Fernando Silva escreveu:Sol escreveu:Li um outro tópico, muito triste, de alguém que perdeu um familiar e questiona a Justiça Divina. Com todo respeito a dor dessa pessoa, o fato é que as respostas para a questão não virão mesmo. Até para alguém que estuda e compreende determinados acontecimentos, é muito difícil aceitar a dor e obter "respostas" ou "consolo". Mas eu digo uma coisa com total convicção: com certeza, sem a fé, fica muito mais difícil. E a "não fé" ? Consegue ajudar na questão de algum modo, ou apenas traz mais dor e revolta? Cada um que responda por si, afinal é tudo escolha pessoal.
"Sem a fé, fica muito mais difícil" ou "Sem a capacidade de se auto-iludir, fica muito mais difícil" ?
Por que essa insistência na idéia de que "Minha religião explica melhor o mundo, minha religião oferece maior conforto psicológico, portanto é a verdadeira" ?
Não, não tenho essa idéia. A idéia que tenho é que o Espiritismo, é muito bom para mim; mas pode não ser bom para você, por isso não faz sentido eu impor como "a suprema verdade".
Tenho um colega que é da Assembleia de Deus. Não me cabe discorerr o que penso da Assembléia de Deus, mas lhe digoq ue não gosto, enfim, para mim não serve. Mas para ele, simplesmente lhe salvou a vida.
E se a verdade for horrível e o universo for injusto?
A verdade, aquela que penso ser a verdade, é bonita, mas não é conto de fadas e é difícil de se vivida. Nada é fácil, nem mesmo depois da morte!
Bom, quem quiser que use o estupefaciente da fé. Eu, enquanto suportar, vou continuar de cara limpa. Quando não aguentar mais, talvez tenha que apelar para a bebida, já que não consigo me auto-iludir.
Entendo seu ponto de vista e antes da bebida, aposto que haverão muitas possibilidades intressante que não sejam a busca de uma religião. Mas a fé não é vício (referente ao termo "cara limpa"). Pode sim ser um vício quando há fanatismo, e isso ocorre em QUALQUER religião. Exite fanatsmo até nos esportes, imagine nas religiões. Falando em bebida, há quem beba moderadamente e a bebida se torna um cois aboa, há os que se viciam.
Sol escreveu:Quanto a questão da racionalidade do Espiritismo, estude, se informe, aprenda; antes de afirmar qualquer coisa. Sempre haverá MUITO a ser estudado até ao mais dedicado dos espíritas.
Quando a gente mostra que estudou, dizem "mas você não entendeu nada".
Por outro lado, de que adianta estudar tanto algo que nem sequer sabemos se é verdade? Vai ocorrer alguma súbita iluminação depois que atingirmos alguma massa crítica de conhecimento? Ou tudo depende de já se ter fé naquela lenga-lenga chatíssima, cheia de palavras empoladas?
Realmente é tudo muito difícil, distante e há realemente uma lenga-lenga no caminho. Mas vamos pensar que um dia a existência do átomo era desconhecida e não fosse alguns "malucos" insistirem no assunto, talvez tivesse ficado desconhceida por muito mais tempo.
Infelizmente a súbita iluminação não é possível. Seria injusta e traria desequilibrio. Pode parecer uma resposta vaga se a análise se limitar a nossa existência atual, mas, justamente, se você estudar e aqui eu puxo mesmo a sardinha para o Espeiritismo, verá que tudo se encaixa e não tudo, mas muitas coisas que a princípio nos parecem sem explicação, podem ser explicadas.
Mas não imagine que, para mim, mesmo sendo um espírita que diz todo esse blábláblá, seja fácil compreender e aceitar a leis que cercam essa "verdade" em que acredito. Éde fato um longo trabalho a ser feito.
Sol escreveu:Religião, seja qual for, é um caminho para quem tem fé em Deus. Quem não tem essa fé, não tem; não adianta. Não adianta falar um monte, pois quem não tem fé, não tem.
Ou seja, algo totalmente subjetivo e não testável.
Sim, subjetivo e não testável. Se fosse objetivo e testável, não haveria possibilidade de cada um evoluir pelo mérito próprio (basicamente falando).
Quando se fala em Deus, há crenças que acreditam que após a morte, poderemos ver Deus ou ser vizinho de Jesus. Bom seria! Mas não é tão simples assim.
Algumas acreditam que a pessoa boa, ao morrer, vai para um paraíso e vai ficar lá para sempre tocando harpa ou coisa assim (para mim, isso já estaria mais para um "inferno"), e ainda, quando Jesus voltar, todos ressuscitarão em carne. Não explicam o porque desses conceitos. Há crenças que pregam o amor ao próximo com a ti memso (palavras de Jesus), mas discriminam abertamente homossexuais.
Enfim, há uma grande variedade de crenças, com diferentes conceitos. Eu me identifiquei com o Espiritismo por várias razões, costumo dizer que não acredito nos ensinamentos do Espiritismo, trata-se de uma convicção, mais ou menos assim: eu não acredito, eu sei. Sabia antes de conhecer, quando encontrei no Espiritismo, tudo aquilo que me passava pela mente passou a fazer sentido. A questão é que infelizmente eu não posso quantificar isso para você verificar.
Como comentado sobre o Evangelho no Lar, uma prática espírita. Não há como eu lhe provar os beneficios disso. A única maneira é você compreender seria pratica-la, para perceber os beneficios. Por isso fica complicado.
O que posso lhe dizer é se você tiver que descobrir algo nessa existência, irá acontecer naturalmente através de experiências pessoais e que você também não será cobrado se não tiver descoberto nada, entende?Tudo a seu tempo. Não adiantaria eu levar você a um Centro Espírita, numa sessão medíunica por exemplo, e e esperarmos algum ente querido falecido contatar você para lhe provar alguma coisa, simplesmente porque isso não é possível ser provocado. O "telefone" funciona só de lá para cá. E a eventual apresentação de provas para você estaria "furando a fila" da sua jornada evolutiva. Se eventualmente, no seu caso , houver proveito que isso venha ocorrer, ocorrerá sem depender que você vá ao Centro Espírita ou que seja um espírita.
Sol, entenda: eu não vou sair pela rua com cartazes pregando contra a fé e até entendo que, mantido o bom senso, ela possa ser útil como anestésico ou antidepressivo, mas este é um fórum de debates, portanto não se surpreenda se dissermos coisas desagradáveis sobre suas convicções.