Vilões de 'Indiana Jones e o Templo da Perdição' eram seita

[Suyndara]

Eles não comiam cérebro de macaco nem desenvolveram técnicas para arrancar o coração da vítima ainda batendo, mas os thuggees, vilões do filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição", realmente aterrorizaram a Índia durante séculos. E são motivo de um ferrenho debate acadêmico entre os historiadores: seriam meros latrocidas, assassinos focados inteiramente no lucro, ou uma seita fanática?


Os thuggees retratados numa gravura de 1857 do jornal britânico "Illustrated London News" (Foto: Reprodução)

Apesar do ambiente fantasioso, a segunda aventura do arqueólogo vivido por Harrison Ford até que menciona algumas informações historicamente confiáveis sobre os thuggees (algo como "ladrão" ou "pilantra" em hindi). Ao chegar a um palácio indiano nos anos 1930, época em que os britânicos governavam a região, Indy e sua trupe ouvem rumores de que os thuggees teriam voltado a agir, embora o grupo de bandidos tivesse sido oficialmente eliminado por volta de 1870.

De fato, no começo do século 19, a vilania dos thuggees se tornou legendária no Império Britânico. Eles chegaram até a ser incorporados ao vocabulário da língua inglesa, inspirando a palavra thug, muito utilizada hoje para designar capangas ou bandidos violentos de baixa extração.

Origens antigas
Mas o grupo, ao que tudo indica, surgiu muito antes do Raj britânico (nome dado ao domínio do Reino Unido na Índia). Crônicas medievais do século 14 falam dos assassinatos praticados pelos thuggees e do fato de que um sultão indiano os expulsou de seu território, sem, no entanto, prendê-los. A partir daí, acredita-se que os thuggees tenham agido de forma relativamente impune durante séculos.

A técnica de latrocínio do grupo envolvia ganhar a confiança de viajantes incautos e acompanhá-los por dezenas ou até centenas de quilômetros, até o momento favorável para o ataque. Os viajantes eram, então, estrangulados com lenços ou guardas, despojados de todos os seus pertences e enterrados em locais secretos.

E é aí que começa a polêmica. Vários relatos se referem ao uso que os thuggees faziam de certos rituais religiosos específicos durante seus crimes. Os principais envolviam a consagração da picareta usada para escavar os túmulos das vítimas, bem como o sacrifício de torrões de açúcar não-refinado, à deusa hindu Kali (também citada na aventura de Indiana Jones).


A feroz deusa hindu Kali em pintura do século 19 (Foto: Reprodução) Divindade feroz
Em muitas tradições do antigo hinduísmo, Kali é retratada como uma deusa ferocíssima, associada à morte e à violência. Ela carrega um colar de cabeças decapitadas e, em algumas pinturas, aparece dançando sobre o cadáver de seu próprio marido, Shiva.

Durante o domínio britânico, muitos tendiam a atribuir os assassinatos em série cometidos pelos thuggees a uma espécie de devoção fanática por Kali. Alguns historiadores modernos aceitam o elemento religioso na formação dos thuggees, mas dizem que há poucas diferenças práticas entre as crenças deles e as populações que predavam. Outros, no entanto, apontam o fato de que a "profissão" de thuggee passava geralmente de pai para filho, ou lembram que era só era possível "aprendê-la" com um guru -- traços de uma espécie de dever religioso.

De qualquer maneira, a fé em Kali não ajudou muito os thuggees quando o poderio do Raj britânico se voltou contra eles. Ao longo dos anos 1830, o funcionário britânico William Sleeman conduziu a primeira grande investigação criminal contra o grupo. Mais de 3.000 thuggees foram presos, sendo executados ou exilados. Membros da própria seita foram usados como informantes -- entre eles Behram, considerado o maior serial killer da história, com mais de 900 mortes na sua ficha.

[Dick]

Pois é... mesmo com os exageros de Spielberg, Henry Jones Júnior, sempre um personagem agradabilíssimo, manteve suas aventuras em campos antropológicos que, embora fictícios, mantinham uma certa relação com a história. Neste quarto Indiana Jones (fui ver ontem) o enredo fictício, embora ainda mantenha um pé na história antropológica, descamba para os discos voadores. Não é de se espantar, vindo de Spielberg e George Lucas, mas ainda estou formando minha opinião. Parte de mim se divertiu batante com o filme, enquanto outra parte me dava beliscões: "hei, cara, isto já foi longe demais, não?" Indiana Jones e discos voadores parecem mostarda e nega maluca... estranho.

[Fernando Silva]

Embora inteiramente ficcional, o primeiro filme do Conan também é anti-religioso.
Ou talvez não seja totalmente ficcional...

[O ENCOSTO]

Fui ver o filme na ultima quinta. O filme não é "aquele filmão" mas também não é chato.
Por ser brasileiro, achei um erro grotesco misturar amazonia com as cataratas.

O disco voador aparece só no final do filme. E parece que deixaram um gancho para que ocorram outros filmes. Foi oque percebi quando o indiana jones arranca o chapeu do filho, quando ele estava quase o colocando.

[Dick]

Não podemos esquecer das marmotas, dos macacos e das formigas. Computação demais. Achei legal as referências aos outros Indiana Jones. A arca, no incício do filme, quase passa desapercebida. Lendo as críticas na net, fiquei sabendo que o Ox era para ser o Sean Conery, mas este não quis participar de um novo Indiana. E, como aparenta estar acontecendo com frequência com o Spielberg, o filme parece que foi feito às pressas, sem um cuidado maior no encadeamento das idas e vindas do Indiana Jones. Mas que é uma boa diversão, não há dúvida.

[Dick]

A propósito, assim como os outros Indiana Jones, o filme tem várias ligações com a história. Ainda que seja forjada. Quem quiser conhecer mais sobre a realidade histórica das caveiras de cristal:

http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/cranios_de_cristal.htm

[Fernando Silva]

Fui ver o filme na ultima quinta. O filme não é "aquele filmão" mas também não é chato.
Por ser brasileiro, achei um erro grotesco misturar amazonia com as cataratas.

Há um filme do James Bond que também faz isto. Uma perseguição de lancha num igarapé da Amazônia acaba nas cataratas no RS.

O disco voador aparece só no final do filme.

Esses ETs de Roswell aparecem em outros filmes também, como o "Independence Day" e outros menos votados.
Eles vão acabar vindo aqui nos cobrar direitos de imagem.

[Apáte]

Poderiam revelar mais partes do roteiro?

[Dick]

Eles vão acabar vindo aqui nos cobrar direitos de imagem.

E põe direitos nisso, afinal eles nos deram o transístor!

TRANSISTOR, Tecnologia alienígena:
É o que afirma jack Shulman da American Computer Company (Acc), foi o que afirmou ainda o coronel Philip Corso, entre mais.
Jack Shulman, presidente de uma companhia norte-americana de computadores (American computer company) , afirma que o transístor desenvolvido pela empresa AT & T está relacionado com o ovni que caiu em Roswell, Novo-México.
Foi desenvolvido graças à tecnologia alienígena recuperada.

http://www.realidadeoculta.com/roswell.html

[Dick]

Poderiam revelar mais partes do roteiro?

Na guerra fria, final dos anos 50 (o filme começa com Elvis Presley e corrida de carros - perfeito!), Indy é capturado pela KGB (Cate Blanchett, linda como sempre), para ajudar a recuperar uma caixa arquivada pelo governo americano contendo restos de um estranho ser. Sem entregar muito a história do filme, Indiana Jones passa a correr contra a KGB na procura de uma caveira de cristal que traria poder psico-sensorial ilimitado a quem a tivesse (objetivo da personagem de Cate). Esta corrida os leva até a Amazônia (e, em um piscar de olhos, para as cataratas ) em uma sequência de ação de uns bons 30 minutos de todo o tipo de nonsense divertido. Mas Indy descobre que a caveira tem um outro uso, para uma outra finalidade que, é claro, seria um pecado revelar para quem ainda não viu o filme!

[Fernando Silva]

Eles vão acabar vindo aqui nos cobrar direitos de imagem.

E põe direitos nisso, afinal eles nos deram o transístor!

http://www.realidadeoculta.com/roswell.html

O desenvolvimento da eletrônica e, em particular, do transistor, está perfeitamente documentado.

The History of the Transistor - John Bardeen, Walter Brattain, and William Shockley
http://inventors.about.com/library/weekly/aa061698.htm

[Dick]

Pois ainda que não estivesse bem documentado. As consequências diretas da mecânica quântica desenvolvida a partir da década de 20 levam naturalmente ao conhecimento específico do coportamento dos cristais dopados (semicondutores) que por sua vez leva ao transístor. Bardeen e cia "apenas" fizeram o trabalho magistral de conseguir montar o dispositivo, inteiramente embasado na física construída nas últimas décadas ao seu advento.

[Fernando Silva]

Pois ainda que não estivesse bem documentado. As consequências diretas da mecânica quântica desenvolvida a partir da década de 20 levam naturalmente ao conhecimento específico do coportamento dos cristais dopados (semicondutores) que por sua vez leva ao transístor. Bardeen e cia "apenas" fizeram o trabalho magistral de conseguir montar o dispositivo, inteiramente embasado na física construída nas últimas décadas ao seu advento.

Bem antes disto já se conheciam os diodos. O transistor foi uma evolução do diodo, que já era conhecido desde o tempo dos rádios de galena.

Realmente, as grandes descobertas são, muitas vezes, a convergência de várias pequenas descobertas.
Quando todas as peças estão disponíveis, alguém monta o quebra-cabeças.

[Dick]

Quase isso. Os primeiro diodo é do início do séc. XX, mas isto em sua tecnologia incipiente que se valia de dispositivos a base do efeito termoiônico, que já tinha sido constatato por T. Edison, que não percebeu seu potencial. Logo em seguida já tínhamos válvulas termoiônicas elétricas (daí "eletrônica") sendo usadas em circuitos de amplificação e chaveamento. O transístor adveio de pesquisas que não tinham, por princípio, a substituição da válvula, o que foi feito em seguida. O diodo semicondutor foi idealizado apenas na mesma década do transístor, sendo que ambos revolucionaram nossa tecnologia eletrônica, não exatamente por fazerem algo novo, uma vez que os seus usos iniciais realizavam o que os diodos e válvulas termoiônicas já faziam antes, mas por levar a eletrônica a níveis de operação inimagináveis até então. A miniaturização aliada com a crescente capacidade de chaveamento em frequências cada vez maiores fez com que nossa tecnologia fosse dividida em a.t. e d.t. (antes do transístor e depois). Ou seja, o transístor não foi uma "evolução" do diodo e da válvula termoiônica: foi um advento totalmente novo, baseado em um conhecimento (relativamente) novo sobre a física dos cristais. Que, para nossa sorte, tirou de letra (não de forma tão fácil e imediata) a função de substituir a eletrônica clássica baseada no efeito termoiônico.