Guia politicamente incorreto da história do Brasil

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Fernando Silva
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Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Fernando Silva »

"O Globo" 01/01/2010

O panteão das falcatruas

NELSON MOTTA

Muito do que nos foi, e continua sendo, ensinado nas escolas como História é apenas a perpetuação, pela repetição, de mitos, lendas ou simples mentiras, por ignorância ou ideologia de professores. Ou as duas.

O caso mais emblemático é a invenção do avião, que o orgulho nacionalista reivindica para Santos Dumont. Embora inúmeros jornais e documentos históricos provem que já em 1903 os irmãos Wright fizeram vôos de até 260 metros com seu Flyer I. Em 1905, os Wright voaram durante 39 minutos, com o Flyer III, percorrendo 38 quilômetros, diante da imprensa e de convidados internacionais. E obtiveram a patente do invento, iniciando a sua comercialização.

Só um ano depois, em 1906, Santos Dumont conseguiu voar 220 metros com o 14-Bis. É chato, mas é verdade.

É um dos melhores capítulos do contundente “Guia politicamente incorreto da História do Brasil”, do jornalista Leandro Narloch, que contrapõe sólida bibliografia e farta documentação a algumas das maiores falcatruas que estão se perpetuando na nossa história oficial, pela ação do politicamente correto e da militância ideológica.

Muita gente bem intencionada, e mal informada, vai se decepcionar ao saber que os maiores exterminadores de índios no Brasil foram … os próprios índios, em suas infindáveis guerras entre tribos e como força auxiliar dos portugueses e dos bandeirantes em expedições para aprisionar índios. Os bons selvagens não eram tão bons assim.

Sim, alguns dos maiores mercadores de escravos eram negros. Os que mais lutaram contra a abolição da escravidão, liderada pela Inglaterra, foram os reinos africanos, que lucravam com ela.

O Aleijadinho como personagem de ficção.

Verdades vergonhosas sobre a Guerra do Paraguai.

O objetivo da luta armada dos anos 70 não era a liberdade, mas a “ditadura da classe operária”.

São algumas das muitas falcatruas que o livro desmoraliza com a verdade histórica, baseado em autores e fontes de diversas origens.

São histórias desagradáveis, mas necessárias.

Algumas divertem pelo ridículo, outras constrangem. Mas não nos fazem piores ou melhores do que somos.

A quem queremos enganar?

NELSON MOTTA é jornalista.

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Herf
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Herf »

E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Pela resenha parece um livro muito interessante. Alguém já leu?

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Fernando Silva
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Fernando Silva »

Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.

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Acauan
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Fernando Silva escreveu:
Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.


A inexistência de Índios homossexuais não é uma crença e sim um fato científico autoevidente. Todas as fontes que dizem o contrário estão erradas.
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Apáte »

Se for índio e argentino ao mesmo tempo, ele pode ser homossexual? Ou não tem como um índio ser argentino ou é uma tribo isolada?

Ontem eu vi índio viado aqui sim. Evidência anedota? Eu estava bêbado demais? Ilusão?
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

Regina Castro
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Regina Castro »

Ganhei o livro de amigo oculto. É um dos melhores que li nos últimos anos. O capítulo dos índios e dos negros são muito bons. O jornalista diz que os portugueses aprenderam a comprar escravos com os africanos. E que, se não fossem os protestos populares dos ingleses, até hoje os africanos estariam achando supernormal ter escravos. Sobre o fato de os índios serem gays ou não, acho que o livro não fala.

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Neuromancer
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Neuromancer »

Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.


A inexistência de Índios homossexuais não é uma crença e sim um fato científico autoevidente. Todas as fontes que dizem o contrário estão erradas.

Isto é uma questão de fé?? :emoticon12:
Se isso for verdade, coisa que não acredito, basta aparecer o primeiro índio gay para invalidar essa afirmação.
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Apáte »

Neuromancer escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.


A inexistência de Índios homossexuais não é uma crença e sim um fato científico autoevidente. Todas as fontes que dizem o contrário estão erradas.

Isto é uma questão de fé?? :emoticon12:
Se isso for verdade, coisa que não acredito, basta aparecer o primeiro índio gay para invalidar essa afirmação.

Para o Acauan, um índio gay é uma espécie de quadrilátero de 7 lados. Nunca houve nem haverá um para invalidar a questão.

É como um homem não ser mulher, algo notavelmente óbvio.
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Apáte escreveu:Se for índio e argentino ao mesmo tempo, ele pode ser homossexual? Ou não tem como um índio ser argentino ou é uma tribo isolada?


Um Índio pode ser argentino. O que um Índio não pode ser é homossexual, mesmo sendo argentino.

Apáte escreveu:Ontem eu vi índio viado aqui sim. Evidência anedota? Eu estava bêbado demais? Ilusão?


Você está errado. Não pode ter visto um Índio viado porque não existem Índios gays. Relatos sobre avistamentos do monstro do Lago Ness, do Pé Grande e de discos voadores seguem dinâmica semelhante a dos supostos avistamentos de Índios gays.
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Apáte escreveu:
Neuromancer escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.


A inexistência de Índios homossexuais não é uma crença e sim um fato científico autoevidente. Todas as fontes que dizem o contrário estão erradas.

Isto é uma questão de fé?? :emoticon12:
Se isso for verdade, coisa que não acredito, basta aparecer o primeiro índio gay para invalidar essa afirmação.

Para o Acauan, um índio gay é uma espécie de quadrilátero de 7 lados. Nunca houve nem haverá um para invalidar a questão.

É como um homem não ser mulher, algo notavelmente óbvio.


As analogias são cabíveis, embora menos autoevidentes que a inexistência de Índios gays. A única ressalva é de que não se trata de uma opinião minha e sim de uma constatação absoluta da realidade.
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Fernando Silva escreveu:"O Globo" 01/01/2010

O panteão das falcatruas

NELSON MOTTA

...
Verdades vergonhosas sobre a Guerra do Paraguai.
...

NELSON MOTTA é jornalista.


Desta eu gostaria de saber mais detalhes...
As outras verdades citadas não são novidade nenhuma e o fato de não serem estudadas nos ensinos fundamental e médio indica apenas mais uma coisa que não se estuda neste níveis...

Mas no caso da Guerra do Paraguai, Francisco Doratioto com seu livro "Maldita Guerra" detonou a maioria dos mitos revisionistas que tiveram seu grande divulgador em Julio Chiavenatto e sua obra panfletária "Genocídio Americano", que mostrava o exército imperial brasileiro como uma força opressora e o Paraguai da ditadura hereditária dos Lopez como um país progressista, versão que passa longe léguas da verdade.

Espero que estas "verdades vergonhosas" não incluam mentiras históricas como a falsidade de que Caxias envenenava os rios com cadáveres contaminados com cólera ou que as forças do império massacravam civis não combatentes (praticamente todo homem apto do Paraguai era um combatente armado e que não se rendia).

Vergonhas há, como o fato de que a Guerra poderia ter sido vencida muito antes se tivessemos a ousadia de atacar Humaitá ou de episódios tristes, como a Retirada da Laguna ou erros imperdoáveis como a negligência inicial na Batalha do Riachuelo, mas espero que não venham com aquele papo furado sobre o quanto o Império foi malvado e os guaranis vítimas, aqueles Índios sabiam muito bem no que estavam se metendo, correram o risco e pagaram o preço.
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fpissarra
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por fpissarra »

Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.


A inexistência de Índios homossexuais não é uma crença e sim um fato científico autoevidente. Todas as fontes que dizem o contrário estão erradas.


Hã?! "autoevidente" como?

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

fpissarra escreveu:
Acauan escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Herf escreveu:E quanto à crença muito comum de que não existem índios homossexuais?

Não é uma crença muito difundida. Não deve ter sido incluída no livro.


A inexistência de Índios homossexuais não é uma crença e sim um fato científico autoevidente. Todas as fontes que dizem o contrário estão erradas.


Hã?! "autoevidente" como?


Tão autoevidente que não precisa ser explicado.
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Voltando ao tema do tópico, quanto aos Índios, esta história de bons selvagens é conversa mole prá boi dormir de homem branco.
Éramos bárbaros, brutais e cruéis.
E isto nos manteve vivos em um ambiente extremamente hostil.

Também não choramingamos o que seria o roubo de nossas terras pelos brancos, como querem alguns.
Eramos guerreiros. Ocupavamos a terra expulsando povos mais fracos e fomos derrotados por um povo mais forte.
Simples assim.

Nós, Índios.

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Regina Castro
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Regina Castro »

Também não entendi o que o Nelson Motta falou sobre a Guerra do Paraguai. O Guia trata de inocentar o Brasil naquela guerra. Diz que o Paraguai era um lugarzinho pobre, que não assustava ninguém, e que o presidente de lá era louco e obcecado por guerras. Fala bastante do Maldita Guerra do Doratioto.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Apáte »

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
LEANDRO NARLOCH | 22 DEZEMBRO 2009
ARTIGOS - CULTURA


Imagem

Os intelectuais de esquerda que escrevem a história brasileira têm mais um livro para se incomodar: o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, do jornalista Leandro Narloch.

Lancei recentemente pela editora Leya o livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, uma reunião informações esquecidas e episódios irritantes e desagradáveis a quem se considera vítimas de "grandes potências", "exploradores" e "imperialistas". Deixo para os leitores do MSM alguns exemplos.

Zumbi tinha escravos

Nos anos 70, os historiadores marxistas projetaram no Quilombo de Palmares tudo o que imaginavam de sagrado para uma sociedade comunista: igualdade, relações de trabalho pacíficas e comida para todos. Sabe-se hoje que o quilombo do século 17 estava mais para um reino africano daquela época que para uma sociedade de moldes que surgiram mais de um século depois. Zumbi provavelmente descendia de imbangalas, os "senhores da guerra" da África Centro-Ocidental. Guerreiros temidos, eles habitavam vilarejos fortificados, de onde partiam para saques e sequestros dos camponeses de regiões próximas. Durante o ataque a comunidades vizinhas, recrutavam garotos, que depois transformariam em guerreiros, e adultos para trocar por ferramentas e armas. Esse modo de vida é bem parecido ao descrito por quem conheceu o Quilombo dos Palmares. "Quando alguns negros fugiam, mandava-lhes crioulos no encalço e uma vez pegados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor", afirma o capitão holandês João Blaer.

Décio Freitas inventou dados sobre Zumbi

Os historiadores marxistas que engrandeceram Zumbi tinham um problema: não há sequer um documento dando detalhes da personalidade ou da biografia do líder negro. Para resolver esse obstáculo, Décio Freitas mentiu sem culpa. No livro Palmares: A Guerra dos Escravos, Décio afirma ter encontrado cartas mostrando que o herói cresceu num convento de Alagoas, onde recebeu o nome de Francisco e aprendeu a falar latim e português. Aos 15 anos, atendendo ao chamado do seu povo, teria partido para o quilombo. As cartas sobre a infância de Zumbi teriam sido enviadas pelo padre Antônio Melo, da vila alagoana de Porto Calvo, para um padre de Portugal, onde Décio as teria encontrado. Ele nunca mostrou as mensagens para os historiadores que insistiram em ver o material. A mesma suspeita recai sobre outro livro seu, O Maior Crime da Terra. O historiador gaúcho Claudio Pereira Elmir procurou por cinco anos algum vestígio dos registros policiais que Décio cita. Não encontrou nenhum.

Quem mais matou índios foram os índios

Nas bandeiras ao interior do Brasil, geralmente apontadas como a maior causa de morte da população indígena depois das epidemias, havia no mínimo duas vezes mais índios - normalmente dez vezes mais. Sobre a mais mortífera delas, a que o bandeirante Raposo Tavares empreendeu até as aldeias jesuíticas de Guaíra, os relatos apontam para uma bandeira formada por 900 paulistas e 2 mil índios tupis. "No entanto, nestas versões, o total de paulistas parece exagerado, uma vez que é possível identificar apenas 119 participantes em outras fontes", escreveu o historiador John Manuel Monteiro no livro Negros da Terra. Cogita-se até que o modelo militar das bandeiras seja resultado mais da influência indígena que europeia. "É difícil evitar a impressão, por exemplo, de que as bandeiras representavam uma predileção tupi por aventuras militares", afirma o historiador Warren Dean.

Os portugueses ensinaram os índios a preservar a floresta

Apesar de muitos líderes indígenas de hoje afirmarem que o "homem branco" destruiu a floresta enquanto eles tentavam protegê-la, esse discurso politicamente correto não nasceu com eles. Nasceu com os europeus logo nas primeiras décadas após a conquista. Os portugueses criaram leis ambientais para o território brasileiro já no século 16. As ordenações do rei Manuel I (1469-1521) proibiam o corte de árvores frutíferas em Portugal e em todas as colônias. No Brasil, essa lei protegeu centenas de espécies nativas. Em 1605, o Regimento do Pau-Brasil estabeleceu punições para os madeireiros que derrubassem mais árvores do que o previsto na licença. Conforme a quantidade de madeira cortada ilegalmente, o explorador poderia ser condenado à pena de morte.

João Goulart favorecia empreiteiras

A informação vem do próprio Samuel Wainer, no livro Minha Razão de Viver. De acordo com o jornalista, então diretor do Última Hora e um dos principais aliados do presidente, o esquema da época era aquele famoso tipo de corrupção que hoje motiva escândalos. "Quando se anunciava alguma obra pública, o que valia não era a concorrência - todas as concorrências vinham com cartas marcadas, funcionavam como mera fachada", escreveu Wainer. O que tinha valor era a combinação feita entre homens do governo e das empresas por trás das cortinas. "Naturalmente, as empresas beneficiadas retribuíam com generosas doações, sempre clandestinas, à boa vontade do governo."

Os guerrilheiros comunistas não lutavam por liberdade

De dezoito estatutos e documentos escritos por organizações de luta armada nos anos 1960 e 1970, catorze descrevem o objetivo de criar um sistema de partido único e erguer uma ditadura similar aos regimes comunistas que existiam na China e em Cuba. A Ação Popular, por exemplo, defendia com todas as letras "substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado".



Leandro Narloch é jornalista.

Compre aqui o livro "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil", de Leandro Narloch.

FONTE: http://www.midiasemmascara.org/artigos/ ... rasil.html
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Botanico
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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Botanico »

Apáte escreveu:Se for índio e argentino ao mesmo tempo, ele pode ser homossexual? Ou não tem como um índio ser argentino ou é uma tribo isolada?

Ontem eu vi índio viado aqui sim. Evidência anedota? Eu estava bêbado demais? Ilusão?


Apáte
Não existem índios argentinos homossexuais pelo simples motivo de que NÃO EXISTEM ÍNDIOS ARGENTINOS. Lá nos idos de 1830 e pouco, participaram de uma guerra contra o governo e ficaram do lado perdedor. Os índios que restaram ficaram restritos à região da Terra do Fogo, onde 100 anos depois, atendendo às queixas dos fazendeiros de que os índios não respeitavam suas cercas e propriedades, foram definitivamente exterminados. Só resta deles um filme feito por um repórter.
Da mesma forma, depois da extinção da escravatura negra, surgiu uma estranha doença que só matou os negros.

Assim então, os argentinos proclamam com muito orgulho que são europeus em solo americano. Seu valioso sangue não foi contaminado por aquelas duas "raças inferiores", como aconteceu no Brasil...

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Mais sobre os Índios e bandeirantes...

Outra história inventada é aquela de que houve um conflito entre Índios e portugueses ou entre Índios e brancos.
A sociedade indígena era tribal e desconhecia o conceito de raça. Para os Tupis e a maioria dos outros povos a humanidade se dividia entre a sua própria tribo (ou, estendo-se, a nação, as tribos que falavam a mesma língua) e o resto.
E os portugueses também não eram racistas no conceito moderno do termo (à época, nas guerras coloniais africanas o racismo tomou forma), diferenciando antes cristãos de pagãos ou civilizados de selvagens do que brancos de não brancos.

Os portugueses eram vistos apenas como outra tribo, à qual os Tupis podiam se aliar contra tribos inimigas ou combater junto a outras tribos se parecesse mais vantajoso.

E quanto aos bandeirantes paulistas, a certa altura eles próprios já eram quase tão Índios quanto os próprios. Suas mulheres eram nativas, com o tempo adotaram a Língua Geral, uma mistura de Português e dialetos Tupis-Guaranis, chegando ao ponto de portugueses europeus precisarem de intérpretes para falar com paulistas.

Os bandeirantes também não morriam de amores pelos Jesuítas, contra os quais chegaram a fazer guerra e - notável - os Jesuítas ganharam... Aqueles padres não eram de brincadeira.

Nós, Índios.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Fernando Silva »

Acauan escreveu:Vergonhas há, como o fato de que a Guerra poderia ter sido vencida muito antes se tivéssemos a ousadia de atacar Humaitá ou de episódios tristes, como a Retirada da Laguna ou erros imperdoáveis como a negligência inicial na Batalha do Riachuelo, mas espero que não venham com aquele papo furado sobre o quanto o Império foi malvado e os guaranis vítimas, aqueles Índios sabiam muito bem no que estavam se metendo, correram o risco e pagaram o preço.

Uma das versões é a de que agora só há guaranis porque os europeus morreram na guerra.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Fernando Silva »

Botanico escreveu:Assim então, os argentinos proclamam com muito orgulho que são europeus em solo americano. Seu valioso sangue não foi contaminado por aquelas duas "raças inferiores", como aconteceu no Brasil...

Dizem que os argentinos são italianos que se veem como ingleses e falam espanhol, mas basta olhar para eles para se perceber que os índios ainda estão lá.
Apenas não se consideram índios.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Fernando Silva »

Acauan escreveu:Também não choramingamos o que seria o roubo de nossas terras pelos brancos, como querem alguns.
Eramos guerreiros. Ocupavamos a terra expulsando povos mais fracos e fomos derrotados por um povo mais forte.
Simples assim.

Há exceções:

Canción Del Derrumbe Indio
(Figueredo Iramain)

Juntito a mi corazón,
juntito a mí.
Charango, charanguito,
¡Qué dulce voz!

Ayúdame a llorar
el bien que ya perdí.

Charango, charanguito,
¡Qué dulce voz!

Tuve un Imperio del Sol,
grande y feliz.
El blanco me lo quitó,
charanguito.

Llora mi raza vencida
por otra civilización.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Fernando Silva »

Regina Castro escreveu:Também não entendi o que o Nelson Motta falou sobre a Guerra do Paraguai. O Guia trata de inocentar o Brasil naquela guerra. Diz que o Paraguai era um lugarzinho pobre, que não assustava ninguém, e que o presidente de lá era louco e obcecado por guerras. Fala bastante do Maldita Guerra do Doratioto.

Não deveria assustar ninguém, mas se isolou dos vizinhos e acabou entrando em guerra com eles, que se juntaram para derrotá-lo.
Foi uma guerra longa e violenta.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Fernando Silva escreveu:
Acauan escreveu:Também não choramingamos o que seria o roubo de nossas terras pelos brancos, como querem alguns.
Eramos guerreiros. Ocupavamos a terra expulsando povos mais fracos e fomos derrotados por um povo mais forte.
Simples assim.

Há exceções:

Canción Del Derrumbe Indio
(Figueredo Iramain)


Tenho esta música... Acho que em um album da Mercedes Sosa ou outra bobagem cucaracha comprada nos arroubos da juventude.

BULL SHIT!

Guerreiros honrados não choramingam, a conclusão é óbvia.
Nós, Índios.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Fernando Silva escreveu:
Botanico escreveu:Assim então, os argentinos proclamam com muito orgulho que são europeus em solo americano. Seu valioso sangue não foi contaminado por aquelas duas "raças inferiores", como aconteceu no Brasil...

Dizem que os argentinos são italianos que se veem como ingleses e falam espanhol, mas basta olhar para eles para se perceber que os índios ainda estão lá.
Apenas não se consideram índios.


Quem quiser saber se há índios argentinos que dê uma boa olhada na cara do dom Diego Maradona...

Nós, Índios.

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Re: Guia politicamente incorreto da história do Brasil

Mensagem por Acauan »

Fernando Silva escreveu:
Regina Castro escreveu:Também não entendi o que o Nelson Motta falou sobre a Guerra do Paraguai. O Guia trata de inocentar o Brasil naquela guerra. Diz que o Paraguai era um lugarzinho pobre, que não assustava ninguém, e que o presidente de lá era louco e obcecado por guerras. Fala bastante do Maldita Guerra do Doratioto.

Não deveria assustar ninguém, mas se isolou dos vizinhos e acabou entrando em guerra com eles, que se juntaram para derrotá-lo.
Foi uma guerra longa e violenta.


A Guerra do Paraguai pode ser muito bem entendida com uma simples exposição de alguns números.
Antes da guerra o Império do Brasil tinha mais ou menos dez milhões de habitantes e vinte mil homens alistados no exército, enquanto o Paraguai tinha quatrocentos mil habitantes e oitenta mil homens alistados.

Ou seja, proporcionalmente a mobilização militar do Paraguai era cem vezes maior que a do Império.
Obviamente, tal concentração de forças não era por acaso, Solano Lopez era um maluco megalomaníaco disposto a levar seu país - que já era uma merda - a ruína para realizar seus sonhos de grandeza.

Deu no que deu...

Mas a coisa não foi tão fácil quanto parece.
Para nossa sorte, Solano era um estúpido completo, que começou a guerra antes da entrega de uma frota de couraçados fluviais encomendados à Inglaterra. Graças a esta estupidez, o Império pode bloquear a bacia do Prata com sua armada e decidir o destino da guerra logo de início. Se o imbecil do Solano tivesse esperado a chegada da encomenda poderia combater a Armada Imperial nos seus termos e dar outros rumos ao conflito.

No final venceríamos de qualquer modo, aquela porcaria de país de Índios jamais poderia superar no longo prazo os recursos humanos e materiais muito superiores do Império, mas poderiam nos dar uma tremenda dor de cabeça, muito maior do que deram...


Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Trancado