Tally escreveu:Pirâmides, estatuas na Ilha de Páscoa....o que podem me ensinar acerca delas?Compacta e resumidamente, please
Se quiser uma explanação mais didática e sem romantismo:
Ilha da Páscoa
A construção das Pirâmides
Tally escreveu:Pirâmides, estatuas na Ilha de Páscoa....o que podem me ensinar acerca delas?Compacta e resumidamente, please
Tally escreveu:Obviamente lâmina nenhuma vai afiar e o feijão não cresce melhor lá dentro. Se afiasse ou crescesse vc acha mesmo que gênios ambiciosos da ciência já não teriam executado esse experimento e ficado famoso e RICO. Além de ter patenteado a descoberta??
Sinto contradizê-la, mas afiou.Não voltou a ser a lâmina nova, naturalmente mas foi constatado que afiou nos dias em que lá esteve.
Quanto à semente de feijão, cresceu mais mesmo.
Como falei antes, não sei plantada na terra, qual seria o efeito. Mas o fato é que essa em copinho com algodão e água, cresceu mais mesmo.
Quanto ao programa dos rapazes, eu assisto.Muito do que eles fazem, não é feito com cuidado, ás vezes algumas coisas são substituídas por outras que eles dizer ter o mesmo impacto, e assim vai.Acredito em muito do que eles fazem, mas em coisas que envolvem tempo de espera, não acredito não.
Tally escreveu:Obviamente lâmina nenhuma vai afiar e o feijão não cresce melhor lá dentro. Se afiasse ou crescesse vc acha mesmo que gênios ambiciosos da ciência já não teriam executado esse experimento e ficado famoso e RICO. Além de ter patenteado a descoberta??
Sinto contradizê-la, mas afiou.Não voltou a ser a lâmina nova, naturalmente mas foi constatado que afiou nos dias em que lá esteve.
Márcio escreveu:Tudo o que é aparentemente misterioso, fantástico e esquisito atrae mais do que a nua e crua verdade científica.
Quando nos acomodamos no carro para a longa viagem, os limpadores de pára-brisa batendo ritmicamente, ele me disse que estava contente por eu ser “aquele cientista” – tinha tantas perguntas a fazer sobre ciência. Eu me importaria?
Não, eu não me importaria.
E assim começamos a falar. Mas, como logo ficou claro, não foi sobre ciência que conversamos. Ele queria falar sobre extraterrestres congelados que definhavam na base da Força Aérea perto de San Antonio, sobre “canalização” (um modo de escutar o que se passa nas mentes dos mortos – pouca coisa, pelo visto), sobre cristais, as profecias de Nostradamus, astrologia, o sudário de Turim... Ele introduzia cada um desses assuntos portentosos com um entusiasmo eufórico. E tive de desapontá-lo todas as vezes.
– As evidências são precárias – eu repetia. – Existe uma explicação muito mais simples.
De certa maneira, ele era bem informado. Conhecia as várias nuanças especulativas sobre, digamos, os “continentes afundados” de Atlântida e Lemuria. Sabia na ponta da língua as expedições submarinas que deviam estar partindo para descobrir as colunas derrubadas e os minaretes quebrados de uma outrora grande civilização, cujas ruínas só eram visitadas atualmente pelos peixes luminescentes do fundo do mar e por gigantescos monstros marinhos.
Só que... embora o oceano contenha muitos segredos, eu sabia que não existe nem sinal de confirmação oceanográfica ou geofísica para Atlântida e Lemuria. Pelo que a ciência pode afirmar, esses continentes jamais existiram. Já um pouco relutante a essa altura, eu lhe passei a informação.
Enquanto rodávamos pela chuva, podia vê-lo se tornar cada vez mais soturno. Eu não estava apenas negando alguma doutrina falsa, mas uma faceta preciosa de sua vida interior.
Porém, tanta coisa na ciência verdadeira é igualmente emocionante, mais misteriosa, um estímulo intelectual muito maior – além de estar bem mais perto da verdade.
Ele sabia dos tijolos moleculares da vida que existem lá fora, no gás frio e rarefeito entre as estrelas? Tinha ouvido falar sobre as pegadas de nossos antepassados que foram encontradas em cinza vulcânica de 4 milhões de anos? E que dizer do Himalaia se erguendo quando a Índia se espatifou contra a Ásia? Ou da maneira pela qual os vírus, construídos como seringas hipodérmicas, introduzem furtivamente o seu DNA pelas defesas do organismo hospedeiro e subvertem o mecanismo reprodutivo das células?; ou da procura de inteligência extraterrestre pelo rádio?; ou da recém-descoberta antiga civilização de Ebla que alardeava as virtudes da cerveja Ebla?
Não, ele não tinha ouvido falar. Como também não conhecia, nem mesmo vagamente, a indeterminação quântica, e reconhecia DNA apenas como três letras maiúsculas que freqüentemente aparecem juntas.
O sr. “Buckley” – bom papo, inteligente, curioso – não tinha ouvido virtualmente nada sobre a ciência moderna. Ele tinha um apetite natural pelas maravilhas do Universo. Queria conhecer a ciência.
O problema é que toda a ciência se perdera pelos filtros antes de chegar até ele. Os nossos temas culturais, o nosso sistema educacional, os nossos meios de comunicação haviam traído esse homem.
O que a sociedade permitia que escoasse pelos seus canais era principalmente simulacro e confusão. Nunca lhe ensinara como distinguir a ciência verdadeira da imitação barata. Ele não tinha idéia de como a ciência funciona.
Fernando Silva escreveu:Márcio escreveu:Tudo o que é aparentemente misterioso, fantástico e esquisito atrae mais do que a nua e crua verdade científica.
Do livro "O mundo assombrado pelos demônios", de Carl SaganQuando nos acomodamos no carro para a longa viagem, os limpadores de pára-brisa batendo ritmicamente, ele me disse que estava contente por eu ser “aquele cientista” – tinha tantas perguntas a fazer sobre ciência. Eu me importaria?
Não, eu não me importaria.
E assim começamos a falar. Mas, como logo ficou claro, não foi sobre ciência que conversamos. Ele queria falar sobre extraterrestres congelados que definhavam na base da Força Aérea perto de San Antonio, sobre “canalização” (um modo de escutar o que se passa nas mentes dos mortos – pouca coisa, pelo visto), sobre cristais, as profecias de Nostradamus, astrologia, o sudário de Turim... Ele introduzia cada um desses assuntos portentosos com um entusiasmo eufórico. E tive de desapontá-lo todas as vezes.
– As evidências são precárias – eu repetia. – Existe uma explicação muito mais simples.
De certa maneira, ele era bem informado. Conhecia as várias nuanças especulativas sobre, digamos, os “continentes afundados” de Atlântida e Lemuria. Sabia na ponta da língua as expedições submarinas que deviam estar partindo para descobrir as colunas derrubadas e os minaretes quebrados de uma outrora grande civilização, cujas ruínas só eram visitadas atualmente pelos peixes luminescentes do fundo do mar e por gigantescos monstros marinhos.
Só que... embora o oceano contenha muitos segredos, eu sabia que não existe nem sinal de confirmação oceanográfica ou geofísica para Atlântida e Lemuria. Pelo que a ciência pode afirmar, esses continentes jamais existiram. Já um pouco relutante a essa altura, eu lhe passei a informação.
Enquanto rodávamos pela chuva, podia vê-lo se tornar cada vez mais soturno. Eu não estava apenas negando alguma doutrina falsa, mas uma faceta preciosa de sua vida interior.
Porém, tanta coisa na ciência verdadeira é igualmente emocionante, mais misteriosa, um estímulo intelectual muito maior – além de estar bem mais perto da verdade.
Ele sabia dos tijolos moleculares da vida que existem lá fora, no gás frio e rarefeito entre as estrelas? Tinha ouvido falar sobre as pegadas de nossos antepassados que foram encontradas em cinza vulcânica de 4 milhões de anos? E que dizer do Himalaia se erguendo quando a Índia se espatifou contra a Ásia? Ou da maneira pela qual os vírus, construídos como seringas hipodérmicas, introduzem furtivamente o seu DNA pelas defesas do organismo hospedeiro e subvertem o mecanismo reprodutivo das células?; ou da procura de inteligência extraterrestre pelo rádio?; ou da recém-descoberta antiga civilização de Ebla que alardeava as virtudes da cerveja Ebla?
Não, ele não tinha ouvido falar. Como também não conhecia, nem mesmo vagamente, a indeterminação quântica, e reconhecia DNA apenas como três letras maiúsculas que freqüentemente aparecem juntas.
O sr. “Buckley” – bom papo, inteligente, curioso – não tinha ouvido virtualmente nada sobre a ciência moderna. Ele tinha um apetite natural pelas maravilhas do Universo. Queria conhecer a ciência.
O problema é que toda a ciência se perdera pelos filtros antes de chegar até ele. Os nossos temas culturais, o nosso sistema educacional, os nossos meios de comunicação haviam traído esse homem.
O que a sociedade permitia que escoasse pelos seus canais era principalmente simulacro e confusão. Nunca lhe ensinara como distinguir a ciência verdadeira da imitação barata. Ele não tinha idéia de como a ciência funciona.
NeferNeferNefer escreveu:Fernando Silva escreveu:Márcio escreveu:Tudo o que é aparentemente misterioso, fantástico e esquisito atrae mais do que a nua e crua verdade científica.
Do livro "O mundo assombrado pelos demônios", de Carl SaganQuando nos acomodamos no carro para a longa viagem, os limpadores de pára-brisa batendo ritmicamente, ele me disse que estava contente por eu ser “aquele cientista” – tinha tantas perguntas a fazer sobre ciência. Eu me importaria?
Não, eu não me importaria.
E assim começamos a falar. Mas, como logo ficou claro, não foi sobre ciência que conversamos. Ele queria falar sobre extraterrestres congelados que definhavam na base da Força Aérea perto de San Antonio, sobre “canalização” (um modo de escutar o que se passa nas mentes dos mortos – pouca coisa, pelo visto), sobre cristais, as profecias de Nostradamus, astrologia, o sudário de Turim... Ele introduzia cada um desses assuntos portentosos com um entusiasmo eufórico. E tive de desapontá-lo todas as vezes.
– As evidências são precárias – eu repetia. – Existe uma explicação muito mais simples.
De certa maneira, ele era bem informado. Conhecia as várias nuanças especulativas sobre, digamos, os “continentes afundados” de Atlântida e Lemuria. Sabia na ponta da língua as expedições submarinas que deviam estar partindo para descobrir as colunas derrubadas e os minaretes quebrados de uma outrora grande civilização, cujas ruínas só eram visitadas atualmente pelos peixes luminescentes do fundo do mar e por gigantescos monstros marinhos.
Só que... embora o oceano contenha muitos segredos, eu sabia que não existe nem sinal de confirmação oceanográfica ou geofísica para Atlântida e Lemuria. Pelo que a ciência pode afirmar, esses continentes jamais existiram. Já um pouco relutante a essa altura, eu lhe passei a informação.
Enquanto rodávamos pela chuva, podia vê-lo se tornar cada vez mais soturno. Eu não estava apenas negando alguma doutrina falsa, mas uma faceta preciosa de sua vida interior.
Porém, tanta coisa na ciência verdadeira é igualmente emocionante, mais misteriosa, um estímulo intelectual muito maior – além de estar bem mais perto da verdade.
Ele sabia dos tijolos moleculares da vida que existem lá fora, no gás frio e rarefeito entre as estrelas? Tinha ouvido falar sobre as pegadas de nossos antepassados que foram encontradas em cinza vulcânica de 4 milhões de anos? E que dizer do Himalaia se erguendo quando a Índia se espatifou contra a Ásia? Ou da maneira pela qual os vírus, construídos como seringas hipodérmicas, introduzem furtivamente o seu DNA pelas defesas do organismo hospedeiro e subvertem o mecanismo reprodutivo das células?; ou da procura de inteligência extraterrestre pelo rádio?; ou da recém-descoberta antiga civilização de Ebla que alardeava as virtudes da cerveja Ebla?
Não, ele não tinha ouvido falar. Como também não conhecia, nem mesmo vagamente, a indeterminação quântica, e reconhecia DNA apenas como três letras maiúsculas que freqüentemente aparecem juntas.
O sr. “Buckley” – bom papo, inteligente, curioso – não tinha ouvido virtualmente nada sobre a ciência moderna. Ele tinha um apetite natural pelas maravilhas do Universo. Queria conhecer a ciência.
O problema é que toda a ciência se perdera pelos filtros antes de chegar até ele. Os nossos temas culturais, o nosso sistema educacional, os nossos meios de comunicação haviam traído esse homem.
O que a sociedade permitia que escoasse pelos seus canais era principalmente simulacro e confusão. Nunca lhe ensinara como distinguir a ciência verdadeira da imitação barata. Ele não tinha idéia de como a ciência funciona.
Lindo texto.
Obrigada.
vega! escreveu:Hmm li e não fiquei convencido.. acho essa teoria uma grande furada e precisa realmente de muita fé pra acreditar nela :D