AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
Ações da AmBev disparam com compra da Anheuser-Busch
| 14.07.2008 | 12h35
Rápido desfecho da operação surpreendeu os analistas, que projetam fortes ganhos de sinergia
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EXAME As ações da AmBev dispararam nesta segunda-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) após o anúncio de compra da Anheuser-Busch pela InBev por cerca de 50 bilhões de dólares. Às 12h20, os papéis preferenciais (AMBV4) da companhia brasileira, que é controlada pela InBev, subiam 4,77% para 98,91 reais. No melhor momento do dia, as ações chegaram a 101,90 reais, o que representa alta de 7,9%.
A operação surpreendeu o mercado pelo seu rápido desfecho. A InBev elevou sua oferta de compra de 65 para 70 dólares por ação na última sexta-feira (11/7), após meses de conversas com a companhia americana. Em diversos momentos, a rival mostrou-se contrária a uma união com a InBev, com seu presidente, August Busch IV, declarando publicamente que não lhe agradava ter um brasileiro no comando dos negócios. A InBev, presidida por Carlos Brito, chegou a tentar destituir Busch IV do cargo, assim como todo o conselho da empresa americana. Em represália, a Anheuser-Busch acionou a Justiça americana contra a InBev.
O acordo amigável entre as companhias traz alívio ao mercado, que temia uma luta jurídica e, consequentemente, aumento de risco para as ações das empresas envolvidas. A Anheuser-Busch levará dois membros ao conselho da nova empresa, que terá sua sede na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos.
Como há pouca sobreposição geográfica entre os negócios das duas companhias, todas as fábricas da Anheuser-Busch nos Estados Unidos permanecerão abertas. Em relatório, a corretora londrina Collins Stewart afirma que a sinergia deverá chegar a 1,5 bilhão de dólares, superando a previsão dos analistas.
Com as marcas Budweiser, Bud Light, Stella Artois, Beck’s, Brahma e Antarctica a Anhseuser-Busch- InBev passará a liderar os principais mercados de cerveja do mundo, incluindo Estados Unidos, China, Alemanha, Rússia e Brasil. O faturamento global de 36 bilhões de dólares coloca a Anhseuser-Busch-InBev à frente da atual líder mundial de cerveja, a SABMiller.
No Brasil, as ações da AmBev fazem parte das carteiras sugeridas pelas corretoras Ágora e Fator. A Ágora estima um potencial de valorização para os papéis de 75,8%, podendo chegar ao final de 2008 cotados a 166 reais. Já a Fator é mais otimista em relação aos resultados da empresa e projeta um potencial de alta de 104,6% para as ações, com preço-alvo de 192,91 reais em dezembro.
Apesar das atraentes projeções, os papéis preferenciais da companhia acumulam queda de 11,11% nos últimos 30 dias, enquanto os ordinários amargam 13,85% de perdas. No ano, a desvalorização é ainda maior: 25,55% para as ações preferenciais e 29,74% para as ordinárias. No período, o Ibovespa recuou 5,85%.
Como a InBev ganhou o mundo
Com uma gestão brasileira, a InBev se transformou na maior e mais valiosa cervejaria do mundo. Mas, em casa, seu domínio nunca foi tão ameaçado
Eduardo Vieira
DE GOLE EM GOLE
Fábrica da AmBev em Jaguaricena, no interior de São Paulo: a eficiência levou a empresa a ser líder mundial em cerveja
O mundo das cervejas esteve mais agitado que de costume em fevereiro - e não foi só por causa do Carnaval brasileiro. A InBev, empresa resultante da fusão entre a belga Interbrew e a brasileira AmBev, tornou-se a cervejaria mais valiosa do planeta. Superou a americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser. O resultado de 2006 da Anheuser-Busch, divulgado no início do mês, decepcionou os analistas de mercado e fez baixar o valor de suas ações na Bolsa de Nova York. Com isso, a empresa caiu para o segundo lugar da lista, depois de décadas na liderança. Na primeira quinzena de fevereiro, a InBev passou a valer US$ 42 bilhões, 7,7% a mais que a concorrente (leia o quadro abaixo). Em agosto de 2004, quando a InBev foi criada, seu valor de mercado não chegava a um terço do da Anheuser-Busch. Os resultados de 2006 da InBev só deverão ser divulgados no dia 1O de março. Mas a expectativa dos analistas é que, ao contrário da rival americana, ela apresente números que reforcem ainda mais sua posição.
É a primeira vez na História que uma empresa brasileira se torna a mais valiosa de seu setor. Embora tenha sede na Bélgica, a gestão da InBev está nas mãos dos fundadores da AmBev. Outras empresas nacionais fazem sucesso lá fora, como a mineradora Vale do Rio Doce, a siderúrgica Gerdau e a construtora Odebrecht. Mas nenhuma delas é tão globalizada quanto a InBev. Em termos de volume de produção, a InBev já ocupava o posto de maior cervejaria do mundo. Ao assumir o primeiro lugar também por valor de mercado, só fica atrás de sua concorrente americana por faturamento. A dona da Budweiser vendeu US$ 15,7 bilhões em 2006, US$ 1,2 bilhão a mais que a InBev. Segundo os analistas, não por muito tempo. Eles esperam que, com a divulgação do balanço, a InBev passe a concorrente também nesse quesito.
O estilo de gestão dos donos da InBev é tido como o principal fator do sucesso internacional da cervejaria
O que fez o jogo virar foi a estratégia de internacionalização seguida pela InBev, inspirada no modelo de negócios de sucesso criado pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Os três fundaram o banco Garantia, um dos mais inovadores do país, hoje controlado pelo Credit Suisse First Boston (CSFB). Eles foram protagonistas de alguns dos maiores negócios brasileiros nas últimas décadas, entre eles a compra da Brahma, em 1989. Dez anos depois, a Brahma comprou a Antarctica, dando origem à AmBev. Em mais cinco anos, fecharam negócio com a Interbrew. Foram compradas por US$ 11 bilhões - mas esse foi um dos raros casos em que o comprador entrega a gestão à empresa comprada. É fácil entender o porquê. A taxa média de crescimento da AmBev nos últimos anos foi de 20% ao ano. Ela tem a maior margem de lucro entre todas as cervejarias do mundo. Foi essa gestão eficiente que a Interbrew comprou.
Assim que houve a fusão, a AmBev enviou cerca de 30 de seus executivos para uma imersão na sede da Interbrew, em Leuven, uma cidadezinha próxima a Bruxelas. Na volta ao Brasil, um mês depois, a equipe tinha uma análise dos principais pontos de gestão da Interbrew. E recomendava ações para correção de rumo. Uma das primeiras medidas foi substituir a diretoria da Interbrew. Dos 14 executivos belgas que se reportavam ao presidente, o americano John Brock, restaram três. Os outros 11 saíram para dar lugar a cinco brasileiros, três americanos e três europeus.
No ano passado, o executivo Carlos Brito tornou-se presidente da InBev. E aí se acentuou na empresa o estilo criado nos tempos do Garantia. O sistema de remuneração se tornou mais agressivo: passou a ganhar mais quem gerava mais resultados. Roupas informais substituíram os ternos. A mudança mais agressiva ocorreu no controle de custos. Contas de telefone celular passaram a ter limite de reembolso. Passagens aéreas, só em classe econômica. E as diárias de hotel foram estipuladas em no máximo 100 euros. As mudanças foram recebidas com estranheza. Até a chegada dos brasileiros, a cervejaria belga vivia sob o controle de três dinastias aristocráticas. Diretores europeus se queixaram publicamente por ter de viajar na classe econômica e dividir o quarto de hotel com os colegas. E perderam privilégios. Depois de marcar reuniões às 6 da tarde a que ninguém comparecia, Brito descobriu que seus subordinados europeus marcavam aulas de golfe nesse horário. Trocou-os por brasileiros. Ao todo, demitiu cem dos 400 funcionários da sede. Promoveu ao primeiro escalão executivos com menos de 35 anos - uma marca registrada da gestão ousada da AmBev. Passou a pagar os bônus em ações. Até então, os belgas recebiam os prêmios em dinheiro.
Esse estilo acentuou o choque cultural. A InBev enfrentou protestos por causa dos cortes de custos. Funcionários da fábrica da cerveja Hoedgaarden protestaram quando a empresa decidiu mudar a fábrica da cidade homônima. O que para a InBev era uma questão de produtividade, para os belgas era uma tradição. O fim do romantismo nos negócios deu resultado rapidamente. "Os executivos da AmBev ajudaram a tornar a empresa mais eficiente e a desenvolver novos mercados", afirma Stéphane Champagne, analista do banco canadense CI Investments. O balanço de 2005 da InBev mostrou um lucro 11% maior. Em volume, a venda de cerveja cresceu 5,5%. A economia de custos foi de 140 milhões de euros.
| 14.07.2008 | 12h35
Rápido desfecho da operação surpreendeu os analistas, que projetam fortes ganhos de sinergia
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EXAME As ações da AmBev dispararam nesta segunda-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) após o anúncio de compra da Anheuser-Busch pela InBev por cerca de 50 bilhões de dólares. Às 12h20, os papéis preferenciais (AMBV4) da companhia brasileira, que é controlada pela InBev, subiam 4,77% para 98,91 reais. No melhor momento do dia, as ações chegaram a 101,90 reais, o que representa alta de 7,9%.
A operação surpreendeu o mercado pelo seu rápido desfecho. A InBev elevou sua oferta de compra de 65 para 70 dólares por ação na última sexta-feira (11/7), após meses de conversas com a companhia americana. Em diversos momentos, a rival mostrou-se contrária a uma união com a InBev, com seu presidente, August Busch IV, declarando publicamente que não lhe agradava ter um brasileiro no comando dos negócios. A InBev, presidida por Carlos Brito, chegou a tentar destituir Busch IV do cargo, assim como todo o conselho da empresa americana. Em represália, a Anheuser-Busch acionou a Justiça americana contra a InBev.
O acordo amigável entre as companhias traz alívio ao mercado, que temia uma luta jurídica e, consequentemente, aumento de risco para as ações das empresas envolvidas. A Anheuser-Busch levará dois membros ao conselho da nova empresa, que terá sua sede na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos.
Como há pouca sobreposição geográfica entre os negócios das duas companhias, todas as fábricas da Anheuser-Busch nos Estados Unidos permanecerão abertas. Em relatório, a corretora londrina Collins Stewart afirma que a sinergia deverá chegar a 1,5 bilhão de dólares, superando a previsão dos analistas.
Com as marcas Budweiser, Bud Light, Stella Artois, Beck’s, Brahma e Antarctica a Anhseuser-Busch- InBev passará a liderar os principais mercados de cerveja do mundo, incluindo Estados Unidos, China, Alemanha, Rússia e Brasil. O faturamento global de 36 bilhões de dólares coloca a Anhseuser-Busch-InBev à frente da atual líder mundial de cerveja, a SABMiller.
No Brasil, as ações da AmBev fazem parte das carteiras sugeridas pelas corretoras Ágora e Fator. A Ágora estima um potencial de valorização para os papéis de 75,8%, podendo chegar ao final de 2008 cotados a 166 reais. Já a Fator é mais otimista em relação aos resultados da empresa e projeta um potencial de alta de 104,6% para as ações, com preço-alvo de 192,91 reais em dezembro.
Apesar das atraentes projeções, os papéis preferenciais da companhia acumulam queda de 11,11% nos últimos 30 dias, enquanto os ordinários amargam 13,85% de perdas. No ano, a desvalorização é ainda maior: 25,55% para as ações preferenciais e 29,74% para as ordinárias. No período, o Ibovespa recuou 5,85%.
Como a InBev ganhou o mundo
Com uma gestão brasileira, a InBev se transformou na maior e mais valiosa cervejaria do mundo. Mas, em casa, seu domínio nunca foi tão ameaçado
Eduardo Vieira
DE GOLE EM GOLE
Fábrica da AmBev em Jaguaricena, no interior de São Paulo: a eficiência levou a empresa a ser líder mundial em cerveja
O mundo das cervejas esteve mais agitado que de costume em fevereiro - e não foi só por causa do Carnaval brasileiro. A InBev, empresa resultante da fusão entre a belga Interbrew e a brasileira AmBev, tornou-se a cervejaria mais valiosa do planeta. Superou a americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser. O resultado de 2006 da Anheuser-Busch, divulgado no início do mês, decepcionou os analistas de mercado e fez baixar o valor de suas ações na Bolsa de Nova York. Com isso, a empresa caiu para o segundo lugar da lista, depois de décadas na liderança. Na primeira quinzena de fevereiro, a InBev passou a valer US$ 42 bilhões, 7,7% a mais que a concorrente (leia o quadro abaixo). Em agosto de 2004, quando a InBev foi criada, seu valor de mercado não chegava a um terço do da Anheuser-Busch. Os resultados de 2006 da InBev só deverão ser divulgados no dia 1O de março. Mas a expectativa dos analistas é que, ao contrário da rival americana, ela apresente números que reforcem ainda mais sua posição.
É a primeira vez na História que uma empresa brasileira se torna a mais valiosa de seu setor. Embora tenha sede na Bélgica, a gestão da InBev está nas mãos dos fundadores da AmBev. Outras empresas nacionais fazem sucesso lá fora, como a mineradora Vale do Rio Doce, a siderúrgica Gerdau e a construtora Odebrecht. Mas nenhuma delas é tão globalizada quanto a InBev. Em termos de volume de produção, a InBev já ocupava o posto de maior cervejaria do mundo. Ao assumir o primeiro lugar também por valor de mercado, só fica atrás de sua concorrente americana por faturamento. A dona da Budweiser vendeu US$ 15,7 bilhões em 2006, US$ 1,2 bilhão a mais que a InBev. Segundo os analistas, não por muito tempo. Eles esperam que, com a divulgação do balanço, a InBev passe a concorrente também nesse quesito.
O estilo de gestão dos donos da InBev é tido como o principal fator do sucesso internacional da cervejaria
O que fez o jogo virar foi a estratégia de internacionalização seguida pela InBev, inspirada no modelo de negócios de sucesso criado pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Os três fundaram o banco Garantia, um dos mais inovadores do país, hoje controlado pelo Credit Suisse First Boston (CSFB). Eles foram protagonistas de alguns dos maiores negócios brasileiros nas últimas décadas, entre eles a compra da Brahma, em 1989. Dez anos depois, a Brahma comprou a Antarctica, dando origem à AmBev. Em mais cinco anos, fecharam negócio com a Interbrew. Foram compradas por US$ 11 bilhões - mas esse foi um dos raros casos em que o comprador entrega a gestão à empresa comprada. É fácil entender o porquê. A taxa média de crescimento da AmBev nos últimos anos foi de 20% ao ano. Ela tem a maior margem de lucro entre todas as cervejarias do mundo. Foi essa gestão eficiente que a Interbrew comprou.
Assim que houve a fusão, a AmBev enviou cerca de 30 de seus executivos para uma imersão na sede da Interbrew, em Leuven, uma cidadezinha próxima a Bruxelas. Na volta ao Brasil, um mês depois, a equipe tinha uma análise dos principais pontos de gestão da Interbrew. E recomendava ações para correção de rumo. Uma das primeiras medidas foi substituir a diretoria da Interbrew. Dos 14 executivos belgas que se reportavam ao presidente, o americano John Brock, restaram três. Os outros 11 saíram para dar lugar a cinco brasileiros, três americanos e três europeus.
No ano passado, o executivo Carlos Brito tornou-se presidente da InBev. E aí se acentuou na empresa o estilo criado nos tempos do Garantia. O sistema de remuneração se tornou mais agressivo: passou a ganhar mais quem gerava mais resultados. Roupas informais substituíram os ternos. A mudança mais agressiva ocorreu no controle de custos. Contas de telefone celular passaram a ter limite de reembolso. Passagens aéreas, só em classe econômica. E as diárias de hotel foram estipuladas em no máximo 100 euros. As mudanças foram recebidas com estranheza. Até a chegada dos brasileiros, a cervejaria belga vivia sob o controle de três dinastias aristocráticas. Diretores europeus se queixaram publicamente por ter de viajar na classe econômica e dividir o quarto de hotel com os colegas. E perderam privilégios. Depois de marcar reuniões às 6 da tarde a que ninguém comparecia, Brito descobriu que seus subordinados europeus marcavam aulas de golfe nesse horário. Trocou-os por brasileiros. Ao todo, demitiu cem dos 400 funcionários da sede. Promoveu ao primeiro escalão executivos com menos de 35 anos - uma marca registrada da gestão ousada da AmBev. Passou a pagar os bônus em ações. Até então, os belgas recebiam os prêmios em dinheiro.
Esse estilo acentuou o choque cultural. A InBev enfrentou protestos por causa dos cortes de custos. Funcionários da fábrica da cerveja Hoedgaarden protestaram quando a empresa decidiu mudar a fábrica da cidade homônima. O que para a InBev era uma questão de produtividade, para os belgas era uma tradição. O fim do romantismo nos negócios deu resultado rapidamente. "Os executivos da AmBev ajudaram a tornar a empresa mais eficiente e a desenvolver novos mercados", afirma Stéphane Champagne, analista do banco canadense CI Investments. O balanço de 2005 da InBev mostrou um lucro 11% maior. Em volume, a venda de cerveja cresceu 5,5%. A economia de custos foi de 140 milhões de euros.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
Apo escreveu:Não teria sido a InBev?
Pelo que entendi, a InBev seria uma divisão internacional da Ambev mas não li a respeito ainda pois a coisa aqui tá pegando hoje.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
COnforme minha cunhada disse:
<message>Márcia Hatzlhoffer escreveu: Inbev é a controladora, podemos dizer assim. Mas é uma coisa só!
Com a negociação da Anheuser Bush, as ações alavancaram estrondasamente .
Terá agora a maior fonte de receita nesse segmento.
Um beijo
<end>
<message>Márcia Hatzlhoffer escreveu: Inbev é a controladora, podemos dizer assim. Mas é uma coisa só!
Com a negociação da Anheuser Bush, as ações alavancaram estrondasamente .
Terá agora a maior fonte de receita nesse segmento.
Um beijo
<end>
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- Apo
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Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
A InBev é a empresa resultante da fusão entre a belga Interbrew e a brasileira AmBev. Quem comprou foi a InBev. Claro que as ações da AmBev alavancaram...

Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
Semana passada estava lendo sobre esta transação. A Budweiser mais cedo ou mais tarde iria ceder. Seus acionistas estavam querendo a venda da empresa, já que a mesma estava perdendo mercado devido a má gestão de August Busch IV. Na realidade foi bom para ambos os lados as ações da Anheuser-Busch subiram, os acionistas ganharam um bom dinheiro e agora a Imbev irá trabalhar para aumentar o mercado externo da desta empresa. Além do mais foi bom eles não terem destituído o conselho da empresa, pois a Imbev não tem experiência no mercado americano.
Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
Bud é muito aguada.
Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
rapha... escreveu:Bud é muito aguada.
Concordo e não gosto do sabor do malte deles. Prefiro mil vezes a Heineken... Pra falar a verdade, prefiro as nossas mesmo...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: AMBEV COMPRA A BUDWEISER!!!
Concordo.
Saudades de uma Brahminha trincando.
Saudades de uma Brahminha trincando.
Segundo Elio Gaspari...
<message>Oi tudo bem? Só para esclarecer melhor o que te disse ontem!
Um beijo
<end>
Talvez seja mais que uma coincidência: Enquanto o povo de Pindorama acompanha enraivecido o ocaso do banqueiro Daniel Dantas, os empresários brasileiros que dirigem a InBev compraram a cervejeira americana Anheuser-Busch. Um negócio de 52 bilhões de dólares que faz da empresa belgo-brasileira a maior companhia do setor, com 25% do mercado mundial.
A coincidência pode ser um sinal de que há uma troca de guarda, de métodos e de objetivos no capitalismo brasileiro. Certamente não será uma troca abrupta, mas se a novidade ainda não apareceu direito, o velho está aí, escancarado, à vista de todos.
Daniel Dantas, um descendente do Barão de Jeremoabo, foi considerado um gênio do seu tempo e encarnou o esplendor do papelório e da privataria tucana. Esteve um passo à frente do empresariado cartorial e, durante algum tempo, foi um Midas. Tomou o bonde errado quando se apoderou de concessionárias de serviços públicos juntando-se aos fundos de pensão de estatais. Associou-se por algum tempo a um ex-presidente do Banco Central (Pérsio Arida), fez do litígio judicial um apêndice dos seus interesses e deslizou para operações policiais, até acabar algemado. O Brasil de Jeremoabo lhe deu a impressão de que se tornara poderoso. Neste Brasil de Jeremoabo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, circula pela controvérsia da libertação do banqueiro como se a chefia da magistratura fosse uma permanência na ilha de Caras, com entrevistas de calçada, adornadas com frases de efeito.
Quando Daniel Dantas chegou ao mercado, lá havia uma referência legendária. Chamava-se Jorge Paulo Lemann. Ele e sua turma compraram a Anheuser-Busch. Ao tempo do papelório, e até mesmo durante o teleesplendor da privataria, Lemann ganhou todo o dinheiro a que tinha direito. Seu banco, o Garantia, entrou mal numa curva e, em 1988, foi vendido ao Credit Suisse. Lemann celebrizou-se pela capacidade de juntar talento e trabalho, transformando funcionários em milionários. Três deles foram relevantes para a compra da cervejeira americana: Carlos Brito, Marcel Telles e Carlos Sicupira. Em 1980, quando o advogado Luis Eduardo Greenhalgh ajudou a fundar o PT, o patrimônio de Brito, Telles e Sicupira talvez fosse inferior aos R$650 mil que, segundo a Polícia Federal, o doutor recebera, como honorários, até abril.
Lemann e sua turma se transferiram para a economia real arrematando empresas mal administradas. Em 1989 compraram a Brahma e depois engoliram a Antarctica, criando a AmBev. Em 2004 a empresa juntou-se com a cervejeira belga Interbrew, gerando a InBev. Hoje, sete dos doze principais executivos são brasileiros. Carlos Brito, de 48 anos, é seu presidente.
Daniel Dantas poderia ter criado uma AmBev, mas preferiu ficar no regaço do governo. A turma da InBev trata o mínimo possível com os poderes. São profissionais agressivos e têm uma enorme capacidade de agradar aos acionistas. Nos últimos anos, quem comprou ações de suas cervejarias ganhou muito mais dinheiro que a bancada dos títulos públicos.
Faz tempo que a garotada que entra no mercado de trabalho procura evitar atividades que dependam da palavra de burocratas. Numa mesma semana Daniel Dantas e a turma da AmBev ensinaram que um dos caminhos inclui o risco da cadeia. O outro oferece o sucesso.
Um beijo
<end>
Talvez seja mais que uma coincidência: Enquanto o povo de Pindorama acompanha enraivecido o ocaso do banqueiro Daniel Dantas, os empresários brasileiros que dirigem a InBev compraram a cervejeira americana Anheuser-Busch. Um negócio de 52 bilhões de dólares que faz da empresa belgo-brasileira a maior companhia do setor, com 25% do mercado mundial.
A coincidência pode ser um sinal de que há uma troca de guarda, de métodos e de objetivos no capitalismo brasileiro. Certamente não será uma troca abrupta, mas se a novidade ainda não apareceu direito, o velho está aí, escancarado, à vista de todos.
Daniel Dantas, um descendente do Barão de Jeremoabo, foi considerado um gênio do seu tempo e encarnou o esplendor do papelório e da privataria tucana. Esteve um passo à frente do empresariado cartorial e, durante algum tempo, foi um Midas. Tomou o bonde errado quando se apoderou de concessionárias de serviços públicos juntando-se aos fundos de pensão de estatais. Associou-se por algum tempo a um ex-presidente do Banco Central (Pérsio Arida), fez do litígio judicial um apêndice dos seus interesses e deslizou para operações policiais, até acabar algemado. O Brasil de Jeremoabo lhe deu a impressão de que se tornara poderoso. Neste Brasil de Jeremoabo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, circula pela controvérsia da libertação do banqueiro como se a chefia da magistratura fosse uma permanência na ilha de Caras, com entrevistas de calçada, adornadas com frases de efeito.
Quando Daniel Dantas chegou ao mercado, lá havia uma referência legendária. Chamava-se Jorge Paulo Lemann. Ele e sua turma compraram a Anheuser-Busch. Ao tempo do papelório, e até mesmo durante o teleesplendor da privataria, Lemann ganhou todo o dinheiro a que tinha direito. Seu banco, o Garantia, entrou mal numa curva e, em 1988, foi vendido ao Credit Suisse. Lemann celebrizou-se pela capacidade de juntar talento e trabalho, transformando funcionários em milionários. Três deles foram relevantes para a compra da cervejeira americana: Carlos Brito, Marcel Telles e Carlos Sicupira. Em 1980, quando o advogado Luis Eduardo Greenhalgh ajudou a fundar o PT, o patrimônio de Brito, Telles e Sicupira talvez fosse inferior aos R$650 mil que, segundo a Polícia Federal, o doutor recebera, como honorários, até abril.
Lemann e sua turma se transferiram para a economia real arrematando empresas mal administradas. Em 1989 compraram a Brahma e depois engoliram a Antarctica, criando a AmBev. Em 2004 a empresa juntou-se com a cervejeira belga Interbrew, gerando a InBev. Hoje, sete dos doze principais executivos são brasileiros. Carlos Brito, de 48 anos, é seu presidente.
Daniel Dantas poderia ter criado uma AmBev, mas preferiu ficar no regaço do governo. A turma da InBev trata o mínimo possível com os poderes. São profissionais agressivos e têm uma enorme capacidade de agradar aos acionistas. Nos últimos anos, quem comprou ações de suas cervejarias ganhou muito mais dinheiro que a bancada dos títulos públicos.
Faz tempo que a garotada que entra no mercado de trabalho procura evitar atividades que dependam da palavra de burocratas. Numa mesma semana Daniel Dantas e a turma da AmBev ensinaram que um dos caminhos inclui o risco da cadeia. O outro oferece o sucesso.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

