Discriminação genética no mercado deve ser legal?
- zumbi filosófico
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Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Com o avanço da genética, há a possibilidade da discriminação ser mais precisa e funcional do que por grupos raciais.
Os principais beneficiários dessa discriminação são as seguradoras, e alguns empregadores. Com informações sobre propensões genéticas, as seguradoras podem cobrar mais ou se negar segurar pessoas de acordo com essas tendências. Se há genes que determinam uma propensão a desenvolver câncer, as seguradoras podem descartar esses clientes, e restringir os clientes apenas aqueles cujo risco for consideravelmente reduzido, que não tem grande chance de vir realmente a precisar do seguro, dessa forma aumentando os seus lucros. As seguradoras podem inclusive avaliar, se a propensão genética é a algo grave ou algo mais ameno, e descartar os problemas mais graves ou que acabem somando mais pagamentos aos clientes.
Isso já está se tornando realidade. O site do National Genome Research Institute ( genome.gov ) diz que "numerosas reportagens e estudos já desvendaram instâncias onde pessoas tiveram cobertura de seguro negada para condições específicas com base em informações genéticas".
Considerando alguns possíveis argumentos a favor da legalidade:
Isso não é motivo de preocupação, mais provavelmente a discriminação não será lucrativa e as pessoas não serão discriminadas de forma preocupante, que as afete muito.
Ou, é até motivo de certa preocupação, mas deve ser apenas uma preocupação individual, sem implicações legais no sentido de coibir esse tipo de discriminação legalmente. Ou seja, por pior que for, mesmo que essas pessoas que acabarem sofrendo discriminação genética não sejam culpadas da própria miséria, essa possibilidade legal é a mais moralmente correta das opções por preservar um alto nível de liberdade em negociações.
Considerando alguns possíveis argumentos contrários:
O fator humano (e ainda argumentavelmente, a liberdade) é mais importante que esse grau de liberdade de negociação, podemos restringir em algo o grau de liberdade legal em negociações. É algo que pode ser feito de forma gradual; não precisamos ser maniqueistas-reducionistas. Não implica, por exemplo, em abolição da propriedade privada e que a música de natal "noite feliz" tenha que ter sua letra mudada para algo em adoração ao Karl Marx.
Os principais beneficiários dessa discriminação são as seguradoras, e alguns empregadores. Com informações sobre propensões genéticas, as seguradoras podem cobrar mais ou se negar segurar pessoas de acordo com essas tendências. Se há genes que determinam uma propensão a desenvolver câncer, as seguradoras podem descartar esses clientes, e restringir os clientes apenas aqueles cujo risco for consideravelmente reduzido, que não tem grande chance de vir realmente a precisar do seguro, dessa forma aumentando os seus lucros. As seguradoras podem inclusive avaliar, se a propensão genética é a algo grave ou algo mais ameno, e descartar os problemas mais graves ou que acabem somando mais pagamentos aos clientes.
Isso já está se tornando realidade. O site do National Genome Research Institute ( genome.gov ) diz que "numerosas reportagens e estudos já desvendaram instâncias onde pessoas tiveram cobertura de seguro negada para condições específicas com base em informações genéticas".
Considerando alguns possíveis argumentos a favor da legalidade:
Isso não é motivo de preocupação, mais provavelmente a discriminação não será lucrativa e as pessoas não serão discriminadas de forma preocupante, que as afete muito.
Ou, é até motivo de certa preocupação, mas deve ser apenas uma preocupação individual, sem implicações legais no sentido de coibir esse tipo de discriminação legalmente. Ou seja, por pior que for, mesmo que essas pessoas que acabarem sofrendo discriminação genética não sejam culpadas da própria miséria, essa possibilidade legal é a mais moralmente correta das opções por preservar um alto nível de liberdade em negociações.
Considerando alguns possíveis argumentos contrários:
O fator humano (e ainda argumentavelmente, a liberdade) é mais importante que esse grau de liberdade de negociação, podemos restringir em algo o grau de liberdade legal em negociações. É algo que pode ser feito de forma gradual; não precisamos ser maniqueistas-reducionistas. Não implica, por exemplo, em abolição da propriedade privada e que a música de natal "noite feliz" tenha que ter sua letra mudada para algo em adoração ao Karl Marx.
- zumbi filosófico
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Uma outra coisa relacionada: judias asquenazes tem maior propensão estatística, acho que a um tipo de câncer de mama. Devido a umas coisas relacionadas a patentes, os testes para não-judias poderiam acabar saindo até gratuitamente, mas para as asquenazes não.
Genetic patent singles out Jewish women
Alison Abbott
Topof page
Abstract
European ruling on test for breast cancer gene slammed as discriminatory.
Europe's rules for gene patenting are under attack for allowing racial discrimination. On 29 June, the European Patent Office (EPO) upheld a patent that will mean Ashkenazi Jews have to pay for screening for a particular breast-cancer gene.
http://www.nature.com/nature/journal/v4 ... 6012a.html
Genetic patent singles out Jewish women
Alison Abbott
Topof page
Abstract
European ruling on test for breast cancer gene slammed as discriminatory.
Europe's rules for gene patenting are under attack for allowing racial discrimination. On 29 June, the European Patent Office (EPO) upheld a patent that will mean Ashkenazi Jews have to pay for screening for a particular breast-cancer gene.
http://www.nature.com/nature/journal/v4 ... 6012a.html
Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Continuo com Rousseau: Ceder à força é um ato preciso, não voluntário, portanto, não resultando nenhuma moralidade desse feito.
Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
GENOCENTRISMO
- zumbi filosófico
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
O que segue são traduções/adaptações de trechos das matérias para as quais eu coloquei links:
- Em abril de 1999 Terri Seargent foi ao médico devido a dificuldades respiratórias. Um teste genético confirmou que ela tinha deficiência de alfa-1, significando que poderia eventualmente morrer pela mesma causa que matou seu irmão. O teste provavelmente salvou sua vida - a condição é tratável se detectada cedo - mas quando o seu empregador soube de sua condição, ela foi despedida e perdeu o seguro de saúde.
- Por medo de demissão ou de perder seguro-saúde, pessoas têm escolhido não ser testadas para questões importantes sobre sua saúde. Um terço das mulheres contactadas para um estudo sobre câncer de mama recusou participar por temer demissão ou perda de seguro-saúde. Um estudo de 1998 do National Center for Genome Resources relatou que 63% das pessoas não fariam testes genéticos se os seus empregadores pudessem acessar os resultados.
[Sciam] Pink slip in your genes
______________________________________
Cientistas do Conselho por Genética Responsável documentaram dentenas de casos onde pessoas saudáveis tiveram seguro ou emprego negado com base em "previsões" genéticas. Claro, apenas relativamente poucas doenças genéticas são deterministas; a maioria dos testes (que tem limites inerentes) não podem nos contar se uma mutação se manifestará; se isso ocorrer, não pode nos contar quando irá ocorrer na vida, e se isso ocorrer, quão severa a condição será. Além disso, diversas condições genéticas podem ser controladas ou tratadas por intevenções a mudanças ambientais; por isso os governos tornam obrigatório o "teste do pézinho".
Alguns casos de discriminação genética:
- Uma mulher saudável, que eventualmente mencionou ao médico de família que o pai tinha sido diagnosticado com doença de Huntington, que que ela mesma tinha risco de herdar essa doença genética, teve negado seguro por invalidez. A companhia de seguros a rejeitou por encontrar uma nota sobre o diagnóstico do pai nas margens dos seus registros médicos.
- Um garoto saudável, com um gene que o predispunha a problemas cardíacos, teve cobertura de saúde negada pela companhia de seguros dos seus pais, ainda que o garoto tomasse medicamentos que eliminavam o risco da doença se manifestar.
[...]
[actionbioscience.org] Does Genetic Research Threaten Our Civil Liberties?
- Em abril de 1999 Terri Seargent foi ao médico devido a dificuldades respiratórias. Um teste genético confirmou que ela tinha deficiência de alfa-1, significando que poderia eventualmente morrer pela mesma causa que matou seu irmão. O teste provavelmente salvou sua vida - a condição é tratável se detectada cedo - mas quando o seu empregador soube de sua condição, ela foi despedida e perdeu o seguro de saúde.
- Por medo de demissão ou de perder seguro-saúde, pessoas têm escolhido não ser testadas para questões importantes sobre sua saúde. Um terço das mulheres contactadas para um estudo sobre câncer de mama recusou participar por temer demissão ou perda de seguro-saúde. Um estudo de 1998 do National Center for Genome Resources relatou que 63% das pessoas não fariam testes genéticos se os seus empregadores pudessem acessar os resultados.
[Sciam] Pink slip in your genes
______________________________________
Cientistas do Conselho por Genética Responsável documentaram dentenas de casos onde pessoas saudáveis tiveram seguro ou emprego negado com base em "previsões" genéticas. Claro, apenas relativamente poucas doenças genéticas são deterministas; a maioria dos testes (que tem limites inerentes) não podem nos contar se uma mutação se manifestará; se isso ocorrer, não pode nos contar quando irá ocorrer na vida, e se isso ocorrer, quão severa a condição será. Além disso, diversas condições genéticas podem ser controladas ou tratadas por intevenções a mudanças ambientais; por isso os governos tornam obrigatório o "teste do pézinho".
Alguns casos de discriminação genética:
- Uma mulher saudável, que eventualmente mencionou ao médico de família que o pai tinha sido diagnosticado com doença de Huntington, que que ela mesma tinha risco de herdar essa doença genética, teve negado seguro por invalidez. A companhia de seguros a rejeitou por encontrar uma nota sobre o diagnóstico do pai nas margens dos seus registros médicos.
- Um garoto saudável, com um gene que o predispunha a problemas cardíacos, teve cobertura de saúde negada pela companhia de seguros dos seus pais, ainda que o garoto tomasse medicamentos que eliminavam o risco da doença se manifestar.
[...]
[actionbioscience.org] Does Genetic Research Threaten Our Civil Liberties?
- Ilovefoxes
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Não vejo problema nenhum. Seguradoras funcionam assim.
Vocês estão sendo moralistas e querendo ditar o que uma empresa privada pode ou não fazer.
Não gosta de como as seguradoras funcionam, não compre seguros.
Quem faz as seguradoras são os segurados, não a empresa em si. Se ela faz algo que não deve, que a população não contribua. Democracia caros.
Vocês estão sendo moralistas e querendo ditar o que uma empresa privada pode ou não fazer.
Não gosta de como as seguradoras funcionam, não compre seguros.
Quem faz as seguradoras são os segurados, não a empresa em si. Se ela faz algo que não deve, que a população não contribua. Democracia caros.
- Apáte
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Maniqueísmo esquerdista.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
- zumbi filosófico
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Ilovefoxes escreveu:Vocês estão sendo moralistas e querendo ditar o que uma empresa privada pode ou não fazer.
E legislar contra a escravidão, seria também apenas moralismo, impedindo empreededores privados de produzir de forma mais lucrativa?
Não gosta de como as seguradoras funcionam, não compre seguros.
Er... umm... se você lesse o tópico, veria que algumas pessoas nem tiveram essa opção... e é esse o ponto.
Quem faz as seguradoras são os segurados, não a empresa em si. Se ela faz algo que não deve, que a população não contribua. Democracia caros.
E na democracia a legislação sobre as práticas comerciais e etc não é um mecanismo válido para que a população possa "não contribuir" com o que considera errado, ao mesmo tempo, não tendo que abdicar totalmente de algo importante?
- zumbi filosófico
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Apáte escreveu:Maniqueísmo esquerdista.
Realmente. Assunto encerrado.
- Ilovefoxes
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Mas essa comparação não é correta.E legislar contra a escravidão, seria também apenas moralismo, impedindo empreededores privados de produzir de forma mais lucrativa?
A discriminação da empresa é quanto a disponibilidade de seus serviços. Uma coisa é não dar, outra coisa é forçar alguém a fazer algo.
Isso mais parece uma guerra "povo bom x empresas maléficas" das propagandas socialistas.Er... umm... se você lesse o tópico, veria que algumas pessoas nem tiveram essa opção... e é esse o ponto.
Uma seguradora se resume à: você nos paga X por mês, e se você morrer nós te damos 10X.
Me parece racional que caso haja mais de 50% de chance de uma pessoa morrer, ela cancelo o seguro. Não entendi o problema, é assim que funcione, você ache feio ou não.
Ou afinal, um aidético com problemas cardíacos e derrame cerebral também não é discriminado quando a seguradora não permite pessoas com doenças terminais?
Uma seguradora funciona assim mesmo e você sabe disso. Não gosta, não contribua. Faça sua parte.
Lá vá me dizer que a industria do tabaco tem culpa que as pessoas fumem? Vá me dizer que elas não sabem que causa depedência? Vá me dizer que a culpa é das empresas, quando há aquelas fotos "Atenção, cigarro causa..." na embalagem do cigarro?
Você não está falando sobre legislar.E na democracia a legislação sobre as práticas comerciais e etc não é um mecanismo válido para que a população possa "não contribuir" com o que considera errado, ao mesmo tempo, não tendo que abdicar totalmente de algo importante?
Você estava falando sobre se o progresso da genética não vai permitir a discriminação por parte de seguradoras.
Como eu impeço alguém de não contratar alguém por ter tatuagens? O empregador pode argumentar que não achou a pessoa boa para o cargo e fim de assunto.
Seu DNA está em cada célula do seu corpo, não existe como "legislar" sobre isso a menos com uma máquina controla de mentes.
- zumbi filosófico
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Ilovefoxes escreveu:Mas essa comparação não é correta.E legislar contra a escravidão, seria também apenas moralismo, impedindo empreededores privados de produzir de forma mais lucrativa?
A discriminação da empresa é quanto a disponibilidade de seus serviços. Uma coisa é não dar, outra coisa é forçar alguém a fazer algo.
Isso é uma distinção moral também.
Isso mais parece uma guerra "povo bom x empresas maléficas" das propagandas socialistas.Er... umm... se você lesse o tópico, veria que algumas pessoas nem tiveram essa opção... e é esse o ponto.
Isso é só um espantalho, uma forma caricata de tentar desqualificar a coisa.
Uma seguradora se resume à: você nos paga X por mês, e se você morrer nós te damos 10X.
Me parece racional que caso haja mais de 50% de chance de uma pessoa morrer, ela cancelo o seguro. Não entendi o problema, é assim que funcione, você ache feio ou não.
Ou afinal, um aidético com problemas cardíacos e derrame cerebral também não é discriminado quando a seguradora não permite pessoas com doenças terminais?
Você acha que tudo bem então que as seguradoras essencialmente "roubem" o dinheiro na medida em que aceitam como clientes apenas as pessoas que mais provavelmente não terão problemas, não precisarão do "serviço" do seguro, e descartem os que mais provavelmente precisariam?Uma seguradora funciona assim mesmo e você sabe disso. Não gosta, não contribua. Faça sua parte.
Se eu tivesse (não sei se tenho) algum gene que me predispusesse a alguma condição que me desqualificasse para algum tipo de seguro, eu não poderia "fazer a minha parte".Você não está falando sobre legislar.E na democracia a legislação sobre as práticas comerciais e etc não é um mecanismo válido para que a população possa "não contribuir" com o que considera errado, ao mesmo tempo, não tendo que abdicar totalmente de algo importante?
Leia o enunciado do tópico: "discriminação genética no mercado deve ser legal?"Você estava falando sobre se o progresso da genética não vai permitir a discriminação por parte de seguradoras.
Não, disse que isso já ocorre, como exemplificado no decorrer do tópico.Seu DNA está em cada célula do seu corpo, não existe como "legislar" sobre isso a menos com uma máquina controla de mentes.
É tão possível fazer leis anti-discriminação quanto leis contra trabalho infantil e outras coisas diversas.
- Claudio Loredo
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Discriminar as pessoas baseado em sua herança genética só irá gerar mais violência, pois a revolta dos discriminados será grande. No final os discriminadores não conseguirão suportar o peso de carregar tal opressão.
A força de vontade de quem não nasce com os genes mais perfeitos conta muiito. alguém pode ter um QI menor que outro, mas este alguém pode se esforçar muito mais e conseguir ocupar um cargo melhor do que qualquer outro por saber vencer suas deficiências.
Discriminação só gera violência e violência só gera atraso. Dêem condições de competição igual para todos e os melhores sempre se destacarão. Enquanto não for possível produzir seres humanos perfeitos, é necessário a não discriminação genética.
- Ilovefoxes
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Não, é uma comparação sem sentido.Isso é uma distinção moral também.
Não, não é.Isso é só um espantalho, uma forma caricata de tentar desqualificar a coisa.
Você comparou uma companhia de seguros com a escravatura, o que mais você espera além de ser chamado de socialista?
E quem fez espantalho foi você com sua comparação com a escravatura.
Você quer que eu chore?Você acha que tudo bem então que as seguradoras essencialmente "roubem" o dinheiro na medida em que aceitam como clientes apenas as pessoas que mais provavelmente não terão problemas, não precisarão do "serviço" do seguro, e descartem os que mais provavelmente precisariam?
"Roubem"
Só observo os termos que a criança usa. Com certeza não entende de mercado.
Mas você não é.Se eu tivesse (não sei se tenho) algum gene que me predispusesse a alguma condição que me desqualificasse para algum tipo de seguro, eu não poderia "fazer a minha parte".
Então se você não gostar dos métodos das seguradoras, não contribua com a empresa. Senão pára de reclamar.
Você escreveu mal o título do tópico. Ele não serve como argumento.Leia o enunciado do tópico: "discriminação genética no mercado deve ser legal?"
DNA pode ser obtido por células, não existe como controlar.
É maneira de linguagem. Da mesma forma que você em: "Com o avanço da genética, há a possibilidade da discriminação"Não, disse que isso já ocorre, como exemplificado no decorrer do tópico.
Em outras palavras eu não errei sobre o que você estava falando.
Por exemplo?É tão possível fazer leis anti-discriminação quanto leis contra trabalho infantil e outras coisas diversas.
Meu segurador não me contratou porque meu DNA aponta a chance alta de câncer de próstata. Mas ele diz que é porque eu tenho uma vida muito sedentária.
Que lei você vai colocar?
- Vai colocar na constituição que o corpo humano não pode ter o DNA em todas as células?
- Vai colocar na constituição que as seguradoras devem ter boa vontade?
- Vai colocar na constituição que exames de genética feitas para seguradoras é feio?
E além do mais, essa discriminação nunca iria funcionar.
Se por exemplo, eu tivesse altos índices de câncer de próstata, eu compraria pele morta de alguém saudável e espalharia sobre meu corpo depois de um banho. Não é perfeito, mas há altas chances do DNA avaliado ser errado.
Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Mas, zumbi, por que é imoral que uma seguradora do dano X cobre mais de um cliente que tem mais probabilidade de ser afetado por X? Isso não seria o mesmo que uma seguradora de carro cobrar mais de um cliente que mora em um bairro com alta taxa de roubo de carro?
- zumbi filosófico
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Ilovefoxes escreveu:Não, é uma comparação sem sentido.Isso é uma distinção moral também.
Não, ambas são distinções morais.
Você crê que é moralmente correto não permitir a escravidão porque é uma imposição, mas não crê que seja moralmente incorreta qualquer coisa que não seja "ativamente" imposta ou negada (tomada).
Você comparou uma companhia de seguros com a escravatura, o que mais você espera além de ser chamado de socialista?
Eu não comparei companhia de seguros com escravatura, pelo amor de Vênus. A proibição da escravidão é foi um exemplo de legislação sobre algo moral. Como é praticamente toda lei, diga-se de passagem.
Você quis desqualificar a necessidade de leis com base em ser "moralismo", mas rotular algo de "moralismo" não é nada mais do que dizer que é uma posição moral que você não considera importante. As leis regem coisas relacionadas a moral de qualquer forma, e alguém favorável à legalidade da escravidão também poderia rotular a igualdade de direitos entre pessoas de diferentes raças ou entre os sexos de "moralismo". Essa desqualificação não tem valor argumentatitvo algum, é como só vaiar, "buuuuuuuu!"
Você quer que eu chore?Você acha que tudo bem então que as seguradoras essencialmente "roubem" o dinheiro na medida em que aceitam como clientes apenas as pessoas que mais provavelmente não terão problemas, não precisarão do "serviço" do seguro, e descartem os que mais provavelmente precisariam?
"Roubem"
Só observo os termos que a criança usa. Com certeza não entende de mercado.
Note que eu coloquei entre aspas.
As seguradoras funcionam a partir do princípio de que é improvável que a maior parte das pessoas sofram acidentes ou passem por adversidades diversas ao mesmo tempo; na maior parte do tempo, elas estão indo bem. As seguradoras funcionam meio como cooperativas; as pessoas precisam guardar proporcionalmente menos dinheiro do que teriam que guardar sozinhos para o caso de adversidades, e ter proporcionalmente mais. Como na maior parte do tempo as pessoas não estão passando por essas adversidades, há margem para lucro, OK.
Se as seguradoras no entanto dão um jeito de fugir a essa função e se livrar de ter que cobrir pessoas com base na possibilidade (e não certeza, ou seja, ter um gene que predispõe a algo não é como dar um golpe numa seguradora) de poderem precisar do seguro, eu não sei bem como rotular isso senão como uma puta sacanagem.
Mas você não é.Se eu tivesse (não sei se tenho) algum gene que me predispusesse a alguma condição que me desqualificasse para algum tipo de seguro, eu não poderia "fazer a minha parte".
Você não sabe, nem eu sei. Na verdade, possivelmente você nem sabe se é o seu caso. Quantos testes genéticos já fez?
Você escreveu mal o título do tópico. Ele não serve como argumento.Leia o enunciado do tópico: "discriminação genética no mercado deve ser legal?"
Que merda...
Então EU não sei o que eu propus que se discutisse no tópico que eu escrevi... OK.
Por exemplo?É tão possível fazer leis anti-discriminação quanto leis contra trabalho infantil e outras coisas diversas.
Meu segurador não me contratou porque meu DNA aponta a chance alta de câncer de próstata. Mas ele diz que é porque eu tenho uma vida muito sedentária.
Que lei você vai colocar?
- Vai colocar na constituição que o corpo humano não pode ter o DNA em todas as células?
- Vai colocar na constituição que as seguradoras devem ter boa vontade?
- Vai colocar na constituição que exames de genética feitas para seguradoras é feio?
Já há legislações sendo feitas a esse respeito em outros países, claro que não dessas formas caricatas. Essencialmente tem a ver com privacidade de informações genéticas e/ou ilegalidade de decisões do tipo com base em informações genéticas.
http://www.genome.gov/11510228
E além do mais, essa discriminação nunca iria funcionar.
Já tem funcionado, leia os casos do tópico, e siga os links... há mais...
Se por exemplo, eu tivesse altos índices de câncer de próstata, eu compraria pele morta de alguém saudável e espalharia sobre meu corpo depois de um banho. Não é perfeito, mas há altas chances do DNA avaliado ser errado.
Ah, enfim, você sabotaria os seus próprios exames médicos para não saber das predisposições genéticas que você poderia ter, para minimizar a chance de perder emprego ou seguro.
Editado pela última vez por zumbi filosófico em 31 Dez 2007, 19:42, em um total de 1 vez.
- zumbi filosófico
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Procedure escreveu:Mas, zumbi, por que é imoral que uma seguradora do dano X cobre mais de um cliente que tem mais probabilidade de ser afetado por X? Isso não seria o mesmo que uma seguradora de carro cobrar mais de um cliente que mora em um bairro com alta taxa de roubo de carro?
Na verdade nem é esse o problema, isso seria razoável.
O que está ocorrendo são demissões e negações completas de cobertura de seguro (não preços maiores, talvez ocorram também, mas ainda não li a respeito), inclusive para condições que não se manifestam se controladas com medicação, que já era o caso.
...
Outra coisa "interessante" que ouvi recentemente é que planos de saúde preferem (não entendi bem porque ainda) cobrir medicação para depressão do que terapia cognitiva, que é muito melhor - não tem os efeitos colaterais das medicações (que podem inclusive ser agravamento temporário da depressão, fato que acabou levando ao suicídio de uma forista do fSTR há alguns anos) e reduz significativamente as recaídas.
...
Ainda tem a questão das patentes genéticas e das patentes de picuínhas médicas em geral, que possibilitam às indústrias lucrar sem ter que investir em pesquisa, ao mesmo tempo em que parasitam a pesquisa das faculdades, abordado na entrevista que passei há alguns posts atrás.
Não é questão de se ser anti-capitalista. Mas se fosse determinado que tem que haver um investimento de N% em pesquisa em vez de ser algo completamente livre para que invistam como bem entenderem - situação na qual a indústria farmacêutica tem investido mais em propaganda do que em pesquisa - seria melhor para todos. Não quer dizer que não pudessem lucrar com vendas de remédios, ou mesmo "reinventar a roda" com adições menores em coisas já inventadas e de domínio público para lucrar mais.
Poderia se dizer, "ah, compre então remédios das empresas que são mais responsáveis e menos gananciosas". Mas quantas pessoas saberiam disso? Como eu poderia saber quais são, e divulgar mais? Não corro risco talvez até de algum tipo de processo? Com a grana que eles tem para publicidade não podem contratar um marketeiro que elegeria até o Lula e limpar a imagem, parecerem uns santos e etc, enquanto continuam ganhando dinheiro fácil, às custas da pesquisa das faculdades? (públicas inclusive, talvez principalmente, no caso do Brasil)
A probabilidade é muito maior desse tipo de protesto pesar no bolso de quem protesta do que ser minimamente sentido pela a indústria farmacêutica, a menos que se conseguisse transformá-la numa espécie de encarnação do Mal, o que também está longe de ser a verdade ou desejável.
E repetindo, não acho que esse tipo de obrigação implicaria em se abolir todas as liberdades e em mudar músicas populares para odes comunistas.
- Ilovefoxes
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Aiai, olha a comparação que a criança faz... e ainda insiste.zumbi filosófico escreveu:Ilovefoxes escreveu:Não, é uma comparação sem sentido.Isso é uma distinção moral também.
Não, ambas são distinções morais.
Você crê que é moralmente correto não permitir a escravidão porque é uma imposição, mas não crê que seja moralmente incorreta qualquer coisa que não seja "ativamente" imposta ou negada (tomada).
Não, só disse que é o mesmo caso...Eu não comparei companhia de seguros com escravatura, pelo amor de Vênus.
E qual é o ponto? O termo "moralismo" já não é meio conotativo?Você quis desqualificar a necessidade de leis com base em ser "moralismo", mas rotular algo de "moralismo" não é nada mais do que dizer que é uma posição moral que você não considera importante. As leis regem coisas relacionadas a moral de qualquer forma, e alguém favorável à legalidade da escravidão também poderia rotular a igualdade de direitos entre pessoas de diferentes raças ou entre os sexos de "moralismo". Essa desqualificação não tem valor argumentatitvo algum, é como só vaiar, "buuuuuuuu!"
Que função? De fazer o que você quer?Se as seguradoras no entanto dão um jeito de fugir a essa função
Tá, e eu acho sacanagem ter gente usando Astronomia na hora de decidir quem contratar. Mas e aí, era para eu me sentir culpado ou coisa parecida?eu não sei bem como rotular isso senão como uma puta sacanagem
Por mim, sendo uma empresa privada é de se esperar.
É muito improvável. Para mim não faz diferença.Você não sabe, nem eu sei. Na verdade, possivelmente você nem sabe se é o seu caso. Quantos testes genéticos já fez?
Sei, proibiram as células de terem DNA? Senão não existe "privacidade".Essencialmente tem a ver com privacidade de informações genéticas e/ou ilegalidade de decisões do tipo com base em informações genéticas.
http://www.genome.gov/11510228
As leis também proíbem listas negras entre empresas, só que elas querem controlar coisas que não estão ao alcance. Saca?
Ué? Um monte de atleta bombeiam outra urina no pênis em exames. Não é algo muito diferente.Ah, enfim, você sabotaria os seus próprios exames médicos para não saber das predisposições genéticas que você poderia ter, para minimizar a chance de perder emprego ou seguro.
Você acha mesmo que com as seguradoras fazendo isso, muitas empresas não realizariam exames em particular, sem nem mesmo perguntar de quem é o DNA?
Vejam Gataca heheh.
Sobre saúde, na maior parte do mundo desenvolvido saúde é pública, garantida sem cobrança no local, sem poder ser negada a ninguém. É essencial em qualquer lugar expandir a saúde pública ao ponto de tornar os privados irrelevantes, a lógica de mercado na saúde contraria a vida. Ai fica claro que essa lógica coloca capital na frente de vidas humanas. O depoimento de Linda Penno deveria ser suficiente para convencer os mais céticos, os estudos feitos em Harvard, os quais já postei dúzias de vezes, tb.
Essa questão bioética eu abordo no meu livro, "A Nova Máquina do tempo". Um grupo terrorista é formado por pessoas geneticamente aprimoradas, nascidas através de seleção em laboratório e manipulação. Alguns desses acreditam que o poder deveria pertencer a eles. Parte dos conflitos com os heróis passa por ai. Quando ví o tópico imediatamente me lembrei hehe.
Sobre saúde, na maior parte do mundo desenvolvido saúde é pública, garantida sem cobrança no local, sem poder ser negada a ninguém. É essencial em qualquer lugar expandir a saúde pública ao ponto de tornar os privados irrelevantes, a lógica de mercado na saúde contraria a vida. Ai fica claro que essa lógica coloca capital na frente de vidas humanas. O depoimento de Linda Penno deveria ser suficiente para convencer os mais céticos, os estudos feitos em Harvard, os quais já postei dúzias de vezes, tb.
Essa questão bioética eu abordo no meu livro, "A Nova Máquina do tempo". Um grupo terrorista é formado por pessoas geneticamente aprimoradas, nascidas através de seleção em laboratório e manipulação. Alguns desses acreditam que o poder deveria pertencer a eles. Parte dos conflitos com os heróis passa por ai. Quando ví o tópico imediatamente me lembrei hehe.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
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- Ilovefoxes
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
É, mas nos EUA existem implantes cocleares. Todo mundo odeia o capitalismo selvagem na saúde dos EUA, mas todos se curvam ao que ele proporciona...Sobre saúde, na maior parte do mundo desenvolvido saúde é pública, garantida sem cobrança no local, sem poder ser negada a ninguém. É essencial em qualquer lugar expandir a saúde pública ao ponto de tornar os privados irrelevantes, a lógica de mercado na saúde contraria a vida. Ai fica claro que essa lógica coloca capital na frente de vidas humanas. O depoimento de Linda Penno deveria ser suficiente para convencer os mais céticos, os estudos feitos em Harvard, os quais já postei dúzias de vezes, tb.
Que original, copiou o Magneto dos X-Men...Essa questão bioética eu abordo no meu livro, "A Nova Máquina do tempo". Um grupo terrorista é formado por pessoas geneticamente aprimoradas, nascidas através de seleção em laboratório e manipulação. Alguns desses acreditam que o poder deveria pertencer a eles. Parte dos conflitos com os heróis passa por ai. Quando ví o tópico imediatamente me lembrei hehe.
Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Ilovefoxes escreveu:Sobre saúde, na maior parte do mundo desenvolvido saúde é pública, garantida sem cobrança no local, sem poder ser negada a ninguém. É essencial em qualquer lugar expandir a saúde pública ao ponto de tornar os privados irrelevantes, a lógica de mercado na saúde contraria a vida. Ai fica claro que essa lógica coloca capital na frente de vidas humanas. O depoimento de Linda Penno deveria ser suficiente para convencer os mais céticos, os estudos feitos em Harvard, os quais já postei dúzias de vezes, tb.
1)É, mas nos EUA existem implantes cocleares. Todo mundo odeia o capitalismo selvagem na saúde dos EUA, mas todos se curvam ao que ele proporciona...2)Que original, copiou o Magneto dos X-Men...Essa questão bioética eu abordo no meu livro, "A Nova Máquina do tempo". Um grupo terrorista é formado por pessoas geneticamente aprimoradas, nascidas através de seleção em laboratório e manipulação. Alguns desses acreditam que o poder deveria pertencer a eles. Parte dos conflitos com os heróis passa por ai. Quando ví o tópico imediatamente me lembrei hehe.
1)Quem pode pagar, uma pequena minoria. Em casos localizados, para quem tem dinheiro, a saúde dos EUA é a melhor do mundo, para a grande maioria, não é. Se vc fosse um dos 2 milhões de americanos por ano que vão a ruína financeira devido a contas médicas talvez não defendesse esse sistema. Sou totalmente favorável a avanços tecnológicos e pesquisa, mas não se pode abrir mão de um sistema universal, e não apenas na atenção ao paciente, mas em toda estrutura epidemiológica. É possível ter os dois.
2)Bola fora. Não tem poderes, nem são mutantes, foram criados com atuação de engenharia genética. Embora goste de X-men nem de longe foi minha inspiração. Huxley passa mais perto enquanto comparação, mas não trabalhei com castas como ele fez. Nem todos gerados a partir de engenharia genética se aliam a NAD o grupo terrorista.
E eu não reclamo originalidade, quem faz isso é arrogante e tolo, eu reclamo autenticidade. Tenho sim diversas inspirações, e dediquei uma parte do livro, na Nota Introdutória, até para comentar sobre várias.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
- zumbi filosófico
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Ilovefoxes escreveu:Aiai, olha a comparação que a criança faz... e ainda insiste.zumbi filosófico escreveu:Ilovefoxes escreveu:Não, é uma comparação sem sentido.Isso é uma distinção moral também.
Não, ambas são distinções morais.
Você crê que é moralmente correto não permitir a escravidão porque é uma imposição, mas não crê que seja moralmente incorreta qualquer coisa que não seja "ativamente" imposta ou negada (tomada).
Eu estou só tentando te explicar.
O ponto é:
Tanto a proibição de escravidão, quanto a proibição de discriminação genética, tem bases morais. Nenhuma é mais "moralista" que a outra, e ao menos uma delas você aceita.
Logo, dizer apenas que alguma delas "é moralismo", é não dizer nada além de que você não dá importância.
Não, só disse que é o mesmo caso...Eu não comparei companhia de seguros com escravatura, pelo amor de Vênus.
Bem, eu diria que não disse, mas acho que você sabe mais sobre o que eu escrevo e o que se passa na minha cabeça do que eu.
E qual é o ponto? O termo "moralismo" já não é meio conotativo?Você quis desqualificar a necessidade de leis com base em ser "moralismo", mas rotular algo de "moralismo" não é nada mais do que dizer que é uma posição moral que você não considera importante. As leis regem coisas relacionadas a moral de qualquer forma, e alguém favorável à legalidade da escravidão também poderia rotular a igualdade de direitos entre pessoas de diferentes raças ou entre os sexos de "moralismo". Essa desqualificação não tem valor argumentatitvo algum, é como só vaiar, "buuuuuuuu!"
O ponto é que "moralismo" é um rótulo que não acrescenta nada a partir do ponto que você já disse que não vê nada de errado em discriminação genética, não chega a ser um argumento.
Ou, como era o meu ponto, uma pessoa poderia igualmente defender que outros direitos além do de não ser discriminado genéticamente "são moralismo, é querer ditar o que as empresas podem ou não fazer".
Note que se prestar bem atenção eu não estou dizendo que as seguradoras são como os escravistas ou qualquer coisa do tipo. Estou só dizendo que alguém poderia atacar qualquer outra coisa simplesmente rotulando de "moralismo", não acrescenta nada, não chega a ser um argumento.
Que função? De fazer o que você quer?Se as seguradoras no entanto dão um jeito de fugir a essa função
As seguradoras fornecem o serviços de seguros. Não estou "pedindo" nada de excepcional.
Tá, e eu acho sacanagem ter gente usando Astronomia na hora de decidir quem contratar. Mas e aí, era para eu me sentir culpado ou coisa parecida?eu não sei bem como rotular isso senão como uma puta sacanagem
Por mim, sendo uma empresa privada é de se esperar.
Bem, o meu ponto no "pano de fundo" é que não é porque as empresas são privadas que as pessoas deveriam ter necessariamente o direito de fazer o que bem entender em todos os detalhes. As empresas podem ser privadas, mas não podem usar trabalho infantil. Não podem dar chicotadas nos empregados, etc. Tem contratos com os empregados que devem ser legais/não ser abusivos e etc. Quanto aos clientes, há diversos direitos do consumidor.
As empresas, apesar de privadas, ainda estão em um país e devem seguir as suas leis, e as leis concebivelmente numa democracia devem visar garnatir que as empresas não prejudiquem a população ou até que a beneficiem "positivamente" mesmo que a um "custo", desde que se considere razoável, como por exemplo, talvez, seguradoras terem que aceitar cobrir pessoas independentemente dos genes que tiverem, como vieram fazendo esse tempo todo antes de se ter mais informações sobre os genes, sem terem sido em algo lesadas por isso.
Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
Se deve ser legal eu não sei. Mas no Brasil com as cotas raciais abriu-se a caixa de pandora do racismo de estado.
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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Re: Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
zumbi filosófico escreveu:Apáte escreveu:Maniqueísmo esquerdista.
Realmente. Assunto encerrado.
Sim, o modo como a enquete foi formulada já encerra a questão.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
- zumbi filosófico
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
RACISMO no modo de formular a assim-chamada "enquete".
- Ilovefoxes
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Re.: Discriminação genética no mercado deve ser legal?
E?Logo, dizer apenas que alguma delas "é moralismo", é não dizer nada além de que você não dá importância.
E? Quer chegar a onde, me fazer sentir culpado por ter dito "moralismo"? Não sei qual a insistência.O ponto é que "moralismo" é um rótulo que não acrescenta nada a partir do ponto que você já disse que não vê nada de errado em discriminação genética, não chega a ser um argumento.
Ou, como era o meu ponto, uma pessoa poderia igualmente defender que outros direitos além do de não ser discriminado genéticamente "são moralismo, é querer ditar o que as empresas podem ou não fazer".
Note que se prestar bem atenção eu não estou dizendo que as seguradoras são como os escravistas ou qualquer coisa do tipo. Estou só dizendo que alguém poderia atacar qualquer outra coisa simplesmente rotulando de "moralismo", não acrescenta nada, não chega a ser um argumento.
Segundo você. Pelo que eu saiba seguradoras querem ganhar dinheiro. Seguros está em segundo plano.As seguradoras fornecem o serviços de seguros. Não estou "pedindo" nada de excepcional.
A única coisa que não pode, é obrigar alguém a alguma coisa.Bem, o meu ponto no "pano de fundo" é que não é porque as empresas são privadas que as pessoas deveriam ter necessariamente o direito de fazer o que bem entender em todos os detalhes. As empresas podem ser privadas, mas não podem usar trabalho infantil. Não podem dar chicotadas nos empregados, etc. Tem contratos com os empregados que devem ser legais/não ser abusivos e etc. Quanto aos clientes, há diversos direitos do consumidor.
Fora isso, desde que você pague o ator mirím ou o testador de chicotes, não é de se impressionar que aceitem.
Tá, proibir a lei da gravidade impediria muitos suicídios em pontos. Por que ainda não fizeram se beneficiar a população é algo que a lei visa?As empresas, apesar de privadas, ainda estão em um país e devem seguir as suas leis, e as leis concebivelmente numa democracia devem visar garnatir que as empresas não prejudiquem a população ou até que a beneficiem "positivamente" mesmo que a um "custo", desde que se considere razoável, como por exemplo, talvez, seguradoras terem que aceitar cobrir pessoas independentemente dos genes que tiverem, como vieram fazendo esse tempo todo antes de se ter mais informações sobre os genes, sem terem sido em algo lesadas por isso.
Você não tá se esquecendo do que uma lei consegue ou não fazer?