LIBERALISMO - O Crescimento do Panama

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O ENCOSTO
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LIBERALISMO - O Crescimento do Panama

Mensagem por O ENCOSTO »

Considerando que a maioria dos países da América Latina resolveu enveredar pelo caminho da perdição, com práticas populistas, socialistas e assistencialistas, onde os resultados finais são sempre negativos, é de estranhar que alguma minoria prefira andar no sentido contrário.

Aconselho a leitura da matéria da Exame. Mas não posso deixar de informar que a taxa de desemprego do Panamá, depois de tomadas as magníficas atitudes, caiu de 16% para 6,3% nos últimos anos. E a renda per capita já atingiu US$ 10 mil.

http://portalexame.abril.com.br/revista ... 60389.html


Um canal livre de impostos
Graças a uma política radical de incentivos fiscais, o Panamá torna-se um pólo de investimentos estrangeiros. Hoje, nenhum outro país cresce tanto na América Latina



EXAME Ainda que governos como o de Hugo Chávez, na Venezuela, façam muito barulho na América Latina com seu petropopulismo e bravatas contra os Estados Unidos e a tentativa de implantação de um novo tipo de socialismo, seja lá o que isso possa significar, o fato é que estão evoluindo na região os países que adotaram uma fórmula econômica pragmática e de sucesso previamente comprovado. Seus principais pontos são estabilidade política, carga fiscal reduzida e burocracia mínima para a criação de novos negócios. Hoje, nenhum outro país da América Latina vem aplicando essa fórmula de forma tão radical e bem-sucedida quanto o Panamá. Um dos destinos menos charmosos do Caribe, o país era conhecido até a década de 90 pelo monumental canal que liga os oceanos Pacífico e Atlântico. Agora, vem chamando a atenção por suas taxas de crescimento e pela capacidade de atrair multinacionais. Entre 2003 e 2007, o volume de investimentos estrangeiros no Panamá aumentou 136%, chegando a 1,8 bilhão de dólares. Graças em parte a isso, nos últimos quatro anos o PIB do país tem crescido a uma média anual de quase 9% (em 2007, o Panamá registrou expansão de 11,2%, a melhor marca do país desde os anos 80).

Nos últimos meses, várias corporações estrangeiras elegeram o país como o mais adequado para receber novos investimentos na América Latina. Uma delas foi a americana Caterpillar, que anunciou, em outubro passado, a construção no Panamá de um complexo que inclui um centro logístico de distribuição de equipamentos pesados, o primeiro do gênero da empresa na região. A unidade vai consumir investimentos de 25 milhões de dólares. No início de maio, a HP começou no Panamá o processo de contratação de cerca de 1 000 funcionários. A equipe formada por eles será encarregada de tocar os negócios do novo centro de serviços globais da HP, que deve começar a operar em setembro de 2008. Por fim, a Procter & Gamble, gigante da área de bens de consumo, escolheu o país para construir seu quarto centro de negócios na América Latina (os outros três ficam na Venezuela, no Chile e na Costa Rica). “O Panamá tem um amplo sistema de benefícios para escritórios regionais, além de uma posição geográfica que nos aproxima de mercados importantes, como o México”, afirma Alejandra Cobb, gerente de relações corporativas da P&G.

É inegável que a posição geográfica do Panamá lhe dá uma vantagem incomparável em tempos de aprofundamento do comércio global. O país está próximo dos Estados Unidos e da Europa, é banhado pelos dois maiores oceanos e detém o controle do canal que os liga. Tudo isso faz do Panamá uma espécie de entreposto moderno. Mas essa é parte da explicação do crescimento. Um dos principais fatores que vêm motivando decisões como as de Caterpillar, HP e P&G foi uma mudança na lei que rege as atividades das multinacionais no Panamá. Segundo a nova legislação, aprovada em agosto, as empresas que instalarem suas sedes regionais no país estarão isentas do pagamento de imposto de renda. Além disso, o governo criou uma comissão que torna mais ágil o trâmite de vistos para os funcionários estrangeiros. “O país está se convertendo em um importante centro de logística do continente”, afirma Martín Castillo, gerente-geral da HP na América Central e no Caribe. A regra das multinacionais reforçou o pacote de medidas aprovadas nos últimos anos que seguem na mesma direção — ou seja, a de facilitar o ingresso de investimentos no país. O setor de imóveis, por exemplo, é beneficiado com a isenção de impostos sobre a propriedade, conhecido no Brasil como IPTU, em toda nova construção residencial ou comercial durante até 15 anos. E aposentados e pensionistas que desejam morar no país, caso de muitos americanos e europeus em busca de um destino agradável, mas não tão caro quanto Miami ou outros países do Caribe, estão isentos do pagamento de tributos de importação.


Política eficaz
Com um dos planos de incentivos fiscais mais agressivos do mundo, o Panamá mais que dobrou o volume de ingresso de investimentos estrangeiros nos últimos quatro anos
Incentivos para os investidores
Isenção total do pagamento de imposto de renda pelas multinacionais que instalarem lá suas sedes regionais
Investimentos turísticos são beneficiados com leis específicas que dispensam impostos de importação sobre materiais e equipamentos
Sua principal área de livre comércio, a Zona Livre de Colón, é a segunda maior do mundo, e perde apenas para a de Hong Kong
Investimento estrangeiro direto
(em milhões de dólares)
2003 771
2007 1825
Variação percentual 136%
Fonte: Unctad

Esse conjunto de incentivos fez com que a capital Cidade do Panamá recebesse projetos milionários. De acordo com estimativas locais, estão em construção atualmente 35 torres com mais de 20 andares. Outras 350 se encontram em fase de projeto. A movimentação rendeu ao Panamá o apelido de “Dubai da América Latina”. Ao longo da Balboa, a avenida que acompanha a orla da capital, encontram-se empreendimentos a cargo de nomes como o empresário americano Donald Trump e o designer francês Philippe Starck. Trump está construindo o Trump Ocean Club, um arranha-céu em forma de vela de 68 andares fincado numa área de 250 000 metros quadrados. O complexo de 400 milhões de dólares, previsto para 2010, inclui hotel, apartamentos residenciais, um centro de negócios e um cassino.

Antes mesmo desse pacote de medidas fiscais, o Panamá já tinha alguma tradição na área de políticas liberais para investimentos estrangeiros. Criada no final dos anos 40, a Zona Livre de Cólon, no interior do país, é hoje a segunda maior do gênero no mundo, com faturamento de 16 bilhões de dólares em 2007 (a primeira é a zona livre de Hong Kong). Beneficiando também os empresários locais, o país adotou práticas de desburocratização nos negócios, o que faz com que novas empresas sejam abertas em menos de 20 dias. Na vizinha Costa Rica, a demora é de mais de 70 dias, no Chile são 27 e, no Brasil, 152 dias, de acordo com a versão mais atual do estudo Doing Business, realizado anualmente pelo Banco Mundial.

Coube ao atual presidente do Panamá, o economista socialdemocrata Martín Torrijos, o recente pacote de radicalização das políticas de incentivos fiscais. Paralelamente às medidas de incentivo ao ingresso de capital estrangeiro, ele vem realizando obras para melhorar a infra-estrutura do país. O maior projeto é o da ampliação do Canal do Panamá. Orçada em 5,2 bilhões de dólares e com término previsto para 2014, a obra tem como objetivo preparar o local para a passagem da nova geração de supercargueiros, como são batizados os navios com capacidade para transportar mais de 10 000 contêineres. O governo panamenho também está construindo estradas de acesso à capital, como a que liga a cidade de Colón, no Atlântico, à Cidade do Panamá, no Pacífico, um investimento de 216 milhões de dólares sob a responsabilidade da construtora brasileira Odebrecht. A previsão é que a via seja inaugurada no começo de 2009. O aeroporto internacional Tocumen também terá sua capacidade aumentada para que atenda à demanda que cresce a passos largos e se torne um concentrador e redistribuidor de vôos, cargas e passageiros na região. Em 2007, as operações de aeronaves no aeroporto aumentaram 14% e o número de passageiros cresceu 18,3% em relação a 2006. Estimada em 60 milhões de dólares, a reforma do aeroporto depende ainda de uma licitação que selecionará a empresa encarregada de executar o projeto.

A boa base da economia local trouxe dividendos para os panamenhos. Nos últimos seis anos, a taxa de desemprego caiu de 16% para 6,3%. No mesmo período, a renda per capita quase dobrou, chegando à marca atual de 10 000 dólares. Apesar dos avanços, o país está longe do desenvolvimento. Quase metade da população vive na faixa da pobreza, sendo que 14% dos panamenhos têm menos de 1 dólar por dia para sobreviver. Segundo o presidente Torrijos, a solução é o progresso trazido por obras como a ampliação do Canal do Panamá. “O projeto tem de ser o motor do desenvolvimento que nos permita ampliar a capacidade social para que ninguém no país perca a oportunidade de prosperar e melhorar sua condição de vida”, afirmou ele num discurso recente. Outro problema é a inflação, cuja taxa anual chegou a 4% em 2007. Não é um índice assustador, mas é o maior registrado pelo Panamá desde os anos 80. A razão para a alta é o aumento do preço do petróleo e de outros produtos alimentícios, como o milho, importados pelo país. “Não deixar a taxa de carestia fugir do controle é condição essencial para que esse problema não interrompa o ciclo de crescimento do Panamá”, diz Felipe Chapman, sócio da consultoria econômica Indesa, uma das mais respeitadas do país.
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Re: LIBERALISMO - O Crescimento do Panama

Mensagem por O ENCOSTO »

Este tópico tem tudo para cair no esquecimento por contrariar dogmas esquerdistas.
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Re: LIBERALISMO - O Crescimento do Panama

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

O ENCOSTO escreveu:Este tópico tem tudo para cair no esquecimento por contrariar dogmas esquerdistas.



Os esquerdistas, tanto da midia quanto daqui do forum, que adoravam vociferar as "conquistas" economicas da Venezuela e da Argentina, no inicio de seus programas expansionistas e inflacionistas, agora calam-se diante da crise que beira a hiper-inflacao nos dois paises, com medidas autoritarias de controle de precos e de producao ja sendo tomadas.

E o governo Lula vai pelo mesmo cano, com o presidente dai, como os de la, culpando a ganancia dos produtores pelo aumento de precos. Nao tardara muito para medidas de congelamento de precos comecarem, gatilho salarial, caca ao boi, confisco de poupanca e calote se repetirem no cenario nacional.

Enquanto exemplos de crescimento em meio a austeridade administrativa e fiscal passam em branco.

E sempre assim. Esquerdistas sentem aversao por fatos, uma vez que estes parecem estar sempre contra aqueles.
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Re: LIBERALISMO - O Crescimento do Panama

Mensagem por Apo »

Não entendi porque cairia no esquecimento. Os esquerdistas daqui sempre afirmaram que este é um forum de direita. Chegaram a dizer que eu usava farda logo que apareci...( adoro esta desfaçatez deles :emoticon23: )

A propósito, eles andam mesmo acabrunhados e sumidos. Os que sobraram ( :emoticon26: ) resfolegam e esperneiam o tempo todo, mesmo pagando mico.

Talvez o tópico morra porque não tenhamos mais com quem debater. :emoticon45:
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