Abmael escreveu:Em minha sacro-inviolável propriedade privada eu posso:
* Agenciar meninas e montar um discreto bordelzinho?
* Manipular isótopos radioativos?
* Manipular vírus e bactérias altamente contagiosos?
* Fabricar e vender pílulas anticoncepcionais cujo princípio ativo é farinha de trigo?
* Empacotar e vender leite batizado com soda cáustica?
* Gerir uma gráfica especializada em imprimir panfletos de ódio racial?
* Montar um laboratório de fabricação de ecstasy?
* Manter meus empregados em regime de semi-servidão?
* Manter um depósito de mercadoria roubada?
Não tem o menor cabimento isso. Todas as situações que você descreveu caracterizam-se ou por coerção de uma parte sobre outra ou por falta de bilateralismo no fechamento de contratos, ou seja, uma parte enganando a outra.
As que foram descritas no início do tópico, ao contrário, se resumem a uma das partes simplesmente negar o contrato, ainda que por critérios estranhos.
Você pode afirmar que muitas das situações lá descritas se tratam de "coerção", mas, se podem ser consideradas como coerção, o são de uma forma bem mais indireta.
Perceba que não estou dizendo que negar as suas analogias implica necessariamente em aceitar aquelas. Só quero dizer que as situações que você postou aí não as invalidam.
Gerir uma gráfica especializada em imprimir panfletos separacionistas
Só para constar, não vejo nada de errado nisso.