Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
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Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
RIO - O Brasil subiu no ranking da ciência. De acordo com a avaliação anual feita pela National Science Indicators (NSI), uma das maiores bases de dados científicos do mundo, o país atingiu o 13 lugar na classificação global em produção científica em 2008, duas acima da colocação obtida em 2007. O resultado coloca o país à frente de nações como Rússia (15) e Holanda (14), mas atrás de outros países emergentes, como China (2) e Índia (10). No topo do ranking, estão os Estados Unidos.
- Esse resultado pode ser atribuído a uma série de fatores, envolvendo a atuação de centros de pesquisas, universidades, o ministério de Ciência e Tecnologia e o ministério da Educação, entre outros - afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, antes de uma solenidade na Academia Brasileira de Ciências. - Devem ser citadas a expansão da rede de ensino superior e a substituição de professores temporários por efetivos.
Pela avaliação da NSI, o Brasil teve 30.451 artigos publicados em revistas científicas em 2008, contra 19.436 publicações em 2007. O número, porém, ainda é bastante distante daquele produzido nos Estados Unidos (340.638 publicações). A produtividade científica é medida por publicações nas chamadas revistas indexadas, que têm regras de publicação rigorosas e passam pela revisão de especialistas.
Número de patentes ainda é baixo
O retrato da NSI mostra também que o país contribuiu com 2,12% de todos os artigos científicos produzidos por 183 países, 2,9 vezes abaixo da Alemanha (terceira colocada no ranking), 2,6 da Inglaterra (quinta colocada) e 2,1 da França (sexta).
- Para termos atingido esse patamar, deve ser dado crédito também ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - disse Haddad. - A expansão das bolsas de estudos e das oportunidades de doutorado também contribuíram para chegarmos a essa posição no ranking da produção científica mundial.
Segundo o ministro, o desafio das autoridades agora é transformar essa evolução em tecnologia.
- Falta atingirmos esse equilíbrio, levar a teoria para a prática.
Esse nó se reflete numa discrepância admitida pelo próprio ministro: o número de patentes depositadas no país, que ainda é bastante baixo. Em 2008, o Brasil respondia por somente 0,06% das patentes registradas nos EUA, contra 0,79% da Coreia do Sul, 1,31% da Itália, 2,96% da França e 22,67% do Japão.
- De fato, o nosso número de patentes é precário - reconheceu o ministro. - Essa questão é, sem dúvida, um problema.
Para resolver isso, o ministro aposta na Lei de Incentivo à Pesquisa para impulsionar a produção tecnológica no país.
- A lei, regulamentada em 2008, é o mecanismo perfeito para fazermos essa tradução de conhecimento científico em produção tecnológica. Já tivemos a aprovação e liberação de R$ 20 milhões para projetos científicos e esperamos chegar a R$ 150 milhões em breve. Temos espaço para avançar nesse sentido.
FONTE: O Globo
Abraços,
- Esse resultado pode ser atribuído a uma série de fatores, envolvendo a atuação de centros de pesquisas, universidades, o ministério de Ciência e Tecnologia e o ministério da Educação, entre outros - afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, antes de uma solenidade na Academia Brasileira de Ciências. - Devem ser citadas a expansão da rede de ensino superior e a substituição de professores temporários por efetivos.
Pela avaliação da NSI, o Brasil teve 30.451 artigos publicados em revistas científicas em 2008, contra 19.436 publicações em 2007. O número, porém, ainda é bastante distante daquele produzido nos Estados Unidos (340.638 publicações). A produtividade científica é medida por publicações nas chamadas revistas indexadas, que têm regras de publicação rigorosas e passam pela revisão de especialistas.
Número de patentes ainda é baixo
O retrato da NSI mostra também que o país contribuiu com 2,12% de todos os artigos científicos produzidos por 183 países, 2,9 vezes abaixo da Alemanha (terceira colocada no ranking), 2,6 da Inglaterra (quinta colocada) e 2,1 da França (sexta).
- Para termos atingido esse patamar, deve ser dado crédito também ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - disse Haddad. - A expansão das bolsas de estudos e das oportunidades de doutorado também contribuíram para chegarmos a essa posição no ranking da produção científica mundial.
Segundo o ministro, o desafio das autoridades agora é transformar essa evolução em tecnologia.
- Falta atingirmos esse equilíbrio, levar a teoria para a prática.
Esse nó se reflete numa discrepância admitida pelo próprio ministro: o número de patentes depositadas no país, que ainda é bastante baixo. Em 2008, o Brasil respondia por somente 0,06% das patentes registradas nos EUA, contra 0,79% da Coreia do Sul, 1,31% da Itália, 2,96% da França e 22,67% do Japão.
- De fato, o nosso número de patentes é precário - reconheceu o ministro. - Essa questão é, sem dúvida, um problema.
Para resolver isso, o ministro aposta na Lei de Incentivo à Pesquisa para impulsionar a produção tecnológica no país.
- A lei, regulamentada em 2008, é o mecanismo perfeito para fazermos essa tradução de conhecimento científico em produção tecnológica. Já tivemos a aprovação e liberação de R$ 20 milhões para projetos científicos e esperamos chegar a R$ 150 milhões em breve. Temos espaço para avançar nesse sentido.
FONTE: O Globo
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
O Brasil está isolado na ciência da corrupção.
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Luiz Carlos Querido escreveu:O Brasil está isolado na ciência da corrupção.
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
O MITO DO ESTADO INCHADO
Desde que foi publicado o Comunicado “Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução”, que se desenrola polêmica a respeito de um suposto inchaço do Estado brasileiro. Nada mais saudável. Até então, havia somente uma certeza: a de que o Estado brasileiro é inchado e ponto final. Mas baseada em quê? Quais os números? Que critérios de comparabilidade?
Quem se der ao trabalho de ler o Comunicado (www.ipea.gov.br) vai perceber que se trata de algo meramente descritivo, sem quaisquer ilações, para além das que os números podem sustentar. Metodologicamente, tivemos o cuidado e o rigor de levantar, exaustivamente, todas as conceituações para o emprego público, passíveis de operacionalização pelas fontes de dados disponíveis, a saber: os Censos Demográficos, a Pnad e o Rais. Além disso, mapeamos, na literatura internacional, os conceitos de emprego público utilizados pela Cepal, OCDE, OIT e Banco Mundial, e optamos, no caso do Brasil, pelo conceito o mais amplo possível, mesmo em relação aos utilizados por esses organismos internacionais. Por outro lado, estamos cientes das limitações dos conceitos, dado as novas dimensões do emprego público, especialmente no que tange ao universo dos terceirizados no setor público.
A radiografia e a evolução do emprego público, que ora esquadrinhamos, e da qual extraímos o trabalho em tela, faz parte de uma pesquisa mais ampla, que tem como foco a gestão dos recursos humanos no serviço público, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Recursos Humanos e a Secretaria de Gestão do MPOG, a Enap, e que conta com a colaboração do IBGE. Institucionalmente, a Pesquisa se insere no âmbito do Eixo Temático de Investigação do Ipea: Estado, Instituições e Democracia.
A propósito, a pesquisa foi concebida a partir da idéia de que o aperfeiçoamento das instituições e dos organismos estatais, voltado para uma atuação cada vez mais qualificada, em prol do desenvolvimento econômico e social do país, é um processo que requer ação continuada. Assim, numa perspectiva de longo prazo, a questão da gestão dos recursos humanos no setor público passa a ser uma área de investigação permanente no Ipea.
Recomendam a boa literatura sobre a gestão dos recursos humanos no setor público, serem fundamental o dimensionamento do número de servidores, sua distribuição, modalidades etc. Só por isso a pesquisa se iniciou com o levantamento do quantitativo do emprego público. Aliás, coisa que nunca se fez. Na última reforma administrativa, nos anos 90, por exemplo, o diagnóstico do Estado inchado fundamentou os Programas de Demissão Voluntária, os denominados PDVs. Nos governos estaduais, a implantação dos PDVs comprometeu a oferta de serviços de saúde, educação e segurança, sem contar que iniciativas desse tipo levam à saída dos bons servidores, mais aptos e dinâmicos, com maior capacidade de inserção alternativa no mundo do trabalho, justamente aqueles os quais uma boa gestão dos recursos humanos deve buscar retê-los.
Do acima exposto, não nos cabe a pecha de defensores do empreguismo público de per si. De outra parte, cientes de que cerca da metade dos jovens, na faixa etária de 15 a 25 anos no país estão fora do ensino médio, e de que somente cerca de 40% das crianças aptas para a educação infantil estão matriculadas na pré-escola, que o Estado brasileiro precisa aumentar e melhorar sua presença nas áreas de fronteira, de conflito agrário e de preservação ambiental, de que a porta de entrada no SUS ainda é estreita e que para estes não cabem a solução do mercado é que identificamos a tendência à expansão dos serviços públicos e, por conseguinte, do emprego público no País.
Eneuton Dornellas Pessoa de Carvalho é pesquisador no Ipea e um dos autores do trabalho “Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução”--------------------------------------------------------------------------------
Desde que foi publicado o Comunicado “Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução”, que se desenrola polêmica a respeito de um suposto inchaço do Estado brasileiro. Nada mais saudável. Até então, havia somente uma certeza: a de que o Estado brasileiro é inchado e ponto final. Mas baseada em quê? Quais os números? Que critérios de comparabilidade?
Quem se der ao trabalho de ler o Comunicado (www.ipea.gov.br) vai perceber que se trata de algo meramente descritivo, sem quaisquer ilações, para além das que os números podem sustentar. Metodologicamente, tivemos o cuidado e o rigor de levantar, exaustivamente, todas as conceituações para o emprego público, passíveis de operacionalização pelas fontes de dados disponíveis, a saber: os Censos Demográficos, a Pnad e o Rais. Além disso, mapeamos, na literatura internacional, os conceitos de emprego público utilizados pela Cepal, OCDE, OIT e Banco Mundial, e optamos, no caso do Brasil, pelo conceito o mais amplo possível, mesmo em relação aos utilizados por esses organismos internacionais. Por outro lado, estamos cientes das limitações dos conceitos, dado as novas dimensões do emprego público, especialmente no que tange ao universo dos terceirizados no setor público.
A radiografia e a evolução do emprego público, que ora esquadrinhamos, e da qual extraímos o trabalho em tela, faz parte de uma pesquisa mais ampla, que tem como foco a gestão dos recursos humanos no serviço público, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Recursos Humanos e a Secretaria de Gestão do MPOG, a Enap, e que conta com a colaboração do IBGE. Institucionalmente, a Pesquisa se insere no âmbito do Eixo Temático de Investigação do Ipea: Estado, Instituições e Democracia.
A propósito, a pesquisa foi concebida a partir da idéia de que o aperfeiçoamento das instituições e dos organismos estatais, voltado para uma atuação cada vez mais qualificada, em prol do desenvolvimento econômico e social do país, é um processo que requer ação continuada. Assim, numa perspectiva de longo prazo, a questão da gestão dos recursos humanos no setor público passa a ser uma área de investigação permanente no Ipea.
Recomendam a boa literatura sobre a gestão dos recursos humanos no setor público, serem fundamental o dimensionamento do número de servidores, sua distribuição, modalidades etc. Só por isso a pesquisa se iniciou com o levantamento do quantitativo do emprego público. Aliás, coisa que nunca se fez. Na última reforma administrativa, nos anos 90, por exemplo, o diagnóstico do Estado inchado fundamentou os Programas de Demissão Voluntária, os denominados PDVs. Nos governos estaduais, a implantação dos PDVs comprometeu a oferta de serviços de saúde, educação e segurança, sem contar que iniciativas desse tipo levam à saída dos bons servidores, mais aptos e dinâmicos, com maior capacidade de inserção alternativa no mundo do trabalho, justamente aqueles os quais uma boa gestão dos recursos humanos deve buscar retê-los.
Do acima exposto, não nos cabe a pecha de defensores do empreguismo público de per si. De outra parte, cientes de que cerca da metade dos jovens, na faixa etária de 15 a 25 anos no país estão fora do ensino médio, e de que somente cerca de 40% das crianças aptas para a educação infantil estão matriculadas na pré-escola, que o Estado brasileiro precisa aumentar e melhorar sua presença nas áreas de fronteira, de conflito agrário e de preservação ambiental, de que a porta de entrada no SUS ainda é estreita e que para estes não cabem a solução do mercado é que identificamos a tendência à expansão dos serviços públicos e, por conseguinte, do emprego público no País.
Eneuton Dornellas Pessoa de Carvalho é pesquisador no Ipea e um dos autores do trabalho “Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução”--------------------------------------------------------------------------------

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Aranha escreveu:Luiz Carlos Querido escreveu:O Brasil está isolado na ciência da corrupção.
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
carlo escreveu:O MITO DO ESTADO INCHADO
Desde que foi publicado o Comunicado “Emprego Público no Brasil: Comparação Internacional e Evolução”, que se desenrola polêmica a respeito de um suposto inchaço do bla bla bla e patati patatá--------------------------------------------------------------------------------
Estado inchado ou não tanto faz, desde que o inchaço faça sua parte. O que acontece aqui e agora é que no Brasil, o estado virou um antro de bandidos dignos de qualquer 007 morrer de inveja. Antes tínhamos estatais que eram cabides de emprego (até hoje estou procurando por onde os cabideiros entravam sem concurso e não encontrei...)
Hoje os poli-titicas são os donos das empresas contratadas pelo governo e a maioria das licitações são fraudulentas, superfaturadas ou com qualidade pifia mas com estas mesma empresas faturando com nunca.
E nosso sem-gresso cada vez mais votando mais e mais CPIs, projetos idiotas e cagando na cara dos eleitores.
E ainda tem gente que diz que vale a pena trocar o sujo pelo imundo.
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- Fernando Silva
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Fonte: http://dinheiro.br.msn.com/financaspess ... d=19731566
13 maio 2009
13 maio 2009
Brasil não evolui no ranking global de inovação
Segundo estudo da Economist, País deve fechar ano na 49ª posição. Este resultado é o mesmo do ano passado e deve se manter até 2013
SÃO PAULO - O Brasil deve fechar este ano ocupando a 49ª posição no ranking do Índice Global de Inovação feito pela Economist Intelligence Unit. Com isso, o País manteve a mesma colocação do ano passado, mas caiu uma posição de 2002 até este ano. A pesquisa revela ainda que o Brasil ficará estagnado até 2013.
O Japão lidera o ranking com 1,274 milhões de patentespor um milhão de habitantes, entre 2004 e 2007. Já o Brasil registrou 880 patentes no período analisado, ficando atrás de países como Argentina (1.322), México (901), Chile (1.004).
O estudo, que mede a inovação de 82 países, é baseado no número de patentes obtidas por diversos países, em escritórios de patentes dos Estados Unidos, União Europeia e Japão, dividido pela população existente em cada nação analisada. Além disso, o levantamento leva em conta fatos que podem contribuir para a inovação, como o comprometimento de cada país em desenvolver pesquisas para a inovação e a mão-de-obra especializada disponível.
BRIC
A performance na área da inovação na China pode evoluir 11%, saindo da 54ª posição (verificada entre 2004 e 2008) para a 46ª, no período entre 2009 e 2013. Assim, entre 2002 e 2013, o país asiático poderá avançar 13 posições.
Entre os períodos 2002-2006 e 2004-2008, a Índia subiu duas posições, passando do 58° posto para o 56°. Já a Rússia e o Brasil subiram duas e uma posição, respectivamente.
Expectativas
De acordo com o relatório, as expectativas para os próximos cinco anos (2009/2013) é de que os investimentos em inovação diminuam em decorrência da crise econômica mundial, assim serão reduzidos os investimentos em pesquisas de inovação, em treinamentos para qualificação da mão-de-obra e também em qualidade das tecnologias voltadas para informação e comunicação.
Esta crise ocasionará impactos negativos em certos aspectos que favorecem a inovação, como o acesso a financiamento, as condições oferecidas pelo país para empreender, e a estabilidade política e econômica.
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Luiz Carlos Querido escreveu:Aranha escreveu:Luiz Carlos Querido escreveu:O Brasil está isolado na ciência da corrupção.
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Condoglências.


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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Eu não sei quem inventa estas notícias sobre o Brasil ultrapassando sei lá que países em sei lá o quê. Todo mundo sabe que o Brasil tá sempre atrás de muita gente em tudo que é progresso de evolução, menos na impunidade, bandidagem e corrupção.
Obrigada Lula, pelo estado real em que se encontram as coisas, e não por este cirquinho que esquerdas SEMPRE querem insistir em montar e noticiar. Só eles mesmos acreditam. Nem sei porque fazem tanto proselitismo. Aqui não tem bobo, não.
O negócio da esquerda é irritar quem não baba ovo de chefia barbuda. Mesmo que o Lula tenha se transformado no maior imperialista e capitalista de todos os tempos. NUNCA ANTES se gastou tanto neste país: nem na esfera estatal, nem com endividamento ( ele mandou gastar, pagar é outro problema
).
Obrigada Lula, pelo estado real em que se encontram as coisas, e não por este cirquinho que esquerdas SEMPRE querem insistir em montar e noticiar. Só eles mesmos acreditam. Nem sei porque fazem tanto proselitismo. Aqui não tem bobo, não.
O negócio da esquerda é irritar quem não baba ovo de chefia barbuda. Mesmo que o Lula tenha se transformado no maior imperialista e capitalista de todos os tempos. NUNCA ANTES se gastou tanto neste país: nem na esfera estatal, nem com endividamento ( ele mandou gastar, pagar é outro problema


- O ENCOSTO
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Recomendam a boa literatura sobre a gestão dos recursos humanos no setor público, serem fundamental o dimensionamento do número de servidores, sua distribuição, modalidades etc.
Em primeiro lugar vem as pessoas e só depois o lucro. Na verdade, lucro é e última coisa que uma empresa precisa.
Não é por menos que estatais são benchmark para qualquer assunto.
Um exemplo claro é a Petrobras. De tão eficiente, mas TÃO EFICIENTE, ninguém consegue abrir uma refinaria e competir com ela nesse pais.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
O ENCOSTO escreveu:Recomendam a boa literatura sobre a gestão dos recursos humanos no setor público, serem fundamental o dimensionamento do número de servidores, sua distribuição, modalidades etc.
Em primeiro lugar vem as pessoas e só depois o lucro. Na verdade, lucro é e última coisa que uma empresa precisa.
Não é por menos que estatais são benchmark para qualquer assunto.
Um exemplo claro é a Petrobras. De tão eficiente, mas TÃO EFICIENTE, ninguém consegue abrir uma refinaria e competir com ela nesse pais.
Perfeito.

- King In Crimson
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Bah, qualquer um sabe que boa parte dessa produção científica é só de fachada. Há estímulo pra que se produza, mas não pra que essa produção preste. Muitos estudos são variações discretas de estudos gringos, ou simplesmente não trazem nada que valha ser citado.
Claro que não é uma maioria, mas não chegam a ser exceções.
Claro que não é uma maioria, mas não chegam a ser exceções.
- Apo
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
King In Crimson escreveu:Bah, qualquer um sabe que boa parte dessa produção científica é só de fachada. Há estímulo pra que se produza, mas não pra que essa produção preste. Muitos estudos são variações discretas de estudos gringos, ou simplesmente não trazem nada que valha ser citado.
Claro que não é uma maioria, mas não chegam a ser exceções.
O que mais se faz no Brasil é copiar gringo, inclusive em pesquisas acadêmicas. Este negócio de cópia ( variações e adaptações, mas nunca originalidade ) no Brasil sempre funcionou assim: começa lá na pré-escola e segue no meio acadêmico. É cultura nacional. Brasileiro sempre se gabou de ter ido "lá fora" e trazido know how para cá. Assim como se consome toneladas de porcarias aprovadas pelos FDA americano.
Tirando tal característica terceiromundista, tem ainda a manipulação de dados do tipo que se faz com manchetes como:
"Nunca se estudou tanto no país". Claro! Números mostram o que a lei provoca: é proibido manter crianças sem matrícula.
Crianças com matricula são apenas crianças matriculadas e nada mais. O lixo das escolas, a presença e o que estão fazendo quando vão lá é irrelevante. Nos níveis superiores são números de matriculados em todas as baiúcas que se auto-intitulam escola de nível superior.
Assim é fácil ultrapassar todo mundo.


- O ENCOSTO
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Pois é. As grandes pesquisas pesquisas parecem não refletir no aumento do numero de patentes.
Deve ser porque não se pode patentear o resultado de pesquisas que mostram a importancia de disponibilizar gratuitamente café expresso, salgadinhos e refrigerantes para os funcionários da Petrobras, por exemplo.
Deve ser porque não se pode patentear o resultado de pesquisas que mostram a importancia de disponibilizar gratuitamente café expresso, salgadinhos e refrigerantes para os funcionários da Petrobras, por exemplo.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Deve haver duas contas com grande discrepância de valores na administração pública:
- Conta de investimentos em Ciência, Tecnologia e Ensino.
- Conta de mimos estatais.
- Conta de investimentos em Ciência, Tecnologia e Ensino.
- Conta de mimos estatais.

- Fernando Silva
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
O ENCOSTO escreveu:Um exemplo claro é a Petrobras. De tão eficiente, mas TÃO EFICIENTE, ninguém consegue abrir uma refinaria e competir com ela nesse pais.
Principalmente quando ela define o preço dos combustíveis e detona a concorrência.
Aqui no Rio, temos a Refinaria de Manguinhos, mas acho que fechou devido aos preços artificialmente baixos impostos pela PB.
Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Wait a minute!
Obrigada Lula???????? Acaso você tem idéia de como a gente faz pesquisa nesse país? MUITO OBRIGADA aos pesquisadores comprometidos e honrados que MUITAS VEZES tiram o dinheiro do seu bolso pra continuar mantendo os laboratórios e a pesquisa.
Obrigada Lula???????? Acaso você tem idéia de como a gente faz pesquisa nesse país? MUITO OBRIGADA aos pesquisadores comprometidos e honrados que MUITAS VEZES tiram o dinheiro do seu bolso pra continuar mantendo os laboratórios e a pesquisa.

Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Anna escreveu:Wait a minute!
Obrigada Lula???????? Acaso você tem idéia de como a gente faz pesquisa nesse país? MUITO OBRIGADA aos pesquisadores comprometidos e honrados que MUITAS VEZES tiram o dinheiro do seu bolso pra continuar mantendo os laboratórios e a pesquisa.
- Quanta Ingratidão...

Beijos,
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Artigo completo aqui:
http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 056888.asp
Trecho:
http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 056888.asp
Trecho:
Especialistas temem um "apagão científico" no Brasil
Norma Moura, Jornal do Brasil - 17/05/09
BRASÍLIA - O Brasil corre o risco de um apagão científico. A constatação vem de especialistas ligados à área científica e tecnológica. Eles denunciam que estudos sobre biofármacos, o desenvolvimento do trem de levitação magnética do Rio de Janeiro e até projetos voltados para a exploração da camada pré-sal estão ameaçados de não saírem do papel. A ameaça, apontam, vem das mudanças na atuação das fundações de apoio às universidades federais.
As regras impostas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no ano passado impedem as fundações de apoio de receberem diretamente recursos para projetos, como vinha acontecendo. Essa mudança teria provocado a escassez dos recursos para a investigação científica e aumentado a burocracia para a gestão das propostas. O resultado, dizem os pesquisadores ouvidos pelo JB, é uma apatia no meio acadêmico, com cientistas trocando os laboratórios pelas salas de aula e a interrupção de pesquisas em vários campos.
– A situação está difícil. Os professores estão com medo de gerir projetos por causa da falta de segurança jurídica advinda de interpretações conservadoras da lei das fundações – diz Marco Antônio Raupp, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
- Apo
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Isto só prova, mais uma vez, que gringo não sabe nada do que acontece aqui. Pensam que só tem jacaré e papagaio andando pelas ruasm enquanto ultrapassamos países como a Holanda em pesquisa científica ( o que trata-e de um disparate ).
Mas esquerdistas e governos usam tais informações anômalas como propaganda nacional-ufanista.
Auto-estima tupiniquim é um caso psiquiátrico complexo e, aparentemente, sem cura.
Mas esquerdistas e governos usam tais informações anômalas como propaganda nacional-ufanista.
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Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Aranha escreveu:Anna escreveu:Wait a minute!
Obrigada Lula???????? Acaso você tem idéia de como a gente faz pesquisa nesse país? MUITO OBRIGADA aos pesquisadores comprometidos e honrados que MUITAS VEZES tiram o dinheiro do seu bolso pra continuar mantendo os laboratórios e a pesquisa.
- Quanta Ingratidão...![]()
Beijos,
Mas a laje...


Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Inusitado aumento da produção científica
ROGERIO MENEGHINI
Não fazia eco em mentes perscrutadoras por dever de ofício a explicação de que o aumento se devia à política federal de fomento
FOI UM choque para milhares de pesquisadores científicos brasileiros ler a reportagem da editoria Ciência desta Folha no dia 6 de maio. Ela relatava a divulgação do ministro da Educação, Fernando Haddad, de que a produção científica brasileira tinha crescido 56% de 2007 a 2008, segundo a mundialmente reconhecida base internacional de dados Thomson Reuters-ISI.
Um choque que não era propriamente de contentamento, mas de estupefação. Acostumados com a lida de números em suas pesquisas e familiarizados com o curso modesto dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil, era difícil encontrar uma explicação para o aumento inusitado em nível mundial em um ano, levando o país para a 13ª posição entre as nações na publicação de artigos científicos.
O portal de periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão do Ministério da Educação) que permite o acesso ao ISI provavelmente teve um de seus maiores níveis de visitas, no anseio dos pesquisadores de constatar se o aumento era de fato o anunciado. E era.
Porém, a explicação do ministro e de algumas autoridades presentes ao evento da divulgação, de que o aumento se devia à política em nível federal de fomento à pesquisa, não fazia eco em mentes perscrutadoras por dever de ofício.
Muitas hipóteses foram levantadas, havendo até colegas que ironizavam ser um evento raro de desova de artigos científicos engavetados, como a desova de tartarugas marinhas. Por estar numa função que permite maior descortínio da produção científica, a explicação para o fato não me demorou. A base de dados Web of Science-ISI, utilizada nessa pesquisa, mostrou, sim, um aumento que o Brasil liderou: o de revistas científicas nacionais indexadas nessa base.
Em 2006, eram 26. Essa quantidade passou para 63 em 2007 e para 103 em 2008. Um aumento insólito, em contexto mundial: o número quadruplicou em dois anos! Qual seria a explicação para isso? A Thomson Reuters-ISI é uma empresa comercial, visando lucro, mas buscando manter a imagem de indexar o núcleo das melhores revistas científicas do mundo (10 mil entre 100 mil). Segundo a própria empresa, a sua política de seleção continua sendo a de medir o impacto por meio das citações dos artigos das revistas, mas iniciou um procedimento de espraiar o universo das revistas do ponto de vista regional e temático.
O Brasil certamente marcou ponto nos três itens. Com isso, o número de artigos em suas revistas aumentou de 4.056, em 2007, para 12.502, em 2008. Ou seja, um aumento de 8.446 artigos, devido ao aumento de revistas e também ao maior número de artigos por revista, uma vez que a indexação no ISI exerceu maior atração sobre os autores.
Isso significa que cerca de 80% do aumento de artigos anunciado pelo ministro Haddad advieram de um setor em que o governo federal investe de forma absolutamente inexpressiva: R$ 10 milhões em 2008, divididos entre o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Capes, para cerca de 240 revistas nacionais. Isso representa cerca de 0,4% dos orçamentos das duas instituições. Para comparação, os Estados Unidos gastam 200 vezes mais em revistas científicas.
A única iniciativa brasileira para melhorar as suas revistas, além da dedicação dos editores, é o programa SciELO (www.scielo.br), criado em 1997 por meio de uma parceria entre a Fapesp (Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde).
SciELO exerce no Brasil um papel semelhante ao do ISI, o de indexar as melhores revistas brasileiras, selecionadas por critérios de qualidade, mas vai além, pois disponibiliza os artigos com textos completos em acesso aberto. Hoje são 205 revistas.
É importante frisar que, das 103 revistas brasileiras indexadas no ISI mencionadas acima, 81 estão na base SciELO. O orçamento executado do programa para 2009 é de R$ 2,5 milhões, 80% provenientes da Fapesp (recursos do Estado de São Paulo) e 10% do CNPq (recursos federais). Tem-se assim a história real do aumento expressivo da produção científica brasileira em 2008 na base ISI.
ROGERIO MENEGHINI
Não fazia eco em mentes perscrutadoras por dever de ofício a explicação de que o aumento se devia à política federal de fomento
FOI UM choque para milhares de pesquisadores científicos brasileiros ler a reportagem da editoria Ciência desta Folha no dia 6 de maio. Ela relatava a divulgação do ministro da Educação, Fernando Haddad, de que a produção científica brasileira tinha crescido 56% de 2007 a 2008, segundo a mundialmente reconhecida base internacional de dados Thomson Reuters-ISI.
Um choque que não era propriamente de contentamento, mas de estupefação. Acostumados com a lida de números em suas pesquisas e familiarizados com o curso modesto dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil, era difícil encontrar uma explicação para o aumento inusitado em nível mundial em um ano, levando o país para a 13ª posição entre as nações na publicação de artigos científicos.
O portal de periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão do Ministério da Educação) que permite o acesso ao ISI provavelmente teve um de seus maiores níveis de visitas, no anseio dos pesquisadores de constatar se o aumento era de fato o anunciado. E era.
Porém, a explicação do ministro e de algumas autoridades presentes ao evento da divulgação, de que o aumento se devia à política em nível federal de fomento à pesquisa, não fazia eco em mentes perscrutadoras por dever de ofício.
Muitas hipóteses foram levantadas, havendo até colegas que ironizavam ser um evento raro de desova de artigos científicos engavetados, como a desova de tartarugas marinhas. Por estar numa função que permite maior descortínio da produção científica, a explicação para o fato não me demorou. A base de dados Web of Science-ISI, utilizada nessa pesquisa, mostrou, sim, um aumento que o Brasil liderou: o de revistas científicas nacionais indexadas nessa base.
Em 2006, eram 26. Essa quantidade passou para 63 em 2007 e para 103 em 2008. Um aumento insólito, em contexto mundial: o número quadruplicou em dois anos! Qual seria a explicação para isso? A Thomson Reuters-ISI é uma empresa comercial, visando lucro, mas buscando manter a imagem de indexar o núcleo das melhores revistas científicas do mundo (10 mil entre 100 mil). Segundo a própria empresa, a sua política de seleção continua sendo a de medir o impacto por meio das citações dos artigos das revistas, mas iniciou um procedimento de espraiar o universo das revistas do ponto de vista regional e temático.
O Brasil certamente marcou ponto nos três itens. Com isso, o número de artigos em suas revistas aumentou de 4.056, em 2007, para 12.502, em 2008. Ou seja, um aumento de 8.446 artigos, devido ao aumento de revistas e também ao maior número de artigos por revista, uma vez que a indexação no ISI exerceu maior atração sobre os autores.
Isso significa que cerca de 80% do aumento de artigos anunciado pelo ministro Haddad advieram de um setor em que o governo federal investe de forma absolutamente inexpressiva: R$ 10 milhões em 2008, divididos entre o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Capes, para cerca de 240 revistas nacionais. Isso representa cerca de 0,4% dos orçamentos das duas instituições. Para comparação, os Estados Unidos gastam 200 vezes mais em revistas científicas.
A única iniciativa brasileira para melhorar as suas revistas, além da dedicação dos editores, é o programa SciELO (www.scielo.br), criado em 1997 por meio de uma parceria entre a Fapesp (Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde).
SciELO exerce no Brasil um papel semelhante ao do ISI, o de indexar as melhores revistas brasileiras, selecionadas por critérios de qualidade, mas vai além, pois disponibiliza os artigos com textos completos em acesso aberto. Hoje são 205 revistas.
É importante frisar que, das 103 revistas brasileiras indexadas no ISI mencionadas acima, 81 estão na base SciELO. O orçamento executado do programa para 2009 é de R$ 2,5 milhões, 80% provenientes da Fapesp (recursos do Estado de São Paulo) e 10% do CNPq (recursos federais). Tem-se assim a história real do aumento expressivo da produção científica brasileira em 2008 na base ISI.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
Re: Obrigado Lula: Brasil ultrapassa Rússia e Holanda em ciência
Havia de ser a Annitinha para dar um banho de realidade na gente



marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.