Apáte escreveu:Fernando Silva escreveu:Apáte escreveu:Mas todo mundo tem que concordar que a prostituição é uma ofensa à honra, ao decoro e à reputação de uma pessoa.
Não, é uma escolha. Se for uma escolha livre, não é ofensa.
A escolha em questão é a venda da dignidade, mesmo que seja tomada livremente.
A pessoa pode não achar que está vendendo a dignidade.
Se ela não cometer um crime previsto no código penal, sua profissão é mais digna que a de grande parte dos políticos.
Neste caso específico, dignidade ou falta dela é uma questão de cultura e preconceito.
Apáte escreveu:Fernando Silva escreveu:Apáte escreveu:É por isso que o assédio moral é errado. É uma proposta de emprego que fere a dignidade humana.
É errado porque uma pessoa é obrigada a fazer alguma coisa sob ameaças.
Mesmo que seja fazer hora extra, em vez de dormir com o patrão.
Não, ela recebe a proposta de fazer uma coisa e receber algo por isso.
Ou ser demitida, o que é uma ameaça, não prevista no contrato de trabalho.
Apáte escreveu:É como receber a proposta de fazer hora extra e receber o valor correspondido.
O que é diferente de "ou faz ou rua!"
Apáte escreveu:Obrigar o funcionário a trabalhar a mais sem receber nada por isso é quebra de contrato, e nada tem a ver com o assunto discutido.
Mas é justamente aí que entra a ameaça. Se o funcionário concordar em trabalhar mais, recebendo por isto, é decisão dele, sem uma situação de coação.
Já se o patrão o ameaça de demissão, é crime.
Da mesma forma, se a proposta for "ou dorme comigo ou rua", é crime.
Apáte escreveu: Fazer algo que vai além do sua profissão, desde que não fira a dignidade, não representa um problema.
Exato.
Apáte escreveu:Prostitui-se quem quer, como você bem disse.
Aceita dar para conseguir um aumento ou emprego quem quer, ninguém é obrigado a isso.
Mas aceitar dar para não perder o emprego não é exatamente uma escolha livre e sim sob chantagem.
Apáte escreveu:Então, o único problema do assédio moral é que representa uma ofensa à dignidade. Problema intrínseco à prostituição.
A prostituta dá para quem quiser. Se ela quiser ganhar mais, dará até para quem não lhe agrada.
Sem coação.