Alguém sabe dizer se...
Alguém sabe dizer se...
Se PNL-Programação Neurolinguistica é pseudociencia ou não?
Soube que atualmente ela é empregada em cursos prévestibulares, por exemplo... Alguém sabe de algo... Ou seja, da interação da PNL com ensino?
Soube que atualmente ela é empregada em cursos prévestibulares, por exemplo... Alguém sabe de algo... Ou seja, da interação da PNL com ensino?
- zumbi filosófico
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- Gênero: Masculino
Re.: Alguém sabe dizer se...
Uma resposta breve seria sim, mas tem coisas que podem soar meio parecidas, que não são.
Um exemplo de algo "de verdade" que guarda suas similaridades:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cognitive_ ... al_therapy
Um post sobre o assunto:
Um exemplo de algo "de verdade" que guarda suas similaridades:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cognitive_ ... al_therapy
Um post sobre o assunto:
Buckaroo Banzai escreveu:Muito embora eu ache que a maior parte da divulgação de coisas desse tipo de "programação neuro lingüística", "pensamento positivo" e similares seja puro woo woo, hiper exagerado em suas capacidades, eu acho também que uma boa parte faz sentido. Não acho que sejamos psicologicamente indiferantes às palavras, que sejamos "vulcanos". Um tipo de evidência disso seria a próprio fato de usarmos simplesmente eufemismos em muitas situações, que nada mais são do que uma espécie de fraseamento "menos negativo" da mesma coisa de fato. Eu queria saber se esse tipo de coisa tem algum efeito detectado em MRI ou algum outro tipo de coisa mais palpável, de qualquer modo. Mas não acho algo muito improvável, parece em algo com "associação pavloviana", nada que requeira mecanismos meio místicos ou que seja intrinsicamente ligado àquelas woo-wooices daquele "what the bleep do we know", do "cientista" que dizia que as moléculas da água assumiam formas diferentes de acordo com as palavras ("amor", "ódio", etc) dos rótulos que se colocava nos copos.
Eu não acho muito surpreendente (a coisa no nível não woo-woo), e é um dos motivos pelos quais eu sou contra o "politicamente correto", que como já expliquei, acho que tem o efeito contrário ao canonizar uma palavra como ruim na mente de muitas pessoas.
Um tanto parecido com isso, mas em outro "grau" de mecanismo, seria o otimismo em si, em vez de "apenas" uma linguagem Richard Wiseman, que é cético, do CSICOP, e como o Randi era também ilusionista, virou professor de psicologia, e tem um livro chamado "luck factor", que essencialmente é um tipo de defesa dessas coisas de pensamento positivo dentro de uma visão não woo-woo. Me parece que tem estudos de verdade mostrando coisas como que as pessoas que diziam ter um padrão de pensamento positivo realmente eram mais sortudas.
A explicação não era algo relacionado a "forças do universo", "energias positivas", "o poder do observador sobre as medições quânticas" nem qualquer coisa do tipo, mas que, pessimismo ou otimismo, nos dá uma espécie de perspectiva tendenciosa, não apenas tendo um efeito fisiológico/psicológico similar a esse que um fraseamento "eufemista" ou pessimista das coisas talvez tenha, no sentido de bem estar, de deixar as pessoas com animadas e de bom humor ou aborrecidas, desanimadas, mas também de fato em perceber mais (ou menos) boas oportunidades. Aquilo que seria um tipo de oportunidade sob uma perspectiva otimista, "provavelmente não daria certo" sob uma ótica pessimista, então aumenta a probabilidade da pessoa nem tentar, e se tentar, tentar com desânimo, má vontade, em alguns casos compromentendo o desempenho em função disso. Essencialmente, mesmo descontando essas influências do humor na tentativa de qualquer coisa, matematicamente, mais tentativas aumentam a probabilidade de sucesso.
[visualização de PDF em HTML do Google] Artigo sobre o livro
E tem outras coisas que já li meio relacionadas, como "efeito pigmaleão" e uma ou outra coisa meio similar. Tem a ver com expectativas falsas dos professores sobre os alunos, ou de alunos sobre eles mesmos, afetando o desempenho deles. Os experimentos eram algo como dizer ao professor que uma classe qualquer para a qual iria dar aula, era de alunos melhores, de alto desempenho, quando na verdade eles foram selecionados para ser um grupo homogêneo, e isso tinha impacto no desempenho, os resultados dessa classe eram melhores que os de outras classes que não tinham sido ditas serem "especiais". Também acho que já li qualquer coisa sobre dizerem aos alunos que eles eram racilamente superiores ou racialmente inferiores, também afetando o desempenho deles de acordo.
Claro, tudo isso tem o seu grau de possibilidade razoável, não é como que "seja otimista, e em dois meses será mais rico que o Silvio Santos", ou conseguir formar um coelho como phd em física numa faculdade se disser aos professores dele que é um produto do mais avançado programa de engenharia genética de inteligência.

Re: Alguém sabe dizer se...
Wallace escreveu:Se PNL-Programação Neurolinguistica é pseudociencia ou não?
Soube que atualmente ela é empregada em cursos prévestibulares, por exemplo... Alguém sabe de algo... Ou seja, da interação da PNL com ensino?
A PNL não é ciência nem pseudo.
É uma técnica de indução subliminar por sinais não verbais.
Nas origens a técnica foi desenvolvida e codificada por pesquisadores especialistas, que descobriram que a interpretação de determinados sinais involuntários, feita no rigor do método, possui a eficiência de uma ferramenta de controle da mente, semelhante à hipnose ou lavagem cerebral, mas valendo-se de meios muito mais sutis.
Um artigo da revista Science Digest de 1983 já denunciava os perigos da PNL quando usada com más intenções.
No Brasil popularizou-se a versão comercial difundida por Lair Ribeiro, que a dilui em um discurso de auto-ajuda que as vezes lembra o esoterismo Nova Era.
Boa parte da disseminação da PNL no Brasil se deu a partir desta vertente meia-bomba que caiu nas graças de profissionais de recursos humanos, que a adotaram e a divulgaram para os mais diferentes usos, da motivação de funcionários a melhoria dos resultados de treinamentos.
A maioria destes profissionais de RH não tem a mais mínima idéia sobre aquilo com que está lidando.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re: Re.: Alguém sabe dizer se...
[/quote]zumbi filosófico escreveu:Uma resposta breve seria sim, mas tem coisas que podem soar meio parecidas, que não são.
Um exemplo de algo "de verdade" que guarda suas similaridades:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cognitive_ ... al_therapy
Um post sobre o assunto:
...
Valeu Zumbi!
Re: Alguém sabe dizer se...
Acauan escreveu:Wallace escreveu:Se PNL-Programação Neurolinguistica é pseudociencia ou não?
Soube que atualmente ela é empregada em cursos prévestibulares, por exemplo... Alguém sabe de algo... Ou seja, da interação da PNL com ensino?
A PNL não é ciência nem pseudo.
É uma técnica de indução subliminar por sinais não verbais.
Nas origens a técnica foi desenvolvida e codificada por pesquisadores especialistas, que descobriram que a interpretação de determinados sinais involuntários, feita no rigor do método, possui a eficiência de uma ferramenta de controle da mente, semelhante à hipnose ou lavagem cerebral, mas valendo-se de meios muito mais sutis.
Um artigo da revista Science Digest de 1983 já denunciava os perigos da PNL quando usada com más intenções.
No Brasil popularizou-se a versão comercial difundida por Lair Ribeiro, que a dilui em um discurso de auto-ajuda que as vezes lembra o esoterismo Nova Era.
Boa parte da disseminação da PNL no Brasil se deu a partir desta vertente meia-bomba que caiu nas graças de profissionais de recursos humanos, que a adotaram e a divulgaram para os mais diferentes usos, da motivação de funcionários a melhoria dos resultados de treinamentos.
A maioria destes profissionais de RH não tem a mais mínima idéia sobre aquilo com que está lidando.
Ok Acauan...
Você parece conhecer do assunto.
Quando me referi a ciência ou pseudo, estava querendo dizer que se tal técnica tinha embasamento cientifico, ou seja, se foi fruto de alguma pesquisa séria, ou alguma sacada marqueteira ala aos esquemas de auto-ajuda new age... Tipo "O Segredo" e outros.
O que me chamou a atenção foi saber que tal técnica vem sendo utilizado para ministração de aulas, e isso é o meu interesse real.
Você citou que os RHs estão se utilizando dela sem ao menos saber do que se trata... Teria com você fazer um review do assunto?
De qualquer forma obrigado!
Re: Alguém sabe dizer se...
Wallace escreveu:Ok Acauan...
Você parece conhecer do assunto.
Quando me referi a ciência ou pseudo, estava querendo dizer que se tal técnica tinha embasamento cientifico, ou seja, se foi fruto de alguma pesquisa séria, ou alguma sacada marqueteira ala aos esquemas de auto-ajuda new age... Tipo "O Segredo" e outros.
O que me chamou a atenção foi saber que tal técnica vem sendo utilizado para ministração de aulas, e isso é o meu interesse real.
Você citou que os RHs estão se utilizando dela sem ao menos saber do que se trata... Teria com você fazer um review do assunto?
De qualquer forma obrigado!
Os fundamentos da PNL foram desenvolvidas pelo psicoterapeuta Milton Erickson, que era paralítico e, talvez por conta disto, possuía uma excepcional sensibilidade para perceber sinais espontâneos em seus pacientes e descobrir suas correlações comportamentais.
Tendo o trabalho de Erickson por base, Richard Bandler e John Grinder fizeram uma série de estudos que sistematizaram as técnicas para se provocar determinadas reações inconscientes em pessoas submetidos a determinados estímulos verbais e não-verbais subliminares.
O problema é que Bandler e Grinder não se restringiram à pesquisa acadêmica, transformaram a PNL em um produto vendável, disponibilizando os rudimentos da técnica adaptados para aplicações específicas, como vendas ou advocacia de tribunal.
Desta PNL de segunda mão derivaram várias franchisings, nas quais divulgadores que não tiveram contato com o desenvolvimento da técnica original ou mesmo a conheciam de modo completo, criavam sub-produtos aplicativos para onde quer que houvesse algum mercado disposto a receber consultorias a respeito ou pagar por palestras sobre o assunto.
É deste terceiro nível, em que a PNL já se encontra bastante afastada de suas origens como pesquisa científica, que alguns brasileiros se inteiraram nas fontes disponíveis nos Estados Unidos, sendo Lair Ribeiro a cara mais visível desta turma, que por aqui repassaram a técnica misturada a diversos modismos de época.
Seguiu-se um processo de popularização, na qual palestrantes que aprenderam PNL diretamente de seus divulgadores brasileiros, recebendo um produto de quarta mão já contaminado e mercantilizado, encontraram um mercado consumidor altamente receptivo nos departamentos de recursos humanos das grandes corporações, que passaram a comprar palestras, cursos e consultoria de PNL aplicada a liderança executiva, gestão de equipes e, principalmente, técnicas de treinamento.
Estes cursos e palestras da versão brasileira da PNL produziam grande impacto emocional nas platéias, mas resultados de difícil mensuração, para se dizer o mínimo.
Estranho seria se palestrantes treinados e minimamente competentes em técnicas para produzir reações inconscientes não fossem capazes de convencer seus expectadores de que os cachês e honorários cobrados foram muito merecidos. Tirar qualquer coisa de prático disto é outro problema.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Dá que ouçamos tua voz!
Re: Alguém sabe dizer se...
Acauan escreveu:Wallace escreveu:Se PNL-Programação Neurolinguistica é pseudociencia ou não?
Soube que atualmente ela é empregada em cursos prévestibulares, por exemplo... Alguém sabe de algo... Ou seja, da interação da PNL com ensino?
A PNL não é ciência nem pseudo.
É uma técnica de indução subliminar por sinais não verbais.
Nas origens a técnica foi desenvolvida e codificada por pesquisadores especialistas, que descobriram que a interpretação de determinados sinais involuntários, feita no rigor do método, possui a eficiência de uma ferramenta de controle da mente, semelhante à hipnose ou lavagem cerebral, mas valendo-se de meios muito mais sutis.
Um artigo da revista Science Digest de 1983 já denunciava os perigos da PNL quando usada com más intenções.
No Brasil popularizou-se a versão comercial difundida por Lair Ribeiro, que a dilui em um discurso de auto-ajuda que as vezes lembra o esoterismo Nova Era.
Boa parte da disseminação da PNL no Brasil se deu a partir desta vertente meia-bomba que caiu nas graças de profissionais de recursos humanos, que a adotaram e a divulgaram para os mais diferentes usos, da motivação de funcionários a melhoria dos resultados de treinamentos.
A maioria destes profissionais de RH não tem a mais mínima idéia sobre aquilo com que está lidando.
Breve História da Programação Neurolingüística - PNL
Richard Bandler A história da PNL é a história de uma sociedade improvável que criou uma inesperada sinergia que resultou em um mundo de mudanças. No início dos anos 70, o futuro co-fundador da PNL, Richard Bandler, estudava matemática na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. No princípio, ele passava a maior parte do seu tempo estudando computação. Inspirado por um amigo de família que conhecia vários dos terapeutas inovadores da época, ele resolveu cursar psicologia. Após estudar cuidadosamente alguns desses famosos terapeutas, Richard descobriu que, repetindo totalmente os padrões pessoais de comportamento deles, poderia conseguir resultados positivos similares com outras pessoas. Essa descoberta se tornou a base para a abordagem inicial de PNL conhecida como Modelagem da Excelência Humana. Depois, ele encontrou outro co-fundador da PNL, o dr. John Grinder, professor adjunto de lingüística. A carreira de John Grinder era tão singular quanto a de Richard. Sua capacidade para aprender línguas rapidamente, adquirir sotaques e assimilar comportamentos tinha sido aprimorada na Força Especial do Exército Americano na Europa nos anos 60 e depois quando membro dos serviços de inteligência em operação na Europa. O interesse de John pela psicologia alinhava-se com o objetivo básico da lingüística - revelar a gramática oculta de pensamento e ação.
Descobrindo a semelhança de seus interesses, eles decidiram combinar os respectivos conhecimentos de computação e lingüística, junto com a habilidade para copiar comportamentos não-verbais, com o intuito de desenvolver uma "linguagem de mudança".
John Grinder No começo, nas noites de terça-feira, Richard Bandler conduzia um grupo de terapia Gestalt formado por estudantes e membros da comunidade local. Ele usava como modelo o seu fundador iconoclasta, o psiquiatra alemão Fritz Perls. Para imitar o dr. Perls, Richard chegou a deixar crescer a barba, fumar um cigarro atrás do outro e falar inglês com sotaque alemão. Nas noites de quinta-feira, Grinder conduzia um outro grupo usando os modelos verbais e não-verbais do dr. Perls que vira e ouvira Richard usar na terça. Sistematicamente, eles começaram a omitir o que achavam ser comportamentos irrelevantes (o sotaque alemão, o hábito de fumar) até descobrirem a essência das técnicas de Perl - o que fazia Perls ser diferente de outros terapeutas menos eficazes. Haviam iniciado a disciplina de Modelagem da Excelência Humana.
Encorajados por seus sucessos, eles passaram a estudar um dos grandes fundadores da terapia de família, Virginia Satir, e o filósofo inovador e pensador de sistemas, Gregory Bateson. Richard reuniu suas constatações originais na sua tese de mestrado, publicada mais tarde como o primeiro volume do livro The Structure of Magic (A Estrutura da Magia). Bandler e Grinder tinham se tornado uma equipe, e as suas pesquisas continuaram a ser feitas com determinação.
Richard Bandler O que os diferenciava de muitas escolas de pensamento psicológico alternativo, cada vez mais numerosas na Califórnia naquela época, era a busca da essência da mudança. Quando Bandler e Grinder começaram a estudar pessoas com dificuldades variadas, observaram que todas as que sofriam de fobias pensavam no objeto de seu medo como se estivessem passando por aquela experiência no momento. Quando estudaram pessoas que já haviam se livrado de fobias, eles viram que todas elas agora pensavam nesta experência de medo como se a tivessem vendo acontecer com outra pessoa- semelhante a observar um parque de diversões à distância. Com esta descoberta simples, mas profunda, Bandler e Grinder decidiram ensinar sistematicamente pessoas fóbicas a experimentarem seus medos como se estivessem observando suas fobias acontecerem com uma outra pessoa à distância. As sensações fóbicas desapareceram instantaneamente. Uma descoberta fundamental da PNL havia sido feita. Como as pessoas pensam a respeito de uma coisa faz uma diferença enorme na maneira como elas irão vivenciá-la.
Ao buscar a essência da mudança nos melhores mestres que puderam encontrar, Bandler e Grinder questionaram o que mudar primeiro, o que era mais importante mudar, e por onde seria mais importante começar. Por sua habilidade e crescente reputação, rapidamente conseguiram ser apresentados a alguns dos maiores exemplos de excelência humana no mundo, incluindo o Doutor Milton H. Erickson, M.D., fundador da Sociedade Americana de Hipnose Clínica e amplamente reconhecido como o mais notável hipnotizador do mundo.
Doutor Erickson era uma pessoa tão excêntrica quanto Bandler e Grinder. Jovem e robusto fazendeiro de Wisconsin, na década de 1920, ele foi atacado pela poliomielite aos dezoito anos. Incapaz de respirar sozinho, ele passou mais de um ano deitado dentro de um pulmão de aço na cozinha da sua casa. Embora para uma outra pessoa qualquer isso pudesse ter significado uma sentença de prisão, Erickson era fascinado pelo comportamento humano e se distraía observando como a família e os amigos reagiam uns aos outros, consciente e inconscientemente. Ele construía comentários que provocariam respostas imediatas ou retardadas nas pessoas a sua volta, o tempo todo aprimorando a sua capacidade de observção e de linguagem.
Recuperando-se o suficiente para sair do pulmão de aço, ele reaprendeu a andar sozinho, observando sua irmãzinha dar os primeiros passos. Embora continuasse precisando de muletas, participou de uma corrida de canoagem antes de partir para a faculdade, onde acabou se formando em medicina e depois em psicologia. Suas experiências e provações pessoais anteriores o deixaram muito sensível à sutil influência da linguagem e do comportamento. Ainda estudando medicina, ele começou a se interessar muito por hipnose, indo mais além da simples observação de pêndulos e das monótonas sugestões de sonolência. Ele observou que seus pacientes, ao lembrarem de certos pensamentos ou sensações, entravam naturalmente em um breve estado semelhante a um transe e que esses pensamentos e sensações poderiam ser usados para induzir estados hipnóticos. Mais velho, ele se tornou conhecido como o mestre da hipnose indireta, um homem que podia induzir um transe profundo apenas contando histórias.
Na década de 1970, o dr. Erickson já era muito conhecido entre os profissionais da medicina e era até assunto de vários livros, mas poucos alunos seus conseguiam reproduzir seu trabalho ou repetir seus resultados. Dr. Erickson freqüentemente era chamado de "curandeiro ferido", visto que muitos colegas seus achavam que seus sofrimentos pessoais eram responsáveis por ele ter se tornado um terapeuta habilidoso e famoso mundialmente.
Quando Richard Bandler ligou pedindo uma entrevista, aconteceu de o dr. Erickson atender, pessoalmente, o telefone. Embora Bandler e Grinder fossem recomendads por Gregory Bateson, Erickson respondeu que era um homem muito ocupado. Bandler reagiu dizendo, " Algumas pessoas, dr. Erickson, sabem como achar tempo", enfatizando bem "dr. Erickson" e as duas últimas palavras. A resposta foi, "Venha quando quiser", enfatizando também as duas últimas palavras em especial. Embora, aos olhos do dr. Erickson, a falta de um diploma de psicologia fosse uma desvantagem para Bandler e Grinder, o fato de esses dois jovens talvez serem capazes de descobrir o que tantos outros não haviam percebido o deixou intrigado. Afinal de contas, um deles havia acabado de falar com ele usando uma de suas próprias descobertas de linguagem hipnótica, hoje conhecida como um comando embutido. Ao enfatizar as palavras "dr. Erickson, achar tempo", ele havia criado uma frase separada dentro de uma outra maior que teve o efeito de um comando hipnótico.
Bandler e Grinder chegaram no consultório/casa do dr. Erickson em Phoenix, no Arizona, para aplicar suas técnicas de modelagem, recentemente desenvolvidas, ao trabalho do talentoso hipnotizador. A combinação das legendárias técnicas de hipnotização do dr. Erickson e as técnicas de modelagem de Bandler e Grinder forneceram a base para uma explosão de novas técnicas terapêuticas. O trabalho deles junto com o dr. Erickson confirmou que haviam encontrado uma forma de compreender e reproduzir a excelência humana.
Nesta época, as turmas da faculdade e os grupos noturnos conduzidos por Grinder e Bandler estavam atraindo um número crescente de alunos ansiosos por aprenderem esta nova tecnologia de mudança. Nos anos seguintes,vários deles, inclusive Leslie Cameron-Bandler, Judith DeLozier, Robert Dilts e David Gordon dariam importantes contribuições próprias. Oralmente, esta nova abordagem de comunicação e mudança começou a se espalhar por todo o país. Steve Andreas, na época um conhecido terapeuta da Gestalt, deixou de lado o que estava fazendo para estudá-la. Rapidamente, ele decidiu que a PNL era uma novidade tão importante que, junto com a mulher e sócia, Connirae Andreas, gravou os seminários de Bandler e Grinder e os transcreveu em vários livros. O primeiro, Frogs into Princes (Sapos em Príncipes - Summus), se tornaria o primeiro best-seller sobre PNL. Em 1979, um extenso artigo sobre PNL foi publicado na revista Psychology Today, intitulado "People Who Read People". A PNL deslanchava.
Hoje, a PNL é a essência de muitas abordagens para a comunicação e para a mudança. Popularizada por Anthony Robbins, John Bradshaw e outros, partículas de PNL se inseriram nos treinamentos de vendas, seminários sobre comunicação, salas de aula e conversas. Quando alguém fala de Modelagem da Excelência Humana, ficar em forma, criar rapport, criar um futuro atraente ou quão "visual" é, está usando conceitos da PNL. Estamos encantados que a PNL esteja finalmente se tornando mais conhecida. O fato é que, um pouco de conhecimento pode ser perigroso, ou pode não significar nada. Saber sobre a Modelagem da Excelência Humana é muito diferente do que ser capaz de fazer isso. Saber um pouquinho de PNL é diferente de ter a chance de fazê-la sua. É por isso que escrevemos este livro.
Extraído do livro:
PNL - A Nova Tecnologia do Sucesso página 32
Steve Andreas e Charles Faulkner
Equipe de Treinamento da NLP Comprehensive
Editora Campus
Se tem algo que eu sei é sobre Programação Neuro-Linguística. Como já passei no texto acima, Programação deriva de que nossa mente são programas que podem ser atualizados, Neuro se refere aos processos cerebrais e Linguística a forma como nos expressamos.
A Programação Neuro-Linguística passou a ser vista ultimamente e difundida por pessoas que as transformam em algo muito próximo de auto-ajuda, mas ela se difere muito de suas características da auto-ajuda. Ela faz análise de comportamentos, ensina a como modelar crenças, modelar comportamentos, porém é muito simplista haja vista que a leitura de alguns autores atuais, mas livros dos quais recomendo sendo eles Sapos em Principes, Engenharia da Persuasão, Introdução a Programação Neuro-Linguísticas, todas as publicações de Milton Herickson são de extrema importância para se compreender esse assunto.
A Programação Neuro-Linguística já retirou fobias, inseguranças, criou novas crenças em pessoas, mas longe de curar doenças e outras mazelas. Ela é uma ciência voltada ao estudo da excelência humana.
Há pressupostos da PNL que são baseados assim:
- Se você modelar hábitos e crenças de pessoas que já fazem bem o que você quer fazer, então você pode fazer aquilo.
Não confundam as coisas, se um cara é estudioso, a pessoa vai modelar hábitos e crenças em relação a forma como ele estuda e aplica.
Para isso se fazem padrões, ou seja, a mente em si segue padrões.
Na forma das linguagens pode-se apresentar os famosos padrões de linguagem que pode desligar a mente consciente e entrar na mente inconsciente, onde reside as emoções etc.
Uma das pessoas mais feras dessa área foi Milton H. Erickson, o cara aplicou uma nova forma de levar as pessoas ao transe contando histórias, quando Richard Bandler descobriu junto com Grinder, desvendaram os padrões de linguagem de Erickson, pois o cara já estava tão acostumado que sua mente executava automaticamente.
A PNL é hoje muito grande e muito falaciosa e utilizada por pessoas que querem ganho monetário, hoje considero Anthony Robbins como o único até certo ponto que pode fazer PNL.
A Programação Neuro-Linguística passou a ser vista ultimamente e difundida por pessoas que as transformam em algo muito próximo de auto-ajuda, mas ela se difere muito de suas características da auto-ajuda. Ela faz análise de comportamentos, ensina a como modelar crenças, modelar comportamentos, porém é muito simplista haja vista que a leitura de alguns autores atuais, mas livros dos quais recomendo sendo eles Sapos em Principes, Engenharia da Persuasão, Introdução a Programação Neuro-Linguísticas, todas as publicações de Milton Herickson são de extrema importância para se compreender esse assunto.
A Programação Neuro-Linguística já retirou fobias, inseguranças, criou novas crenças em pessoas, mas longe de curar doenças e outras mazelas. Ela é uma ciência voltada ao estudo da excelência humana.
Há pressupostos da PNL que são baseados assim:
- Se você modelar hábitos e crenças de pessoas que já fazem bem o que você quer fazer, então você pode fazer aquilo.
Não confundam as coisas, se um cara é estudioso, a pessoa vai modelar hábitos e crenças em relação a forma como ele estuda e aplica.
Para isso se fazem padrões, ou seja, a mente em si segue padrões.
Na forma das linguagens pode-se apresentar os famosos padrões de linguagem que pode desligar a mente consciente e entrar na mente inconsciente, onde reside as emoções etc.
Uma das pessoas mais feras dessa área foi Milton H. Erickson, o cara aplicou uma nova forma de levar as pessoas ao transe contando histórias, quando Richard Bandler descobriu junto com Grinder, desvendaram os padrões de linguagem de Erickson, pois o cara já estava tão acostumado que sua mente executava automaticamente.
A PNL é hoje muito grande e muito falaciosa e utilizada por pessoas que querem ganho monetário, hoje considero Anthony Robbins como o único até certo ponto que pode fazer PNL.
Golfinho é um site de Programação Neuro-Linguística que pode te informa alguma coisa boa, mas aviso p'ra ter cuidado com algumas leituras naquele site, muita coisa alí pode ir para o beleléu.
Re: Alguém sabe dizer se...
Acauan escreveu:Wallace escreveu:Ok Acauan...
Você parece conhecer do assunto.
Quando me referi a ciência ou pseudo, estava querendo dizer que se tal técnica tinha embasamento cientifico, ou seja, se foi fruto de alguma pesquisa séria, ou alguma sacada marqueteira ala aos esquemas de auto-ajuda new age... Tipo "O Segredo" e outros.
O que me chamou a atenção foi saber que tal técnica vem sendo utilizado para ministração de aulas, e isso é o meu interesse real.
Você citou que os RHs estão se utilizando dela sem ao menos saber do que se trata... Teria com você fazer um review do assunto?
De qualquer forma obrigado!
Os fundamentos da PNL foram desenvolvidas pelo psicoterapeuta Milton Erickson, que era paralítico e, talvez por conta disto, possuía uma excepcional sensibilidade para perceber sinais espontâneos em seus pacientes e descobrir suas correlações comportamentais.
Tendo o trabalho de Erickson por base, Richard Bandler e John Grinder fizeram uma série de estudos que sistematizaram as técnicas para se provocar determinadas reações inconscientes em pessoas submetidos a determinados estímulos verbais e não-verbais subliminares.
O problema é que Bandler e Grinder não se restringiram à pesquisa acadêmica, transformaram a PNL em um produto vendável, disponibilizando os rudimentos da técnica adaptados para aplicações específicas, como vendas ou advocacia de tribunal.
Desta PNL de segunda mão derivaram várias franchisings, nas quais divulgadores que não tiveram contato com o desenvolvimento da técnica original ou mesmo a conheciam de modo completo, criavam sub-produtos aplicativos para onde quer que houvesse algum mercado disposto a receber consultorias a respeito ou pagar por palestras sobre o assunto.
É deste terceiro nível, em que a PNL já se encontra bastante afastada de suas origens como pesquisa científica, que alguns brasileiros se inteiraram nas fontes disponíveis nos Estados Unidos, sendo Lair Ribeiro a cara mais visível desta turma, que por aqui repassaram a técnica misturada a diversos modismos de época.
Seguiu-se um processo de popularização, na qual palestrantes que aprenderam PNL diretamente de seus divulgadores brasileiros, recebendo um produto de quarta mão já contaminado e mercantilizado, encontraram um mercado consumidor altamente receptivo nos departamentos de recursos humanos das grandes corporações, que passaram a comprar palestras, cursos e consultoria de PNL aplicada a liderança executiva, gestão de equipes e, principalmente, técnicas de treinamento.
Estes cursos e palestras da versão brasileira da PNL produziam grande impacto emocional nas platéias, mas resultados de difícil mensuração, para se dizer o mínimo.
Estranho seria se palestrantes treinados e minimamente competentes em técnicas para produzir reações inconscientes não fossem capazes de convencer seus expectadores de que os cachês e honorários cobrados foram muito merecidos. Tirar qualquer coisa de prático disto é outro problema.
Bem colocado Acauan, só preciso fazer uma pequena correção, a intenção de Grinder, Erickson e Bandler era transformar em uma ciência e aperfeiçoa-la, mas as pessoas as quais praticavam acabou deixando isso se tornar de segunda mão, terceira mãe e assim por diante.
PNL hoje só considero forte nas suas aplicações as relações humanas se estudada de maneira cautelosa.
Anauê.