Bridey Murphy e os erros da terapia de vidas passadas

[waldon]

Bridey Murphy
Num dia de 1952, Morey Bernstein hipnotizou Virginia Tighe. Ela começou a falar numa variante de irlandês e afirmou ser Bridey Murphy de Cork, Irlanda. Bernstein hipnotizou Virginia, aliás Bridey, muitas vezes depois disso. Sob hipnose, ela cantou canções irlandesas e contou histórias da Irlanda, sempre como Bridey Murphy. Bernstein escreveu um livro, The Search for Bridey Murphy, que se tornou um best-seller. Gravações da sessões foram feitas e traduzidas em mais de 12 linguas. Os discos tambem se venderam bem. O boom da reincarnação tinha começado.

Jornais enviaram repórteres à Irlanda investigar. Onde estava uma ruiva Bridey Murphy que viveu na Irlanda no séc. XIX? Quem sabe, mas um jornal--the Chicago American--encontrou-a no seculo 20 em Chicago. Bridie Murphey Corkell viveu na casa do outro lado da rua onde Elizabeth Tighe cresceu. O que Elizabeth contava debaixo de hipnose não eram memórias de uma vida anterior mas recordações da sua infância. Muitas pessoas ficavam impressionadas com os detalhes das recordações, mas detalhes não são prova de autenticidade.

Como Martin Gardner afirma "Qualquer sujeito hipnótico capaz de entrar em transe balbucia acerca de uma encarnação anterior se o hipnotista lho pedir. Tambem narra as futuras... De qualquer modo, com uma investigação do passado, descobre-se que o narrado é bocados de informação adquiridos nos primeiros anos de vida." Ou, o sujeito limita-se a inventar.


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Leituras

Gardner, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science (New York: Dover Publications, Inc., 1957), ch. 26



http://www.skepdic.com/brazil/bridey.html

[Apo]

Virgínia...Elizabeth...

[Botanico]

Como Martin Gardner afirma "Qualquer sujeito hipnótico capaz de entrar em transe balbucia acerca de uma encarnação anterior se o hipnotista lho pedir. Tambem narra as futuras... De qualquer modo, com uma investigação do passado, descobre-se que o narrado é bocados de informação adquiridos nos primeiros anos de vida." Ou, o sujeito limita-se a inventar.

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Leituras

Gardner, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science (New York: Dover Publications, Inc., 1957), ch. 26

http://www.skepdic.com/brazil/bridey.html

Pena que nem sempre desmontam estórias assim de maneira tão simples...
O caso de Laure Reynald já é um pouco mais estranho, pois não ocorreu sob hipnose.
Desde criança ela já era um problema para a sua família muito católica, pois não gostava de ir à Igreja e dizia que o padre falava bobagens: ninguém ia para o céu ou inferno e sim retornava a viver na Terra, como aconteceu com ela.
Laure dizia ter vivido em Gênova, na Itália, 50 anos antes de nascer. Fora uma mulher orgulhosa, Joana S, e que morrera de tuberculose, sendo enterrada na capela da família. Ela morara numa casa grande, com muitas janelas e varandas.
Reprimida pela família, acabou se calando, mas décadas depois o caso chamou a atenção de um pesquisador, que quis saber mais detalhes. Assim então convidou-a a ir até Gênova, onde NUNCA ESTIVERA ANTES.
Ao chegar lá, ela se tornou a cicerone, sabendo dizer o que iam encontrar numa rua antes mesmo de virar a esquina. Então no caminho por ela indicado, acharam uma casa como a que ela descrevera, mas ela já avisou que não era aquela casa e sim outra mais adiante. Lá chegando, constatou-se que de fato houve uma residente de nome Joana S, que falecera de tuberculose e seu corpo fora sepultado na capela local. Todas as indicações que ela dera desde a infância foram confirmadas.

Mas não esquentem não: tudo se resolve com uma simples frase: é evidência anedota...

[Dick]

Bridey Murphy: