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PUG!, 19 dez (EFE) - O mundo islâmico celebra hoje a Festa do Sacrifício (Eid al-Adha em árabe), a principal festividade de seu calendário, sacrificando milhões de animais, enquanto os peregrinos começam o apedrejamento do diabo em Meca. Cordeiros, vacas e camelos foram mortos desde as primeiras horas do dia em todos os estados islâmicos, seguindo a "Sunna" (hábitos do profeta Maomé), para comemorar o sacrifício feito por Abraão. Tanto a morte quanto o apedrejamento de Satanás - que começa hoje e dura três dias - contam com a participação de cerca de três milhões de peregrinos muçulmanos reunidos desde segunda-feira em Meca, e estão ligados à família de Abraão. Segundo a tradição islâmica, Abraão não teve dúvidas em oferecer a vida de seu filho, Isaac, como sinal de obediência a Deus, mas na última hora o menino foi substituído por um grande cordeiro com chifres. O apedrejamento de Satanás ocorre no local onde o demônio teria tentado Abraão, Isaac e a mãe deste, Sara, que, segundo os muçulmanos, atiraram cada um sete pedras contra o diabo. Na manhã de hoje, cada peregrino lançou sete pedras contra as três colunas que simbolizam as tentações do diabo na região de Muzdalifah, a cerca de oito quilômetros do centro de Meca, antes de sacrificar os animais, em sua maioria cordeiros. Para facilitar o ritual, as autoridades sauditas e de outros países ergueram vários matadouros em Meca, a fim de evitar que os muçulmanos imol...
Há vários anos crescem as queixas em quase todos os estados islâmicos devido à alta dos preços dos animais, mesmo em países ricos como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã.
Em Marrocos, Egito e Sudão, entre outros, vários bancos começaram a oferecer empréstimos para financiar a compra do animal, cujo preço dobrou nas últimas duas semanas, o que os comerciantes atribuem à inflação e ao aumento das tarifas e das despesas de importação.
"Há poucos dias, era possível comprar um cordeiro a 400 dirhams e uma vaca a 4 mil (US$ 1 equivale a 3,66 dirhams). Hoje os preços chegam a 1.500 por cordeiro e até 6 mil pela vaca", disse Nizar Ahmad, um libanês que vive nos Emirados Árabes Unidos.
Ahmad, entre outros vários compradores, acusou os comerciantes de elevar deliberadamente o preço antes da festa, "aproveitando que as pessoas são obrigadas a comprar a qualquer preço para cumprir com a 'Sunna'".
Nasser Dosuki, uma autoridade municipal, confirmou que os preços "subiram de forma descontrolada durante duas semanas", e exigiu que nos próximos anos os representantes oficiais intervenham para controlar a importação e a venda de animais.
Sacrificar cordeiros não é a única tradição da festa. Nesta época, os muçulmanos ajudam os pobres e presenteiam as crianças, que vão às ruas e aos parques com roupas novas, compradas especialmente para a ocasião.
O pagamento é outro costume da festa. Trata-se de uma quantia em dinheiro que os pais e idosos dão às crianças para que possam comprar brinquedos. EFE fa ev/db
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/12/19/
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