Pode ser um cartão cujo recurso serve apenas para compra de alimentos). Para garantir que o dinheiro não vai se converter em bebida, ou alguma droga.

Ah se os adultos que vão a escola, tb poderia haver um incentivo para isso.

Condicionar o benefício a exames anuais em postos de saúde. Ai não seria beneficio extra, lógico, seria cortar benefícios que a pessoa já recebe, se não fizer isso.

Detalhes os benefícios não são todos acumulativos nem podem superar salário mínimo, com exceção do micro credito, mas esse tem que ser pago diretamente de volta, mesmo que as poucos. Outro detalhe é que mesmo pessoas que recebem salário mínimo, ou um pouco mais poderiam se qualificar a alguns benefícios ( como o de alimentos). Quanto pior a situação maior o beneficio, mas não ao ponto de ser melhor ficar pior para se qualificar. Associar benefícios a pessoa estar fazendo cursos, ou tendo comportamentos que demonstram que ela quer melhorar de vida. O que acaba incentivando esse tipo de busca com dois mecanismos.

Essas são algumas condicionalidades. Ou seja, beneficio associado a uma prática boa, benéfica, a eles próprios. Por conseqüência a todos.


Concordo! :emoticon4:

O Bolsa Família também exige a vacinação dos filhos até os 7 anos, o que é uma coisa boa também. O problema seria, ao meu ver, desenvolver métodos de fiscalização adequados. O que ainda parece deixar muito a desejar.


Exato. O que achou das outras condicionalidades que pensei? Sua pergunta me motivou a colocar ai algumas idéias.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

André escreveu:O que achou das outras condicionalidades que pensei? Sua pergunta me motivou a colocar ai algumas idéias.


Achei suas idéias ótimas.

Quando um aluno está com notas baixas e não presta atenção durante as aulas. O que seria melhor?

Dizermos para ele deixar de ser preguiçoso e vagabundo, vendo-o com arrogância e desprezo ou demonstrarmos uma sincera confiança no seu potencial, reforçando sua auto-estima?

Qual retorno positivo teríamos tratando-o com indiferença? Não teríamos um retorno bem mais positivo acreditando na capacidade e potencial do aluno? Nossa consideração e valorização não agiria como combustível para o seu crescimento pessoal?

Suas idéias, ao meu ver, giram basicamente por aí. Parece considerar mais proveitoso para todas as partes envolvidas o respeito e a confiança no potencial humano que pode crescer de forma mais plena quando surgem chances e oportunidades adequadas.

E aqui, neste ponto, estou de inteiro acordo com você. :emoticon1:
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:
André escreveu:O que achou das outras condicionalidades que pensei? Sua pergunta me motivou a colocar ai algumas idéias.


Achei suas idéias ótimas.

Quando um aluno está com notas baixas e não presta atenção durante as aulas. O que seria melhor?

Dizermos para ele deixar de ser preguiçoso e vagabundo, vendo-o com arrogância e desprezo ou demonstrarmos uma sincera confiança no seu potencial, reforçando sua auto-estima?

Qual retorno positivo teríamos tratando-o com indiferença? Não teríamos um retorno bem mais positivo acreditando na capacidade e potencial do aluno? Nossa consideração e valorização não agiria como combustível para o seu crescimento pessoal?

Suas idéias, ao meu ver, giram basicamente por aí. Parece considerar mais proveitoso para todas as partes envolvidas o respeito e a confiança no potencial humano que pode crescer de forma mais plena quando surgem chances e oportunidades adequadas.

E aqui, neste ponto, estou de inteiro acordo com você. :emoticon1:


Exato, é idéia de investir nas pessoas e o investimento apenas se mantém se elas dão resposta. O que pressiona elas a bons comportamentos. Mas logicamente que é decisão delas entrar no programa e assinar o termo de responsabilidade, e podem sair, claro assumindo os custos que isso tem.

Eu sou da idéia realmente que é melhor acreditar nas pessoas ajudando a fornecer oportunidades. Os esforçados, os competentes, e mesmo os médios, pressionados pela situação, vão melhorar, os poucos que não saírem do lugar não vão poder dizer que não existem oportunidades, existem, e eles desperdiçaram, claro que podem ao perceber isso, mudar e procurar melhor aproveitar.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Trancado