Malandros e vagabundos tomam surra histórica no DF

[Botanico]

Bem Gorducho

Pra não ter que ficar refutando item por item, como é meu hábito e que acaba gerando post imensos, vou tentar ser suscinto no que digo.

1) A questão da Justiça. É preciso que ela seja ÁGIL, resolva logo o assunto, pois senão ficamos nessa de que os ricos não são punidos... Mas é porque o advogado pode fazer malabarismos mil para protelar a coisa. No caso como eu citei, dos Hernandes, onde o advogado arrumou testemunhas INEXISTENTES. Neste caso, o advogado deveria ser PUNIDO e o tempo perdido descontado do prazo de prescrição. O advogado tem que defender o seu cliente e não ficar empulhando, pois é claro aí que o cliente é culpado e a única estratégia que sobra é tentar a prescrição por decurso de prazo...

2) No caso aí da polícia, falta INTELIGÊNCIA. Por que é que os Nardoni não conseguiram sair da cadeia apesar de todos os habeas corpos impetrados? Porque DESDE O INÍCIO, o caso foi acompanhado por um promotor que orientou muito bem a polícia para que ela fechasse todas as portas por onde o advogado pudesse achar alguma brecha. E conseguiu. Esses aí não têm mais escapatória.

3) Temos esse problema de polícia civil e polícia militar... Polícia devia ser uma só. Todos sujeitos à mesma autoridade. Policial deve ser muito bem instruído que não adianta trazer um confesso sem provas. Na hora do julgamento, sem provas, o réu é declarado inocente e só resta o choro: _ Polícia prende, justiça solta...

4) Não estou apoiando policial bandido. Se dei essa impressão, corrijo agora. Se o policial é um bandido fardado, que seja punido como bandido que é. O que digo é que na hora de um tiroteio, não dá pra pensar muito. Não sei se a proporção de mortos por você indicada é correta, mas policiais têm campo para praticar tiro. Acho que os traficantes nem sempre têm esse local à disposição, a menos que tenham condições de ir treinar lá com as FARC. Assim então, se os bandidos não sabem atirar bem, acabam mortos quando em confronto com policiais melhor preparados.

5) O sapo barbudo lá justificou a NÃO fiscalização das nossas fronteiras: _ O Brasil tem tantos mil quilometros de fronteira seca e não há condições de se fiscalizar toda essa estensão de terra... E aí é que vem a falta de coordenação entre as polícias. Os caras trazem armas, drogas, contrabando, tudo por locais já há muito conhecidos, mas fazer o que para impedir isso? Sabe, cumpanheiro... As FARC são um projeto bolivariano de respeito e precisam contrabandear as drogas para se sustentarem e assim implantar esse belo projeto que trará justiça social, e resultará numa sociedade mais humana, justa e igualitária... Já ouviu isso antes?

Sacou?

[Mucuna]

Bem, tem mais de um aspecto levantado...

Se a justiça é falha e não atende aos interesses da população, a forma correta e funcional de mudar isto, é reestruturando oficialmente e não defendendo "justiça pelas próprias mãos".

Se falta inteligência na polícia, como exemplificou no caso dos Nardoni, isso não é algo que se corrige dando carta branca para cada policial agir a margem da lei.

Os números apresentados são oficiais da polícia, de onde há mais de um registro de policiais reclamando que nunca entraram num estande de tiro para treinar depois que sairam da academia. Uns, confessam, só o fizeram uma vez. E mesmo em lugares onde a polícia é muito bem treinada, não há registro de números tão incríveis a "favor" da polícia. Entre aspas pois na verdade depõem contra.

O ponto que eu queria esclarecer é que quando se defende que o estado (no caso, polícia) pode agir a margem da lei contra pessoas a margem da lei, vc não cria um ambiente de mais justiça e segurança, cria-se um ambiente fértil para marginais, é óbvio! A realidade escancara isso na cara de todos, apesar de a maioria, por estar "cansada da violencia", apoia que o policial seja, ALEGADAMENTE, um justiceiro.

Engraçado que os números de mortes são absurdos, assim como é nítido o aumento da criminalidade, mostrando que o "mas eram bandidos" ser uma fórmula quese volta contra a sociedade.

De novo: estimular que policiais ajam a margem da lei (marginais), só ajuda os que se beneficiam da criminalidade.