Filmes devem agradar à quem?
Filmes devem agradar à quem?
Engraçado quando leio críticas à determinados filmes, uns elogiados até a baba por criticos e outros literalmente sentenciados à morte.
Mas afinal, quando se faz um filme ou se escreve um livro, ou (essa vai doer mais em mim que em vocês) se faz uma música, devem agradar à quem? À quem dá lucro ou aos pseudo-literários?
Para que fazer um filme agradável à crítica e que renda poucos milhões de dólares? O que a crítica sabe sobre crítica?
Tenho lido muito sobre o filme Avatar. Se eu fôsse pela crítica, nem deixaria minha filha assistir. Mas este filmeco, avalliado funebremente pela tão literada e letrada crítica de cinema, faturou nada menos que UM BILHÃO DE DÓLARES em desessete dias. UM BILHÃO!
Acho que a crítica cinematográfica deveria se preocupar em criticar filmes chatos e soníferos como O Piano, no lugar de ficarem se estribuchando pelo chão feito velhas gagás que não acompanham a tecnologia nem as nuances da revolução imaginativa.
Mas afinal, quando se faz um filme ou se escreve um livro, ou (essa vai doer mais em mim que em vocês) se faz uma música, devem agradar à quem? À quem dá lucro ou aos pseudo-literários?
Para que fazer um filme agradável à crítica e que renda poucos milhões de dólares? O que a crítica sabe sobre crítica?
Tenho lido muito sobre o filme Avatar. Se eu fôsse pela crítica, nem deixaria minha filha assistir. Mas este filmeco, avalliado funebremente pela tão literada e letrada crítica de cinema, faturou nada menos que UM BILHÃO DE DÓLARES em desessete dias. UM BILHÃO!
Acho que a crítica cinematográfica deveria se preocupar em criticar filmes chatos e soníferos como O Piano, no lugar de ficarem se estribuchando pelo chão feito velhas gagás que não acompanham a tecnologia nem as nuances da revolução imaginativa.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Depende, Johnny.
Se os custos do filme sairá do bolso do produtor, ele tende a agradar o público, e pouco se fode para a crítica. Ninguém quer levar prejuízo, mas isso obviamente não se impede de criar bons filmes. Um blockbuster pode ser um ótimo filme.
Já se for eu, você e todos os outros trouxas que pagarão a conta, o produtor pode se dar ao luxo de fazer uma merda de filme apenas para agradar seus amiguinhos intelectuaus da crítica, mesmo que não dê um só centavo de retorno.
O primeiro modelo é o adotado nos EUA, e o segundo no Brasil.
O que se deve lembrar, embora seja óbvio, é que popularidade não diz nada nem a favor nem contra o filme. Os Beatles foram a banda mais popular do planeta e foram ótimos (mesmo que com músicas simples), já há outros sucessos pops recentes que são uma merda. Nada hoje é mais clichê do que ser anti-pop.
A crítica também não diz muito, já que ela não é unânime, e se for, é porque tem algo errado.
Se os custos do filme sairá do bolso do produtor, ele tende a agradar o público, e pouco se fode para a crítica. Ninguém quer levar prejuízo, mas isso obviamente não se impede de criar bons filmes. Um blockbuster pode ser um ótimo filme.
Já se for eu, você e todos os outros trouxas que pagarão a conta, o produtor pode se dar ao luxo de fazer uma merda de filme apenas para agradar seus amiguinhos intelectuaus da crítica, mesmo que não dê um só centavo de retorno.
O primeiro modelo é o adotado nos EUA, e o segundo no Brasil.
O que se deve lembrar, embora seja óbvio, é que popularidade não diz nada nem a favor nem contra o filme. Os Beatles foram a banda mais popular do planeta e foram ótimos (mesmo que com músicas simples), já há outros sucessos pops recentes que são uma merda. Nada hoje é mais clichê do que ser anti-pop.
A crítica também não diz muito, já que ela não é unânime, e se for, é porque tem algo errado.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
O produtor faz o filme com a intenção de agradar quem está pagando.
Por exemplo, filmes brasileiros com patrocínio do governo são ruins aos olhos do público porque os produtores os fazem com a intenção de agradar os concessores de verbas - velhas gagás da "crítica".
Por exemplo, filmes brasileiros com patrocínio do governo são ruins aos olhos do público porque os produtores os fazem com a intenção de agradar os concessores de verbas - velhas gagás da "crítica".
Re: Filmes devem agradar à quem?
Apáte escreveu:Depende, Johnny.
Se os custos do filme sairá do bolso do produtor, ele tende a agradar o público, e pouco se fode para a crítica. Ninguém quer levar prejuízo, mas isso obviamente não se impede de criar bons filmes. Um blockbuster pode ser um ótimo filme.
Já se for eu, você e todos os outros trouxas que pagarão a conta, o produtor pode se dar ao luxo de fazer uma merda de filme apenas para agradar seus amiguinhos intelectuaus da crítica, mesmo que não dê um só centavo de retorno.
O primeiro modelo é o adotado nos EUA, e o segundo no Brasil.
O que se deve lembrar, embora seja óbvio, é que popularidade não diz nada nem a favor nem contra o filme. Os Beatles foram a banda mais popular do planeta e foram ótimos (mesmo que com músicas simples), já há outros sucessos pops recentes que são uma merda. Nada hoje é mais clichê do que ser anti-pop.
A crítica também não diz muito, já que ela não é unânime, e se for, é porque tem algo errado.
É, isso mesmo, você postou antes.
Re: Filmes devem agradar à quem?
Johnny escreveu:Engraçado quando leio críticas à determinados filmes, uns elogiados até a baba por criticos e outros literalmente sentenciados à morte.
Mas afinal, quando se faz um filme ou se escreve um livro, ou (essa vai doer mais em mim que em vocês) se faz uma música, devem agradar à quem? À quem dá lucro ou aos pseudo-literários?
Há críticos e críticos...
No Brasil é difícil encontrar exemplo melhor que o Ruben Ewald, uma verdadeira enciclopédia viva do cinema, sabe tudo de todos os filmes, citava diretores, atores e roteiristas de memória de qualquer produção antiga que ninguém lembrava nem o título em português e sempre reconhecia um filme minimamente memorável após ver apenas um fotograma ou identificava por nome aquele coadjuvante que todo mundo já viu mas ninguém reconhecia.
E o Ruben Ewald nunca teve esta frescura de torcer o nariz para filmes de diversão. Pelo contrário, entendia muito bem o dualismo do cinema como entretenimento e arte, assim como sabia tanto aplaudir uma comédia popular de bom gosto, bem produzida e verdadeiramente engraçada quanto denunciar filmes pedantes e chatos, feitos para ganhar prêmios pomposos para os quais o público não liga a mínima.
Nestes filmes pedantes o principal é que o crítico saiba realmente explicar o que tem de especial e o Ruben Ewald fazia isto com perfeição, explicando detalhadamente e com simplicidade porque aquele filme chato tem méritos, ao contrários de outros críticos que vão na cola dos elogios dados por colegas europeus e se sentem seguros para se desmanchar em elogios sem saber bem porque estão elogiando.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Bacana, Acauan. Não tenho hábito de ler crítica cinematográfica. No máximo leio um ou outro spoiler escrito por um internauta comum de um Boca do Inferno da vida pra saber se compensar ver o filme.
O cabra então era tipo um PVC dos filmes.
O cabra então era tipo um PVC dos filmes.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Herf escreveu:Por exemplo, filmes brasileiros com patrocínio do governo são ruins aos olhos do público porque os produtores os fazem com a intenção de agradar os concessores de verbas - velhas gagás da "crítica".
E tem também aquela turma que faz filmes brasileiros de olho na seleção para melhor filme estrangeiro do Oscar, apelando para o clichê de que americanos querem ver o lado obscuro do terceiro mundo na tela e aí carregam nas cores cinzentas, como se o Brasil inteiro fosse uma gigantesca periferia de Calcutá.
Um exemplo é um filme até muito bom, Central do Brasil, onde é quase impossível ver um Brasil verdadeiro naquele quadro sombrio que faz este país parecer um lugar onde nunca bate sol ou que ninguém tem automóvel... Mas o final otimista até salva a coisa.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Atualmente a grande maioria dos filmes norte americanos parecem ser feitos para o público adolescente.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Neuromancer escreveu:Atualmente a grande maioria dos filmes norte americanos parecem ser feitos para o público adolescente.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
Adolescentes cabeça de pudim gostam apenas de efeitos.

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Re: Filmes devem agradar à quem?
Neuromancer escreveu:Atualmente a grande maioria dos filmes norte americanos parecem ser feitos para o público adolescente.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
Desde que você não diga que Matrix é mais isso e menos aquilo, tudo bem.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Apo escreveu:Neuromancer escreveu:Atualmente a grande maioria dos filmes norte americanos parecem ser feitos para o público adolescente.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
Adolescentes cabeça de pudim gostam apenas de efeitos.
O problema é que o mercado cinematográfico do grande circuito, as grandes produções dependem de um grande público. Se gostarmos do que a maioria gosta, estamos feitos, mas se tivermos um gosto diferente, estamos perdidos.
Nesse caso prefiro livros, pois podem se dar ao luxo de não agradarem tantos assim e ainda darem lucro. O escritor tem mais liberdade de criar suas histórias sem ter que se preocupar "muito" em agradar a maioria.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Apáte escreveu:Neuromancer escreveu:Atualmente a grande maioria dos filmes norte americanos parecem ser feitos para o público adolescente.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
Desde que você não diga que Matrix é mais isso e menos aquilo, tudo bem.
Considero Matrix o ápice, ele tem exageros e efeitos que se justificam dentro da trama. Como na trama tudo é ilusão, então qualquer coisa é possível, qualquer absurdo tipo homens voarem e saltarem prédios, é plenamente justificado. Considero um dos melhores filmes já feitos.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Essa é a segunda vez que escuto em fórum cético esta história que Avatar é um filme nota dez em efeitos especiais e fraco em trama. Eu queria saber onde está este imenso fracasso de crítica de que o Johnny fala. Segundo consta no artigo sobre o filme na Wikipédia em inglês, um coletador de críticas mostrou que o filme tem avaliação positiva de 83% dos profissionais de crítica, uma marca um pouco melhor do que a de Titanic. Se Avatar é um fracasso de crítica, então Titanic também foi. O filme recebeu indicação para categoria de melhor filme para o Globo de Ouro. Segundo consta no blog do Rubens Ewald, em geral os críticos dizem que ele é um sério candidato a faturar o prêmio nesta mesma categoria no Oscar.
Na verdade, Avatar pode ganhar antipatia daqueles que detestam o eco-sentimentalismo ou daqueles que acham que o filme é um clichê do bom selvagem lutando contra o capitalismo selvagem. Uma análise superficial do filme mostra que a imagem do filme é esta última, como já li numa resenha por aí. Mas o filme não retrata uma luta contra o capitalismo de livre-mercado e sim contra o imperialismo. Ser anti-imperialista não é sinônimo de ser anti-capitalista. Assassinatos e destruição de habitat de seres conscientes nada tem a ver com defesa de direito a propriedade privada.
É uma história que retrata com fidelidade o que já foi feito de bárbaro na história da humanidade e do que pode voltar a acontecer. O romance do filme é menos piegas e até com história mais bonita do que o de Titanic. Se por um lado os diálogos não são o ponto alto do filme, por outro não se pode dizer que estão bem abaixo da média dos melhores filmes do gênero. Enfim, no aspecto global, é um filme altamente recomendável.
E quanto aos críticos? O que importa para um artista é trabalhar para o público. A missão de qualquer artista é dá bom retorno financeiro ao filme, uma vez que os estúdios contratam com o mesmo objetivo de qualquer capitalista. E se Avatar foi o filme que conseguiu o bilhão de dólares mais rápido da história do cinema, então o seu objetivo principal foi cumprido.
Na verdade, Avatar pode ganhar antipatia daqueles que detestam o eco-sentimentalismo ou daqueles que acham que o filme é um clichê do bom selvagem lutando contra o capitalismo selvagem. Uma análise superficial do filme mostra que a imagem do filme é esta última, como já li numa resenha por aí. Mas o filme não retrata uma luta contra o capitalismo de livre-mercado e sim contra o imperialismo. Ser anti-imperialista não é sinônimo de ser anti-capitalista. Assassinatos e destruição de habitat de seres conscientes nada tem a ver com defesa de direito a propriedade privada.
É uma história que retrata com fidelidade o que já foi feito de bárbaro na história da humanidade e do que pode voltar a acontecer. O romance do filme é menos piegas e até com história mais bonita do que o de Titanic. Se por um lado os diálogos não são o ponto alto do filme, por outro não se pode dizer que estão bem abaixo da média dos melhores filmes do gênero. Enfim, no aspecto global, é um filme altamente recomendável.
E quanto aos críticos? O que importa para um artista é trabalhar para o público. A missão de qualquer artista é dá bom retorno financeiro ao filme, uma vez que os estúdios contratam com o mesmo objetivo de qualquer capitalista. E se Avatar foi o filme que conseguiu o bilhão de dólares mais rápido da história do cinema, então o seu objetivo principal foi cumprido.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Neuromancer escreveu:Apáte escreveu:Neuromancer escreveu:Atualmente a grande maioria dos filmes norte americanos parecem ser feitos para o público adolescente.
Possuem grandes efeitos cinematográficos mas o enredo geralmente é fraco. Como o público juvenil se apega mais aos efeitos, temos mais disto e menos daquilo.
Desde que você não diga que Matrix é mais isso e menos aquilo, tudo bem.
Considero Matrix o ápice, ele tem exageros e efeitos que se justificam dentro da trama. Como na trama tudo é ilusão, então qualquer coisa é possível, qualquer absurdo tipo homens voarem e saltarem prédios, é plenamente justificado. Considero um dos melhores filmes já feitos.
Exatamente o que eu penso.
A primeira vez que eu vi Matrix (o primeiro e melhor), assim que saiu em DVD, eu era só um moleque, então fiquei entretidos por causa dos ótimos efeitos especiais (principalmente aquele bullet time que não sei se começou em Matrix, mas só virou clichê depois) e as lutas muito bem coreografadas, mesmo que de maneira diferente dos filmes de Jet Lee (e até menos exageradas que estas). Depois que revi o filme já mais crescido, vi que a história era realmente muito foda, abordando simultaneamente dois temas contemporâneos que julgo bastante interessantes de forma excelente: inteligência artificial e universo virtual (não aqueles universos paralelos malucos dos HQs americanas).
A trilha sonora (Navras) também é excelente.
Mas é claro, sempre surge aquele chato tentando te convencer que máquina do tempo que transporta andróides mas não transporta armamentos é mais legal e coerente.
Isso sem contar os fãs de Star Wars, cruz credo. Deste eu não posso hablar muito, só vi o primeiro filme da série (o primeiro da ordem cronológica, acho que é o 4º na ordem de lançamento, mais uma tosquice da série) (na verdade, acho que vi algum outro Star Wars na infância mas nem lembro). Eu pensei que veria uma história concreta e muito bem elaborada, mas só vi um filme onde há explosões no espaço. Faz mais ou menos um ano que vi e hoje nem lembro mais do que se trata. Achei que parece mais historinha da Turma da Mônica, você lê e no outro dia já esquece, já que não tem muito o que se pensar a respeito.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Huxley escreveu: E quanto aos críticos? O que importa para um artista é trabalhar para o público. A missão de qualquer artista é dá bom retorno financeiro ao filme, uma vez que os estúdios contratam com o mesmo objetivo de qualquer capitalista. E se Avatar foi o filme que conseguiu o bilhão de dólares mais rápido da história do cinema, então o seu objetivo principal foi cumprido.
Eu nem sabia que Avatar tava com essa bola toda. Só fui saber do que se trata o filme depois do tópico do Realidade. Antes disso eu realmente pensava que era um longa daquele anime japa-americano. É, estou mesmo por fora.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Eu vou ao cinema para me divertir, não para me "conscientizar" ou outra babaquice qualquer de esquerda.
Se eu quiser me conscientizar, olho pela janela.
Quanto à critica, se eu fosse me basear nela, não teria assistido quase nada até hoje.
Aliás, o jornal às vezes publica várias críticas diferentes sobre o mesmo filme: uns arrasam com ele, outros elogiam.
Se eu quiser me conscientizar, olho pela janela.
Quanto à critica, se eu fosse me basear nela, não teria assistido quase nada até hoje.
Aliás, o jornal às vezes publica várias críticas diferentes sobre o mesmo filme: uns arrasam com ele, outros elogiam.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Fernando Silva escreveu:Eu vou ao cinema para me divertir, não para me "conscientizar" ou outra babaquice qualquer de esquerda.
Se eu quiser me conscientizar, olho pela janela.
Quanto à critica, se eu fosse me basear nela, não teria assistido quase nada até hoje.
Aliás, o jornal às vezes publica várias críticas diferentes sobre o mesmo filme: uns arrasam com ele, outros elogiam.
Pois é. Nem tenho saudades dos meus tempos de universitária idiota, quando só ia a filmes que a crítica já tivesse levantado ou abaixado o polegar, quando algum imbecil de esquerda fazia propaganda sobre as maravilhas de filmes de apologia vermelha, quando a manada estúpida ficava horas em filas para ver alguma babaquice que gerava fortunas nas bilheterias por conta de marketing milionário.
Fico feliz por não ser saudosista. Tenho até vergonha de ter sido parte da manada.
Eu lembro que o comportamente típico de manada era ficar olhando quantas estrelinhas tinham as cotações dos críticos ( que eu nem sabia quem eram!). Muitas vezes, vi eles discordarem obtusamente entre si. Daí eu ficava fazendo uma média e concordava com o que pensava a maioria deles. Mesmo que a estatística fosse 5X4.
Coisa triste esta faceta da juventude.


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Re: Filmes devem agradar à quem?
A quem deve agradar eu não sei e nem ligo. O que eu quero é um pouco de diversão pra espairecer um pouco.
Uma coisa que eu sempre faço é....se o critico fez uma péssima avaliação de algum filme, é aquele que vou assistir, pois já sei que vou me divertir. (pelo menos na maioria das vezes).

Uma coisa que eu sempre faço é....se o critico fez uma péssima avaliação de algum filme, é aquele que vou assistir, pois já sei que vou me divertir. (pelo menos na maioria das vezes).



Re: Filmes devem agradar à quem?
Fernando Silva escreveu:Eu vou ao cinema para me divertir, não para me "conscientizar" ou outra babaquice qualquer de esquerda.
Se eu quiser me conscientizar, olho pela janela.
Exato. E EU acho que, na maioria das vêzes, a diversão não está na realidade e sim no virtual, na ficção. Não fôsse assim, a Globo não seria a potência que é.
E tudo isso que disseram colocam o ponto em questão que é: Se eu faço um filme, a não ser que eu seja um trilherdário, o faço para ficar rico (ou trilherdário).
Ficção já diz que é ficção ou seja, possui conteúdo não real. Se tiver explicação e base científica, não é ficção.
Vinte mil léguas é ficção. E é um puta de uma obra. Viagem ao centro da terra idem (não este último filme que até eu achei muito idiota). Aliás, até aquele desenho com Allen Saknunsen era melhor que este filme idiota.
E para aquele sem noção que criticou o Star Wars, bem, vá lamber sabão.

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Re: Filmes devem agradar à quem?
Johnny escreveu:
E tudo isso que disseram colocam o ponto em questão que é: Se eu faço um filme, a não ser que eu seja um trilherdário, o faço para ficar rico (ou trilherdário).
E muitos foristas aqui têm cacife pra fazer uma porcaria de filme.
A Bruxa de Blair, por exemplo, custou apenas US$35 mil dólares e rendeu mais de 100 milhões. O pior é que não dá pra saber o que leva tanta gente a assistir um filme tão ruim.
Ou então um filme pornô da máfia (da máfia, não de máfia) de 72 chamado Deep Throat que custou uma mixaria menor ainda e rendeu 600 milhões de dólares. Um dos filmes mais broxantes que já vi.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Fernando Silva escreveu:Eu vou ao cinema para me divertir, não para me "conscientizar" ou outra babaquice qualquer de esquerda.
Se eu quiser me conscientizar, olho pela janela.
Perfeito. Onde é que eu assino?
Tenho verdadeira ojeriza por esses cineastas e críticos brasileiros (com suas exceções sazonais) que tentam desmerecer os filmes norte-americanos com comentários intelectualóides. Não conseguem fazer nada que preste? Fiquem quietos! Já dizia o sábio filósofo: “A inveja é uma merda”.
Re: Filmes devem agradar à quem?
Apáte escreveu:Ou então um filme pornô da máfia (da máfia, não de máfia) de 72 chamado Deep Throat que custou uma mixaria menor ainda e rendeu 600 milhões de dólares. Um dos filmes mais broxantes que já vi.
Sobre Garganta Profunda (ou sua sequência O diabo na carne de Ms. Jones) Ruben Ewald resumiu o filme em uma das frases mais geniais da crítica:
MUITA CELULITE, POUCA CELULÓIDE.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Acauan escreveu:Apáte escreveu:Ou então um filme pornô da máfia (da máfia, não de máfia) de 72 chamado Deep Throat que custou uma mixaria menor ainda e rendeu 600 milhões de dólares. Um dos filmes mais broxantes que já vi.
Sobre Garganta Profunda (ou sua sequência O diabo na carne de Ms. Jones) Ruben Ewald resumiu o filme em uma das frases mais geniais da crítica:
MUITA CELULITE, POUCA CELULÓIDE.





Perfeito.
O segundo só assisti o The New Devil in Miss Jones de 2005 da Vivid com Jenna Jameson protagonizado pela Savana, que com certeza não tem nada a ver com o original.
Fui procurar no Google: http://www.imdb.com/title/tt0033533/
Nem sabia que isso existia.
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Re: Filmes devem agradar à quem?
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:Eu vou ao cinema para me divertir, não para me "conscientizar" ou outra babaquice qualquer de esquerda.
Se eu quiser me conscientizar, olho pela janela.
Exato. E EU acho que, na maioria das vêzes, a diversão não está na realidade e sim no virtual, na ficção. Não fôsse assim, a Globo não seria a potência que é.
E tudo isso que disseram colocam o ponto em questão que é: Se eu faço um filme, a não ser que eu seja um trilherdário, o faço para ficar rico (ou trilherdário).
Ficção já diz que é ficção ou seja, possui conteúdo não real. Se tiver explicação e base científica, não é ficção.
Vinte mil léguas é ficção. E é um puta de uma obra. Viagem ao centro da terra idem (não este último filme que até eu achei muito idiota). Aliás, até aquele desenho com Allen Saknunsen era melhor que este filme idiota.
E para aquele sem noção que criticou o Star Wars, bem, vá lamber sabão.
Os primeiros star wars, feitos no final da década de 70 e início da década de 80, eram muito bons, mas estes feitos nesta década são uma merda. Nunca deveriam ter sido feitos, foram só caça-níqueis.
Não tinham um bom enredo, se aproveitaram da fama dos antigos star wars pra tentarem alavancar uma grana e só.
Fideliter ad lucem per ardua tamen.