Botanico escreveu:Massimo Polidoro, viu-se obrigado a mentir para defender a fé cética. Ele comentou sobre a pesquisa que Crookes fez com Ana Eva Fay, servindo-se de uma declaração de Houdini, a quem supostamente ela teria confessado qual foi o truque e Polidoro afirma enfaticamente: - Não há dúvidas que tal truque ocorreu. - Quando li esse artigo, até fiquei um pouco confuso, mas nunca imaginei que Crookes fosse infalível. Até porque Polidoro, malandramente, a apresentou como uma ilusionista de teatro, e portanto versada em truques. Só que quando li o relatório original de Crookes, que inclusive é citado por Polidoro, aí então meu respeito pelas proclamações de racionalidade, inteligência, sagacidade e outros elogios que os céticos se autoconcedem ficaram no mesmo nível das proclamações de honestidade vindas do Mulla.
Ensjo escreveu:Desconheço o caso, mas falaste um monte e não entendi que parte estás dizendo que era mentira (Ana ser uma ilusionista?).
Bem, então para você entender a história e os motivos pelos quais dou pouca consideração aos argumentos da comunidade cética, então vou lhe contar o caso. Primeiro vai aí o artigo de Massimo Polidoro. Veja o que acha dele. Depois eu posso comentar outros trechos do que você me escreveu.A mentalista que iludiu William Crookes
http://www.findarticles.com/p/articles/ ... i_58545669Entre 1870 e 1874 o eminente cientista William Crookes conduziu uma série de experiências controversas com alguns dos mais notáveis médiuns da época. Um episódio demonstra o indubitável fracasso de Crookes em descobrir um artifício evidente. Tal aconteceu quando Crookes lidou com Annie Eva Fay, uma personagem interessante, agora completamente esquecida, que merece para ser lembrada.
Entre 1870 e 1874, William Crookes, descobridor do tálio, inventor do radiômetro, desenvolvedor do tubo de Crookes, investigador pioneiro dos efeitos da radiação, Membro da Sociedade Real, e mais tarde nomeado Cavaleiro, efetuou uma série de experiências com alguns dos médiuns mais notáveis da época. D. D. Home, possivelmente o maior de todos médiuns, foi estudado por Crookes e declarado genuíno, tal como Florence Cook, uma jovem mulher especializada na materialização de uma fantasma denominada "Katie King"; Kate Fox, uma das fundadoras do Espiritualismo, e que mais tarde confessou fraude; Mary Rosina Showers, outra jovem médium de materialização; e Annie Eva Fay, uma artista de Vaudeville (Brandon 1984; Polidoro 1995).
Pairam algumas dúvidas muito fortes sobre a validade destas investigações; por exemplo, tem-se dito que Crookes, casado, tinha um caso amoroso com Florence, e que as experiências eram apenas um ardil para seus encontros (Hall 1984). Supõe-se uma cumplicidade de Crookes com a médium, ou sua incompetência para efetuar experimentos científicos confiáveis em Espiritualismo, coisas que estão em debate até hoje. Há, contudo, pelo menos um episódio que demonstra, sem dúvidas, o fracasso de Crookes em descobrir um evidente artifício quando se deparou com ele. Tal aconteceu quando Crookes lidou com Annie Eva Fay, uma pessoa interessante, hoje completamente esquecida, e que merece para ser lembrada.
O "Fenômeno Indescritível"
Annie Eva Heathman nascida em Southington, Ohio, em 1850 (ela preferiu manter a data em segredo). Saiu de casa bem jovem e mostrou-se interessada em teosofia e misticismo. Uma vez ela relatou ter si tornado aluna de Mme. Blavatsky, residido com ela e ajudando-a em seus trabalhos. Quando Annie partiu, junto com um belo rufião(?), que lhe foi apresentado por Mme. Blavatsky, Annie teve que ganhar sua própria vida e decidiu ir ao palco como uma leitora de mentes, uma especialidade com a qual se apresentou até a sua última apresentação em Milwaukee, em 1924.
Sua primeira apresentação pública como artista psíquica ocorreu num prédio escolar em New Portage, Ohio. Quando ela se casou com seu primeiro marido, Henry Cummings Melville Fay, um auto-proclamado médium, ambos decidiram trabalhar juntos no palco e mostraram um desempenho intrigante.
Annie sentava-se num tamborete, num gabinete aberto na frente, e alguns voluntários, supervisionados por Melville Fay, a amarravam ao tamborete. Um amarrava seu pulso esquerdo, no centro de uma longa tira de pano, com muitos nós, uns em cima de outros; um segundo voluntário fazia o mesmo com seu pulso esquerdo. Ela tinha suas mãos postas atrás das costas e eles uniam as duas tiras juntas e as amarraram num anel de arreio, que estava firmemente chumbado num poste vertical atrás do gabinete. Outro pedaço de fita era amarrada atrás do pescoço da médium, e as pontas eram presas num grampo mais alto no mesmo poste. Uma ponta de uma longa corda era enrolada ao redor seus tornozelos; a outra era segura por um espectador durante a apresentação que se seguia.
Depois de Annie parecer entrar em transe, Melville Fay colocava um aro em seu colo e fechava a cortina à frente do gabinete. Um segundo depois ele abria a cortina: o aro agora estava no pescoço de Annie. Retirado o aro, ele colocava um violão no colo da esposa, fechava a cortina e sons eram ouvidos pelo dedilhar das cordas. Assim que ele abriria a cortina, a música parava e o violão caía ao chão. A mesma coisa acontecia com outros instrumentos musicais. Outros fenômenos seguintes: as unhas eram presas a prego num bloco de madeira e bonecas de papel apareciam recortadas de um pedaço de papel. Finalmente, uma faca foi colocada em colo do Annie. Embora a cortina fosse fechada para só alguns segundos, os espíritos aparentemente tiveram tempo para cortar seus laços. Ela levantava-se e ia à frente, para exibir os numerosos laços (Christopher 1975).
Os Fays fizeram fama em sua demonstração como "O Fenômeno Indescritível," nunca proclamaram abertamente ser caso de intervenção espiritual. Realmente, era uma apresentação típica de ilusionismo, introduzida inicialmente por Laura Ellis, os passos seguintes de outras apresentações semelhantes, como os Davenports e o "Gabinete Espiritual" (Polidoro 1998), combinaram o escapismo com temas espiritualistas. Uma reprodução perfeita do "Fenômeno Indescritível" ainda está sendo executada hoje em dia pelos mentalistas Glenn Falkenstein e as Frances Willard. Annie era ousada o bastante para apresentar truques e ilusões junto seu ato principal: um "Lenço Espiritual Dançante," uma "Mão batedora," e uma "Levitação" foram incluídos nos anos em diante seu programa.
Por algum tempo, na América, suas apresentações foram consideradas um exemplo real de Espiritualismo. Emma Hardinge, uma médium e historiadora de Espiritualismo, em seu livro Modern American Spiritualism (1870), declarou que fraudes de Melville Fay foram "abertamente expostas pelos próprios Espiritualistas"; John W Truesdell, um cético da época, concordou que Fay era uma safada. Parece claro que alegações de Annie eram ajustadas ao seu público: quando lidava com espiritualistas, ela invocava poderes mediúnicos, e quando representava num teatro, ela deixava que o público a julgasse, uma atitude igualmente adotada por outros mentalistas da época, com so Piddingtons.
Cientistas e Mágicos
Quando os Fays foram a Londres em junho de 1874, os anúncios para suas apresentações no Queen's Concert Rooms, Hanover Square, mencionaram "entretenimentos incluindo sessões espíritas na luz e às escuras todos os dias", "manifestações misteriosas" e "uma série de efeitos estonteantes", porém, não havia sugestão alguma de que eles tivessem qualquer relação com o Espiritualismo. Todavia, Annie acreditou que ela era mesma uma médium de efeitos físicos.
Imediatamente, ela começou a receber a atenção de vários investigadores psíquicos; F. W. H. Myers, por exemplo, mais tarde ser um dos principais fundadores da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, expressou seu interesse numa "investigação extensa da mediunidade da Sra. Fay" William Crookes, entretanto declarou claramente que ele queria ser o primeiro a examiná-la
Em um comentário interessante de Myers, feito em carta a seu colega Sidgwick, aquele menciona Crookes e o cita como "o leão não se permitirá ser privado de seu filhote _ nem o filhote de seu leão," sugerindo que Crookes estaria tentando fazer de Eva sua protegida pessoal e que ela não se opunha assumir tal papel (Dingwall 1966).
Foi por essa época que John Nevil Maskelyne e George Alfred Cooke, dois famosos ilusionistas britânicos que tinham seu próprio teatro em Egyptian Hall e que já haviam expostos os truques usados pelos irmãos Davenport, incluíram em seu espetáculo "Uma sessão indescritível" com Cooke, amarrado da mesma maneira dos americanos, duplicando seus feitos.
Seria possível neutralizar esta exposição já que Annie Eva Fay, uma artista de teatro que se encontrava no centro de atenção de um corpo de homens de eminente saber literário e científico, estava sendo tratada como uma "médium" a quem era necessário "investigar," sucumbisse à tentação e aceitasse seu novo papel. Se os investigadores psíquicos estavam determinados a ver se ela era mesmo uma médium, então ela concordaria e tiraria bom proveito disto enquanto pudesse. Assim restabeleceria sua reputação e obteria mais interesse do público para os seus espetáculos.
As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os "testes elétricos de Crookes," feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875).
Para estas sessões, Cromwell F. Varley, outro membro da Royal Society, forneceu um circuito de controle elétrico, uma versão ligeiramente modificada do que foi usado por Crookes com a médium Florence Cook. Para ter certeza que a médium, sentada em um gabinete cortinado, não podia deslizar seus laços, Crookes pediu-lhe que apertasse ambas as manivelas ligadas a uma bateria, construída de forma que o marcador cairia a 0 caso a corrente fosse interrompida, o que aconteceria se ela soltasse qualquer uma das manivelas. Fay conseguiu, de alguma maneira, produzir suas manifestações, entretanto o contato permaneceu constante.
Para uma sessão ulterior, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o sistema elétrico de controle, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (? – o correto seria dizer fechado). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não poderia ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que se poderia ser usada uma tira de pano mais longa ou algum outro tipo de resistor.
O sucesso destas experiências deu alento à excursão de Annie pelas províncias inglesas; porém, quando ela deu abertura em Birmingham, em maio, era novamente descrita como o "Fenômeno Indescritível" e seu espetáculo era visto como um entretenimento (Dingwall 1966). Aparentemente, ao final de sua excursão, seu gerente estava insatisfeito com o fato que as investigações dos cientistas não produziram qualquer ganho adicional a seus bolsos, e escreveu para J. N. Maskelyne sugerindo organizar uma exposição pública da sua ex-cliente. Ele ofereceu para revelar como as experiências de Crookes foram fraudadas por uma soma significativa de dinheiro. Maskelyne recusou a oferta, então o empresário escreveu-lhe novamente, apresentando-lhe Srta Lottie Fowler, outra mística excelente, que podia fazer os truques de Fay e fez uma excursão, seguindo a mesma rotina de Annie quando esta deixou a Inglaterra.
Exposições e Confissão
A exposição das apresentações de Annie ocasionalmente apareceram na imprensa. Em 12 de abril de 1876, Washington Irving Bishop, um antigo membro da companhia americana de artistas de Fay, e posteriormente tornou-se ele próprio um dos maiores mentalistas de toda região, revelou ao New York Daily Graphic como truques dela eram realizados. A despeito da exposição, ela continuou trabalhando com o sucesso habitual e reintroduziu o ato da leitura de mentes em seu programa. Os blocos eram distribuídos e membros do público eram convidados por seu marido a escrever perguntas, assinar seus nomes, destacar e dobrar as folhas e segurar os pedaços de papel dobrados em suas mãos. Depois, Annie, vendada, predizia corretamente o conteúdo das folhas de papel e respondia as perguntas escritas neles. Ela chamou esta parte do espetáculo de "Somnolency" adaptado de "Somnomancy," o nome Samri S. Baldwin, "The White Mahatma" foi dado ao ato que ele inventou.
Em 1906 H. A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos de truque usados pela Srta Fay em seus testes de leitura de boletos, descrevendo a preparação dos blocos e o uso de cúmplices no meio do público. Esta "exposição" era desnecessária, desde que naquele momento ela estava declarando em seu programa que pessoas crédulas e tolas não deviam ser influenciadas pela sua apresentação, uma vez que ela "não era uma médium espiritualista" e não existia nada "de sobrenatural ou milagroso" em sua apresentação.
Era o máximo das negativas de qualquer poder sobrenatural, exposições adicionais acontecidas em fevereiro de 1907, quando Professor W. S. Barnickel descreveu alguns de seus métodos e em janeiro de 1911, quando Albini, o mágico, expôs seu "ato de Somnolency; ainda assim, os teatros públicos lotavam aonde ela se apresentava.
Seu filho, John T. Fay, casado com Anna Norman, uma das assistentes do espetáculo da Eva, saíram de casa e ele e a esposa fizeram seu próprio negócio "Os Fays". Quando John morreu em 1908, sua viúva fez seu próprio espetáculo e chamou ela mesma de "Sra. Eva Fay, A Alta Sacerdotisa de Misticismo."
Obviamente, Annie ficou ressentida por ela usar uma nomenclatura tão semelhante à sua própria, mas nunca tomou ação legal para fazê-la parar.
Em 1912 Annie visitou a Europa novamente e quando ela chegou a Londres, onde ela se apresentou no Coliseum, os espiritualistas ainda estavam prontos a se maravilharem de seus poderes sobrenaturais. Um deles, J. Hewat McKenzie, anunciou que ele podia descobrir o segredo da Eva: ele disse que suas manifestações eram feitas por um pequeno par de mãos e braços materializados, semelhantes ao de um macaco, e estes protraíram-se de seu tórax. Ele sabia disso porque pôde sentir "o cheiro de odor da emanação do matéria psico-plástica" durante uma apresentação. Este mesmo homem anunciara anteriormente que ele soube que Houdini executava suas fugas: por "desmaterializar seu corpo," naturalmente (Doyle 1930).
Durante sua visita, o ilusionista e investigador psíquico Eric J. Dingwall, que a descreveu como " com de uma aparência extremamente cativante e olhos azuis perfeitos e cintilantes" eram bem sucedida em conseguir seu propostos e elegeram como a primeira Honorary Lady Associate of the Magic Circle (Dingwall 1966).
Nos onze anos seguintes ela continuou a atrair grandes multidões onde quer se apresentasse. Devido a um acidente, ela fez sua apresentação final em Milwaukee em 1924. Em julho do mesmo ano ela recebeu uma visita de Harry Houdini.
Houdini a considerou "uma das mais inteligentes médiuns da história" e a apresentou como "um límpido diamante branco" cabelo e olhos penetrantes, dos quais "grandes raias de inteligência relampejariam dentro e fora." "É uma pequena maravilha" observou ele, "aquela com sua personalidade ela podia mistificar os gigantes mentais das épocas — tanto da nossa, como das passadas" (Silverman 1996).
Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. "Ela falou livremente de seus métodos," registrou Houdini. "Nunca em qualquer momento ela deu a entender que acreditava em Espiritualismo." Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma manivela da bateria em baixo de sua articulação do joelho, mantendo assim o circuito fechado, mas deixando uma mão livre para fazer as coisas que ele pedira.
Um ano mais tarde ela anunciou seu plano de deixar as dez casas de sua propriedade em Melrose Heights reservadas para atores e atrizes pobres, mas morreu em 20 de maio de 1927, antes de efetivar os detalhes finais de seu projeto.
A revelação de Annie Eva Fay a Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
Brooks-Smith relata o seguinte: "não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço juntos através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão, sem produzir qualquer movimento grande no indicador do galvanômetro." Num segundo teste, ele "virou ambos os eletrodos para baixo sucessivamente introduzindo-os em minhas meias, de forma que minhas mãos estavam livres sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro." Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva, mas também "a explicação de nota de rodapé do Houdini em 1924 (pág. 102) de que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos que constituíam-se num soberano de ouro e papel salino de um pulso e o segurou na dobra de seu joelho" (Brooks-Smith 1965).
Não existe mais dúvida, agora, de que aquele artifício realmente aconteceu durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda é obscuro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico e estava disposto a testar todas elas, ainda que fossem fraudes evidentes como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.
Massimo Polidoro é Diretor de Executivo de CICAP (o Comitê italiano para a Investigação de Reivindicações do Paranormal), representante europeu para a Fundação de James Randi Educacional, autor de vários livros que lida com exame crítico de reivindicações paranormais e um estudante diplomado em psicologia na Universidade de Pádua. Ele está trabalhando atualmente em um projeto para Prometheus Books sobre a estranha amizade entre Harry Houdini e Senhor Arthur Conan Doyle.
Referências
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Brookes-Smith, C. 1965. Cromwell Varley's Electrical Tests. Journal of the Society for Psychical Research 723 (43), March.
Christopher, M. 1975. Mediums Mystics & The Occult. New York: Thomas Y Crowell Co.
Christopher, M. [1973] 1996. The Illustrated History of Magic. Reprint, Porthsmouth, N.H.: Heinemann.
Crookes, W. 1875. A Scientific Examination of Mrs. Fay Mediumship. The Spiritualist, 12 March.
Dingwall, E. J. 1966. The Critics' Dilemma. Crowhurst, Sussex: Privately printed.
Doyle, A. C. [1930] 1992. The Edge of the Unknown. Reprint, New York: Barnes & Noble, Inc.
Hall, T. [1962] 1984. The Medium and the Scientist. Reprint, Buffalo N.Y.: Prometheus Books.
Houdini, H. [1924] 1972. A Magician Among the Spirits. Reprint, New York: Arno Press.
Polidoro, M. 1995. Viaggio tra gli spiriti. Varese: Sugarco.
Polidoro, M. 1998. Houdini and Conan Doyle: The Story of a Strange Friendship. SKEPTICAL INQUIRER 2(22), March/April.
Thompson, G. T. 1964. Mrs Fay's Mediumship. Journal of the Society for Psychical Research 721 (42), September.
Silverman, K. 1996. Houdini!!! The Career of Ehrich Weiss. New York: Harper Collins.
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