Judeus religiosos ganham força no Exército de Israel

[Mucuna]

O Exército israelense está mudando. As unidades de combate que um dia se orgulharam de serem seculares estão agora povoadas por opiniões de que as guerras de Israel são guerras de Deus.

Rabinos estão se tornando cada vez mais poderosos, e cadetes religiosos são treinados para se tornar parte da elite militar.

Durante as operações em Gaza, no início do ano, rabinos entregaram centenas de panfletos para soldados. Alguns desses panfletos retratavam civis palestinos, não só militantes, como inimigos.

Outros chamavam os soldados israelenses de filhos da luz, e os palestinos de filhos das trevas. O Exército israelense tenta se distanciar desse tipo de mensagem, mas os panfletos vêm com selo oficial.

Muitos cadetes religiosos vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada.

Se as negociações de paz na região avançarem, Israel eventualmente terá que retirar a maioria dos colonos. Se isso acontecer, há dúvidas se soldados religiosos respeitarão as ordens de seus comandantes, indo contra suas crenças.

Mas líderes militares discordam dessa visão.

O general Eli Shermeister, coordenador de educação do Exército israelense, diz que o código moral do Exército é claro e que a organização exige que os soldados se comportem de acordo com essas regras.

Ninguém, segundo ele, pode criar outro código moral e apenas os comandantes controlam o espírito de seus soldados.

O dia a dia dos soldados israelenses consiste principalmente de patrulhar áreas civis em Gaza, na Cisjordânia e também em Jerusalém Oriental.

Qualquer influencia sobre as atitudes dos militares é de extrema importância. A forma como encaram os palestinos que vivem nessas áreas, e quem influencia essas visões, pode determinar o uso que fazem de seu poder e de suas armas.

Fonte: BBC Brasil
Link da notíca com vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/multime ... o_rw.shtml


Pois bom... alguma vez faltou essa visão, inclusive do Estado/Exército, que "os judeus estavam só pegando de volta as terras dadas pessoalmente por Javé"?

[Viajante]

O sionismo é uma estranha ideologia nacionalista, defendem um país em terra alheia e todos ( resto do mundo em geral) parecem considerar normal.
Os sionistas para convencerem os judeus, usaram da religião e estamos agora a assistir à concretização dos estado sionista, ou se preferirem, estado dos judeus. Esta ideia é contrária à laicidade e aos valores seculares do ocidente. Israel bem pode tentar afirmar-se secular, mas não pode ser secular e judeu ao mesmo tempo.
A demografia é lembrada muitas vezes para falar na alta natalidade dos árabes, mas raramente lembram a mesma elevada natalidade entre os judeus religiosos. Não admira que estejam a ganhar peso na sociedade israelita.

http://haaretz.com/hasen/pages/ShArt.jh ... trassID=19

Os ultra-ortodoxos são confusos, existem os pró-sionismo, anti-sionismo e os pragmáticos ( neutros).
Seja como for, aparentemente serão maioria num futuro não muito longínquo.
Os ocidentais incentivaram o radicalismo islâmico contra o comunismo e vivemos hoje as consequências.
Israel faz uso dos seus ortodoxos para contrariar a vantagem demográfica palestiniana.
As consequências serão visíveis nos tempos mais próximos. A limpeza étnica em massa, contra os árabes, feita nos anos 40 e continuada até hoje, poderá ser um passeio no parque com o que se perfila no horizonte. Israelitas elegeram pessoas que afirmaram em púbico que se devia exterminar os palestinianos.

[Fernando Silva]

O sionismo é uma estranha ideologia nacionalista, defendem um país em terra alheia e todos ( resto do mundo em geral) parecem considerar normal.

É uma ideia tão idiota quanto defender a posse de Jerusalém pelos islamitas porque foi de lá que Maomé subiu aos céus num cavalo alado.

[Viajante]

O sionismo é uma estranha ideologia nacionalista, defendem um país em terra alheia e todos ( resto do mundo em geral) parecem considerar normal.

É uma ideia tão idiota quanto defender a posse de Jerusalém pelos islamitas porque foi de lá que Maomé subiu aos céus num cavalo alado.

Esqueça os muçulmanos por uma vez na vida, a posse da terra não tem nada a ver com a religião muçulmana, esta é usada como motor de resistir a quem lhes tomou a terra, por uma parte da resistência, da que resta, já que os primeiros resistentes eram cristãos e faz muito tempo que foram esmagados.
A sua comparação é absurda. Europeus criam um nacionalismo que visa criar um estado numa terra onde vive gente, e na época, um número imenso era de palestinianos cristãos que foram aniquilados pelos imigrantes europeus judeus.
Jerusalém é terra árabe, sempre o foi, ocupada, e voltará a ser. Os cruzados também por lá andaram 2 séculos e foram escorraçados.
Não é questão religiosa, é responder à pergunta quem lá sempre viveu?
Os árabes ou em particular os palestinianos são semitas e os descendentes dos antigos hebreus.
O próprio Ben Gurion o reconheceu numa carta.

Os sionistas vai concretizar a limpeza étnica total sobre toda a Palestina. A escumalha do Ocidente justifica isto, árabes não são gente, e pior são na maioria muçulmanos, esquecendo que foi o próprio sionismo que fez da sociedade palestiniana uma maioria muçulmana. Antes do sionismo, cerca de 5% dos palestinianos eram judeus, os cristãos eram parte importante da população palestiniana. Cristãos eram 75 % em Belém, cerca de 20 % em Jerusalém em 1948.
Existe hoje uma relação de +- 1 cristão para 10 muçulmanos entre os palestinianos dos ainda chamados territórios ocupados.
Já que árabes, muçulmanos são massacráveis, ao menos o Ocidente devia ter vergonha por apoiar o genocídio dos cristãos da Palestina, especialmente em Jerusalém.

Sionismo vai conseguir impor-se, porém, a menos que consigam incorporar uma parte maior de árabes dentro do estado sionista, jamais haverá paz. Sem democracia secular, não haverá paz.
A reconquista virá de fora da Palestina, será inevitável, não é possível manter para sempre ditaduras pró-sionismo em redor, quando o povo está furioso, e muito menos manter o atraso tecnológico através da ameaça. Podem resolver parte da ameaça favorecendo financeiramente os refugiados que vivem em redor.
Os judeus se não acordarem da imoralidade em que mergulharam serão varridos da Palestina.
Lá por em menos de 1 século passarem de menos de 5% para mais de 80%, não significa que tudo esteja garantido.

Illan Pappe recorda que mais fanáticos dos judeus israelitas ou dos árabes israelitas/palestinianos ensinam os filhos a língua hebraica e o árabe respetivamente.
Eles estão condenados a viver juntos, a menos que a limpeza seja total.
É totalmente imoral apoiar o sionismo. Defendo a democracia liberal secular ocidental como única via possível para paz. Infelizmente os sionistas estão se borrifar, ninguém lhes faz frente, os políticos ocidentais são um bando de covardes, por isso, dentro de alguns anos, não haverá palestinianos dentro da Palestina em número suficiente para desejarem ter um país.
A continuação da construção das colónias é o exemplo perfeito do projeto de limpar a Palestina do seu povo nativo. O mundo baixa as orelhas.
A minha esperança pessoal é os palestinianos aprendam a ser mais inteligentes, comecem a reivindicar por direitos cívicos dentro do estado de Israel em lugar de perder tempo a desejar um estado que ninguém lhes quer dar.
Quando se cria o estado de Israel, os camponeses árabes estavam-se a borrifar, já estavam habituados a viver sobre governação não árabe. Ficaram espantados quando o exército de Israel chega nas aldeias e lhes dão ordem de partir, matando e violando como exemplo para os que recusam.


Era para escrever 2 linhas

[Fernando Silva]

A sua comparação é absurda. Europeus criam um nacionalismo que visa criar um estado numa terra onde vive gente, e na época, um número imenso era de palestinianos cristãos que foram aniquilados pelos imigrantes europeus judeus.
Jerusalém é terra árabe, sempre o foi, ocupada, e voltará a ser.

A posse dessa terra não é fácil de se definir, a menos que se recue até Adão e Eva. Nenhum dos lados pode afirmar com justiça que é o dono.

Não esquecendo que os turcos pediram ajuda a Hitler para exterminar os judeus que já viviam lá antes da chegada dos judeus europeus.

[Acauan]

Anti-sionismo é apenas a maquilagem que os anti-semitas oportunamente adotaram para conquistar a simpatia da esquerda politicamente correta, que fica toda dodóizinha quando alguém faz merda e a chama pelo verdadeiro nome, mas apóia incondicionalmente a mesma merda quando quem a comete lhe atribui um nome que os PC’s aprovam.

A vulgarização do termo sionismo e seus derivados é apenas uma manobra de propaganda político-ideológica para evitar se referir a Israel pelo que realmente é, um Estado soberano, reconhecido pela comunidade das nações como sujeito do Direito Internacional.

Os que hoje evitam pronunciar o nome Israel repetem as falas daqueles que juntaram exércitos prometendo lançar o Estado Judeu ao mar.
Fragorosa e repetidamente derrotados no campo de batalha, a coligação de países que detinha imensamente mais recursos que o inimigo jurado de morte adotou então o discurso das vítimas, escondendo-se atrás de infelizes refugiados de guerra para fugir à vergonha de terem sido incapazes de cumprir suas promessas bufas de destruir Israel pela força bruta.

A propaganda demonizadora contra o Estado de Israel omite sistematicamente o fato histórico de que os árabes palestinos se tornaram refugiados porque seus irmãos, que tanto dizem apoiá-los, fecharam suas fronteiras a eles, quando não os expulsaram sumariamente de seu território à ponta de baionetas.
Hipócritas os que acusam Israel de expulsar os palestinos e omitem que a Jordânia fez exatamente o mesmo, em circunstâncias até mais violentas, com o agravante de que não enxotavam inimigos de guerra, mas filhos de sua própria nação, sumariamente decretados como bastardos para tirar deles proveito político. A origem da expressão Setembro Negro fala por si.

Quanto à ilegitimidade do Estado de Israel, qual Estado Nação do Oriente Médio pode reivindicar legitimidade e com base em que?
Toda aquela região foi incorporada ao Islã pela força das armas e pela força das armas foi submetida pelos turcos otomanos quando os árabes declinaram. Ao fim da Primeira Guerra as potências européias vencedoras – aliadas dos nacionalistas árabes – dividiram a região traçando linhas no mapa seguindo seus próprios interesses e os dos potentados locais.
O resultado foi que tribos dispersas, muitas vezes inimigas entre si, se viram aglomeradas em um mesmo território nacional, enquanto povos de identidade nacional claramente definida – como os curdos – ficaram fora da partilha.

O fato de os que vociferam contra o Estado de Israel se calarem sobre a opressão sofrida pelos curdos nos países muçulmanos é mais uma prova de sua hipocrisia. Todos os argumentos usados para justificar um estado palestino soberano podem ser usados – sem tirar nem por – para justificar um estado curdo muçulmano, do Irã à Turquia.

O Estado de Israel não é santo e nem finge sê-lo.
A História registrou e julgará como crimes os excessos que esta nação cometeu.
Mas não é preciso esperar o julgamento da História para enxergar a falta de vergonha na cara dos defensores do terrorismo e do uso de um povo inteiro como massa de manobra de interesses mesquinhos de tiranetes médio-orientais.

[Viajante]

Anti-sionismo é apenas a maquilagem que os anti-semitas

Isto bastou, a habitual chantagem do anti-semitismo que é para lá de ridícula.
Existem sim, anti-semitas, mas ser anti-sionismo não tem nada a ver, inclusive israelitas judeus anti-sionistas existem, alguns acabam por ter que partir tal é a perseguição ideológica em Israel.
Aceitar que um grupo comunitário extermine outro é imoral, ponto final.

[Fernando Silva]

Aceitar que um grupo comunitário extermine outro é imoral, ponto final.

Não se trata de aceitar o extermínio e sim de reconhecer que o extermínio é bilateral.
Não se trata de um monstro malvado matando coitadinhos e sim de povos em guerra, sendo que um deles é mais forte.

Um dos trechos sensatos da Bíblia diz: "Num julgamento, não favoreça os ricos para conseguir seus favores e nem favoreça os pobres só porque são pobres".

[Viajante]

Aceitar que um grupo comunitário extermine outro é imoral, ponto final.

Não se trata de aceitar o extermínio e sim de reconhecer que o extermínio é bilateral.
Não se trata de um monstro malvado matando coitadinhos e sim de povos em guerra, sendo que um deles é mais forte.

Um dos trechos sensatos da Bíblia diz: "Num julgamento, não favoreça os ricos para conseguir seus favores e nem favoreça os pobres só porque são pobres".

Fernando, o problema veio do início. E não se vê melhoras. O governo de Israel, num gesto, de "pura" democracia, interditou o ensino da versão árabe dos acontecimentos trágicos que culminou na dispersão dos palestinianos ( especialmente o uso da palavra Nakba/catástrofe).
Sei que é muito difícil corrigir os erros todos, mas não é impossível, os judeus israelitas, não o farão a menos que sejam obrigados. Os palestinianos estão na mesma.

O pior é que ambos acreditam que o tempo corre a seu favor ( se pessoalmente acredito que favorece os palestinianos, não existe nisto qualquer rigor, prever o futuro não é ciência exata).

[Viajante]

Reportagem da BBC

http://www.youtube.com/watch?v=1oiZ8I35Mtg&feature=sub

http://www.youtube.com/watch?v=TXu71uVG ... re=related



Este resolverá o problema do