Jesus, o Filho do Homem.

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Fernando Silva
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Fernando Silva »

Lúcifer escreveu:Kamikazes eram remanescentes dos samurais e eles tinham por missão acabar com o inimigo ou morrer tentando. Estão mais ligados à honra.

Não exatamente. Podiam até se inspirar na tradição, mas não tinha nada a ver com os samurais. Eram pessoas comuns, que morriam pelo seu deus, o imperador, filho do Sol e marido (ou amante?) da deusa Amateratsu.

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Euzébio
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Euzébio »

APODman escreveu:Os Persas seguidores do Zoroatrismo foram massacrados primeiro por Alexandre Magno e muito mais tarde ( e definitivamente) pelos mulçumanos sem recuarem em sua fé, muitos fugiram para India.


Mas Zoroastro (Zaratustra) existiu, não? Era de carne e ossos...

APODman escreveu:Logo Vohu Manah, Ahura Mazda, Asha Vahishta, e outra deidades ou entdiades espeirituais desta religião existiram.


Não há comparação. Jesus estaria para o Cristianismo assim como Zaratustra estaria para o Mazdeísmo, não necessariamente como entidades espirituais.

APODman escreveu:Logo Zaratustra foi o verdeiro messias, filho dileto de Mazda.

[ ]´s


Sim, ele foi o reformulador da religião Mazdeísta, como Jesus presumivelmente foi o reformulador do Judaísmo.

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Euzébio
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Euzébio »

Fernando Silva escreveu:Bonzos são monges budistas tibetanos que se queimavam em praça pública em protesto contra a invasão do Tibete pela China.
E esqueci de mencionar os guerreiros germânicos, que achavam que morrendo em combate seriam levados pelas valquírias para o Valhala.


Ainda nos dias de hoje pessoas põem fogo em si mesmas por algum tipo de protesto, mas são uma minoria. Estou falando de pelo menos cem mil mártires cristãos entre crianças, jovens, adultos e idosos, abatidos sem abjurar à fé. Dizem que entoavam cantos a Jesus na hora extrema, santo heroísmo!

Fernando Silva escreveu:Assim como os homens-bomba, eles achavam que iriam para o céu. E há também a possibilidade de que não tivessem escolha, ou seja, de que abjurar não resolvesse nada.


Penso que eles morriam em nome do Reino de Deus aqui na Terra, no fundo sabiam que suas mortes brutais serviriam de poderoso alicerce para o estabelecimento do Cristianismo no mundo conhecido. E, como se vê, deu o resultado que esperavam.

Fernando Silva escreveu:
Euzébio escreveu:Você se deixaria abater em autos-de-fé pelo seu ateísmo?

Não, não sou idiota. Prefiro sobreviver para atacar de novo.
Eu não ganharia nada me deixando matar por imbecis. E eles não deixariam de ser imbecis.


Mártires não são idiotas, muito pelo contrário. São pessoas de extrema coragem e de extrema convicção. O Cristianismo não se tornaria a força que é se não fosse pelos seus mártires. Imagine o choque na consciência dos cidadãos romanos ao verem seus inimigos de fé morrerem por um deus crucificado, aquilo deve ter sido demais! Certamente deu um nó em suas cabeças, estremecendo assim os pilares de seu orgulho imperialista romano.

Se houve um grande advendo no passado, este advento foi provocado por um simples carpinteiro, alguém que mudou o mundo sem derrubar uma única gota de sangue além do seu próprio...

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Carlos Castelo
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Mensagem por Carlos Castelo »

No que realmente o Euzébio acredita?

Deuses astronaltas?

Cristianismo?

Espiritismo?

Acho que ele tem uma séria crise existêncial! :emoticon12: :emoticon12:
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)

Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.

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APODman
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por APODman »

Euzébio escreveu:
APODman escreveu:Os Persas seguidores do Zoroatrismo foram massacrados primeiro por Alexandre Magno e muito mais tarde ( e definitivamente) pelos mulçumanos sem recuarem em sua fé, muitos fugiram para India.


Mas Zoroastro (Zaratustra) existiu, não? Era de carne e ossos...


Não existem apontamentos arqueologicos independentes da existência de Zaratustra, sua citação se dá apenas através da literatura Zoroastrista.

APODman escreveu:Não há comparação. Jesus estaria para o Cristianismo assim como Zaratustra estaria para o Mazdeísmo, não necessariamente como entidades espirituais.


Entao há comparação.


APODman escreveu:Sim, ele foi o reformulador da religião Mazdeísta, como Jesus presumivelmente foi o reformulador do Judaísmo.


Reformulador do Mazdeismo ?

Do que eu saiba Zaratustra foi o primeiro a elaborar a ideia de Mazda ( segundo ele um espírito que lhe apareceu ) e foi Zaratustra quem elevou esta entidade a uma categoria de deidade.

Desconheço Mazdeismo anterior a Zaratustra, vc tem fontes ?

[ ]´s
You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend!
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Mantra diário dos Criacionistas:
"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
Martinho Lutero
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Fernando Silva
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Fernando Silva »

Euzébio escreveu:Ainda nos dias de hoje pessoas põem fogo em si mesmas por algum tipo de protesto, mas são uma minoria. Estou falando de pelo menos cem mil mártires cristãos entre crianças, jovens, adultos e idosos, abatidos sem abjurar à fé. Dizem que entoavam cantos a Jesus na hora extrema, santo heroísmo!

Santo heroísmo ou santo fanatismo?
É burrice morrer em nome de algo não provado.
A morte de fanáticos não prova nada sobre a religião deles, apenas sobre o grau de fanatismo.
E você tem alguma evidência sobre esses 100 mil mártires?
Duvido muito que tenha sido tantos.

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Fernando
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Fernando »

Tchobi escreveu:Maria não era virgem. Jesus de fato é um espírito de altíssima hierarquia, mas Deus não plasmaria gametas em Maria para que isso acontecesse. Ele não burlaria suas próprias leis universais.

Já me disseram que Maria gostava de um soldado romano e que daí que veio Jesus. José só a aceitou porque sonhou, ou teve uma visão de quem realmente era aquele filho. Casou-se e assumiu o filho.

Jesus, como todos nós, é filho de Deus. Ele é como um irmão mais velho cuidando de nós.


Já me disseram que um beija-flor posou no meu ombro, eu, obviamente acreditei.
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)

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Flavio Costa
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Flavio Costa »

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Este monge é vietnamita, não tibetano, e sua auto-imolação era por um protesto político.

Já dos kamikazes eu não sei, realmente ouvi dizer que havia uma certa veneração religiosa do imperador (que ele teria sido associado a divindades shintoístas), mas não há dúvidas que a motivação real dos ataques suicidas era política.
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Carlos Castelo escreveu:No que realmente o Euzébio acredita?

Deuses astronaltas?


Sim, deuses astronautas.

Carlos Castelo escreveu:Cristianismo?


Somente o Cristianismo primitivo. Este que está aí é uma anedota de mal gosto.

Carlos Castelo escreveu:Espiritismo?


Sim, certamente.

Carlos Castelo escreveu:Acho que ele tem uma séria crise existêncial! :emoticon12: :emoticon12:


Por quê?

:emoticon5:

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Euzébio
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Euzébio »

APODman escreveu:Não existem apontamentos arqueologicos independentes da existência de Zaratustra, sua citação se dá apenas através da literatura Zoroastrista.


É, a História não era registrada como o é hoje, né?

APODman escreveu:Reformulador do Mazdeismo ?

Do que eu saiba Zaratustra foi o primeiro a elaborar a ideia de Mazda ( segundo ele um espírito que lhe apareceu ) e foi Zaratustra quem elevou esta entidade a uma categoria de deidade.

Desconheço Mazdeismo anterior a Zaratustra, vc tem fontes ?

[ ]´s


Conforme pesquisa na Rede, o Mazdeísmo já existia na Média (não me pergunte onde fica isto). Zoroastro o reformulou e fundou o Zoroastrismo.

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Euzébio
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Euzébio »

Fernando Silva escreveu:Santo heroísmo ou santo fanatismo?
É burrice morrer em nome de algo não provado.


Este é o ponto. Eu CONCORDO com você, por isso digo que pelos mártires se pode provar a existência de Jesus.

Fernando Silva escreveu:A morte de fanáticos não prova nada sobre a religião deles, apenas sobre o grau de fanatismo.


Como já citei anteriormente, eu DUVIDO que os atuais cristãos fanatizados dêem a vida pela própria fé. (aliás, nem precisa ser cristão - muito menos religioso)

Fernando Silva escreveu:E você tem alguma evidência sobre esses 100 mil mártires?
Duvido muito que tenha sido tantos.


Segundo pesquisas na Rede. Pode ser que o número não seja exatamente este, mas que muitos morreram nos circos isto é fato.

Pouco sei de História, mas me parece que grande parcela da população romana - incluindo os povos conquistados - estavam muito descontentes com a imoralidade reinante em Roma. Pode se dizer que os mártires cometeram um ato político, muito mais que um ato religioso. (opinião minha)

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APODman
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por APODman »

Euzébio escreveu:
Fernando Silva escreveu:Santo heroísmo ou santo fanatismo?
É burrice morrer em nome de algo não provado.


Este é o ponto. Eu CONCORDO com você, por isso digo que pelos mártires se pode provar a existência de Jesus.



Os cristãos que morriam na arena não tiveram contato com Jesus ( mesmo que este tenha existido), apenas acreditavam em uma lenda

Ou seja

Eram burros mesmo !! :emoticon12: :emoticon12:


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Carlos Castelo
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Mensagem por Carlos Castelo »

APODman escreveu:Os cristãos que morriam na arena não tiveram contato com Jesus ( mesmo que este tenha existido), apenas acreditavam em uma lenda


Ou seja, essa lenda era o salvador dos essênios, Chrestus, que mais tarde serviu de inspiração para a contrução da figura de jesus cristo.
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
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Carlos Castelo
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Mensagem por Carlos Castelo »

Euzébio escreveu:



Fernando Silva escreveu:

E você tem alguma evidência sobre esses 100 mil mártires?
Duvido muito que tenha sido tantos.


Segundo pesquisas na Rede. Pode ser que o número não seja exatamente este, mas que muitos morreram nos circos isto é fato.


Os romanos se divertiam com a morte de gladiadores na arena, isso é um fato, fora isso, muitos escravos que não mais serviam eram jogados aos leões, inclusive cristãos!
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
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Fernando Silva
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Fernando Silva »

Euzébio escreveu:
Fernando Silva escreveu:A morte de fanáticos não prova nada sobre a religião deles, apenas sobre o grau de fanatismo.
Pouco sei de História, mas me parece que grande parcela da população romana - incluindo os povos conquistados - estavam muito descontentes com a imoralidade reinante em Roma. Pode se dizer que os mártires cometeram um ato político, muito mais que um ato religioso. (opinião minha)

Gregos e romanos tinham muitos deuses mas, no início da era cristã, já tendiam ao
monoteísmo. Para eles, os vários deuses, deusas e demônios (seus agentes,
intermedários entre os deuses e os homens) eram diferentes manifestações de um
mesmo deus.
Eles acreditavam em que tudo o que acontecia, bom ou mau, era a vontade de Deus
e que não cabia ao homens questionar o porquê de coisas ruins acontecerem a
pessoas boas, por exemplo.
Para eles, o importante era o respeito à pátria, à cidade e à família de cada um e às
tradições.
Ficaram chocados, portanto, com o que pregavam os cristãos, como se depreende
dos escritos de Celso e Marco Aurélio. Diziam os cristãos que para seguir a Deus
era preciso desprezar os deuses, abandonar sua cidade, seu país e detestar sua
família. Pelo contrário, os cristãos acreditavam que tais laços, em lugar de divinos,
eram obra do demônio para escravizar as pessoas aos antigos costumes.
Os cristãos se diziam monoteístas mas pregavam que a divindade estava dividida
em duas partes opostas e rivais. Para os romanos, era uma blasfêmia afirmar que o
poder de Deus não era absoluto, mas que tinha um adversário, Satã, que limitava
sua capacidade de fazer o bem.
A perseguição romana aos cristãos, embora intermitente, era motivada pela
ameaça que eles pareciam representar para a unidade do império, ao rejeitar
suas obrigações religiosas e o respeito ao imperador como representante de
Deus e da pátria.
Para seu escândalo, os cristãos julgavam mais importante sua religião e seu
deus que as tradições e a vontade do imperador.
Com o tempo, e com a resistência ao aparente radicalismo dos Evangelhos, a Igreja
criou doutrinas que atenuavam mandamentos como "dar tudo o que se tem aos
pobres", "evitar o casamento" ou "abandonar a família". Entre os textos básicos
estão o "Ensinamentos dos doze apóstolos", atribuído aos "pais apostólicos", e
a "Carta de Barnabé". O bispo Ireneu escreveu, em 180 d.C., um livro atacando
quem se desviasse dessas doutrinas, ou seja, os heréticos.
Alguns desses fundamentalistas se apegavam à versão literal dos evangelhos,
e viviam no deserto, asceticamente, em celibato, como Justino, o mártir, ou
Orígenes, que, como vários outros, se castrou.
Outros iam mais longe e rejeitavam a autoridade da Igreja de Roma. Livros como o
"Testemunho da verdade", o "Livro secreto de João" e a "Realidade dos regentes"
afirmam que o deus do Antigo Testamento era na verdade Samael, o chefe dos
anjos caídos, e não o deus supremo.

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Fernando Silva
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Re: Re.: Jesus, o Filho do Homem.

Mensagem por Fernando Silva »

Euzébio escreveu:Homens-bomba estão relacionados ao terrorismo político muito mais do que à religião, penso eu.

Kamikazes estavam relacionados à guerra, à defesa da honra e da pátria muito mais do que à religião, penso eu.
[...]
Ainda assim, me é incompreensível a morte voluntária de famílias inteiras, (homens, mulheres, crianças, idosos - todos sob o mesmo ideal cristão), apenas e somente por causa de uma fé baseada numa mentira, ou numa lenda, sendo que para se salvarem bastava abjurar.

É incompreensível, realmente. A fé tem um poder enorme sobre a mente. Leva as pessoas a fazerem coisas idiotas em nome de ilusões que, entretanto, parecem reais a essas pessoas.

E não vejo motivo para achar que os motivos dos homens-bomba são políticos e achar que os motivos dos cristãos eram religiosos. Não há como dizer.

Lembro-me de um anúncio da Al Qaeda sobre o paraíso, que dizia que os mártires se encontrariam com Maomé, que era mostrado de costas num jardim.

Os líderes pegam jovens sem futuro e enchem a cabeça deles de promessas de um paraíso cheio de virgens. E basta eles morrerem pela causa.

Se a recompensa fosse apenas a tal da causa, os caras não aceitariam. É o fanatismo religioso que desliga a razão deles.

Tem tudo a ver com religião, sim.

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Carlos Castelo
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Mensagem por Carlos Castelo »

Também não vejo outra coisa se não a força da religião por trás desse ato de tamanha insanidade. Se a religião não tivesse essa força, não precisaria de lideres religiosos por trás dizendo o que deveria ser feito, haveria pessoas em busca de um ideal e despida de qualquer doutrina religiosa, mesmo sendo essa prática uma barbárie.
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)

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