Estratégias nojentas de fugas animais...

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Suyndara
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Estratégias nojentas de fugas animais...

Mensagem por Suyndara »

Os elefantes indianos que aprenderam a se fingir de mortos para denunciar a caça indiscriminada contra sua espécie são café pequeno (apesar do tamanho) perto das estratégias que as presas empregam rotineiramente contra os predadores no reino animal. Vale tudo: a típica provocação “você não me pega” empregada pelas crianças humanas; partir para o contra-ataque e intimidar o carnívoro; dar ao predador um pedaço do próprio corpo para distraí-lo; e até jogar um explosivo nas fuças dele.

Passarinhos de vida social que têm filhotes pequenos, como os chapins do hemisfério Norte, muitas vezes são o alvo de gatos ou corujas, que querem pegar os bebês. As aves, no entanto, empregam a tática do mobbing (em inglês, algo como “formação de gangue”). Se percebem a aproximação de um predador, é comum que eles partam para cima do bicho, voando em torno dele para confundi-lo e até dando bicadas. Isso pode fazer o inimigo desistir do ataque ou, pelo menos, afastá-lo do ninho.

Mais ousadas ainda é a gazela de Thomson (Gazella thomsoni), um bicho velocíssimo que vive às voltas com leões e guepardos na África. Como as demais gazelas, sua principal defesa de um ataque é a corrida. Mas, antes de fugir, é muito comum que o bicho ande um pouquinho e comece a pular de pernas retinhas no ar, parado no mesmo lugar, como se desafiasse o predador.

Essa atitude “você não me pega” é, para os biólogos, um jeito de mostrar para o leão que a gazela está em plena forma e que, portanto, não valeria a pena tentar comê-la, pois o predador gastaria sua energia à toa. Como a energia é um elemento precioso na natureza, é muito comum que o predador, ao ver essa exibição, acabe desistindo.




Reprodução
Pepino-do-mar para peixe: 'Vai uma víscera venenosa aí?' (Foto: Reprodução) Armas químicas
Sempre dá para ficar mais radical, no entanto. Que o digam os pepinos-do-mar, parentes das estrelas do mar que são usados na culinária humana e também são predados por uma série de bichos marinhos. Sob ameaça, uma de suas medidas mais desesperadas é colocar para fora do corpo parte de suas vísceras, que são grudentas e podem prender o predador. Se o caçador desejar aproveitar esse lanchinho antes do prato principal, pode se dar mal, pois há substâncias tóxicas ali. Depois, o pepino-do-mar regenera as vísceras.

Estratégia parecida é a do lagarto-de-chifres, comum em desertos da América do Norte. Sob situações de fortíssimo estresse, o bicho pode espremer os vasos sangüíneos do olho de tal forma que eles lançam um esguicho de sangue na boca e nos olhos do predador.

O troféu de refinamento máximo em termos de armas químicas, no entanto, fica com o besouro-bombardeiro, que é caçado por sapos e rãs. Em seu corpo, em compartimentos separados, ficam duas substâncias – água oxigenada e hidroquinina – que não são explosivos sozinhos. Quando ameaçado, no entanto, o besouro mistura os dois a uma terceira substância, ejetando tudo isso na forma de um jato explosivo e quente nas fuças do sapo que o ataca.


http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0, ... OSIVO.html


Ok.

Agora me digam, o inteligente designer não tinha mais o que fazer não? :emoticon12:

Que nojinho!

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Najma
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Re.: Estratégias nojentas de fugas animais...

Mensagem por Najma »

:emoticon1:

Tem algumas séries no Discovery e NatGeo falando das estratégias de predadores e da caça. Tem umas estratégias muito engenhosas, por sinal. Um tipo de verme que solta filamentos de cola e imobiliza a vítima que é então comida viva... Ou besouros que esguicham uma substância irritante, ou cobras que para se defenderem de predadores maiores como cães, soltam o veneno em jatos que vão direto nos olhos...

Não sei mas eu acho isso tudo menos sinal de erro no programa da sobrevivência.
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Trancado