Apáte escreveu:
Já vender pílula anticoncepcionais com farinha como princípio ativo é enganar o consumidor. O contrato deixa de ser bilateral, no ponto que uma das partes resolve vender o produto que não era aquele que a outra parte estava procurando.
Talvez, se estivesse escrito com letras bem grandes: "NÃO HÁ EFEITOS COMPROVADOS, E O PRINCÍPIO ATIVO É FARINHA", já fosse outra história.
Resumindo: analogia não procede.
Mas e vender algo como, anticoncepcionais homeopáticos que só funcionam se a mulher viver em ambiente em equilíbrio energético, estiver com suas vibrações bioenergéticas em freqüências oscilatórias adequadamente magnetizadas, e etc?
Deve-se ter um tipo de FDA, proibindo certos tipos de alegações sobre os resultados dos produtos ou talvez até mesmo os produtos em si, ou apenas grupos de cidadãos formando ONGs que aconselham e disseminam informações do tipo (ou mesmo, a favor de homeopatia (cubana, inclusive)) já seriam o bastante, melhor do que uma intervenção maior no direito de vender esses produtos para pessoas que querem comprar?
A pergunta é séria e não-espantalhica. Há alguns libertários (talvez a maioria dos mais "engajados", não sei) contra o FDA. Um dos argumentos contrários que eu achei interessante foi outro: de medicamentos em fase de teste que ficam proibidos, mas poderiam estar sendo usados por pessoas que julgam que, nas condições em que estão, é melhor usar esse remédio pouco testado (Até ajudando a testar), do que proibir e obrigar a pessoa a sofrer com a doença, até morrer, quando talvez houvesse uma chance de cura ou de melhores condições de vida.
O lado fotônicamente desprivilegiado da situação é que qualquer sandice talvez pudesse ser promovida como "em fase de testes" e etc... mais alegações cientificóides atestando um sucesso fantástico com estatísticas desonestas e etc
