Juiz admite aplicação de lei islâmica na Inglaterra
Discurso do juiz britânico Nicholas Phillips devem causar polêmica
Os princípios da sharia - conjunto de leis islâmicas - poderia ter um papel em algumas partes do sistema legal, disse o juíz Nicholas Phillips, que é o chefe do judiciário na Inglaterra e no País de Gales.
Segundo o magistrado, não há razão para que eles não possam ser usados para mediar disputas entre muçulmanos britânicos.
Ele ressaltou, contudo, que disputas ainda estariam sujeitas à "jurisdição dos tribunais ingleses e galeses".
As idéias defendidas por Phillips são semelhantes às manifestadas pelo Arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, líder da Igreja Anglicana, em fevereiro, e que causaram grande polêmica.
O juiz disse que os comentários de Williams foram profundos, mas mal compreendidos. Segundo ele, o arcebispo não sugeriu que leis religiosas possam substituir ou se sobrepor às leis britânicas, mas estava certo quando viu que elas poderiam ser usadas para resolver disputas civis ou de família.
Esta arbitragem, contudo, jamais deve entrar em conflito com a lei, por exemplo, ao impor punição física - como o uso de chicotadas, apedrejamento ou amputação de mãos - e nem pode ser usada para realizar divórcios.
"Em alguns países os tribunais interpretam a sharia como um pedido de punição física severa. Está fora de questão ter tais tribunais neste país ou tais sanções aplicadas aqui", afirmou, em discurso no Centro Muçulmano do Leste de Londres, no bairro de Whitechapel, em Londres.
"Não razão para que princípios da sharia ou de um outro código religioso não possam ser a base para mediação ou outras formas alternativas para a resolução de disputas. Tem que ser reconhecido, no entanto, que qualquer sanção pela falha no cumprimento do acordo mediado deve sair das leis da Inglaterra e País de Gales."
Os comentários de Phillips devem ser bem recebidos pelos muçulmanos britânicos que desejam viver pelos princípios da sharia. Mas outros podem ficar desapontados, inclusive ativistas pelos direitos das mulheres que argumentam que a sharia pode ser usada para opressão.
Inayat Bunglawala, do Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha, disse que a sharia só se aplica a questões civis. "Eu acho que é importante esclarecer que as leis inglesas já nos permitem buscar terceiros para uma mediação, se quisermos."
"Então é por isso que você tem o conselho de sharia, é por isso que tem cortes judaicas. É um arranjo verdadeiramente voluntário."
"Não existe um sistema legal paralelo. Este sistema não pode suplantar o sistema legal inglês de forma alguma", afirmou Bunglawala.
Juiz admite lei islâmica (sharia) na Inglaterra
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Irã endurece na repressão a estilo de vida ocidental
Mulheres que usam cabelos à mostra são alvo dos policiais
O governo iraniano intensificou ações contra o uso de roupas e cortes de cabelo ocidentais, considerados ilegais pelas autoridades, para tentar impor regras de vestimenta islâmicas.
Policiais estão realizando operações nas principais ruas e parques de Teerã e prendendo mulheres que usam véus que não cobrem todo o cabelo, ou aquelas que usam casacos justos que mostram o contorno do corpo. Homens com cortes de cabelo elaborados também são alvos dos policiais.
Além disso, os presos são obrigados a identificar as lojas onde compraram as roupas ou os barbeiros em que tiveram seus cabelos cortados.
Segundo o correspondente da BBC em Teerã, Jon Leyne, um barbeiro já foi fechado por fazer cortes "inapropriados". De acordo com ele, certamente algumas lojas de roupas também serão punidas pelo governo.
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'Casem-se ou serão demitidos', diz estatal do Irã a funcionários
Rodrigo Coelho
Da BBC Brasil no Cairo
Uma das maiores empresas estatais iranianas deu prazo até setembro para que seus empregados solteiros se casem, segundo informou a imprensa do país.
Os que não cumprirem a determinação, arriscam perder o emprego.
A maior parte dos empregados da Pars Special Economic Energy Zone Company, que controla instalações de gás e petróleo iranianas no Golfo Pérsico, é de jovens solteiros.
“Já que ser casado é um importante critério para este emprego, estamos avisando pela última vez que todos os nossos colegas, homens e mulheres, têm até o dia 21 de setembro para cumprir essa importante tarefa religiosa e moral”, afirmou um diretor da empresa, segundo o jornal iraniano Etemad.
Manter relações sexuais fora do casamento é ilegal no Irã. Dificuldades econômicas, entretanto, vêm fazendo com que cada vez mais pessoas se casem mais tarde no país.
Correspondentes afirmam que a medida visa coibir o uso de prostitutas e que o país passa por uma fase de repressão a costumes ou hábitos vistos como 'imorais' pelas autoridades religiosas.
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Re: Juiz admite lei islâmica (sharia) na Inglaterra
O ser humano é sempre um bomba, mais ou menos islâmica, muçulmana, shariana ( chame-se do que quiser). Tem louco a fim de "diversão" em qualquer lugar do mundo. Um perigo.
