douglas hines, criador de roxxxy, apresenta sua invenção na adult entertainment expo, em las vegas

LAS VEGAS - Um empresa de Nova Jersei garante ter desenvolvido o "primeiro robô sexual do mundo", uma boneca de borracha em tamanho real, criada para conversar com o usuário e não ficar apenas na ação. Durante uma demonstração na Adult Entertainment Expo, que aconteceu em Las Vegas na mesma semana da ces 2010 , Roxxxy, um robô de cabelos pretos, avental e calcinha, dizia "eu adoro segurar as suas mãos", quando seu criador a tocava.
Outras ações, impublicáveis, davam origem a diferentes respostas de Roxxxy. O nível de sofisticação por enquanto é o mesmo de bonecos falantes para crianças, mas o robô tem mais inteligência do que isso. Há um laptop conectado a suas costas com sensores de movimento em posições estratégicas. Mas Roxxxy não se move sozinha, nem mesmo para virar a cabeça ou os lábios.
Douglas Hines, fundador da True Companion LLC, diz que Roxxxy pode levar adianta conversas simples. O objetivo, segundo ele, é que o robô seja alguém com quem o usuário possa conversar e se relacionar.
- O sexo vai até um certo limite e a partir daí você quer conversar com a pessoas - afirma Hines.
As frases demonstradas eram pré-gravadas, mas o robô também será capaz de sintetizar sentenças a partir de sons e palavras gravados, diz Hines. O laptop receberá atualizações pela internet para expandir as capacidade e vocabulário da máquina. Uma vez que o criador da boneca é um fã de futebol, ela já é capaz de discutir a performance do Manchester United.
Usuários poderão escolher diferentes personalidades para Roxxxy, como "Wendy Selvagem" ou "Farrah Frígida. O robô custará entre US$ 7 mil e US$ 9 mil, incluindo o laptop e deve começar a ser vendido nos próximos meses.
Uma empresa japonesa chamada Honey Dolls já vende robôs de tamanho humano que falam frases pré-gravadas, mas os sensores de Roxxxy e sua capacidade de fala parecem ser mais sofisticadas.
Hines diz que teve a ideia de criar o robô após a morte de um amigos nos ataques de 11 de setembro de 2001. A tragédia fez com que ele pensassem em formas de preservar a personalidade de uma pessoa, para que seus filhos tivessem a oportunidade de interagir com ela. Procurando por aplicações comerciais de personalidades artificiais, primeiro ele considerou a hipótese de criar uma enfermeira doméstica para idosos.
- Mas para isso precisaria enfrentar uma burocracia tremenda e resolver questões regulatórias. Então procurei outros mercados - afirma.
Mas o objetivo da empresa ainda é levar as personalidades artificiais para uma audiência mais ampla, além do mercado de brinquedos sexuais, garante ele.
- O robô sexual é marketing - diz Hines.