Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
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Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Assinam o documento personalidades como Antonio Candido, Luis Fernando Veríssimo e Emir Sader
SÃO PAULO - Intelectuais do Brasil e do exterior divulgaram nesta sexta-feira, 23, um manifesto em defesa dos Movimento dos Sem-Terra (MST) e contra a CPI criada nesta semana para investigar supostas irregularidades na repasse de verbas públicas para a organização. De acordo com o documento, está em curso no Brasil "um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST". No fundo, diz o texto, "prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira".
Entre os signatários do manifesto aparecem os escritores Eduardo Galeano, do Uruguai, e Luiz Fernando Veríssimo. Também estão na lista o crítico literário e professor aposentado Antonio Candido, o cientista político Chico de Oliveira e o filósofo Paulo Arantes. Até o final da tarde de desta sexta-feira, cerca de cem pessoas já haviam assinado o manifesto, que está circulando por diversos países. Em Portugal ele ganhou a adesão do sociólogo Boaventura de Souza Santos, um dos ideólogos do Fórum Social Mundial.
O manifesto critica a cobertura dada pela mídia à destruição de um laranjal da empresa Cutrale por militantes do MST, semanas atrás, no interior de São Paulo. "A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça", diz o texto. E mais adiante acrescenta: "Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários, desejando produzir alimentos."
O manifesto foi redigido por um grupo de apoiadores do MST no Rio. Quando começou a circular ganhou rapidamente adesões em universidades brasileiras e do exterior. Segundo o sociólogo Ricardo Antunes, da Unicamp, um dos signatários do documento, o MST é respeitado internacionalmente como um dos movimentos sociais mais importantes do mundo. "É inaceitável a iniciativa de criminalizá-lo e empurrá-lo para a clandestinidade", disse ele ao Estado. "É inaceitável também que este Congresso, que chegou ao fundo do poço e cujo presidente tenta cercear o trabalho da imprensa, impedindo a divulgação de informações sobre sua família, se julgue no direito de policiar e tentar sufocar o movimento."
O texto endossa a tese defendida pela liderança do MST de que o principal objetivo da CPI é tirar do foco o debate sobre a revisão dos índices de produtividade no País, que estão em vigor desde 1975. "A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim disponível para a reforma agrária."
Leia a íntegra do manifesto
Manifesto em defesa do MST
Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais
As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. [esse alguns foram só milhares...]
Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra. [é muito cara-de-pau o sujeito afirmar isso... PQP!]
Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.
Bloquear a reforma agrária
Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola [será que os assentados por meio do "muvimentu suçial" do MST também passaram pela revisão dos índices de produtividade? E por que diabos eles não deveriam passar?] - cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 - e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário é deslocado dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.
O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.
Concentração fundiária
A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.
Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano. [e disso tudo quais são os crimes do MST? Estão incluindo as assassinatos que o ministro da justiça chamou de "ação mais arrojada"?]
Não violência
A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária. [isso aqui é piada...]
É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.
Contra a criminalização das lutas sociais
Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
Assinam esse documento:
Eduardo Galeano - Uruguai
István Mészáros - Inglaterra
Ana Esther Ceceña - México
Boaventura de Souza Santos - Portugal
Daniel Bensaid - França
Isabel Monal - Cuba
Michael Lowy - França
Claudia Korol - Argentina
Carlos Juliá - Argentina
Miguel Urbano Rodrigues - Portugal
Carlos Aguilar - Costa Rica
Ricardo Gimenez - Chile
Pedro Franco - República Dominicana
Brasil:
Antonio Candido
Ana Clara Ribeiro
Anita Leocadia Prestes
Andressa Caldas
André Vianna Dantas
André Campos Búrigo
Augusto César
Carlos Nelson Coutinho
Carlos Walter Porto-Gonçalves
Carlos Alberto Duarte
Carlos A. Barão
Cátia Guimarães
Cecília Rebouças Coimbra
Ciro Correia
Chico Alencar
Claudia Trindade
Claudia Santiago
Chico de Oliveira
Demian Bezerra de Melo
Emir Sader
Elias Santos
Eurelino Coelho
Eleuterio Prado
Fernando Vieira Velloso
Gaudêncio Frigotto
Gilberto Maringoni
Gilcilene Barão
Irene Seigle
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Ivan Pinheiro
José Paulo Netto
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Luis Fernando Veríssimo
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Luis Acosta
Lucia Maria Wanderley Neves
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Marcelo Freixo
Marilda Iamamoto
Mariléa Venancio Porfirio
Mauro Luis Iasi
Maurício Vieira Martins
Otília Fiori Arantes
Paulo Arantes
Paulo Nakatani
Plínio de Arruda Sampaio
Plínio de Arruda Sampaio Filho
Renake Neves
Reinaldo A. Carcanholo
Ricardo Antunes
Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
Roberto Leher
Sara Granemann
Sandra Carvalho
Sergio Romagnolo
Sheila Jacob
Virgínia Fontes
Vito Giannotti
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 5561,0.htm
Assinam o documento personalidades como Antonio Candido, Luis Fernando Veríssimo e Emir Sader
SÃO PAULO - Intelectuais do Brasil e do exterior divulgaram nesta sexta-feira, 23, um manifesto em defesa dos Movimento dos Sem-Terra (MST) e contra a CPI criada nesta semana para investigar supostas irregularidades na repasse de verbas públicas para a organização. De acordo com o documento, está em curso no Brasil "um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST". No fundo, diz o texto, "prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira".
Entre os signatários do manifesto aparecem os escritores Eduardo Galeano, do Uruguai, e Luiz Fernando Veríssimo. Também estão na lista o crítico literário e professor aposentado Antonio Candido, o cientista político Chico de Oliveira e o filósofo Paulo Arantes. Até o final da tarde de desta sexta-feira, cerca de cem pessoas já haviam assinado o manifesto, que está circulando por diversos países. Em Portugal ele ganhou a adesão do sociólogo Boaventura de Souza Santos, um dos ideólogos do Fórum Social Mundial.
O manifesto critica a cobertura dada pela mídia à destruição de um laranjal da empresa Cutrale por militantes do MST, semanas atrás, no interior de São Paulo. "A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça", diz o texto. E mais adiante acrescenta: "Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários, desejando produzir alimentos."
O manifesto foi redigido por um grupo de apoiadores do MST no Rio. Quando começou a circular ganhou rapidamente adesões em universidades brasileiras e do exterior. Segundo o sociólogo Ricardo Antunes, da Unicamp, um dos signatários do documento, o MST é respeitado internacionalmente como um dos movimentos sociais mais importantes do mundo. "É inaceitável a iniciativa de criminalizá-lo e empurrá-lo para a clandestinidade", disse ele ao Estado. "É inaceitável também que este Congresso, que chegou ao fundo do poço e cujo presidente tenta cercear o trabalho da imprensa, impedindo a divulgação de informações sobre sua família, se julgue no direito de policiar e tentar sufocar o movimento."
O texto endossa a tese defendida pela liderança do MST de que o principal objetivo da CPI é tirar do foco o debate sobre a revisão dos índices de produtividade no País, que estão em vigor desde 1975. "A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim disponível para a reforma agrária."
Leia a íntegra do manifesto
Manifesto em defesa do MST
Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais
As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. [esse alguns foram só milhares...]
Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra. [é muito cara-de-pau o sujeito afirmar isso... PQP!]
Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.
Bloquear a reforma agrária
Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola [será que os assentados por meio do "muvimentu suçial" do MST também passaram pela revisão dos índices de produtividade? E por que diabos eles não deveriam passar?] - cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 - e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário é deslocado dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.
O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.
Concentração fundiária
A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.
Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano. [e disso tudo quais são os crimes do MST? Estão incluindo as assassinatos que o ministro da justiça chamou de "ação mais arrojada"?]
Não violência
A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária. [isso aqui é piada...]
É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.
Contra a criminalização das lutas sociais
Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.
Assinam esse documento:
Eduardo Galeano - Uruguai
István Mészáros - Inglaterra
Ana Esther Ceceña - México
Boaventura de Souza Santos - Portugal
Daniel Bensaid - França
Isabel Monal - Cuba
Michael Lowy - França
Claudia Korol - Argentina
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Cátia Guimarães
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Ciro Correia
Chico Alencar
Claudia Trindade
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Demian Bezerra de Melo
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Gaudêncio Frigotto
Gilberto Maringoni
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Luis Fernando Veríssimo
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Marcelo Freixo
Marilda Iamamoto
Mariléa Venancio Porfirio
Mauro Luis Iasi
Maurício Vieira Martins
Otília Fiori Arantes
Paulo Arantes
Paulo Nakatani
Plínio de Arruda Sampaio
Plínio de Arruda Sampaio Filho
Renake Neves
Reinaldo A. Carcanholo
Ricardo Antunes
Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
Roberto Leher
Sara Granemann
Sandra Carvalho
Sergio Romagnolo
Sheila Jacob
Virgínia Fontes
Vito Giannotti
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 5561,0.htm
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Soldados do BOPE sobre BOPE
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
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- Fernando Silva
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
"Intelectuais"?
E daí?
Não há "intelectuais" de direita?
Tudo o que se baseia na ideologia esquerdista é inatacável?
Um ex-integrante da quadrilha relatou que caiu em desgraça perante as lideranças porque se esperava que ele morresse no confronto e produzisse um mártir, mas ele correu da raia.
Invadir não é violência, mas sim qualquer tentativa de impedir essa invasão?
E daí?
Não há "intelectuais" de direita?
Tudo o que se baseia na ideologia esquerdista é inatacável?
A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio.
Um ex-integrante da quadrilha relatou que caiu em desgraça perante as lideranças porque se esperava que ele morresse no confronto e produzisse um mártir, mas ele correu da raia.
Invadir não é violência, mas sim qualquer tentativa de impedir essa invasão?
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Veríssimo? Que vergonha! Menos um na minha lista de decentes.
Tá mas e aí?
Vamu brincar de CPI ( ou CPMI, como alguns estão dizendo...)?
Mais um jeito de tentar aparecer pra opinião pública comedora de minhoca.
Os "intelectuais" ( Lula no meio, claro), primeiro apóiam o crime, depois deixam a coisa pegar fogo, pra que os miguxos dele se rebelem e, com isto, ele ainda sái de estadista democrático, chefiando um governo onde todos podem se expressar contra ou a favor. TODO MUNDO QUERENDO APARECER. O que menos interessa é apurar a verdade, punir, moralizar.
Palmas pro país mais sério e livre do mundo!!!
Tá mas e aí?
Vamu brincar de CPI ( ou CPMI, como alguns estão dizendo...)?
Mais um jeito de tentar aparecer pra opinião pública comedora de minhoca.
Os "intelectuais" ( Lula no meio, claro), primeiro apóiam o crime, depois deixam a coisa pegar fogo, pra que os miguxos dele se rebelem e, com isto, ele ainda sái de estadista democrático, chefiando um governo onde todos podem se expressar contra ou a favor. TODO MUNDO QUERENDO APARECER. O que menos interessa é apurar a verdade, punir, moralizar.
Palmas pro país mais sério e livre do mundo!!!

Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Alguém aí sabe me dizer qual é a definição de "intelectual"? Certamente não "pessoa inteligente"...
Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Botanico escreveu:Alguém aí sabe me dizer qual é a definição de "intelectual"? Certamente não "pessoa inteligente"...
Intelectual, no sentido aplicável às pessoas citadas, é todo aquele que tem por profissão uma atividade intelectual, como escrever ou lecionar.
Neste sentido, pouco importa se o que escreve é uma merda e se só ensina besteira, como é o caso da maioria naquela lista.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
O motivo de esta cambada de safados, intelectuais ou não, estar subindo nas tamancas é que o povo brasileiro - sim, o povo brasileiro - considera o MST exatamente o que é, um bando de vândalos vagabundos liderados por vagabundos metidos a revolucionários.
Já era assim antes do episódio da Cutrale e a divulgação da última onda de barbárie da quadrilha só reforçou a repulsa popular.
O povo brasileiro não gosta de vagabundo, nem de bandido. Quem gosta dos dois é a ralé imunda que se diz intelectual e assina listas como esta de defesa do MST, se arrogando falar em nome de um povo enquanto defendem tudo que este mesmo povo é contra.
A melhor imagem desta corja vem de quando invadiram a fazenda da família do presidente Fernando Henrique Cardoso e a primeira coisa que fizeram foi roubar o estoque de bebidas da casa e encher a cara até não sobrar uma gota de álcool em toda propriedade. Depois quebraram tudo, claro.
Não é exatamente a imagem de propaganda que o MST divulga, quando então exibe as famílias buchas de canhão cujo papel no movimento é exibir na TV sua cara sofrida.
E haja mentira e deturpação no tal manifesto.
Primeiro que a Cutrale já apresentou na justiça as provas de posse legal das terras.
Depois, mesmo que não fosse, desde quando em países democráticos uma pendência judicial dá direito a milícias invasoras assumir o papel de juiz, juri e executor, concedendo a si próprio o direito de destruir o que não lhe agrada?
A realidade dos fatos pode ser aferida por algumas perguntas simples:
- Qual a produção intelectual relevante dos signatários da lista, cuja obra magna que tem para mostrar é "O Analista de Bagé"?
- Quantos safados assinaram o manifesto e quantos brasileiros nas ruas e no campo condenam o MST? Se alguém contar, teremos uma propourção de milhões para cada.
- Se os signatários daquela listas fossem, digamos, abduzidos por um disco voador, alguém daria pela falta?
Já era assim antes do episódio da Cutrale e a divulgação da última onda de barbárie da quadrilha só reforçou a repulsa popular.
O povo brasileiro não gosta de vagabundo, nem de bandido. Quem gosta dos dois é a ralé imunda que se diz intelectual e assina listas como esta de defesa do MST, se arrogando falar em nome de um povo enquanto defendem tudo que este mesmo povo é contra.
A melhor imagem desta corja vem de quando invadiram a fazenda da família do presidente Fernando Henrique Cardoso e a primeira coisa que fizeram foi roubar o estoque de bebidas da casa e encher a cara até não sobrar uma gota de álcool em toda propriedade. Depois quebraram tudo, claro.
Não é exatamente a imagem de propaganda que o MST divulga, quando então exibe as famílias buchas de canhão cujo papel no movimento é exibir na TV sua cara sofrida.
E haja mentira e deturpação no tal manifesto.
Primeiro que a Cutrale já apresentou na justiça as provas de posse legal das terras.
Depois, mesmo que não fosse, desde quando em países democráticos uma pendência judicial dá direito a milícias invasoras assumir o papel de juiz, juri e executor, concedendo a si próprio o direito de destruir o que não lhe agrada?
A realidade dos fatos pode ser aferida por algumas perguntas simples:
- Qual a produção intelectual relevante dos signatários da lista, cuja obra magna que tem para mostrar é "O Analista de Bagé"?
- Quantos safados assinaram o manifesto e quantos brasileiros nas ruas e no campo condenam o MST? Se alguém contar, teremos uma propourção de milhões para cada.
- Se os signatários daquela listas fossem, digamos, abduzidos por um disco voador, alguém daria pela falta?
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
E o mais importante.
A maior prova da safadeza deste manifesto contra a CPI do MST é por que ser contra uma investigação quando se é inocente.
Se é mentira que o MST recebe verbas irregulares do governo federal, o movimento deveria ser o primeiro a defender a realização da CPI para provar ao Brasil que está sendo vítima de uma campanha de difamação e poder denunciar publicamente seus detratores.
Como ocorre o contrário, os revolucionários rurais correm para se esconder da opinião pública atrás da barra da saia de um grupelho de celebridades ditas letradas, fazendo o que podem para boicotar o inquérito.
O mesmo pode-se dizer do partido do governo.
Se não tem nada a esconder, qual o problema da CPI?
Todo mundo sabe as respostas.
A maior prova da safadeza deste manifesto contra a CPI do MST é por que ser contra uma investigação quando se é inocente.
Se é mentira que o MST recebe verbas irregulares do governo federal, o movimento deveria ser o primeiro a defender a realização da CPI para provar ao Brasil que está sendo vítima de uma campanha de difamação e poder denunciar publicamente seus detratores.
Como ocorre o contrário, os revolucionários rurais correm para se esconder da opinião pública atrás da barra da saia de um grupelho de celebridades ditas letradas, fazendo o que podem para boicotar o inquérito.
O mesmo pode-se dizer do partido do governo.
Se não tem nada a esconder, qual o problema da CPI?
Todo mundo sabe as respostas.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
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Dá que ouçamos tua voz!
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- Apo
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Governos de esquerda só apreciam intelectuais ( ? ) quando é para jogar na cara da direita ( a quem eles chamam pejorativante de elite e de intelectual) que algum tipo de "inteligência" os apóia em seus crimes, como no caso de tentar barrar investigações. Mesmo que se saiba que tudo vai terminar em pizza, o negócio é usar a retórica.
Agora eles mesmos impõem o presidente e o relator e a intelectualidade volta a ser um defeito da oposição malévola e golpista.
Também não se entende porque tanto pavor de um CPI, se tudo está sendo feito dentro da Lei e da moral.
Mesmo que não estivesse, eles já não sabem que dá tudo em pizza? Alguma CPI no Brasil puniu alguém até hoje? Esta gente gosta de fazer carnaval político, na falta de coisa melhor com o que se ocupar...
Agora eles mesmos impõem o presidente e o relator e a intelectualidade volta a ser um defeito da oposição malévola e golpista.
Também não se entende porque tanto pavor de um CPI, se tudo está sendo feito dentro da Lei e da moral.
Mesmo que não estivesse, eles já não sabem que dá tudo em pizza? Alguma CPI no Brasil puniu alguém até hoje? Esta gente gosta de fazer carnaval político, na falta de coisa melhor com o que se ocupar...
Editado pela última vez por Apo em 26 Out 2009, 11:56, em um total de 1 vez.

- zumbi filosófico
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
''intelectuais'' escreveu:Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 - e viabilizar uma CPI sobre o MST. [...] A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Xico Graziano escreveu:Após a Constituição de 1988, mudou a lei agrária. Desapareceram as antigas denominações do latifúndio, substituídas pela nova caracterização econômica da grande propriedade: produtiva ou improdutiva. Até hoje, entretanto, o conceito histórico, tão marcante, permanece sendo utilizado. E, infelizmente, deformado.
João Pedro Stédile, ideólogo do MST, caracteriza atualmente o latifúndio como a propriedade rural que, embora cultivando café, soja, cana, eucalipto, ou utilizada na pecuária, ocupe área superior a mil hectares. Ponto. Não interessa se utiliza tecnologia, paga bem aos empregados ou conserva o solo. Importa apenas o tamanho, aliás, bem abaixo dos antigos latifúndios "por dimensão".
Ora, o modelo agrícola do País, ainda concentrador, pode ser criticado. Mas o latifúndio sempre caracterizou relações atrasadas de produção, mau uso da terra, servilismo. Confundir a empresa capitalista no campo com a propriedade oligárquica entorpece o raciocínio. Latifúndio produtivo soa ilógico.
''intelectuais'' escreveu:Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.
Xico Graziano escreveu:[...] Mais tarde, a birra, agora já comandada pelos neo-revolucionários do MST, avançou contra as grandes fazendas de pecuária. E depois contra as plantações de soja. A idéia básica permaneceu a mesma: assentado que se preze deve produzir a subsistência, roça diversificada, um pouco de tudo, arroz com feijão, milho para a galinha caipira, uma hortinha, o porco na lavagem, leite na teta da vaca... Nostalgia rural.
Escudando-se nessa tese, as autoridades do Incra deram a ordem de despejo para 12 famílias, entre os 176 assentados em Araraquara. Desobedientes, elas haviam se especializado na produção de cana-de-açúcar. Pelas recomendações oficiais, apenas metade da terra, no máximo, poderia receber o doce plantio do açúcar.
A situação não é específica do conflituoso assentamento Bela Vista. Vários outros projetos de reforma agrária apresentam casos semelhantes. O problema nem é restrito às áreas de reforma agrária. O plantio de cana-de-açúcar oferece boa rentabilidade e atrai os pequenos agricultores em geral. Afinal, embora modestos, eles também desejam ganhar dinheiro, trocar de carro, estudar os filhos. Enfim, progredir na vida.
Pense bem. Qual o objetivo último da reforma agrária? Tornar, simplesmente, o sem-terra um agricultor, para que padeça as agruras da terra ou, mais além, garantir-lhe condições dignas de existência? Ora, na economia de mercado, importa a renda, não a terra. Impedir o assentado de buscar rentabilidade, atrás da cana-de-açúcar ou qualquer outra atividade, é defender o atraso.
Quem comunga esse pensamento obscurantista, que obriga a reforma agrária a cuidar da subsistência básica, deveria ele próprio pegar na enxada e plantar um palmo de roça. Arregaçar a camisa e cultivar no sol. Os urbanóides, a começar de certas lideranças políticas dos sem-terra, formulam regras sem conhecimento realista, nem prático, do assunto.
No passado, época do Brasil rural, as fazendas e sítios eram auto-suficientes. Produzia-se o gostoso pão-nosso-de-cada-dia. A economia monetária estava incipiente. Mas, aos poucos, tudo mudou. As pessoas se mudaram para a cidade, e a roça de subsistência acabou trocada pela gôndola do supermercado. Agricultor nenhum planta mais arroz e feijão para comer, prefere comprar. Chega melhor, e mais barato, no almoço.
Com a modernização da agropecuária, seguindo a tendência da economia geral, forçou-se a especialização do trabalho. E, sabidamente, a escala de produção interfere nos custos. Dessa forma, manter uma roça de subsistência, para aliviar o orçamento doméstico, funciona quando existir trabalho ocioso na propriedade rural. Fora disso, não faz sentido.
Proibir que os assentados de reforma agrária dediquem-se àquilo que mais dá dinheiro, obrigando-os a produzir alimentos básicos, representa um grande equívoco, burrice das grossas. Pior, condena o (ex)sem-terra à vida miserável, um autoritarismo disfarçado. [...]
Xico Graziano escreveu:[...] A biotecnologia, incontestavelmente, trabalha a favor da redução dos pesticidas agrícolas. O fato, objetivo, recebeu o primeiro atestado oficial quando, em 2003, no processo de votação da Medida Provisória 131, o núcleo agrário do PT solicitou um relatório sobre a matéria. Visita em campo, relatada na Comissão de Agricultura, confirmava as vantagens agronômicas da nova tecnologia. Por isso os pequenos agricultores gaúchos a adotavam, contrabandeando-a da Argentina.
Foram, na época, arrolados 12 aspectos positivos. Incluíam a redução no uso de herbicidas, aumento na praticidade da lavoura, economia de combustível, redução de perdas e maior liberdade do trabalho rural. Anotava ainda o reaparecimento de pequenos mamíferos, aves e peixes nas redondezas dos campos de produção. “Um banho de realidade”, conforme se expressou a agrônoma Maria Thereza Pedroso, responsável pelo relatório petista.
Xico Graziano escreveu:O problema não está restrito à Hiléia. No Paraná, a antiga Fazenda Araupel, com 33 mil hectares de Mata Atlântica, repleta de centenárias araucárias, está agonizando nas mãos do MST. Em 18 anos de história, foi o maior desmatamento identificado pela SOS Mata Atlântica. Culpa do Incra.
Na área de proteção ambiental de Guaraqueçaba, litoral paranaense, desde 2003 um grupo de invasores exige as terras, segundo eles, abandonadas. Até a Ministra Marina Silva, sempre tão quieta com temor do patrulhamento petista, já se manifestou contrária ao projeto de assentamento. Os sem-terra, todavia, não desistem. Dizem que, entremeado ao mosaico protegido da região lagunar-estuarina, vão instalar um projeto agroecológico. Será crível?
Ora, a visão ecológica dos invasores de terra está próxima de zero. Nem poderia ser diferente. Com a fábrica de sem-terras montada no país pelo MST e congêneres, os pretendentes da reforma agrária compõem-se de pessoas excluídas da sociedade, desqualificadas no mercado de trabalho, desajustados urbanos. No velho marxismo, a eles se denominam lumpenproletariado, incapazes de obter consciência revolucionária. Imagine entender o aquecimento global.
Incautos se perdoam. Os lideres, todavia, são lúcidos, politizados. Arquitetam muito bem seus atos. Misturam o sonho da revolução socialista com uma espécie de fundamentalismo à moda fascista. Assim cresceram, alimentando-se da subserviência dos miseráveis. Agora temperam seu discurso com pitadas de ecologia. Buscam, inteligentemente, antenar-se, na palavra, com o reclamo atual da opinião pública. [...]

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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
João Pedro Stédile, ideólogo do MST, caracteriza atualmente o latifúndio como a propriedade rural que, embora cultivando café, soja, cana, eucalipto, ou utilizada na pecuária, ocupe área superior a mil hectares. Ponto. Não interessa se utiliza tecnologia, paga bem aos empregados ou conserva o solo. Importa apenas o tamanho, aliás, bem abaixo dos antigos latifúndios "por dimensão".
Se o Stédile fala, assim é a lei.

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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Acauan escreveu:O povo brasileiro não gosta de vagabundo, nem de bandido. Quem gosta dos dois é a ralé imunda que se diz intelectual e assina listas como esta de defesa do MST, se arrogando falar em nome de um povo enquanto defendem tudo que este mesmo povo é contra.
"O povo gosta de luxo. Quem gosta de pobreza é intelectual" - Joãozinho Trinta.
Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Acho que boa parte desta gente não tem o menor pudor em se lançar nesse mar de esgoto e nadar de braçada com intuito de resgatar o MST com a bóia salvadora da impostura intelectual, evitando que este afunde em seus próprios dejetos fétidos, por duas razões bem simples:
- Ou são um bando de "ilustres desconhecidos" que põe a cara para bater porque ninguém mesmo dá a mínima para sua existência e o fato de encabeçar uma lista de vigaristas intelectuais pode render ainda reconhecimento positivo entre outros tantos vigaristas intelectuais ou já são reverenciados em seu próprio meio de convívio por serem exatamente o que são: um bando de vigaristas intelectuais.
- Ou são um bando de "ilustres desconhecidos" que põe a cara para bater porque ninguém mesmo dá a mínima para sua existência e o fato de encabeçar uma lista de vigaristas intelectuais pode render ainda reconhecimento positivo entre outros tantos vigaristas intelectuais ou já são reverenciados em seu próprio meio de convívio por serem exatamente o que são: um bando de vigaristas intelectuais.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Podem ser simplesmente alienados, que honestamente acreditam no que estão dizendo, apesar de enganados pelos porta-vozes do MST, tal como talvez a maior parte dos integrantes.

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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
LULA E DILMA SÃO TROGLODITAS AMBIENTAIS
24/10/2009 | Paulo G. M. de Moura
Recentemente o presidente Lula comemorou o fato de não haver nenhum candidato troglodita de direita disputando a Presidência da República em 2010. Confesso que Lula me deixa confuso com muita coisa que diz. No meu conceito, trogloditas de direita e de esquerda não gostam de eleições e, quando as disputam e vencem, como Hugo Chávez, por exemplo, a quem Lula tanto preza; usam a democracia para destruir a liberdade dos cidadãos.
No meu conceito, trogloditas de direita, no Brasil, se os há, ou estão em casa de pijama, com saudades da ditadura militar, ou se aliaram a Lula, e frequentam os convescotes palacianos em intimidades com o atual presidente, inimagináveis entre Jesus Cristo e Judas, por exemplo.
Mas, meu assunto hoje, são os trogloditas ambientais. Esses ainda os há em profusão, no meio social, político e empresarial. Trata-se de pessoas que, por má fé ou ignorância, não entenderam que o impacto da ação humana sobre o planeta atingiu o nível da ameaça real à sobrevivência não apenas da espécie humana, mas da vida Terra mesmo.
Pouca gente sabe que existe no meio acadêmico uma divergência de fundo entre cientistas especializados na questão do clima, sobre a questão do aquecimento global. Contra os que acham que as catástrofes recentes resultam do impacto da ação humana (queima e lançamento de gases na atmosfera, poluição, etc.), há os que acham que estamos vivendo um processo cíclico natural. A natureza, dessa forma, produziria ciclos alternados resfriamento e aquecimento da atmosfera da Terra, com as respectivas e inevitáveis conseqüências.
Bem; se nem os cientistas que se debruçam sobre a questão são capazes de chegar a um consenso sobre a origem das catástrofes ambientais recentes e crescentes, quem seremos nós, comuns mortais, para tomar posição num debate de natureza tão complexa?
A Ciência tal como a conhecemos tem cerca de 300 anos e é uma poderosa ferramenta de produção de conhecimentos. Mas, também nesse caso, revela-se poderosíssima em sua capacidade de demonstrar o quanto ainda ignoramos a dinâmica do funcionamento da natureza, e limitadíssima em sua capacidade de explicar o desconhecido.
Pessoalmente adoto alguns critérios para tomar posição em situações como essa. Em primeiro lugar, não deixo que o preconceito se transforme em obstáculo à consideração de explicações advindas de outras formas de conhecimento que não se estruturem da mesma forma que a Ciência Ocidental. Os orientais se valem de uma “lei geral do comportamento” muito semelhante à Terceira Lei de Newton, a Lei da Ação e Reação, da Física, que diz que “a toda ação corresponde uma reação igual e contrária”.
Ora, se a humanidade tornou-se tão numerosa, tão rapidamente, e se produz tanto lixo; consome tanta energia e lança tantos gases na atmosfera, como imaginar que isso não causaria algum tipo de reação proporcional da natureza em sentido oposto à agressão sofrida?
Outro procedimento que adoto provém do vício da Análise Política. Quem são os maiores consumidores de bens; queimadores de combustíveis, lançadores de CO2 na atmosfera e produtores de lixo do mundo? Quem, até muito recentemente, mais resistia a mudar seus padrões de consumo, de emissões de gases na atmosfera, de produção de energia e lixo?
A resposta é mesma: os norteamericanos; os europeus e os chineses.
E o que estamos assistindo desde a eleição de Barak Obama?
Os governantes dessas e outras nações importantes do mundo mudaram de posição e, noves fora a retórica, parecem assustados e pressionados a agir rapidamente para evitar alguma catástrofe ambiental iminente, e de grandes proporções.
Ao analista político não resta outra conclusão que não a seguinte: ninguém tem informações mais qualificadas do que o presidente dos EUA, ou líderes da União Européia e da China sobre a questão clima no mundo atual. E, se eles mudaram rapidamente de posição e estão agindo assim, é porque sabem de algo que nós, comuns mortais não sabemos. E eles talvez não queiram que saibamos, pois se soubermos a pressão política sobre eles será descomunal.
Mas, a nós brasileiros, a pergunta que cabe é: e Lula que nos governa? Com que Lula está preocupado? Lula só quer saber de liberar obras com irregularidades. Lula pensa que é Cristo e que é certo se aliar a Judas! A cabeça política de Lula foi torneada pelo marxismo cristão de Frei Beto. Para quem, como Lula, foi ensinado que Cristo e Marx tem algo em comum, nada a estranhar, quando diz que Cristo, no Brasil, deveria se aliar a Judas para governar.
O marxismo nasceu da crítica ao capitalismo inglês do século XIX. A análise de Marx até tem passagens interessantes, mas, seu receituário para a sociedade justa e igualitária redundou em fracasso comprovado em todo lugar em que foi testado. Não nasceu outro Marx capaz de elaborar uma crítica sistêmica ao capitalismo do século XXI.
Gostem ou não os adoradores do estado patrimonialista, em regozijo pela recente crise do mercado global, o fato é que, apesar de tudo e até prova em contrário, na comparação das eficiências de um sistema econômico contra o outro, o capitalismo venceu o socialismo. Isso está provado, como está provado que o industrialismo estatal, socialista ou socialdemocrata, é tão ou mais predador do que o capitalismo burro, que despreza o fator humano e ambiental na sua contabilidade de custos.
Mas, o capitalismo poderá destruir o planeta se os capitalistas não perceberem, e rápido, que produzir em harmonia com a natureza pode dar lucro, e é muito mais inteligente. Resta-nos humanizar o capitalismo e botar inteligência ambiental em sua lógica. Urgente! Os ricos do mundo já descobriram.
Lula e Dilma; não.
http://www.professorpaulomoura.com.br/i ... 6&cod=4501
24/10/2009 | Paulo G. M. de Moura
Recentemente o presidente Lula comemorou o fato de não haver nenhum candidato troglodita de direita disputando a Presidência da República em 2010. Confesso que Lula me deixa confuso com muita coisa que diz. No meu conceito, trogloditas de direita e de esquerda não gostam de eleições e, quando as disputam e vencem, como Hugo Chávez, por exemplo, a quem Lula tanto preza; usam a democracia para destruir a liberdade dos cidadãos.
No meu conceito, trogloditas de direita, no Brasil, se os há, ou estão em casa de pijama, com saudades da ditadura militar, ou se aliaram a Lula, e frequentam os convescotes palacianos em intimidades com o atual presidente, inimagináveis entre Jesus Cristo e Judas, por exemplo.
Mas, meu assunto hoje, são os trogloditas ambientais. Esses ainda os há em profusão, no meio social, político e empresarial. Trata-se de pessoas que, por má fé ou ignorância, não entenderam que o impacto da ação humana sobre o planeta atingiu o nível da ameaça real à sobrevivência não apenas da espécie humana, mas da vida Terra mesmo.
Pouca gente sabe que existe no meio acadêmico uma divergência de fundo entre cientistas especializados na questão do clima, sobre a questão do aquecimento global. Contra os que acham que as catástrofes recentes resultam do impacto da ação humana (queima e lançamento de gases na atmosfera, poluição, etc.), há os que acham que estamos vivendo um processo cíclico natural. A natureza, dessa forma, produziria ciclos alternados resfriamento e aquecimento da atmosfera da Terra, com as respectivas e inevitáveis conseqüências.
Bem; se nem os cientistas que se debruçam sobre a questão são capazes de chegar a um consenso sobre a origem das catástrofes ambientais recentes e crescentes, quem seremos nós, comuns mortais, para tomar posição num debate de natureza tão complexa?
A Ciência tal como a conhecemos tem cerca de 300 anos e é uma poderosa ferramenta de produção de conhecimentos. Mas, também nesse caso, revela-se poderosíssima em sua capacidade de demonstrar o quanto ainda ignoramos a dinâmica do funcionamento da natureza, e limitadíssima em sua capacidade de explicar o desconhecido.
Pessoalmente adoto alguns critérios para tomar posição em situações como essa. Em primeiro lugar, não deixo que o preconceito se transforme em obstáculo à consideração de explicações advindas de outras formas de conhecimento que não se estruturem da mesma forma que a Ciência Ocidental. Os orientais se valem de uma “lei geral do comportamento” muito semelhante à Terceira Lei de Newton, a Lei da Ação e Reação, da Física, que diz que “a toda ação corresponde uma reação igual e contrária”.
Ora, se a humanidade tornou-se tão numerosa, tão rapidamente, e se produz tanto lixo; consome tanta energia e lança tantos gases na atmosfera, como imaginar que isso não causaria algum tipo de reação proporcional da natureza em sentido oposto à agressão sofrida?
Outro procedimento que adoto provém do vício da Análise Política. Quem são os maiores consumidores de bens; queimadores de combustíveis, lançadores de CO2 na atmosfera e produtores de lixo do mundo? Quem, até muito recentemente, mais resistia a mudar seus padrões de consumo, de emissões de gases na atmosfera, de produção de energia e lixo?
A resposta é mesma: os norteamericanos; os europeus e os chineses.
E o que estamos assistindo desde a eleição de Barak Obama?
Os governantes dessas e outras nações importantes do mundo mudaram de posição e, noves fora a retórica, parecem assustados e pressionados a agir rapidamente para evitar alguma catástrofe ambiental iminente, e de grandes proporções.
Ao analista político não resta outra conclusão que não a seguinte: ninguém tem informações mais qualificadas do que o presidente dos EUA, ou líderes da União Européia e da China sobre a questão clima no mundo atual. E, se eles mudaram rapidamente de posição e estão agindo assim, é porque sabem de algo que nós, comuns mortais não sabemos. E eles talvez não queiram que saibamos, pois se soubermos a pressão política sobre eles será descomunal.
Mas, a nós brasileiros, a pergunta que cabe é: e Lula que nos governa? Com que Lula está preocupado? Lula só quer saber de liberar obras com irregularidades. Lula pensa que é Cristo e que é certo se aliar a Judas! A cabeça política de Lula foi torneada pelo marxismo cristão de Frei Beto. Para quem, como Lula, foi ensinado que Cristo e Marx tem algo em comum, nada a estranhar, quando diz que Cristo, no Brasil, deveria se aliar a Judas para governar.
O marxismo nasceu da crítica ao capitalismo inglês do século XIX. A análise de Marx até tem passagens interessantes, mas, seu receituário para a sociedade justa e igualitária redundou em fracasso comprovado em todo lugar em que foi testado. Não nasceu outro Marx capaz de elaborar uma crítica sistêmica ao capitalismo do século XXI.
Gostem ou não os adoradores do estado patrimonialista, em regozijo pela recente crise do mercado global, o fato é que, apesar de tudo e até prova em contrário, na comparação das eficiências de um sistema econômico contra o outro, o capitalismo venceu o socialismo. Isso está provado, como está provado que o industrialismo estatal, socialista ou socialdemocrata, é tão ou mais predador do que o capitalismo burro, que despreza o fator humano e ambiental na sua contabilidade de custos.
Mas, o capitalismo poderá destruir o planeta se os capitalistas não perceberem, e rápido, que produzir em harmonia com a natureza pode dar lucro, e é muito mais inteligente. Resta-nos humanizar o capitalismo e botar inteligência ambiental em sua lógica. Urgente! Os ricos do mundo já descobriram.
Lula e Dilma; não.
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
"O Globo" 26/10/09
Excesso ou regra?
DENIS LERRER ROSENFIELD
É de estarrecer a reação de nossas autoridades frente à destruição operada pelo MST quando da invasão do laranjal da Cutrale. Aparentemente, as nossas autoridades condenaram o ocorrido, utilizando expressões do seguinte tipo: “Não vou admitir vandalismos”, “excessos” são condenados, “a lei” deve ser respeitada. Alguns defensores mais afoitos chegaram a dizer que o MST jamais utiliza “violência” em suas ações. É como se tudo estivesse normal, tratando-se de um acidente de percurso. É como se o rio tivesse saído momentaneamente de seu curso, tendo, depois, voltado ao seu normal. Na verdade, vivenciamos um inacreditável surto de hipocrisia.
Esse movimento dito social, na verdade uma organização política de corte leninista, teve de recuar, dada a repercussão midiática de seus atos, transmitida pelo “Jornal Nacional” da Rede Globo. Ficaram imobilizados pela condenação recebida. Procuraram, então, responsabilizar a “direita”, o “governo estadual” (leia-se Serra), os “meios de comunicação”, os “ruralistas”, os “policiais” e assim por diante. Chegaram a falar de indivíduos infiltrados. Só faltou inventar uma invasão de marcianos tendo como objetivo “criminalizar os movimentos sociais”.
A questão central reside em que se trata do modo de atuação “normal” do MST. Ele não cometeu nenhum excesso, fez meramente aquilo que sempre faz. Essa é a regra mesma de sua atuação. A única diferença consiste na filmagem, no eco imediato e em uma opinião pública que já não mais compactua com invasões. As invasões estão mostrando a sua verdadeira cara, que é não pacífica.
Refresquemos a nossa memória ou tomemos conhecimento de alguns fatos, embora tardiamente.
O importante, em todo caso, é que comecemos a ver o que se escancara diante de nossos olhos.
A Fazenda Coqueiros, no Rio Grande do Sul, altamente produtiva, tendo sido esse fato reconhecido pelo próprio Incra e pela Ouvidoria Agrária Nacional, de 2004 a 2008, foi objeto de ataques sistemáticos.
Para se ter uma ideia do que lá aconteceu, apresento uma lista dos danos causados: dois caminhões incendiados, 200 bovinos abatidos a tiros, cem desaparecidos, uma serraria totalmente queimada e destruída, uma usina hidrelétrica, no valor de 1 milhão de reais, completamente depredada, 11 casas incendiadas, 150 hectares de soja queimados, 50 hectares de milho queimados, plantadoras depredadas, dois tratores danificados com dinamite, máquinas colheitadeiras sabotadas com espigões de ferro, 1.200.000 de cercas depredadas, funcionários ameaçados, pontilhões queimados. Não há uma semelhança com a Cutrale? Trata-se, certamente, de uma amostra de “invasões pacíficas” do MST! Dá vontade de rir, não fosse trágico.
Segundo documento do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em abril de 2008, a Fazenda Southall, em São Gabriel, foi invadida por 850 integrantes do MST. Eis o resultado de mais uma ação “pacífica” dessa organização política em nome da “reforma agrária”: cercas arrancadas, corte de mata nativa, a área invadida foi cercada com lanças infectadas de fezes humanas (uso, portanto, de uma tática de guerrilha), trincheiras, destruição da sede. Continuo: os bretes da propriedade foram inutilizados, impedindo o banho e a vacinação dos animais, morte de 46 bovinos de aprimoramento genético, crueldade com animais, privando-os de alimentos e água.
Foram apreendidos os seguintes “objetos”: nove coquetéis Molotov, 81 foices, 16 facões, 32 facas, 20 estilingues, quatro machados, 70 bastões de madeira, 28 taquaras “tipo lanças” e 15 foguetes.
Claro que se trata, segundo o MST, de “instrumentos” de trabalho! A pergunta é: de qual tipo de trabalho? O das invasões? O Horto da Aracruz, em Barra do Ribeiro (RS), foi invadido em 2006, tendo obtido ampla repercussão — e condenação — nacional. As invasoras foram 2 mil mulheres encapuzadas, apresentandose como militantes da Via Campesina, braço internacional do MST. Encapuzadas como bandidos que agem fora da lei. Também se falava de “vandalismo”, embora, como sempre, o MST tenha “justificado” sua ação em supostos termos “ambientais” e “sociais”.
Relembremos a “regra” das invasões: 1 milhão de mudas prontas para o plantio de eucaliptos foram destruídas, 20 anos de pesquisas prejudicados, um laboratório foi depredado, empregados foram ameaçados, instalações destruídas, material genético perdido. Isto é chamado, na língua emessista, “ocupação pacífica”! E há quem acredite!
Agora mesmo, mulheres do MST e da Via Campesina, dos dias 18 a 25 de outubro, estão reunidas em Buenos Aires, no Congresso Mundial de Florestas, tendo como objetivo a “repulsa à expansão de projetos de monoculturas de árvores, celulose e papel”. É novamente esse setor que se torna alvo dessas organizações políticas, procurando fazer passar a mensagem do politicamente correto com o intuito de estabelecer seus propósitos “socialistas”, de “solidariedade humana”, esse novo nome que serve como máscara de seus verdadeiros fins.
O capitalismo é o alvo: “Em nome do lucro, esse tipo de desenvolvimento mantido pelo sistema capitalista patriarcal destrói a vida de homens e mulheres, assim como a vida dos demais seres.” Novas invasões já estão sendo, portanto, anunciadas. Não deu certo midiaticamente com a Cutrale? Tentemos novamente com o setor de florestas plantadas, papel e celulose!
Parece que não aprendem. Ou melhor, não querem aprender, pois o seu objetivo consiste em inviabilizar o agronegócio e, de modo mais abrangente, o estado de direito. A lei, para esse tipo de organização política, nada vale, sendo apenas um instrumento descartável. A democracia apenas lhes convém, porque lhes permite um amplo leque de ações. Contam com a leniência das autoridades e com a impunidade para continuarem o seu caminho de abolição de uma sociedade baseada nas liberdades e na igualdade de oportunidades. Em boa hora foi aprovada, pelo Congresso, a CPI do MST.
DENIS LERRER ROSENFIELD é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Essa quadrilha tem que passar a ser tratada exatamente como o que é: um grupo terrorista.
Um grupo de criminosos que manipula massas, pratica ações criminosas e que nem existência legal possui, em qualquer país é tratado assim; só no Brasil que acaba sendo visto como ente de expressão política e é convidado a participar de projetos do governo, que ainda acaba "financiando" suas ações ilegais.
E ainda angaria um bando de esquerdinhas imbecis, ops, intelectuais de esquerda para tentar justificar ideologicamente suas ações (terroristas) revolucionárias...
Um grupo de criminosos que manipula massas, pratica ações criminosas e que nem existência legal possui, em qualquer país é tratado assim; só no Brasil que acaba sendo visto como ente de expressão política e é convidado a participar de projetos do governo, que ainda acaba "financiando" suas ações ilegais.
E ainda angaria um bando de esquerdinhas imbecis, ops, intelectuais de esquerda para tentar justificar ideologicamente suas ações (terroristas) revolucionárias...
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Luis Fernando Veríssimo???
Eu-não-acredito! Eu era fã desse FDP! Se ainda fosse alguém com modesta capacidade intelectual, poderíamos deduzir ignorância. Como se trata de um escritor, alguém reconhecidamente inteligente, não podemos nos apegar a essa desculpa. Resta o caráter.
Que pena. Eu o acreditava honrado.
Eu-não-acredito! Eu era fã desse FDP! Se ainda fosse alguém com modesta capacidade intelectual, poderíamos deduzir ignorância. Como se trata de um escritor, alguém reconhecidamente inteligente, não podemos nos apegar a essa desculpa. Resta o caráter.
Que pena. Eu o acreditava honrado.
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Ayyavazhi escreveu:Luis Fernando Veríssimo???
Eu-não-acredito! Eu era fã desse FDP! Se ainda fosse alguém com modesta capacidade intelectual, poderíamos deduzir ignorância. Como se trata de um escritor, alguém reconhecidamente inteligente, não podemos nos apegar a essa desculpa. Resta o caráter.
Que pena. Eu o acreditava honrado.
Também fiquei pasma. Veja o que faz a ideologia na cabeça de uma pessoa.

Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
O MST e seu esquadrão de puxa-sacos esquerdistas formam um conluio Orwellino, no melhor estilo 1984, no qual querem convencer a todos de que guerra é paz, liberdade é escravidão e ignorância é força. Além de tentarem impor o doublethink, a aceitação passiva do absurdo.
Dizer que as milícias invasoras são adeptas da não-violência é fingir que gangsteres como João Pedro Stédile e José Rainha são reencarnações do mahatma Ghandi.
O culto ao absurdo desta gente é tão descarado, que denunciam um complô da mídia ao mostrar as cenas da destruição dos laranjais da Cutrale, ao mesmo tempo em que defendem que não há nada de errado em destruir os laranjais da Cutrale.
Oras bolas... Se não há nada de errado, qual o problema em mostrar a cena?
Dizer que as milícias invasoras são adeptas da não-violência é fingir que gangsteres como João Pedro Stédile e José Rainha são reencarnações do mahatma Ghandi.
O culto ao absurdo desta gente é tão descarado, que denunciam um complô da mídia ao mostrar as cenas da destruição dos laranjais da Cutrale, ao mesmo tempo em que defendem que não há nada de errado em destruir os laranjais da Cutrale.
Oras bolas... Se não há nada de errado, qual o problema em mostrar a cena?
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
É porque mostraram a cena de forma deturpada.
A posição das nuvens, só para citar um exemplo, prejudica a interpretação do ocorrido.
As cenas foram feitas de maneira simplista para ludibriar o telespectador que assiste em casa.
Tinha que ter mostrado que apesar de estarem destruindo uma plantação sem nenhum motivo aparente, eles não são vândalos.
A posição das nuvens, só para citar um exemplo, prejudica a interpretação do ocorrido.
As cenas foram feitas de maneira simplista para ludibriar o telespectador que assiste em casa.
Tinha que ter mostrado que apesar de estarem destruindo uma plantação sem nenhum motivo aparente, eles não são vândalos.
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- Jack Torrance
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Jack Torrance escreveu:Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.
viewtopic.php?f=1&t=20516
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
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- user f.k.a. Cabeção
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Re: Intelectuais fazem manifesto contra CPI do MST
Pelo menos serve como um banco de dados de vigaristas.
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