200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
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200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
Darwin 200, por Ir. Joaquim Clotet *
Comemoramos em 2009 o segundo centenário do nascimento de Charles Robert Darwin. Um homem admirado, estudado e até considerado polêmico por alguns.
As homenagens, os congressos, as publicações e as exposições serão inúmeras. Sociedades científicas, filosóficas e teológicas, universidades e museus de história natural têm já programadas as mais diversas atividades sobre a vida e a obra do relevante cientista, nascido em 12 de fevereiro de 1809. A Universidade de Cambridge, a título de exemplo, tem programado para o próximo mês de julho o Darwin Festival, um evento científico e cultural de extrema relevância. Do mesmo modo, o Natural History Museum de Londres já inaugurou a Darwin Exhibition, esplêndida e altamente documentada exposição sobre o autor.
Não deixa de chamar a atenção a trajetória universitária do grande naturalista, observador e colecionador. Iniciou os estudos de medicina na Universidade de Edimburgo. Vale acrescentar que o pai dele era médico. Abandonou essa opção antes de ter concluído o curso. Ingressou na Universidade de Cambridge para estudar artes. Nessa época, aproximou-se das línguas clássicas, da filosofia, da teologia e, por incrível que pareça, da matemática e da física.
Nem o mundo das humanidades nem o das ciências divinas configurou, contudo, sua indiscutível e preclara opção intelectual: a observação atenta e crítica da natureza.
Duas experiências marcaram definitivamente o futuro do notabilíssimo cientista: uma viagem e o jardim da sua casa.
A viagem, realizada no Beagle, durou cinco anos e permitiu-lhe observar, escrever, desenhar e colecionar animais e plantas numa longa singradura. Dois terços dessa viagem passou-os em terra firme. Por sinal, de abril a junho de 1832, esteve no Brasil e alugou uma propriedade na baía de Botafogo. De volta à pátria, comprou uma casa, Down House, a 16 milhas de Londres. O grande jardim nela existente foi o seu laboratório. A leitura dos dados obtidos na viagem, o exame dos espécimes coletados e seus experimentos com orquídeas, pombas, baratas e minhocas, entre os outros muitos por ele realizados, o inspiraram à formulação de sua teoria da seleção natural e prepararam a edição da Origem das Espécies, 1859.
A vida e a obra do bicentenário autor são ainda hoje objeto de acendrado estudo, pesquisa e debate, atingindo o patamar da transdisciplinaridade. Esse reconhecimento do valor e significado da sua produção contrasta com a discrição do avisado viajante e do erudito pesquisador, pois ele próprio afirmava que não era especialista em nenhuma disciplina.
Continuam ainda hoje o estudo e o debate entre criacionismo, ou doutrina bíblica da criação, e evolucionismo, proveniente da seleção natural. O papa Pio XII, na sua carta encíclica Humani Generis, 1950, convida e estimula ao aprofundamento de ambas as teorias. A Academia Pontifícia das Ciências, do Vaticano, dedicou sessões extraordinárias ao tema no passado mês de novembro. Afirmou-se a existência de provas que evidenciam a evolução. Destaca-se, porém, que o ser humano, o homem e a mulher, não são o resultado do caos, mas que foram pensados e amados pelo Criador. Uma conferência internacional sobre a conciliação entre a fé e a teoria da evolução está programada pela mesma entidade para o próximo mês de março. Não é em vão que Darwin também estudou teologia e era homem que amava o diálogo.
* Reitor da PUCRS
O debate só existe quando aparece alguém com tempo ocioso para refutar argumentos criacionistas...
Comemoramos em 2009 o segundo centenário do nascimento de Charles Robert Darwin. Um homem admirado, estudado e até considerado polêmico por alguns.
As homenagens, os congressos, as publicações e as exposições serão inúmeras. Sociedades científicas, filosóficas e teológicas, universidades e museus de história natural têm já programadas as mais diversas atividades sobre a vida e a obra do relevante cientista, nascido em 12 de fevereiro de 1809. A Universidade de Cambridge, a título de exemplo, tem programado para o próximo mês de julho o Darwin Festival, um evento científico e cultural de extrema relevância. Do mesmo modo, o Natural History Museum de Londres já inaugurou a Darwin Exhibition, esplêndida e altamente documentada exposição sobre o autor.
Não deixa de chamar a atenção a trajetória universitária do grande naturalista, observador e colecionador. Iniciou os estudos de medicina na Universidade de Edimburgo. Vale acrescentar que o pai dele era médico. Abandonou essa opção antes de ter concluído o curso. Ingressou na Universidade de Cambridge para estudar artes. Nessa época, aproximou-se das línguas clássicas, da filosofia, da teologia e, por incrível que pareça, da matemática e da física.
Nem o mundo das humanidades nem o das ciências divinas configurou, contudo, sua indiscutível e preclara opção intelectual: a observação atenta e crítica da natureza.
Duas experiências marcaram definitivamente o futuro do notabilíssimo cientista: uma viagem e o jardim da sua casa.
A viagem, realizada no Beagle, durou cinco anos e permitiu-lhe observar, escrever, desenhar e colecionar animais e plantas numa longa singradura. Dois terços dessa viagem passou-os em terra firme. Por sinal, de abril a junho de 1832, esteve no Brasil e alugou uma propriedade na baía de Botafogo. De volta à pátria, comprou uma casa, Down House, a 16 milhas de Londres. O grande jardim nela existente foi o seu laboratório. A leitura dos dados obtidos na viagem, o exame dos espécimes coletados e seus experimentos com orquídeas, pombas, baratas e minhocas, entre os outros muitos por ele realizados, o inspiraram à formulação de sua teoria da seleção natural e prepararam a edição da Origem das Espécies, 1859.
A vida e a obra do bicentenário autor são ainda hoje objeto de acendrado estudo, pesquisa e debate, atingindo o patamar da transdisciplinaridade. Esse reconhecimento do valor e significado da sua produção contrasta com a discrição do avisado viajante e do erudito pesquisador, pois ele próprio afirmava que não era especialista em nenhuma disciplina.
Continuam ainda hoje o estudo e o debate entre criacionismo, ou doutrina bíblica da criação, e evolucionismo, proveniente da seleção natural. O papa Pio XII, na sua carta encíclica Humani Generis, 1950, convida e estimula ao aprofundamento de ambas as teorias. A Academia Pontifícia das Ciências, do Vaticano, dedicou sessões extraordinárias ao tema no passado mês de novembro. Afirmou-se a existência de provas que evidenciam a evolução. Destaca-se, porém, que o ser humano, o homem e a mulher, não são o resultado do caos, mas que foram pensados e amados pelo Criador. Uma conferência internacional sobre a conciliação entre a fé e a teoria da evolução está programada pela mesma entidade para o próximo mês de março. Não é em vão que Darwin também estudou teologia e era homem que amava o diálogo.
* Reitor da PUCRS
O debate só existe quando aparece alguém com tempo ocioso para refutar argumentos criacionistas...
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: 200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
Opinião de um padre astrônomo do Vaticano sobre a doutrina bíblica da criação.
http://www.universocatolico.com.br/cont ... /14543/98/
O gênesis bíblico, com serpente falante e jardim mágico, já virou conto de fadas para a igreja católica, pena que ela não tenha coragem de cortar ele da bíblia, preferindo chamar de "alegoria".
“A Bíblia não é um livro de ciência; e procurar fatos científicos no universo e a sua origem não colocam em dúvida o papel de Deus na criação, disse. Como exemplo, o padre disse acreditar que a teoria do 'big bang' é a explicação mais razoável para a criação do universo. A teoria afirma que o universo começou há bilhões de anos, a partir de apenas uma explosão que continha toda a matéria. “Eu continuo a acreditar que Deus é o criador do universo e que não somos produto do acaso”, declarou.
http://www.universocatolico.com.br/cont ... /14543/98/
O gênesis bíblico, com serpente falante e jardim mágico, já virou conto de fadas para a igreja católica, pena que ela não tenha coragem de cortar ele da bíblia, preferindo chamar de "alegoria".
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
Alan Kardec, Obras Póstumas Pág. 237
- Fernando Silva
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Re: 200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
O papa Pio XII, na sua carta encíclica Humani Generis, 1950, convida e estimula ao aprofundamento de ambas as teorias. A Academia Pontifícia das Ciências, do Vaticano, dedicou sessões extraordinárias ao tema no passado mês de novembro. Afirmou-se a existência de provas que evidenciam a evolução. Destaca-se, porém, que o ser humano, o homem e a mulher, não são o resultado do caos, mas que foram pensados e amados pelo Criador.
Estragou tudo no final.
"Evolução, sim, só que..."
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Re: 200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
Melhor assim do que estas asneiras que chovem aqui no RV negando o evolucionismo de forma psicótica.

Re: 200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
Apo escreveu:Melhor assim do que estas asneiras que chovem aqui no RV negando o evolucionismo de forma psicótica.
Apo já tentou negar algo evidente de forma racional? Não tem graça, tem de fazê-lo de maneira psicótica mesmo. É como enlouquecer sem Poder, sem este ninguém te leva a sério.
Re: 200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
Moria escreveu:Apo escreveu:Melhor assim do que estas asneiras que chovem aqui no RV negando o evolucionismo de forma psicótica.
Apo já tentou negar algo evidente de forma racional? Não tem graça, tem de fazê-lo de maneira psicótica mesmo. É como enlouquecer sem Poder, sem este ninguém te leva a sério.



É vero.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
Re: 200 anos de D´arwin (Artigo do Reitor da PUC-RS)
Anna escreveu:Moria escreveu:Apo escreveu:Melhor assim do que estas asneiras que chovem aqui no RV negando o evolucionismo de forma psicótica.
Apo já tentou negar algo evidente de forma racional? Não tem graça, tem de fazê-lo de maneira psicótica mesmo. É como enlouquecer sem Poder, sem este ninguém te leva a sério.
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É vero.
É titia, estamos discutindo no outro tópico, mas aqui concordamos.

Essa fala é do do chefe da Agência de Proteção Ambiental, Russ Cargill no filme do Simpsons. Aquele que induz o Schwarzenegger a isolar a cidade.

"É claro que enlouqueci com o poder. Já tentou enlouquecer sem poder? É chato, ninguém te leva a sério.