Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
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Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Projeto libera interrupção da gravidez até os 3 primeiros meses
24/02/2008 (23:45)
Seixas, do A TARDE On Line
De autoria do ex-deputado Eduardo Jorge e da ex-deputada Sandra Starling, o Projeto de Lei 1.135/91 tramita na Câmara dos Deputados e tem por objetivo discriminalizar a interrupção da gravidez até os três primeiros meses de gestação (12 primeiras semanas), sem qualquer justificativa. Caso seja aprovado, os hospitais públicos estarão autorizados a realizar o procedimento mediante consentimento da paciente ou de seu responsável legal.
Atualmente, a Constituição Federal libera o aborto apenas em casos de estupro ou quando a vida da mulher corre risco durante a gravidez, conforme o Artigo 128 do Código Penal Brasileiro. Quem tentar interromper a gravidez em outras circunstâncias pode pegar de 1 a 3 anos de prisão.
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão solicitou até a realização de um plebiscito. A intenção é discutir a legalização do aborto no país, tendo em vista o alto índice das mortes por aborto clandestino.
Outro argumento para discriminalizar o aborto é o gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) que contabiliza 230.523 internações motivadas por curetagens pós-aborto, em 2007. No total, a conta paga pelo sistema foi de quase R$ 34 bilhões. Nas unidades brasileiras, assim como nos hospitais baianos, curetagem é o segundo procedimento mais praticado na área obstétrica.
A vereadora Maria Aladilce Souza (PCdoB), integrante da Comissão de Mulher e Saúde da Câmara Municipal, acredita que a situação deve ser enfrentada como uma questão de saúde pública. “São mulheres jovens, pobres, que moram na periferia e morrem por fazer o procedimento em condições inseguras. Não defendo o aborto como o método contraceptivo, mas é preciso discutir esse tema levando-se em conta a gravidade do problema”.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=842873
- ----------------------------------------------------------------------------
Pronto. Agora sim que o boi se vai com corda e tudo...
Eu não sou contra. Chega de hipocrisia.
Se bem que acho que uma sociedade como a nossa , hipócrita e cristã vai reprovar até o fim dos seus dias.
24/02/2008 (23:45)
Seixas, do A TARDE On Line
De autoria do ex-deputado Eduardo Jorge e da ex-deputada Sandra Starling, o Projeto de Lei 1.135/91 tramita na Câmara dos Deputados e tem por objetivo discriminalizar a interrupção da gravidez até os três primeiros meses de gestação (12 primeiras semanas), sem qualquer justificativa. Caso seja aprovado, os hospitais públicos estarão autorizados a realizar o procedimento mediante consentimento da paciente ou de seu responsável legal.
Atualmente, a Constituição Federal libera o aborto apenas em casos de estupro ou quando a vida da mulher corre risco durante a gravidez, conforme o Artigo 128 do Código Penal Brasileiro. Quem tentar interromper a gravidez em outras circunstâncias pode pegar de 1 a 3 anos de prisão.
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão solicitou até a realização de um plebiscito. A intenção é discutir a legalização do aborto no país, tendo em vista o alto índice das mortes por aborto clandestino.
Outro argumento para discriminalizar o aborto é o gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) que contabiliza 230.523 internações motivadas por curetagens pós-aborto, em 2007. No total, a conta paga pelo sistema foi de quase R$ 34 bilhões. Nas unidades brasileiras, assim como nos hospitais baianos, curetagem é o segundo procedimento mais praticado na área obstétrica.
A vereadora Maria Aladilce Souza (PCdoB), integrante da Comissão de Mulher e Saúde da Câmara Municipal, acredita que a situação deve ser enfrentada como uma questão de saúde pública. “São mulheres jovens, pobres, que moram na periferia e morrem por fazer o procedimento em condições inseguras. Não defendo o aborto como o método contraceptivo, mas é preciso discutir esse tema levando-se em conta a gravidade do problema”.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=842873
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Editado pela última vez por Apo em 25 Fev 2008, 01:33, em um total de 1 vez.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros
Hospitais públicos atendem 400 mulheres por mês devido a abortos clandestinos
24/02/2008 (23:48)
Seixas, do A TARDE On Line
Leia também:
>>Projeto libera interrupção da gravidez nos três primeiros meses
Enquanto o projeto de lei que discriminaliza o aborto tramita na Câmara dos Deputados e a Constituição e a Igreja proíbem a interrupção da gravidez, nas três unidades dirigidas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em Salvador: Maternidade Tyscila Balbino, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e Maternidade Albert Sabin, cerca de 400 mulheres são atendidas por mês devido a conseqüências de abortos clandestinos.
As três maternidades receberam quase quatro mil mulheres em 2007. Nessas unidades, os casos de aborto ilegal perdem apenas para os partos. O alto índice coloca a capital baiana no topo do ranking nacional, ao lado de outras cidades nordestinas, revela o último relatório da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF, na siga em inglês), entidade que atua em 150 países.
O estudo aponta que o problema tem relação direta com fatores sócio-econômicos. No Nordeste, o grau de analfabetismo é um dos maiores, correspondendo a 18%, e o acesso das mulheres ao sistema de saúde ainda é baixo, se comparado a outras regiões brasileiras. Como a população tem menos acesso à informação e menos oportunidade de recorrer a métodos contraceptivos, as mulheres optam, na maioria das vezes, pelo aborto.
Em Salvador, bairros de classe média-alta como Itaigara e Pituba têm índices europeus de morte por aborto, com seis por cem mil habitantes, diz a superintendente de Políticas Públicas para Mulheres (SPM), Maria Helena Souza. Já os bairros periféricos possuem índice de 100 mulheres por cem mil. No Cabula, o número sobe para 200, acrescenta Maria Helena.
“Quando a mulher da classe baixa engravida, dificilmente consegue apoio. Quando opta pelo aborto, a gravidez está avançada. Em um país onde a prática é crime, a situação fica ainda mais complicada”, destaca a superintendente.
Apesar de não existir dados precisos por conta da clandestinidade, Salvador lidera o índice de mortes por abortamento no país, afirma a médica Greice Menezes, pesquisadora do Programa de Estudos em Gênero e Saúde (MUSA), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “Pelo menos, uma mulher morre na capital por mês”, diz. No Brasil, 31% das gestações terminam em aborto, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde. Por ano, são cerca de 1 milhão de abortamentos espontâneos e inseguros, com uma taxa de 3,7 abortos para 100 mulheres de 15 a 49 anos.
Normalmente, as mulheres procuram as maternidades para dar continuidade ao processo de abortamento e realizar curetagens pós-aborto, depois de fazer o procedimento dentro de casa com ajuda de aborteiras ou parteiras. Outras vezes, fazem em clínicas clandestinas. Algumas, no entanto, chegam com complicações graves. Hemorragias, dores, febre, intoxicação e útero perfurado são alguns dos sintomas causados pela ingestão de chás e pílulas ou mesmo a introdução de agulhas ou outros objetos cortantes, segundo a diretora da Maternidade Tyscila Balbino, local onde o aborto é responsável por quase 30% do atendimento.
A médica Greice Menezes revela que em 1998 o aborto era a primeira causa de morte materna em Salvador. Dez anos depois, ela acredita que a realidade permanece a mesma porque não houve avanços nas políticas de planejamento familiar na cidade. “Vamos fazer nova pesquisa este ano e não temos nenhum motivo para pensar que a situação mudou, pois falta o básico: programas de educação sexual. Também não houve melhora do acesso à contracepção e a pílula do dia seguinte não está difundida como deveria”.
Para a chefe de gabinete da Superintendência Especial de Política para as Mulheres (SPM), Cátia Brochado, o desafio é reverter o quadro. Uma das formas de atuação seria por meio de redes não governamentais, sugere. Já a superintendente da SPM, Maria Helena Souza, cobra uma atuação mais eficaz dos órgãos responsáveis: “Queremos o cumprimento da política nacional de saúde integral da mulher”.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=842875
24/02/2008 (23:48)
Seixas, do A TARDE On Line
Leia também:
>>Projeto libera interrupção da gravidez nos três primeiros meses
Enquanto o projeto de lei que discriminaliza o aborto tramita na Câmara dos Deputados e a Constituição e a Igreja proíbem a interrupção da gravidez, nas três unidades dirigidas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em Salvador: Maternidade Tyscila Balbino, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e Maternidade Albert Sabin, cerca de 400 mulheres são atendidas por mês devido a conseqüências de abortos clandestinos.
As três maternidades receberam quase quatro mil mulheres em 2007. Nessas unidades, os casos de aborto ilegal perdem apenas para os partos. O alto índice coloca a capital baiana no topo do ranking nacional, ao lado de outras cidades nordestinas, revela o último relatório da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF, na siga em inglês), entidade que atua em 150 países.
O estudo aponta que o problema tem relação direta com fatores sócio-econômicos. No Nordeste, o grau de analfabetismo é um dos maiores, correspondendo a 18%, e o acesso das mulheres ao sistema de saúde ainda é baixo, se comparado a outras regiões brasileiras. Como a população tem menos acesso à informação e menos oportunidade de recorrer a métodos contraceptivos, as mulheres optam, na maioria das vezes, pelo aborto.
Em Salvador, bairros de classe média-alta como Itaigara e Pituba têm índices europeus de morte por aborto, com seis por cem mil habitantes, diz a superintendente de Políticas Públicas para Mulheres (SPM), Maria Helena Souza. Já os bairros periféricos possuem índice de 100 mulheres por cem mil. No Cabula, o número sobe para 200, acrescenta Maria Helena.
“Quando a mulher da classe baixa engravida, dificilmente consegue apoio. Quando opta pelo aborto, a gravidez está avançada. Em um país onde a prática é crime, a situação fica ainda mais complicada”, destaca a superintendente.
Apesar de não existir dados precisos por conta da clandestinidade, Salvador lidera o índice de mortes por abortamento no país, afirma a médica Greice Menezes, pesquisadora do Programa de Estudos em Gênero e Saúde (MUSA), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “Pelo menos, uma mulher morre na capital por mês”, diz. No Brasil, 31% das gestações terminam em aborto, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde. Por ano, são cerca de 1 milhão de abortamentos espontâneos e inseguros, com uma taxa de 3,7 abortos para 100 mulheres de 15 a 49 anos.
Normalmente, as mulheres procuram as maternidades para dar continuidade ao processo de abortamento e realizar curetagens pós-aborto, depois de fazer o procedimento dentro de casa com ajuda de aborteiras ou parteiras. Outras vezes, fazem em clínicas clandestinas. Algumas, no entanto, chegam com complicações graves. Hemorragias, dores, febre, intoxicação e útero perfurado são alguns dos sintomas causados pela ingestão de chás e pílulas ou mesmo a introdução de agulhas ou outros objetos cortantes, segundo a diretora da Maternidade Tyscila Balbino, local onde o aborto é responsável por quase 30% do atendimento.
A médica Greice Menezes revela que em 1998 o aborto era a primeira causa de morte materna em Salvador. Dez anos depois, ela acredita que a realidade permanece a mesma porque não houve avanços nas políticas de planejamento familiar na cidade. “Vamos fazer nova pesquisa este ano e não temos nenhum motivo para pensar que a situação mudou, pois falta o básico: programas de educação sexual. Também não houve melhora do acesso à contracepção e a pílula do dia seguinte não está difundida como deveria”.
Para a chefe de gabinete da Superintendência Especial de Política para as Mulheres (SPM), Cátia Brochado, o desafio é reverter o quadro. Uma das formas de atuação seria por meio de redes não governamentais, sugere. Já a superintendente da SPM, Maria Helena Souza, cobra uma atuação mais eficaz dos órgãos responsáveis: “Queremos o cumprimento da política nacional de saúde integral da mulher”.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=842875
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Apo escreveu:O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão solicitou até a realização de um plebiscito. A intenção é discutir a legalização do aborto no país, tendo em vista o alto índice das mortes por aborto clandestino.
Como já demonstrei e repeti várias vezes, este ministro é um mentiroso safado sem-vergonha e os números que brande sobre "alto índice das mortes por aborto clandestino" são falsificações grosseiras provenientes de estatísticas emitidas pela Planned Parenthood, o mais nefasto sindicato internacional de aborteiros.
Apo escreveu:Outro argumento para discriminalizar o aborto é o gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) que contabiliza 230.523 internações motivadas por curetagens pós-aborto, em 2007. No total, a conta paga pelo sistema foi de quase R$ 34 bilhões. Nas unidades brasileiras, assim como nos hospitais baianos, curetagem é o segundo procedimento mais praticado na área obstétrica.
Convenientemente, estas "reportagens" nunca citam que estas curetagens incluem as motivadas por abortos espontâneos e muito menos que estes são maioria dos casos.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Ok. Anotado. Mas que precisamos parar de tapar o sol com a peneira, precisamos.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros
Apo escreveu:Hospitais públicos atendem 400 mulheres por mês devido a abortos clandestinos[/b]
24/02/2008 (23:48)
Seixas, do A TARDE On Line
Leia também:
>>Projeto libera interrupção da gravidez nos três primeiros meses
Enquanto o projeto de lei que discriminaliza o aborto tramita na Câmara dos Deputados e a Constituição e a Igreja proíbem a interrupção da gravidez, nas três unidades dirigidas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em Salvador: Maternidade Tyscila Balbino, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e Maternidade Albert Sabin, cerca de 400 mulheres são atendidas por mês devido a conseqüências de abortos clandestinos.
As três maternidades receberam quase quatro mil mulheres em 2007. Nessas unidades, os casos de aborto ilegal perdem apenas para os partos. O alto índice coloca a capital baiana no topo do ranking nacional, ao lado de outras cidades nordestinas, revela o último relatório da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF, na siga em inglês), entidade que atua em 150 países.
Como sempre estes números vem desacompanhados de qualquer informação mais detalhada que permita pesquisa às fontes primárias.
Como este Índio Velho já fez isto, levantou que segundo dados do dataSUS, entre 2002 e 2004 foram registradas 24 mortes de mulheres por aborto clandestino.
ISTO NO BRASIL TODO!
A mágica que transforma duas dúzias de casos em milhares ou milhões é realmente um mistério.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Tomara que o projeto de lei vire lei...
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
24? É um número provável, Acauan? Neste Brasil todo, em cada buraco de fim de mundo e em cada galeria escondida nos grandes centros urbanos, com aborteiros e médicos desqualificados, ou mesmo tomando remédios abortivos em casa, ou enfiando objetos pelo útero adentro, 24 não seria um número estranho demais? E os que não são registrados? Pode-se explicar um óbito de muitas formas, não? Como simplesmente hemorragia causada por aborto espontâneo ou por "queda da escada"?
Mesmo assim, as mulheres ( cada vez mais adolescentes) precisam ir a óbito para que seja suficientemente grave pararmos de cobrir a gravidade da situação?
Já enchi o saco deste assunto. É muito doloroso ver como as coisas acontecem, tanto para a manutenção de gravidezes que gerarão seres humanos não amados, não viáveis, não adaptados à vida como ela é, tanto para o lado da morte de bebês a cada mês por mulheres que,se não abortarem antes, jogam o filho na primeira lata do lixo junto aos ratos.
Mesmo assim, as mulheres ( cada vez mais adolescentes) precisam ir a óbito para que seja suficientemente grave pararmos de cobrir a gravidade da situação?
Já enchi o saco deste assunto. É muito doloroso ver como as coisas acontecem, tanto para a manutenção de gravidezes que gerarão seres humanos não amados, não viáveis, não adaptados à vida como ela é, tanto para o lado da morte de bebês a cada mês por mulheres que,se não abortarem antes, jogam o filho na primeira lata do lixo junto aos ratos.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Sunday, April 01, 2007
A Questão do Aborto
Rodrigo Constantino
“Rights do not pertain to a potential, only to an actual being; a child cannot acquire any rights until it is born.” (Ayn Rand)
Considero a questão do aborto uma das mais “cabeludas” de todas. Mexe com profundos sentimentos enraizados no ser humano, e não há como tocar no assunto polêmico sem despertar fortes paixões e revoltas. Já participei de muitos debates sobre o tema, e por isso acredito conhecer vários argumentos de ambos os lados. Na minha conclusão, a questão central passa pela definição de ser humano, de quando esta vida humana de fato começa. O feto é ou não um ser humano? Eis o que considero a pergunta mais importante sobre o assunto.
Dito isto, creio que seja útil passar por alguns pontos relevantes. Em primeiro lugar, aqueles que são enfaticamente contrários ao direito do aborto por motivos religiosos, pois assumem que o feto tem uma alma desde o dia da concepção e já é por isso um ser humano, precisam ser contra qualquer caso de aborto, para manter a coerência. Afinal, eles alegam que o aborto é o assassinato de um ser humano inocente, tal como seria matar um bebê. Logo, não podem existir exceções. Se colocam o direito à vida desse “humano” acima de tudo, não podem relativizar tal direito depois. Ninguém defenderia o direito de assassinato de um bebezinho, pelo motivo que fosse. Precisam, então, condenar o “assassinato” até mesmo no caso de um estupro. O fato de a mulher ter engravidado por conta de um estupro, e não um ato de amor consciente, seria irrelevante para o ponto de vista desses religiosos. Tem que ser, para não caírem em contradição. Quantos estão dispostos a manter uma postura intransigente em relação ao aborto mesmo no caso de uma mulher que foi estuprada?
Fora isso, seria interessante que esses religiosos explicassem melhor essa coisa de alma no dia da concepção. Pelo que já li a respeito, mesmo sendo leigo no assunto, existe a possibilidade do embrião se dividir depois de alguns poucos dias da concepção. Ora, o que acontece nesse caso sob a ótica religiosa? A alma se divide também? Uma nova alma é criada pelo The Guf para o novo zigoto? Pode ser possível o caso contrário, de dois embriões se fundirem. O que ocorre nesse caso? As almas fazem uma fusão também? Na verdade, seria interessante que os religiosos começassem provando a existência da alma, para não ficarem apenas na fé de um dogma, que muitos podem não compartilhar.
Os religiosos alegam ainda que o zigoto seja humano, pois já possui o DNA. Mas considero esse argumento muito fraco. Ora, até mesmo um fio de cabelo nosso contém o DNA, mas nem por isso consideramos assassinato de um ser humano o ato de cortar o cabelo. Um zigoto não tem cérebro, cabeça, habilidade de ver, escutar, cheirar, tocar, não possui órgãos internos, consciência, razão. Até a idade de um mês, por exemplo, um embrião humano não pode ser facilmente distinguido de um embrião de gato ou cachorro. Os que defendem o direito de escolha da mulher dizem que basicamente três características nos tornam humanos: habilidade de pensamento, senso moral e aparência física. O zigoto não exibe nenhuma delas.
Conheço o argumento aristotélico de ato e potência, que alguns usam para combater o direito do aborto. Mas como Leonard Peikoff disse, “não devemos confundir potencialidade com atualidade”. Um embrião é um ser humano em potencial. Ele pode, se a mulher desejar, se desenvolver até se tornar uma criança. Mas o que ele de fato é durante o primeiro trimestre de gestação não passa de uma massa de células que fazem parte do corpo da mulher. Peikoff diz: “Se nós considerarmos o que ele é em vez do que ele pode se tornar, devemos reconhecer que o embrião durante os três meses é algo mais primitivo que um sapo ou um peixe”. Comparar isso com uma criança é absurdo. Se devemos aceitar a lógica da potência e chamar um embrião de “criança não nascida”, poderíamos, pelo mesmo raciocínio, chamar qualquer adulto de “corpo ainda não morto”, e enterrá-lo vivo. Potência não é atualidade. Sementes plantadas podem virar árvores, se regadas, mas dificilmente alguém diria que essas sementes são uma floresta.
A massa de células que existe dentro da mulher é parte de seu corpo. Não é um ser que exista de forma independente, um organismo biologicamente formado, muito menos uma pessoa. Aquele que vive dentro do corpo de alguém não pode exigir direito sobre seu hospedeiro. Direitos pertencem apenas aos indivíduos, não a partes do indivíduo. Nenhuma outra pessoa, nem mesmo seu marido, tem o direito de dizer o que a mulher pode fazer com seu corpo. Trata-se de um princípio fundamental da liberdade.
Chegamos ao ponto de questionar o termo usado pelos que condenam o aborto: pró-vida. Seria o caso de perguntar: a vida de quem é realmente defendida como prioridade? Não parece ser a vida da mulher que não deseja um filho, pelo motivo que for, incluindo até mesmo o nefasto ato de um estupro. Com certeza não é a vida dessa mulher que está sendo colocada como uma prioridade. Também não parece ser o foco principal a vida da criança que nascerá. Se fosse esse o caso, essas pessoas deveriam dedicar muito mais energia e tempo para a vida após o nascimento, investindo pesado em movimentos de adoção e tudo mais. Afinal, não é algo muito bom ser um filho totalmente indesejado. Steven Levitt, da Escola de Chicago, tentou mostrar em seu livro Freakonomics que a redução da criminalidade americana teve como uma das mais importantes causas a legalização do aborto uma geração antes. Filhos indesejados, que os pais não gostariam de ter tido ou não estavam preparados, filhos de adolescentes solteiras sem maturidade alguma, têm infinitamente mais probabilidade de virarem criminosos.
Ter um filho é um ato deveras importante, que muda totalmente a vida das pessoas, e exige profunda responsabilidade, maturidade e equilíbrio psicológico. É algo maravilhoso, para aqueles que desejam isso. A atitude dos que condenam o aborto parece ser de pouca ou nenhuma preocupação com a vida dos seres humanos já existentes. Não importa o sofrimento dos pais que não desejam um filho, de uma mulher que foi estuprada, ou que terá que carregar por nove meses um feto anencéfalo que não sobreviverá. O sacrifício dessas vidas é exigido em troca da vida de um tecido que somente será um humano no futuro, se tudo correr bem. Ainda assim, os que condenam o aborto se intitulam “pró-vida”, numa cruzada onde a sensação de pertencer a um grupo “moralmente superior” é mais importante que os resultados concretos. Para eles, qualquer mulher que fez um aborto voluntário é uma espécie de Hitler. Seria indiferente, para eles, uma mulher tomar uma pílula que abortasse a gestação nos primeiros meses ou dar veneno para seu bebê vivo. Deveriam perguntar às mulheres que já sofreram aborto involuntário nos primeiros meses de gravidez – algo comum, se este sofrimento, mesmo para aquelas que desejavam ter um filho, é sequer comparável à dor da perda de um filho de verdade. Um feto não é um filho, é um filho em gestação.
Os “anti-aborto” tentam monopolizar a virtude, como se apenas aqueles que condenam o aborto defendessem a vida humana. Não posso deixar de perguntar uma vez mais: qual vida humana eles defendem? Pois entre a vida de uma mulher adulta e aquele minúsculo zigoto sem consciência ou sentimento, eu fico com a primeira opção. A felicidade e a liberdade de escolha do ser humano valem mais.
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/ ... borto.html
A Questão do Aborto
Rodrigo Constantino
“Rights do not pertain to a potential, only to an actual being; a child cannot acquire any rights until it is born.” (Ayn Rand)
Considero a questão do aborto uma das mais “cabeludas” de todas. Mexe com profundos sentimentos enraizados no ser humano, e não há como tocar no assunto polêmico sem despertar fortes paixões e revoltas. Já participei de muitos debates sobre o tema, e por isso acredito conhecer vários argumentos de ambos os lados. Na minha conclusão, a questão central passa pela definição de ser humano, de quando esta vida humana de fato começa. O feto é ou não um ser humano? Eis o que considero a pergunta mais importante sobre o assunto.
Dito isto, creio que seja útil passar por alguns pontos relevantes. Em primeiro lugar, aqueles que são enfaticamente contrários ao direito do aborto por motivos religiosos, pois assumem que o feto tem uma alma desde o dia da concepção e já é por isso um ser humano, precisam ser contra qualquer caso de aborto, para manter a coerência. Afinal, eles alegam que o aborto é o assassinato de um ser humano inocente, tal como seria matar um bebê. Logo, não podem existir exceções. Se colocam o direito à vida desse “humano” acima de tudo, não podem relativizar tal direito depois. Ninguém defenderia o direito de assassinato de um bebezinho, pelo motivo que fosse. Precisam, então, condenar o “assassinato” até mesmo no caso de um estupro. O fato de a mulher ter engravidado por conta de um estupro, e não um ato de amor consciente, seria irrelevante para o ponto de vista desses religiosos. Tem que ser, para não caírem em contradição. Quantos estão dispostos a manter uma postura intransigente em relação ao aborto mesmo no caso de uma mulher que foi estuprada?
Fora isso, seria interessante que esses religiosos explicassem melhor essa coisa de alma no dia da concepção. Pelo que já li a respeito, mesmo sendo leigo no assunto, existe a possibilidade do embrião se dividir depois de alguns poucos dias da concepção. Ora, o que acontece nesse caso sob a ótica religiosa? A alma se divide também? Uma nova alma é criada pelo The Guf para o novo zigoto? Pode ser possível o caso contrário, de dois embriões se fundirem. O que ocorre nesse caso? As almas fazem uma fusão também? Na verdade, seria interessante que os religiosos começassem provando a existência da alma, para não ficarem apenas na fé de um dogma, que muitos podem não compartilhar.
Os religiosos alegam ainda que o zigoto seja humano, pois já possui o DNA. Mas considero esse argumento muito fraco. Ora, até mesmo um fio de cabelo nosso contém o DNA, mas nem por isso consideramos assassinato de um ser humano o ato de cortar o cabelo. Um zigoto não tem cérebro, cabeça, habilidade de ver, escutar, cheirar, tocar, não possui órgãos internos, consciência, razão. Até a idade de um mês, por exemplo, um embrião humano não pode ser facilmente distinguido de um embrião de gato ou cachorro. Os que defendem o direito de escolha da mulher dizem que basicamente três características nos tornam humanos: habilidade de pensamento, senso moral e aparência física. O zigoto não exibe nenhuma delas.
Conheço o argumento aristotélico de ato e potência, que alguns usam para combater o direito do aborto. Mas como Leonard Peikoff disse, “não devemos confundir potencialidade com atualidade”. Um embrião é um ser humano em potencial. Ele pode, se a mulher desejar, se desenvolver até se tornar uma criança. Mas o que ele de fato é durante o primeiro trimestre de gestação não passa de uma massa de células que fazem parte do corpo da mulher. Peikoff diz: “Se nós considerarmos o que ele é em vez do que ele pode se tornar, devemos reconhecer que o embrião durante os três meses é algo mais primitivo que um sapo ou um peixe”. Comparar isso com uma criança é absurdo. Se devemos aceitar a lógica da potência e chamar um embrião de “criança não nascida”, poderíamos, pelo mesmo raciocínio, chamar qualquer adulto de “corpo ainda não morto”, e enterrá-lo vivo. Potência não é atualidade. Sementes plantadas podem virar árvores, se regadas, mas dificilmente alguém diria que essas sementes são uma floresta.
A massa de células que existe dentro da mulher é parte de seu corpo. Não é um ser que exista de forma independente, um organismo biologicamente formado, muito menos uma pessoa. Aquele que vive dentro do corpo de alguém não pode exigir direito sobre seu hospedeiro. Direitos pertencem apenas aos indivíduos, não a partes do indivíduo. Nenhuma outra pessoa, nem mesmo seu marido, tem o direito de dizer o que a mulher pode fazer com seu corpo. Trata-se de um princípio fundamental da liberdade.
Chegamos ao ponto de questionar o termo usado pelos que condenam o aborto: pró-vida. Seria o caso de perguntar: a vida de quem é realmente defendida como prioridade? Não parece ser a vida da mulher que não deseja um filho, pelo motivo que for, incluindo até mesmo o nefasto ato de um estupro. Com certeza não é a vida dessa mulher que está sendo colocada como uma prioridade. Também não parece ser o foco principal a vida da criança que nascerá. Se fosse esse o caso, essas pessoas deveriam dedicar muito mais energia e tempo para a vida após o nascimento, investindo pesado em movimentos de adoção e tudo mais. Afinal, não é algo muito bom ser um filho totalmente indesejado. Steven Levitt, da Escola de Chicago, tentou mostrar em seu livro Freakonomics que a redução da criminalidade americana teve como uma das mais importantes causas a legalização do aborto uma geração antes. Filhos indesejados, que os pais não gostariam de ter tido ou não estavam preparados, filhos de adolescentes solteiras sem maturidade alguma, têm infinitamente mais probabilidade de virarem criminosos.
Ter um filho é um ato deveras importante, que muda totalmente a vida das pessoas, e exige profunda responsabilidade, maturidade e equilíbrio psicológico. É algo maravilhoso, para aqueles que desejam isso. A atitude dos que condenam o aborto parece ser de pouca ou nenhuma preocupação com a vida dos seres humanos já existentes. Não importa o sofrimento dos pais que não desejam um filho, de uma mulher que foi estuprada, ou que terá que carregar por nove meses um feto anencéfalo que não sobreviverá. O sacrifício dessas vidas é exigido em troca da vida de um tecido que somente será um humano no futuro, se tudo correr bem. Ainda assim, os que condenam o aborto se intitulam “pró-vida”, numa cruzada onde a sensação de pertencer a um grupo “moralmente superior” é mais importante que os resultados concretos. Para eles, qualquer mulher que fez um aborto voluntário é uma espécie de Hitler. Seria indiferente, para eles, uma mulher tomar uma pílula que abortasse a gestação nos primeiros meses ou dar veneno para seu bebê vivo. Deveriam perguntar às mulheres que já sofreram aborto involuntário nos primeiros meses de gravidez – algo comum, se este sofrimento, mesmo para aquelas que desejavam ter um filho, é sequer comparável à dor da perda de um filho de verdade. Um feto não é um filho, é um filho em gestação.
Os “anti-aborto” tentam monopolizar a virtude, como se apenas aqueles que condenam o aborto defendessem a vida humana. Não posso deixar de perguntar uma vez mais: qual vida humana eles defendem? Pois entre a vida de uma mulher adulta e aquele minúsculo zigoto sem consciência ou sentimento, eu fico com a primeira opção. A felicidade e a liberdade de escolha do ser humano valem mais.
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/ ... borto.html
Editado pela última vez por waldon em 25 Fev 2008, 16:27, em um total de 1 vez.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Apo escreveu:24? É um número provável, Acauan? Neste Brasil todo, em cada buraco de fim de mundo e em cada galeria escondida nos grandes centros urbanos, com aborteiros e médicos desqualificados, ou mesmo tomando remédios abortivos em casa, ou enfiando objetos pelo útero adentro, 24 não seria um número estranho demais? E os que não são registrados?
Ué, de onde vêm então a certeza onisciente dos que afirmam que ocorre mais de um milhão de abortos clandestinos no Brasil por ano?
A própria metodologia do Planned Parenthood usa as estatísticas hospitalares e as multiplica até não poder mais usando índices convenientes aos seus objetivos.
O fato é que se os registros do SUS não traduzem a realidade, então não há informações objetivas confiáveis para o caso e os defensores do aborto deveriam reconhecer isto no lugar de brandir números falsificados.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Torço pela legalização urgente do aborto no Brasil. A mulher deve ter direito sobre o seu corpo e sobre o seu destino. A decisão de ter um filho deve ser dela e enquanto o sistema nervoso do feto ainda não está formado, ela deve ter o direito de abortar. Pois é ela quem irá suportar o sofrimento de ter um filho sem poder dar a ele boas condições de vida.
Quem tem dinheiro pode abortar, mas quem não tem deve ter o direito de abortar nos hospitais públicos. A vida já é difícil para quem nasce numa família estruturada, agora imagina para quem não nasce. Quem nasce numa favela só conhece dor e sofrimento. Leva uma vida que não vale a pena ser vivida. Por isso a legalização do aborto é uma questão de dar mais dignidade para os mais pobres.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
waldon escreveu:Sunday, April 01, 2007
A Questão do Aborto
Rodrigo Constantino
Os religiosos alegam ainda que o zigoto seja humano, pois já possui o DNA. Mas considero esse argumento muito fraco. Ora, até mesmo um fio de cabelo nosso contém o DNA, mas nem por isso consideramos assassinato de um ser humano o ato de cortar o cabelo. Um zigoto não tem cérebro, cabeça, habilidade de ver, escutar, cheirar, tocar, não possui órgãos internos, consciência, razão. Até a idade de um mês, por exemplo, um embrião humano não pode ser facilmente distinguido de um embrião de gato ou cachorro. Os que defendem o direito de escolha da mulher dizem que basicamente três características nos tornam humanos: habilidade de pensamento, senso moral e aparência física. O zigoto não exibe nenhuma delas.
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Um fio de cabelo não vira gente depois de nove meses.
O resto dos comentários já encontraram refutação em postagens anteriores minhas sobre o assunto.
Quem se interessar use o serviço de busca.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Os “anti-aborto” tentam monopolizar a virtude, como se apenas aqueles que condenam o aborto defendessem a vida humana. Não posso deixar de perguntar uma vez mais: qual vida humana eles defendem? Pois entre a vida de uma mulher adulta e aquele minúsculo zigoto sem consciência ou sentimento, eu fico com a primeira opção. A felicidade e a liberdade de escolha do ser humano valem mais.
Isto é o que eu penso, de fato.
Acontece que nem todos conseguem definir ( ou não há consenso) sobre quais razões são verdadeiramente felicidade ( dar-se o direito de estar pleno, saudável e equilibrado para trabalhar, ter outro filho num momento menos complicado, não querer ou não se achar genuinamente em condições de gerar e manter um filho indesejado sendo ele uma deformação da natureza, ter que dar atenção prioritária a filhos já existentes, ou mesmo sobreviver sem filhos), ou apenas desfazer-se irresponsavelmente de algo apenas porque egoísmo.
Sei de mulheres que dizem que, caso aconteça-lhes a infelicidade de engravidar, abortam, pois ter o corpo deformado, trocar fraldas e aguentar encheção de saco de criança berrando de madrugada não é com elas.
Então, que não procurem como engravidar! Mas este é apenas um caso!
E ainda defendo que o direito primeiro à decisão é da mulher. Historiamente, homens fazem filhos em quantas mulheres quiserem e passarem perto dele. E é praxe e biológico que abandonem as mulheres, mesmo que tenham chantegeado as mesmas para fazer-lhes um filho na barriga. Poucos são pais merecedores de dar palpite, apenas por conta de um amontoado de células germinativas.
E isto vale para todas as raças, crenças e classes sociais.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Claudio Loredo escreveu:
Torço pela legalização urgente do aborto no Brasil. A mulher deve ter direito sobre o seu corpo e sobre o seu destino. A decisão de ter um filho deve ser dela e enquanto o sistema nervoso do feto ainda não está formado, ela deve ter o direito de abortar. Pois é ela quem irá suportar o sofrimento de ter um filho sem poder dar a ele boas condições de vida.
Quem tem dinheiro pode abortar, mas quem não tem deve ter o direito de abortar nos hospitais públicos. A vida já é difícil para quem nasce numa família estruturada, agora imagina para quem não nasce. Quem nasce numa favela só conhece dor e sofrimento. Leva uma vida que não vale a pena ser vivida. Por isso a legalização do aborto é uma questão de dar mais dignidade para os mais pobres.
Sempre a mesma história, alguém decreta arbitrariamente que o desenvolvimento do sistema nervoso é que dá a um feto o direito a vida e se escusa completamente de explicar porque, como se isto fosse alguma lei natural ou divina.
Depois vem dizer que é melhor ser abortado do que nascer pobre, como se milhões de pessoas que nasceram pobres e estão vivas não tivessem opinião em contrário.
E a mulher tem direito ao próprio corpo. Só que todo direito implica em responsabilidades quando envolve uma terceira parte. Fingir que o feto não é uma terceira parte é pura conveniência.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Apo escreveu:Os “anti-aborto” tentam monopolizar a virtude, como se apenas aqueles que condenam o aborto defendessem a vida humana. Não posso deixar de perguntar uma vez mais: qual vida humana eles defendem? Pois entre a vida de uma mulher adulta e aquele minúsculo zigoto sem consciência ou sentimento, eu fico com a primeira opção. A felicidade e a liberdade de escolha do ser humano valem mais.
Falácias e mais falácias.
Que coisa feia esta de querer mostrar a questão do aborto como sendo - genericamente - uma questão de vida do feto x vida da mãe.
Na grande maioria dos casos a questão do aborto é vida do feto x gravidez indesejada da mãe.
Ou seja, não é vida por vida.
É uma vida por nove meses de gravidez.
Quem acha que é a mesma coisa, sinto muito.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Acauan escreveu:Apo escreveu:24? É um número provável, Acauan? Neste Brasil todo, em cada buraco de fim de mundo e em cada galeria escondida nos grandes centros urbanos, com aborteiros e médicos desqualificados, ou mesmo tomando remédios abortivos em casa, ou enfiando objetos pelo útero adentro, 24 não seria um número estranho demais? E os que não são registrados?
Ué, de onde vêm então a certeza onisciente dos que afirmam que ocorre mais de um milhão de abortos clandestinos no Brasil por ano?
A própria metodologia do Planned Parenthood usa as estatísticas hospitalares e as multiplica até não poder mais usando índices convenientes aos seus objetivos.
O fato é que se os registros do SUS não traduzem a realidade, então não há informações objetivas confiáveis para o caso e os defensores do aborto deveriam reconhecer isto no lugar de brandir números falsificados.
Não sei se é 24 ou 1 milhão. Eu sei que 24 deve ser improvável.
A questão não passa por números e sim pela propabilidade disto realmente estar acontecendo sob a nossa parcimônia. Interesses escusos à parte, crime, ética ou moral aqui importam menos do que as mortes não apenas físicas que decorrem desta hipocrisia. Na hora H, tanto de fazer o filho, quanto de se ver livre dele, somos muito objetivos. E continuamos agindo de acordo com nossa vontade. Se não quero o filho ( e eu tiver meus motivos, que podem ser nobres ou fúteis), vou dar um jeito de me ver livre dele, antes ou depois.
É disto que se trata.
Aliás, homens e mulheres que abandonam filhos deveriam ser considerados abortadores, só muda o prazo para a morte do filho.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Acauan escreveu:Apo escreveu:Os “anti-aborto” tentam monopolizar a virtude, como se apenas aqueles que condenam o aborto defendessem a vida humana. Não posso deixar de perguntar uma vez mais: qual vida humana eles defendem? Pois entre a vida de uma mulher adulta e aquele minúsculo zigoto sem consciência ou sentimento, eu fico com a primeira opção. A felicidade e a liberdade de escolha do ser humano valem mais.
Falácias e mais falácias.
Que coisa feia esta de querer mostrar a questão do aborto como sendo - genericamente - uma questão de vida do feto x vida da mãe.
Na grande maioria dos casos a questão do aborto é vida do feto x gravidez indesejada da mãe.
Ou seja, não é vida por vida.
É uma vida por nove meses de gravidez.
Quem acha que é a mesma coisa, sinto muito.
Não é feia. É apenas a ponta de um problema real e muito maior. Se eu não quiser o filho, se eu tenho certeza de que o filho será por mim rejeitado depois, e aqui não estou a falar de futilidades, mas sim de motivos sérios, eu escolho por não tê-lo. E a decisão é minha.
Até parece que a sociedade é quem vai assumir o meu problema depois.
Tem quem seja tão tirano que ache que eu tenho obrigação de aceitar um filho de um monstro estuprador ou um filho com jeito de teratoma! Que peçam a deus que mandem um fruto assim, então e façam a sua parte, deixando a dor e os limites dos demais em paz.
E 9 meses de gravidez não encerram a problemática complexa de uma geração. São apenas o limite biológico intra-uterino. Há todo o resto depois disto.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Acauan escreveu:Claudio Loredo escreveu:
Torço pela legalização urgente do aborto no Brasil. A mulher deve ter direito sobre o seu corpo e sobre o seu destino. A decisão de ter um filho deve ser dela e enquanto o sistema nervoso do feto ainda não está formado, ela deve ter o direito de abortar. Pois é ela quem irá suportar o sofrimento de ter um filho sem poder dar a ele boas condições de vida.
Quem tem dinheiro pode abortar, mas quem não tem deve ter o direito de abortar nos hospitais públicos. A vida já é difícil para quem nasce numa família estruturada, agora imagina para quem não nasce. Quem nasce numa favela só conhece dor e sofrimento. Leva uma vida que não vale a pena ser vivida. Por isso a legalização do aborto é uma questão de dar mais dignidade para os mais pobres.
Sempre a mesma história, alguém decreta arbitrariamente que o desenvolvimento do sistema nervoso é que dá a um feto o direito a vida e se escusa completamente de explicar porque, como se isto fosse alguma lei natural ou divina.
Depois vem dizer que é melhor ser abortado do que nascer pobre, como se milhões de pessoas que nasceram pobres e estão vivas não tivessem opinião em contrário.
E a mulher tem direito ao próprio corpo. Só que todo direito implica em responsabilidades quando envolve uma terceira parte. Fingir que o feto não é uma terceira parte é pura conveniência.
Da mesma forma que alguém já decretou arbitrariamente que a vida se dá, magicamente, no momento da fecundação.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Samael escreveu:Da mesma forma que alguém já decretou arbitrariamente que a vida se dá, magicamente, no momento da fecundação.
Exato.
Decretos mágicos não valem.
Só que um dos lados quer ter o direito de destruir fetos com base nestes decretos, enquanto ou outro lado precisa apenas de uma dúvida razoável para que tal não se dê.
Ou alguém aqui defende que na dúvida se há ou não humanidade pode se matar?
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Acauan escreveu:Ou alguém aqui defende que na dúvida se há ou não humanidade pode se matar?
Isso é tão irrelevante...
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Eu era favorável a interrupção da gestação, mas somente até aos nove meses.
Mudei de opinião há poucos meses e hoje sou contrario ao aborto.
Porém, não consigo deixar de apoiar a ideia de que uma mulher estuprada deve receber atendimento medico imediatamente para que seja evitado uma gravidez.
Mudei de opinião há poucos meses e hoje sou contrario ao aborto.
Porém, não consigo deixar de apoiar a ideia de que uma mulher estuprada deve receber atendimento medico imediatamente para que seja evitado uma gravidez.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Acauan escreveu:Samael escreveu:Da mesma forma que alguém já decretou arbitrariamente que a vida se dá, magicamente, no momento da fecundação.
Exato.
Decretos mágicos não valem.
Só que um dos lados quer ter o direito de destruir fetos com base nestes decretos, enquanto ou outro lado precisa apenas de uma dúvida razoável para que tal não se dê.
Ou alguém aqui defende que na dúvida se há ou não humanidade pode se matar?
E alguém aqui por acaso imagina que a tomada de decisão de abortar é algo assim fútil como escolher ou não pintar a unha combinado com o vestido?
Este é problema. A falta de conhecimento ou de respeito com a aquela que gera e que terá sempre ( principalmente se tiver outros filhos e um companheiro ausente ou despreparado ou viver numa sociedade sádico-moralista) o peso de suportar tudo o que lhe cabe por "direito" : ser um modelo de excelência porque assim o mundo cobra.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Orbe escreveu:Acauan escreveu:Ou alguém aqui defende que na dúvida se há ou não humanidade pode se matar?
Isso é tão irrelevante...
Na hora do pânico é mesmo. Mas só quem passa por isto pode julgar.
Editado pela última vez por Apo em 25 Fev 2008, 17:13, em um total de 1 vez.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
O ENCOSTO escreveu:Porém, não consigo deixar de apoiar a ideia de que uma mulher estuprada deve receber atendimento medico imediatamente para que seja evitado uma gravidez.
Bom, seria o cúmulo que alguém não apoiasse isto.
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Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Acauan escreveu:Sempre a mesma história, alguém decreta arbitrariamente que o desenvolvimento do sistema nervoso é que dá a um feto o direito a vida e se escusa completamente de explicar porque, como se isto fosse alguma lei natural ou divina.
Depois vem dizer que é melhor ser abortado do que nascer pobre, como se milhões de pessoas que nasceram pobres e estão vivas não tivessem opinião em contrário.
E a mulher tem direito ao próprio corpo. Só que todo direito implica em responsabilidades quando envolve uma terceira parte. Fingir que o feto não é uma terceira parte é pura conveniência.
A formação do sistema nervoso é um bom critério para decidir sobre o tempo de gravidez em que o aborto pode ocorrer, pois havendo sistema nervoso, há dor. Antes disto, é só um amontoado de célular juntas.
O instinto de sobrevivência nos faz viver, mesmo sobre as piores condições. Entretanto, a vida seria bem melhor para todos se houvessem menos filhos indesejados.
Uma mulher muito pobre pode não ter condições de evitar a gravidez. Pobre não pode ficar doente, pois se fica doente é demitida do trabalho. Algumas pílulas anticoncepcionais fazem mal às mulheres, principalmente aquelas que são distribuidas gratuitamente. Isto é apenas um exemplo do que limita o poder e a responsabilidade da mulher de evitar a gravidez.
Então é difícil para os mais pobres fazerem planejamento familiar. É difícil para uma adolescente que não teve acesso à boa educação não ficar grávida do primeiro malandro que aparece. Por isso, uma vez a mulher grávida, seja por culpa dela ou não, ela deve ter o direito a abortar. É ela quem irá carregar uma cruz que pode ser infinitamente maior do que qualquer deslize dela.
Afinal, como exigir da mulher que não engravide sem ela ter os meios e os recursos para isto?
Editado pela última vez por Claudio Loredo em 25 Fev 2008, 17:17, em um total de 1 vez.
Re: Projeto libera interrupção da gravidez até 3 primeiros meses
Apo escreveu:Acauan escreveu:Falácias e mais falácias.
Que coisa feia esta de querer mostrar a questão do aborto como sendo - genericamente - uma questão de vida do feto x vida da mãe.
Na grande maioria dos casos a questão do aborto é vida do feto x gravidez indesejada da mãe.
Ou seja, não é vida por vida.
É uma vida por nove meses de gravidez.
Quem acha que é a mesma coisa, sinto muito.
Não é feia. É apenas a ponta de um problema real e muito maior. Se eu não quiser o filho, se eu tenho certeza de que o filho será por mim rejeitado depois, e aqui não estou a falar de futilidades, mas sim de motivos sérios, eu escolho por não tê-lo. E a decisão é minha.
Até parece que a sociedade é quem vai assumir o meu problema depois.
Tem quem seja tão tirano que ache que eu tenho obrigação de aceitar um filho de um monstro estuprador ou um filho com jeito de teratoma! Que peçam a deus que mandem um fruto assim, então e façam a sua parte, deixando a dor e os limites dos demais em paz.
E 9 meses de gravidez não encerram a problemática complexa de uma geração. São apenas o limite biológico intra-uterino. Há todo o resto depois disto.
Do ponto de vista puramente teórico, você poderia usar este exato mesmo argumento para defender o direito da mãe de matar filhos recém nascidos ou bebês de um ano, ou dois, ou...
O fato de haver problemas decorrentes da gravidez não dá, por si só, mais direito de destruir o feto do que o fato de existir problemas na criação de um filho dá a mãe o direito de matá-lo.
Ou seja, a questão se resume a existência ou não do direito de vida do feto, que se existente não pode ser anulado por conveniências da mãe, por mais graves que seja.
Estupro e risco de vida já foram explicado como exceções por mim em postagem anterior.
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