Yoga e evolução biológica
- Jack Torrance
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Bem, agradeço a todos pelas respostas. Vou tentar melhor expressar o meu raciocínio:
Tipo assim, temos a população de uma espécie de mamífero. De repent um desses mamíferos nasce com uma mutação, sendo essa mutação "original" dele, nunca surgida antes nessa espécie. Pergunto: essa mutação pode ser um gene dominante nesse mamífero (independentemente dela "prestar" para o ambiente onde ele vive)?
Aí poderia acontecer dos seus descendentes terem essa mutação, mas por ela não prestar ou então ser maligna naquele ambiente, ela poderia acabar se tornando recessiva?
Outra coisa, um gene poderia ser dominante e acabar se tornando recessivo? Um exemplo bem grosseiro, os nossos ancestrais eram peludos e diversas mutações fizeram com que os pêlos fossem diminuindo. Aí o gene que fazia os nossos ancestrais nascerem peludos estão extintos em nossa carga genética?
Ou então, supondo que nossos ancestrais fossem herbívoros, aí veio uma mutação e transformou em onívoro (durante vários gerações ocorrendo várias mutações). Hoje o gene da característica herbívora não existe mais, simplesmente se extingüiu. Somente existe o gene da característica onívora. Ou pode acontecer de uma pessoa carregar o gene herbívoro, mas esse ser recessivo (mas mesmo sendo recessivo há uma probabilidade dele se manifestar)?
Tipo assim, temos a população de uma espécie de mamífero. De repent um desses mamíferos nasce com uma mutação, sendo essa mutação "original" dele, nunca surgida antes nessa espécie. Pergunto: essa mutação pode ser um gene dominante nesse mamífero (independentemente dela "prestar" para o ambiente onde ele vive)?
Aí poderia acontecer dos seus descendentes terem essa mutação, mas por ela não prestar ou então ser maligna naquele ambiente, ela poderia acabar se tornando recessiva?
Outra coisa, um gene poderia ser dominante e acabar se tornando recessivo? Um exemplo bem grosseiro, os nossos ancestrais eram peludos e diversas mutações fizeram com que os pêlos fossem diminuindo. Aí o gene que fazia os nossos ancestrais nascerem peludos estão extintos em nossa carga genética?
Ou então, supondo que nossos ancestrais fossem herbívoros, aí veio uma mutação e transformou em onívoro (durante vários gerações ocorrendo várias mutações). Hoje o gene da característica herbívora não existe mais, simplesmente se extingüiu. Somente existe o gene da característica onívora. Ou pode acontecer de uma pessoa carregar o gene herbívoro, mas esse ser recessivo (mas mesmo sendo recessivo há uma probabilidade dele se manifestar)?
- Mucuna
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Jack Torrance escreveu:Bem, agradeço a todos pelas respostas. Vou tentar melhor expressar o meu raciocínio:
Tipo assim, temos a população de uma espécie de mamífero. De repent um desses mamíferos nasce com uma mutação, sendo essa mutação "original" dele, nunca surgida antes nessa espécie. Pergunto: essa mutação pode ser um gene dominante nesse mamífero (independentemente dela "prestar" para o ambiente onde ele vive)?
Aí poderia acontecer dos seus descendentes terem essa mutação, mas por ela não prestar ou então ser maligna naquele ambiente, ela poderia acabar se tornando recessiva?
Outra coisa, um gene poderia ser dominante e acabar se tornando recessivo? Um exemplo bem grosseiro, os nossos ancestrais eram peludos e diversas mutações fizeram com que os pêlos fossem diminuindo. Aí o gene que fazia os nossos ancestrais nascerem peludos estão extintos em nossa carga genética?
Ou então, supondo que nossos ancestrais fossem herbívoros, aí veio uma mutação e transformou em onívoro (durante vários gerações ocorrendo várias mutações). Hoje o gene da característica herbívora não existe mais, simplesmente se extingüiu. Somente existe o gene da característica onívora. Ou pode acontecer de uma pessoa carregar o gene herbívoro, mas esse ser recessivo (mas mesmo sendo recessivo há uma probabilidade dele se manifestar)?
Isso. O que eu disse acima se aplica aí também.
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- Jack Torrance
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Jack Torrance escreveu:Mucuna escreveu:Isso. O que eu disse acima se aplica aí também.
Nossa, tô me sentindo um Azathoth/zumbi filosófico/Luiz Fabris/Richard Dawkins...![]()
Tô mandando bem. hehehe
ops, foi mal.:-)
"Aí poderia acontecer dos seus descendentes terem essa mutação, mas por ela não prestar ou então ser maligna naquele ambiente, ela poderia acabar se tornando recessiva?"
Não. Ela poderia ser extinta/eliminada, mas não se transformar em recessiva do nada.
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- Jack Torrance
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Mucuna escreveu:Jack Torrance escreveu:Mucuna escreveu:Isso. O que eu disse acima se aplica aí também.
Nossa, tô me sentindo um Azathoth/zumbi filosófico/Luiz Fabris/Richard Dawkins...![]()
Tô mandando bem. hehehe
ops, foi mal.:-)
"Aí poderia acontecer dos seus descendentes terem essa mutação, mas por ela não prestar ou então ser maligna naquele ambiente, ela poderia acabar se tornando recessiva?"
Não. Ela poderia ser extinta/eliminada, mas não se transformar em recessiva do nada.
Então, acaba sendo difícil escrever tudo, mas vamos lá: o que eu queria dizer é que esse gene poderia acabar se tornando recessivo ou extinto, mas depois de algumas gerações (ou várias).
Também pode acontecer de gene dominantes se tornarem recessivos por causa de UMA mutação?
Eu achei isto meio impressionante:
Ou então, supondo que nossos ancestrais fossem herbívoros, aí veio uma mutação e transformou em onívoro (durante vários gerações ocorrendo várias mutações). Hoje o gene da característica herbívora não existe mais, simplesmente se extingüiu. Somente existe o gene da característica onívora. Ou pode acontecer de uma pessoa carregar o gene herbívoro, mas esse ser recessivo (mas mesmo sendo recessivo há uma probabilidade dele se manifestar)?
Valeu.
- zumbi filosófico
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Jack Torrance escreveu:Tipo assim, temos a população de uma espécie de mamífero. De repent um desses mamíferos nasce com uma mutação, sendo essa mutação "original" dele, nunca surgida antes nessa espécie. Pergunto: essa mutação pode ser um gene dominante nesse mamífero (independentemente dela "prestar" para o ambiente onde ele vive)?
Aí poderia acontecer dos seus descendentes terem essa mutação, mas por ela não prestar ou então ser maligna naquele ambiente, ela poderia acabar se tornando recessiva?
Ela pode ser tornar recessiva, mas isso não tem nada a ver com o fato de ser mal-adaptativa em um ambiente, apenas com o surgimento de uma outra mutação, creio que necessariamente no mesmo locus, que determine algo diferente mas porém "mais dominante", o que pode ser improvável, principalmente se estivermos falando de uma característica que é "o contrário" ou muito diferente. Porque dominância e recessividade são, essencialmente, fazer mais ou fazer menos (ou não fazer nada) do mesmo produto.
Por exemplo, a pele clara é recessiva porque os genes que a determinam não resultam na produção de melanina. Um gene que determine a produção de melanina determina algo dominante, porque a melanina será feita mesmo se estiver em par com um gene que não faça melanina, enquanto que a ausência de melanina é recessiva por depender de dois genes que não fazem nada. Não dá para surgir no mesmo locus um gene dominante para não produzir a melanina, pela natureza da coisa, ele não tem como impor que o seu gene homólogo não faça a melanina, não é esse tipo de "domínio" que existe.
Há de qualquer forma a possibilidade de "dominância negativa" em alguns casos, mas não é necessidade ou implicação para a evolução de um estado "negativo" do caractere.
Outra coisa, um gene poderia ser dominante e acabar se tornando recessivo? Um exemplo bem grosseiro, os nossos ancestrais eram peludos e diversas mutações fizeram com que os pêlos fossem diminuindo. Aí o gene que fazia os nossos ancestrais nascerem peludos estão extintos em nossa carga genética?
O desaparecimento de uma característica numa espécie ou população não tem nada a ver com o gene ser recessivo ou dominante.
Gene recessivo ou dominante é simplesmente referente ao gene ser mais ou menos "produtivo", como eu expliquei antes. Pode ser, teoricamente, que tantos o caractere "peludo" quanto "pelado" sejam determinados por genes dominantes ou recessivos; não é simplesmente o "peludo" que é dominante, e uma evolução da forma "pelada" significar que os genes que determinam seres "peludos" estão se tornando recessivos. Isso nem faz muito sentido; o mais correto seria falar do surgimento de um outro gene para o caractere "peludo", que fosse recessivo, não o gene se tornar recessivo; ou poderia ser ainda o surgimento de um outro alelo que fosse mais dominante com relação ao "peludo" anterior. Mas esse mais provavelmente determinaria um indivíduo mais peludo, exceto por eventuais casos de não-linearidade na determinação do caractere .
Ou então, supondo que nossos ancestrais fossem herbívoros, aí veio uma mutação e transformou em onívoro (durante vários gerações ocorrendo várias mutações). Hoje o gene da característica herbívora não existe mais, simplesmente se extingüiu. Somente existe o gene da característica onívora. Ou pode acontecer de uma pessoa carregar o gene herbívoro, mas esse ser recessivo (mas mesmo sendo recessivo há uma probabilidade dele se manifestar)?
Ser herbívoro ou carnívoro é algo muito complexo para se falar sobre um gene só; é meio como ser aquático ou terrestre.
Voltando a explicar o que estava explicando no trecho anterior então.
Todos os organimos tem um par de cada gene. Esses genes podem existir, num mesmo organismo, em "versões" diferentes. As versões diferentes dos mesmos genes - chamadas de diferentes alelos - poderão ter diferentes níveis de produção do seu produto direto.
São chamados "dominantes" quando um só gene do par é o bastante para manifestar uma dada característica no fenótipo, e recessivos quando são necessários que os dois pares sejam iguais. Isso se dá geralmente por cada um deles simplesmente produzir menos, ou não produzir nada.
As coisas que existem nos seres podem ser tanto determinadas por genes recessivos quanto dominantes. Por exemplo, olhos claros são determinados por genes recessivos, e olhos escuros, por genes dominantes. Os olhos claros, mesmo assim, descendem dos olhos escuros, mas não são "dominantes", apesar dessa evolução implicar que os olhos escuros foram desaparecendo de algumas populações com o tempo, até desaparecerem completamente em alguns lugares. Esse desaparecimento local não é ocasionado pelos genes para olhos escuros virarem recessivos. Eles continuam sendo dominantes, apenas são mais raros. O mesmo vale para qualquer característica, mesmo que fosse algo "global", de toda espécie.
Uma característica que está presente em todos os seres não é necessariamente dominante, e para desaparecer, não precisa que surja um outro alelo dominante em relação a esse, pode ser substituída por um recessivo mesmo.
Características determinadas por genes recessivos podem "aparecer" de repente, mesmo quando raros na população, desde que hajam eventuais indivíduos homozigotos trazendo dois alelos recessivos.
Genes recessivos são um tanto mais difíceis de serem eliminados por seleção natural por serem recessivos. Eles vão "de carona" nos fenótipos dos genes dominantes.

- zumbi filosófico
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leasolto escreveu:não faz diferença nenhuma... yoga e evolução são duas ladainhas ateistas mesmo, religião por religião, mentira por mentira as duas ladainhas são a mesmo coisa...
POIZÉ, SER TUDO BRUCHARIA!!!!111
EÇAS COISA DE JENÉTICA E ETS SAUM TUDU MINTIRA DOS SIENTISTA.... INVENTARO TUDO...
AS RASSAS DE CAXORROS POR EZEMPLO, NUM FORO CRIADA PELOS CRIADOR...... ELES ÇÓ SCIMPLESMENTE APENAS PEGARO OS CAXORRO Q VIRO ANDANDO E FALARO Q FOI ELES Q FIZERO , MAS É MINTIRA PQ O SER UMANO NUNCA CRIOU VIDA NEM 1 VEZ SE QR!!!!!!!!!!!!1111111
ELES FORO CRIADO PELA TERRA POR ODEM D DEUS Q NEM IGUAL TÁ NA BLÍBIA!!!!!!!!111
