Fundamentos do Comunismo I

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Fernando Silva
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Fernando Silva »

Herf escreveu:Perceba que não estou negando que haja uma hierarqua, ou sugerindo que professor e aluno estão lado a lado ou demais besteiras. Só acho que estão a superestimar a importância de formalidades.

O problema não está em se chamar o professor disto ou daquilo (no meu tempo de universidade, a gente dizia "Mestre").

O problema está em que nem mesmo os professores se dão ao respeito. Não são os alunos que perderam o respeito, foram eles que não os ensinaram a ter respeito, talvez por achar, dentro da ideologia socialista, que não deveriam se por em posição de superioridade, como uma classe privilegiada.

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Darkside
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Darkside »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Apo,

voce pode ate achar ridiculo, mas o distanciamento formal entre alunos e professores, marcado por formas de tratamento, so nao e comum no Brasil.

Se voce chamar tratar um professor frances, espanhol ou alemao (e imagino que italiano ou portugues tambem) por "tu" (ou "du") em sala de aula, estara bem claro que ou voce fala uma lingua estrangeira ou voce foi muito mal educado por seus pais e professores precedentes.

Em ingles nao ha essa distincao de pronomes, mas ainda assim e praticamente unanime o uso de formas de tratamento como "mr(s)." para professores primarios e colegiais e "professor" para os universitarios.

Eu nao sei como funciona num encontro informal fora de sala de aula. Eu sei que em frances, espanhol e alemao voce deve tratar por "vous", "usted" e "Sie" qualquer um que seja ou significativamente mais velho ou com quem voce nao tenha nenhuma intimidade, e no ingles convem tratar por "sir" ou "madam" nesses casos.


Depois do primeiro grau, sempre me dirigi aos professores como "o senhor", "a senhora" ou professor mesmo, e nunca tentei refutar o que um professor ensina como matéria, mesmo que eu não concorde por algum motivo. Se ele abrir espaço para dúvidas, eu às vezes digo meu ponto de vista.

Não aprendi isso com ninguém, não me é imposto tal comportamento. Simplesmente depois que cresci, considerei que pelo que o professor representa e pela sua função esse era o comportamento mais adequado que eu deveria ter com ele.
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user f.k.a. Cabeção
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Herf escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:voce pode ate achar ridiculo, mas o distanciamento formal entre alunos e professores, marcado por formas de tratamento, so nao e comum no Brasil.

Isso não é comum aqui e nem parece fazer falta. Digo, ao menos nos lugares onde estudei, dificilmente se tratava um professor por "senhor", e nem por isso existia qualquer desrespeito por parte dos alunos. Curiosamente, ocorria o contrário frequentemente: os mais respeitados pelos alunos - respeitar aqui no sentido de admirar - não faziam qualquer exigência desse tipo e usava-se com eles tratamento mais informal possível. Também não acho que aqueles que desrespeitam professores deixariam de fazê-lo se fosem obrigados a tratá-los especialmente. Essa prática de usar de pronomes especiais e outras cerimônias ao tratar com professores e outras categorias profissionais está mais para um resquício de uma mentalidade aniquada do que para a própria manifestação do respeito, da admiração sincera.

Perceba que não estou negando que haja uma hierarqua, ou sugerindo que professor e aluno estão lado a lado ou demais besteiras. Só acho que estão a superestimar a importância de formalidades.



Mas existe um vies que voce nao esta percebendo.

Eu concordo com voce, que no Brasil, de um modo geral, os professores que conseguem capturar a maior atencao da turma e manter as coisas em relativa ordem costumam ser mais "simpaticos" e "informais".

Mas isso e uma adaptacao de uma certa parte dos professores ao fato de que nao podem mais contar com uma implicita hierarquia de saber que por si so se encarregue de ao menos manter a ordem dentro de uma classe.

Antes, um professor era sempre respeitado, podendo estimular ou nao seus alunos com seu talento para lecionar. Ele nao precisava se preocupar em estabelecer a ordem, mas apenas em transmitir seus conhecimentos num ambiente previamente ordenado.

Hoje, um professor para ser respeitado precisa equilibrar-se na complicada tarefa de cativar a maior parte da turma sem extrapolar nas conscessoes de libertinagem, de maneira a poder assim dar a sua aula.

Nao e dificil perceber que poucas pessoas reunem ao mesmo tempo o talento, o carisma e a paciencia exigidos hoje para conseguir dar uma boa aula. Essas pessoas em geral sao evidenciadas como otimos professores, o que nao e incorreto, mas outros professores que sao menosprezados por seus alunos poderiam ser muito mais eficazes do que aqueles, caso a ordem e educacao tradicional, representada tambem, mas nao apenas, por formas de tratamento, tivesse sido preservada.


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Fedidovisk
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Fedidovisk »

Muito maniqueísta.

Eu tenho um histórico e tanto de colégios, e diria que há uma relação de respeito entre aluno-professor, só que o que acontece é que quase sempre também toda turma tem um aluno problema (que me perdoem, DDAH :/), que acaba atraindo atenção maior do que os bons alunos que são maioria. E diria que colégios que seguem esse regime rígido não sofrem com esse tipo de problema simplesmente porque não aceitam esses alunos, antes mesmo de fazer a matrícula, ou durante o ano letivo em decorrência da não adaptação, ou melhor, incapacidade.

Os alunos têm uma reverência igual à que eles tem pelos pais... e normalmente quando há problema na escola o problema começou em casa, são alunos que não respeitam nem os próprios pais.

Aliás eu falo isso também porque tenho parentes educadores das antigas, e aqueles casarões símbolos da austeridade e formalismo só puderam chegar a esse nível de excelência através da exclusão, mesmo que indireta.

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Fedidovisk
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Fedidovisk »

Agora, quanto a colégios públicos, o culpado sem dúvida é o governo... tem nada de aluno não, o governo faz vista grossa pra professores ociosos e incopetentes. vide a prova de SP onde mil e tantos tiraram 0 e continuarão empregados prestando o mau serviço enquanto os 10 foram excluídos.

Ahh... não vou me arrastar mais, mas o problema é muito complicado e delicado para se deixar levar por ideologias e maniqueísmos.

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user f.k.a. Cabeção
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Talvez esteja escapando desses argumentos "condescendentes" com a indisciplina escolar e que esta adquire uma proporcao patologica na cultura brasileira que dificilmente encontra par em paises de igual ou superior desenvolvimento, exceto em determinadas comunidades de minorias etnicas.

Quem quer que explique isso pela necessidade estatistica de alunos-problema certamente estara errando o ponto, a menos que algo no pool genico do brasileiro explique essa aberracao. Japoneses, Alemaes, Irlandeses ou Chilenos sofrem significativamente menos de deficit de atencao e hiperatividade que Brasileiros? Possivel, mas pouco provavel.

Se esses alunos-problema afetarem o desempenho dos demais estudantes, qual e a possivel objecao feita a tentar corrigi-los disciplinarmente, ou em caso de fracasso ou de impossibilidade, exclui-los, da mesma forma que se faz com uma pessoa inconveniente numa sala de cinema ou num casamento?

E exatamente dessa sancao cultural a qual voces referendam contra conceitos como "correcao disciplinar", "selecao" e "exclusao" presentes na base da educacao tradicional, que eu estou tratando.

Se um certo exclusivismo for necessario para se atingir a excelencia, e quase sempre e o caso, numa medida ou noutra, esta ultima nao deve ser sacrificada a titulo de nao concedermos ao exigencias morais do primeiro.

Excluir certos alunos de uma instituicao de ensino nao significa exclui-la da possibilidade de educacao. O fato e que se algumas instituicoes nao estao formatadas para receber determinados alunos que por uma razao ou outra nao sejam suficientemente disciplinados ou educados, nao cabe a ela se submeter os demais estudantes a um nivelamento por baixo.
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marta
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por marta »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
(...) Excluir certos alunos de uma instituicao de ensino nao significa exclui-la da possibilidade de educacao. O fato e que se algumas instituicoes nao estao formatadas para receber determinados alunos que por uma razao ou outra nao sejam suficientemente disciplinados ou educados, nao cabe a ela se submeter os demais estudantes a um nivelamento por baixo.


E aí filhotinho? Vc está bem?
Continuo querendo um filho como vc :emoticon1:
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
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Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

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Apo
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Apo »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Apo,

voce pode ate achar ridiculo, mas o distanciamento formal entre alunos e professores, marcado por formas de tratamento, so nao e comum no Brasil.

Aqui ou fora daqui, não acho vital para o processo. E você sabe: aqui temos problemas beeeem mais graves de educação do que este. Acredito que este distanciamento por aqui só serve para criar desinteresse e falta de respeito duplicada. O certo é o exemplo de qualidade e empenho vir de cima e isto muitas vezes não acontece. Até porque o sistema aqui é todo falho e cada vez está pior. O que ainda sobra são boas escolas particulares ( que precisam se reafirmar em excelência e professores que se dêem ao respeito por uma postura pedagógica eficiente e afirmadora - não pautada por imposição de autoridade vazia de merecimento).

Se voce chamar tratar um professor frances, espanhol ou alemao (e imagino que italiano ou portugues tambem) por "tu" (ou "du") em sala de aula, estara bem claro que ou voce fala uma lingua estrangeira ou voce foi muito mal educado por seus pais e professores precedentes.

Minha filha esteve a estudar ano passado na Inglaterra e o que ouviu ( junto com a turma de brasileiros que foram com ela, na verdade gaúchos...) foi elogios quanto à postura, disponibilidade e interesse e cultura geral mundial. Não sei como seria em outros países. Já os italianos são muito mal vistos. Enfim, o que eu penso é que a troca social entre os professores e eles foi estabelecida com bases na premissa de que sim, são de outra língua e cultura, mas que o respeito e carinho passa definitivamente pelo todo e não por determinados códigos.
Acho lindo aquele ambiente acadêmico mais formal. Mas estamos no Brasil, e aqui chamar de senhor, mestre e outras coisa pomposas, cheira a tapar o sol com a perneira.

Em ingles nao ha essa distincao de pronomes, mas ainda assim e praticamente unanime o uso de formas de tratamento como "mr(s)." para professores primarios e colegiais e "professor" para os universitarios.

Sim, eu sei. Aceito que fora do país se siga os padrões do lugar onde se está. Mas é disto que estamos falando. Estamos falando de Brasil, nos tempos dos nossos avós e nos dias de hoje. Palmatória ou troca e conhecimento.

Eu nao sei como funciona num encontro informal fora de sala de aula. Eu sei que em frances, espanhol e alemao voce deve tratar por "vous", "usted" e "Sie" qualquer um que seja ou significativamente mais velho ou com quem voce nao tenha nenhuma intimidade, e no ingles convem tratar por "sir" ou "madam" nesses casos.


Fora da sala também não sei.Mas acho que deve se adequar ao tipo de professor. Já me senti a vontade para tratar professor de "tu" e de senhor. Alguns até pedem para ter um tratamento mais informal. É disto que falo, estas regras impessoais não cabem na nossa bagunça atual.

E quero deixar bem claro, que sou muito a favor de colocar as coisas nos patamares de relacionamento onde o respeito genuíno se conquista pelo mérito e pela relação estabelecida. Maus professores ( como eu tive aos montes) devem ser punidos . Maus alunos, idem.

Da mesma forma que a situação inversa pode ocorrer: eu posso vir a ter como aluno um príncipe ou o filho do Presidente da República. O tratamento não será especial, será igual a todos.
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Apo
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Apo »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Talvez esteja escapando desses argumentos "condescendentes" com a indisciplina escolar e que esta adquire uma proporcao patologica na cultura brasileira que dificilmente encontra par em paises de igual ou superior desenvolvimento, exceto em determinadas comunidades de minorias etnicas.

Quem quer que explique isso pela necessidade estatistica de alunos-problema certamente estara errando o ponto, a menos que algo no pool genico do brasileiro explique essa aberracao. Japoneses, Alemaes, Irlandeses ou Chilenos sofrem significativamente menos de deficit de atencao e hiperatividade que Brasileiros? Possivel, mas pouco provavel.

Se esses alunos-problema afetarem o desempenho dos demais estudantes, qual e a possivel objecao feita a tentar corrigi-los disciplinarmente, ou em caso de fracasso ou de impossibilidade, exclui-los, da mesma forma que se faz com uma pessoa inconveniente numa sala de cinema ou num casamento?

E exatamente dessa sancao cultural a qual voces referendam contra conceitos como "correcao disciplinar", "selecao" e "exclusao" presentes na base da educacao tradicional, que eu estou tratando.

Se um certo exclusivismo for necessario para se atingir a excelencia, e quase sempre e o caso, numa medida ou noutra, esta ultima nao deve ser sacrificada a titulo de nao concedermos ao exigencias morais do primeiro.

Excluir certos alunos de uma instituicao de ensino nao significa exclui-la da possibilidade de educacao. O fato e que se algumas instituicoes nao estao formatadas para receber determinados alunos que por uma razao ou outra nao sejam suficientemente disciplinados ou educados, nao cabe a ela se submeter os demais estudantes a um nivelamento por baixo.


Jamais cogitei a indisciplina. Jamais!

Quanto a patologia, creio que muitas escolas tradicionais estrangeiras eram bastante patológicas em seus métodos disciplinadores. Assim como os pais que apoiavam tais formas de "educação".
Meu pai usava a palavra " corretivo ", que eu acho bem adequada a citada patologia.

Não tem que nivelar coisa alguma por baixo. Alunos e professores mal educados e desengajados devem ser afastados, punidos. Más escolas devem ser desprezadas e fechadas. Não se trata disto.
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Apáte
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Apáte »

Acauan escreveu:Esta eleição faz tanto sentido quanto promover um pleito entre os loucos para definir quem será o diretor do hospício.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
Ri demais disso aqui.
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Apo »

Fedidovisk escreveu:Muito maniqueísta.

Eu tenho um histórico e tanto de colégios, e diria que há uma relação de respeito entre aluno-professor, só que o que acontece é que quase sempre também toda turma tem um aluno problema (que me perdoem, DDAH :/), que acaba atraindo atenção maior do que os bons alunos que são maioria. E diria que colégios que seguem esse regime rígido não sofrem com esse tipo de problema simplesmente porque não aceitam esses alunos, antes mesmo de fazer a matrícula, ou durante o ano letivo em decorrência da não adaptação, ou melhor, incapacidade.

Os alunos têm uma reverência igual à que eles tem pelos pais... e normalmente quando há problema na escola o problema começou em casa, são alunos que não respeitam nem os próprios pais.

Aliás eu falo isso também porque tenho parentes educadores das antigas, e aqueles casarões símbolos da austeridade e formalismo só puderam chegar a esse nível de excelência através da exclusão, mesmo que indireta.


Não vejo mesmo porque precisa de tanto regime para segurar os desvirtuados. Nada os segura, se estiverem fora do esquadro. Se for do tipo que "tem conserto", ou ele entenderá mediante algumas ações ou terá que ir cantar de galo em outra freguesia.
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Darkside
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Darkside »

Apo escreveu:Jamais cogitei a indisciplina. Jamais!


Só quero deixar claro que eu idem.

O ideal seria que as crianças e adolescentes tivessem a consciência de o quanto é importante o respeito aos professores e o bom comportamento em aula sem precisar que os professores exerçam a sua autoridade com violência (não que a aula tenha que ser uma ditadura do silêncio, mas tem aluno batendo em professora por aí, e vários). Como trazer essa consciência para as pessoas eu não sei, o que eu sei é que estamos andando pra trás. Hoje em dia os professores não podem nem suspender os alunos das aulas, porque "a criança tem o direito ao estudo". Essa é apenas uma das distorções da lei que retiraram muito da liberdade dos professores para agir contra a indisciplina.

A propósito, o diálogo deste tópico entre o aluno e a professora é uma obra de ficção que eu jamais reproduziria em minha vida. Nem que eu ficasse maluco iria ser reprovado em uma cadeira por causa de uma comunista. :emoticon26:
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Fedidovisk
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Fedidovisk »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Quem quer que explique isso pela necessidade estatistica de alunos-problema certamente estara errando o ponto, a menos que algo no pool genico do brasileiro explique essa aberracao. Japoneses, Alemaes, Irlandeses ou Chilenos sofrem significativamente menos de deficit de atencao e hiperatividade que Brasileiros? Possivel, mas pouco provavel.


Nesse ponto concordo. Com a diferença que estudar no Brasil é uma obrigação, em outros países privilégio. Só não é um privilégio porque a qualidade do ensino é muito ruim e os professores péssimos, ambiente perfeito para desinteresse pela escola.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Se esses alunos-problema afetarem o desempenho dos demais estudantes, qual e a possivel objecao feita a tentar corrigi-los disciplinarmente, ou em caso de fracasso ou de impossibilidade, exclui-los, da mesma forma que se faz com uma pessoa inconveniente numa sala de cinema ou num casamento?


Correção sim, mas exclusão não, não se for colégio público. O estado é para servir, e não para criar expectativas quanto aos seus cidadãos. E cinema é dispensável, casamento é dispensável, educação não. O estado tem que dar um jeito, como voçê disse, se as outras nações conseguiram porque aqui haveria de ser diferente. Só dará jeito se os professores melhorarem e acabar a ideologização: processar patrão, invadir terra, dar calote, fazer greve, quem produz é bandido, cotas, e etc...

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Excluir certos alunos de uma instituicao de ensino nao significa exclui-la da possibilidade de educacao. O fato e que se algumas instituicoes nao estao formatadas para receber determinados alunos que por uma razao ou outra nao sejam suficientemente disciplinados ou educados, nao cabe a ela se submeter os demais estudantes a um nivelamento por baixo.


Claro, se você estiver falando de ensino privado.

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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Aranha escreveu:- Pais de alunos podem ser clientes, concordo, ALUNOS NUNCA !!!



Nao? E alunos de universidades, que pagam suas proprias mensalidades, sao o que?


- Me referia à relação com o professor.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
O fato dele pagar por um servico nao o impede de reconhecer a autoridade daquele prestador de servico dentro da sua jurisdicao.

Um dono de boate pode em principio estabelecer regras de comportamento e colocar pessoas indesejaveis para fora, mesmo estas sendo clientes pagantes. Um professor deveria ter o mesmo direito.

Os clientes insatisfeitos que procurem outros estabelecimentos.


- Argumento baseado em analogia conveniente, um velho artifício seu, então tá, escolas são como boates e professores são como leões de chácara, você está certo, parabéns.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Aranha escreveu:
- A menos que você desconheça o conceito de cliente dentro do coorporativismo moderno.


Nao importa o que voce chama de "corporativismo moderno", e esses termos podem ser uteis para se alterar convenientemente o significado das palavras.

Cliente e qualquer um que paga para ter um determinado servico prestado. Nao consigo ver definicao mais simples, honesta e completa que esta.



- Atualmente empregados que se relacionam diretamente com o público recebem treinamentos no sentido de "conquistar", "manter", "relacionar" e "fidelizar" clientes (pus os termos entre aspas porque cada um tem seu significado convenientemente alterado para representar um conceito), coisas que não fazem sentido na relação professorxaluno, mas pode fazer sentido na relação do aluno com o caixa da escola todo mês, isto faz sentido prá você?

Abraços,
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

marta escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
(...) Excluir certos alunos de uma instituicao de ensino nao significa exclui-la da possibilidade de educacao. O fato e que se algumas instituicoes nao estao formatadas para receber determinados alunos que por uma razao ou outra nao sejam suficientemente disciplinados ou educados, nao cabe a ela se submeter os demais estudantes a um nivelamento por baixo.


E aí filhotinho? Vc está bem?
Continuo querendo um filho como vc :emoticon1:



Martita, quanto tempo!! Eu estou bem sim, e vc?

Voce tem que aparecer mais aqui, faz muita falta... Aproveita que tem um bocado de petista pra voce descer o pau!

:D
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Apo,

Voce esta se guiando pelo discurso ideologico deles para deduzir que eu defendo algo que eu nao defendo.

Ninguem aqui esta dizendo que a mera imposicao da "austeridade vazia" produziria uma educacao excelente. Isso e o que voce quer pensar a respeito do que eu digo.

O que eu estou dizendo e que por mais que os discursos politicamente corretinhos de que o professor precisa se impor pelo seu talento pedagogico parecam muito atraentes, o fato e que a capacidade de saber domar baderneiros astuciosamente nao e necessariamente correlacionada a habilidade de dar uma boa aula para alunos civilizados.

O que eu estou dizendo e que se a tradicao de austeridade, disciplina e respeito cerimonial pela instituicao do professor tivessem sido preservadas, ao inves de substituidas por formulas modernoides imbecis, os professores que fossem menos habeis para cativar selvagens, mas que soubessem ensinar a materia, nao sairiam tao prejudicados diante daqueles "professores artistas" modernos, que fazem da sua aula um suspeito espetaculo humoristico-musical-multi-media. Estou certo que varios deles podem ate conseguir inserir e transmitir conteudos didaticos em meio a toda pirotecnia, mas nao e raro ver alguns deles fazendo excessivos desvios da precisao cientifica em nome da graca da piada ou da rima do verso.

Sobre a sua filha, mais uma vez, voce ja afirmou em outras oportunidades e eu nunca neguei que ela fosse uma excelente menina, muito educada, responsavel e inteligente. Exatamente por essa razao nao e necessario menciona-la quando estamos tratando de criancas que sao exatamente o inverso dela, e que nao sao repreendidas rigorosamente por isso.

Alem disso, os brasileiros que vao fazer intercambios na Europa e America do Norte no ensino medio estao quase que invariavelmente entre os melhores alunos das melhores escolas particulares do pais. Os europeus e norte-americanos que vao para outros paises, nao necessariamente.

A educacao basica na Italia (e nao apenas la) e bastante superior a do Brasil, diversos exames internacionais atestam para isso. Isso certamente nao impede a sua filha brasileira de ser mais culta, inteligente e educada que a maioria das criancas italianas, pois certamente existem no Brasil colegios de excelencia que superam a maioria dos centros educacionais italianos, alem de existirem tambem meninas muito inteligentes e especiais e que alem disso possuem a oportunidade de frequentar tais colegios, logo, o seu argumento pessoal-familiar, novamente, nao serve para nada.

Sobre a questao da palmatoria, voce trabalha com falsas dicotomias, como se tivessemos trocado a violencia pela troca de conhecimento.

Isso e bastante falso. Muitos sao os pais ainda hoje recorrem a surras ocasionais para castigar seus filhos pequenos, que no caso deles parecem soar bem mais eloquentes que um simples esporro.

No passado os professores sabiam recorrer a palmatoria, e este era um recurso eficaz para lidar com alunos de uma determinada faixa etaria. Foi a mentalidade "prafrentista" modernoide que associou um recurso pedagogico tao antigo quanto universal a violencia irracional, e agora voce acredita piamente no dogma estabelecido pelos hippies.
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Darkside escreveu:O ideal seria que as crianças e adolescentes tivessem a consciência de o quanto é importante o respeito aos professores e o bom comportamento em aula sem precisar que os professores exerçam a sua autoridade com violência (não que a aula tenha que ser uma ditadura do silêncio, mas tem aluno batendo em professora por aí, e vários). Como trazer essa consciência para as pessoas eu não sei, o que eu sei é que estamos andando pra trás. Hoje em dia os professores não podem nem suspender os alunos das aulas, porque "a criança tem o direito ao estudo". Essa é apenas uma das distorções da lei que retiraram muito da liberdade dos professores para agir contra a indisciplina.



Pois e exatamente essa "consciencia ideal de respeito" que era estabelecida mediante a tradicao da disciplina que se materializava na autoridade maxima do professor sobre a classe.

Foram as ideologias modernoides de inspiracao revolucionaria que, entre outras coisas, emascularam os professores e deram carta branca para todo tipo de rebeliao estudantil. Alias, a rebeliao estudantil tem sido a metafora mais persistente do ideario revolucionario, e nao e a toa. Essa gente despreza o conhecimento da verdade adquirido, acumulado e retransmitido no passado da civilizacao, e representado pela instituicao tradicional do professor. Se definem como "apostolos do futuro", e alegam que a sociedade perfeita nascera das cinzas e escombros da nossa civilizacao decadente.

Nada mais natural portanto do que iniciar uma estrategia de desconstrucao do agente reacionario definitivo: o professor tradicional. Este ultimo deve imperativamente ser substituido pelo professor revolucionario, aquele "intelectual organico" cuja funcao nao e transmitir os conhecimentos cientificos e filosoficos do passado, mas "conscientizar as massas" para a realizacao do seu "papel historico", como ja havia apontado o Acauan.
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Fedidovisk »

Só vocês que acham que os alunos não respeitam e reverenciam o professor. Pior ainda, acham que através da agressão física vai-se corrigir alguma coisa...

Educação no Brasil é sucateada, simples assim.

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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Fedidovisk »

Claro, vivem ou viveram muito próximos dessa realidade. práticos.

Aposto que se agarraram à idéia; quem defende aluno e culpa o sistema é esquerdista, logo, não posso ter uma mesma opinião ou semelhante, logo, a culpa independente de análises e conclusões é do aluno e o professor, ou, o "mestre" ( aquele que falta, que tira 0) é a principal vítima desses detratores.
Editado pela última vez por Fedidovisk em 15 Mar 2009, 10:40, em um total de 1 vez.

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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Fedidovisk escreveu:Correção sim, mas exclusão não, não se for colégio público. O estado é para servir, e não para criar expectativas quanto aos seus cidadãos. E cinema é dispensável, casamento é dispensável, educação não. O estado tem que dar um jeito, como voçê disse, se as outras nações conseguiram porque aqui haveria de ser diferente. Só dará jeito se os professores melhorarem e acabar a ideologização: processar patrão, invadir terra, dar calote, fazer greve, quem produz é bandido, cotas, e etc...



Esse e realmente um ponto relevante. O principal problema da educacao brasileira e que ela foi uma das que mais intensamente sucumbiu a ideologia em torno de Maio de 68. Existem fatores politicos e culturais que estao envolvidos na construcao desse cenario lamentavel da educacao brasileira.

A estrutura rigida pero no mucho do regime militar brasileiro catalizou a estrategia cultural esquerdista, pois focalizava no combate das inexpressivas insurgencias armadas dos revolucionarios à l'ancienne enquanto cedia as universidades e escolas publicas para os novos revolucionarios, que as tomaram de assalto. Como o Estado era e e o responsavel pela maior parte da maquina educacional do pais, dai a completa ideologizacao da midia e da classe falante, assim como uma contaminacao significativa das ideias de profissionais educados, foi um passo relativamente curto.

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Aranha
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Apo,

Voce esta se guiando pelo discurso ideologico deles para deduzir que eu defendo algo que eu nao defendo.

Ninguem aqui esta dizendo que a mera imposicao da "austeridade vazia" produziria uma educacao excelente. Isso e o que voce quer pensar a respeito do que eu digo.

O que eu estou dizendo e que por mais que os discursos politicamente corretinhos de que o professor precisa se impor pelo seu talento pedagogico parecam muito atraentes, o fato e que a capacidade de saber domar baderneiros astuciosamente nao e necessariamente correlacionada a habilidade de dar uma boa aula para alunos civilizados.

O que eu estou dizendo e que se a tradicao de austeridade, disciplina e respeito cerimonial pela instituicao do professor tivessem sido preservadas, ao inves de substituidas por formulas modernoides imbecis, os professores que fossem menos habeis para cativar selvagens, mas que soubessem ensinar a materia, nao sairiam tao prejudicados diante daqueles "professores artistas" modernos, que fazem da sua aula um suspeito espetaculo humoristico-musical-multi-media. Estou certo que varios deles podem ate conseguir inserir e transmitir conteudos didaticos em meio a toda pirotecnia, mas nao e raro ver alguns deles fazendo excessivos desvios da precisao cientifica em nome da graca da piada ou da rima do verso.

Sobre a sua filha, mais uma vez, voce ja afirmou em outras oportunidades e eu nunca neguei que ela fosse uma excelente menina, muito educada, responsavel e inteligente. Exatamente por essa razao nao e necessario menciona-la quando estamos tratando de criancas que sao exatamente o inverso dela, e que nao sao repreendidas rigorosamente por isso.

Alem disso, os brasileiros que vao fazer intercambios na Europa e America do Norte no ensino medio estao quase que invariavelmente entre os melhores alunos das melhores escolas particulares do pais. Os europeus e norte-americanos que vao para outros paises, nao necessariamente.

A educacao basica na Italia (e nao apenas la) e bastante superior a do Brasil, diversos exames internacionais atestam para isso. Isso certamente nao impede a sua filha brasileira de ser mais culta, inteligente e educada que a maioria das criancas italianas, pois certamente existem no Brasil colegios de excelencia que superam a maioria dos centros educacionais italianos, alem de existirem tambem meninas muito inteligentes e especiais e que alem disso possuem a oportunidade de frequentar tais colegios, logo, o seu argumento pessoal-familiar, novamente, nao serve para nada.

Sobre a questao da palmatoria, voce trabalha com falsas dicotomias, como se tivessemos trocado a violencia pela troca de conhecimento.

Isso e bastante falso. Muitos sao os pais ainda hoje recorrem a surras ocasionais para castigar seus filhos pequenos, que no caso deles parecem soar bem mais eloquentes que um simples esporro.

No passado os professores sabiam recorrer a palmatoria, e este era um recurso eficaz para lidar com alunos de uma determinada faixa etaria. Foi a mentalidade "prafrentista" modernoide que associou um recurso pedagogico tao antigo quanto universal a violencia irracional, e agora voce acredita piamente no dogma estabelecido pelos hippies.



- Concordo Plenamente !!!

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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marta
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Re: Fundamentos do Comunismo I

Mensagem por marta »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
marta escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
(...) Excluir certos alunos de uma instituicao de ensino nao significa exclui-la da possibilidade de educacao. O fato e que se algumas instituicoes nao estao formatadas para receber determinados alunos que por uma razao ou outra nao sejam suficientemente disciplinados ou educados, nao cabe a ela se submeter os demais estudantes a um nivelamento por baixo.


E aí filhotinho? Vc está bem?
Continuo querendo um filho como vc :emoticon1:



Martita, quanto tempo!! Eu estou bem sim, e vc?

Voce tem que aparecer mais aqui, faz muita falta... Aproveita que tem um bocado de petista pra voce descer o pau!

:D


Estou me deliciando, cabecinha :emoticon31:
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

Trancado