Filhos trazem felicidade?

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Luis Dantas
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Luis Dantas »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Existem dois fatores que essas pessoas que esbravejam que os pobres se reproduzem demais não consideram:

1. Mobilidade Social. Não é porque alguém nasce filho de pobre que fica pobre. Se a economia cresce em um ambiente de livre iniciativa e geração de oportunidades, muita gente sai da miséria para a classe média espontâneamente.


A mobilidade social é superestimada e, na medida em que realmente existe, um tanto artificial. Sem um certo "espaço para respirar", disponibilidade de tempo, atenção e trocas culturais, uma criança simplesmente não pode ser criada da mesma forma que se tivesse menos irmãos e pais e parentes de melhor nível sócio-econômico.

Ela pode até ganhar muito dinheiro (o que obviamente não é muito provável, mas pode acontecer). Mas nunca será tão bem estruturada quanto se já tivesse nascido em condições favoráveis.


user f.k.a. Cabeção escreveu:2. Custo de oportunidade. Uma pobre sem instrução que tenha um filho, em termos de custo de oportunidade, é quase nada. Uma casa terá uma faxineira a menos. Uma médica ou administradora de empresas que precisa dar um tempo para procriar, e acaba ficando defasada e virando dona de casa é um custo brutal. Ainda que seu filho venha a ter mais chances no futuro que o filho da pobre, a mãe acabou sendo desperdiçada. Ou então ela pode ser pseudo-aproveitada, com programas de incentivo a maternidade que na verdade causam um grande custo a todas as mulheres que não planejam ter filhos tão cedo.


Não vejo sentido nisso que você está dizendo, e aliás a premissa parece contrariar a do seu item anterior. Naquele você enfatiza a possibilidade mobilidade social, neste pressupõe que ela não será particularmente necessária ou desejada. Lamento dizer, mas a mobilidade social é muito desejada e necessária, e nem por isso fácil ou indolor.

Não se pode razoavelmente esperar que as pessoas fiquem de uma forma geral satisfeitas em passar a vida toda "vendo vitrine" de uns poucos privilegiados. Os desníveis sócio-econômicos já estão bem além do razoável, e não podemos de forma alguma pensar em mantê-los ou aumentá-los no futuro.


user f.k.a. Cabeção escreveu:No entanto, elas costumam estar cobertas de razão no que diz respeito ao assistencialismo patológico subsidiando a proliferação de indigentes. Ao invés de defenderem programas de esterilização e controle populacional, seria mais racional cortar toda essa panacéia de subsídios que permitem esse tipo de conduta irresponsável.


O crescimento da população não costuma acontecer conforme critérios racionais. Cortar subsídios não teria muito efeito a curto prazo, a não ser o de aumentar o desespero e a criminalidade.

Res Cogitans escreveu:Na Europa tem um certo perfil preocupante porque as pessoas que têm mais filhos são menos instruídas, mais conservadoras, mais religiosas, mais radicais...


"Na Europa"? Aqui não? :emoticon4:

Alguns países estão incentivando as pessoas a terem filhos, afinal esperar somente dos imigrantes leva a uma mudança muito grande do perfil da sociedade como o exemplo do crescimento islâmico na Europa.


Tem certa lógica. Pelo menos em sociedades suficientemente estáveis.

Apo escreveu:
Luis Dantas escreveu:Diante destas constatações, Apo, o que você recomendaria em termos práticos?

Tenho meus palpites, mas gostaria de saber os seus.


(...)

Gostaria de saber as suas recomendações.


A grosso modo, são variações de "procure ter uma margem de manobra para lidar com a imprevisibilidade do futuro" e "não deixe que as esperanças te tornem iludido".

Especificamente, eu recomendo que se deixe de lado a insistência em ter filhos, mas ao mesmo tempo se dê mais importância à criação dos mesmos. Acho que se deve desmistificar tanto o aborto quanto a adoção e começar a pensar seriamente em rever os critérios e hábitos da criação de filhos. Pessoalmente acho um tanto fantasioso pensar que os filhos são responsabilidade exclusiva dos pais biológicos, ou mesmo principalmente deles. Como você bem lembra, só depois do fato saberemos quem realmente dá conta ou não, e até que grau e de qual forma. Não se pode esperar que a sociedade continue viável se não passarmos a ser mais realistas quanto à variedade de estímulos e referências sociais de que as crianças e adolescentes precisam.

Na minha cabeça, fatalmente acabaremos por precisar criar crianças e adolescentes de uma forma mais comunitária, em que a distinção entre escola e família será bem menor e a atribuição de responsabilidades será mais dinâmica e mais realista. O contato afetivo entre pais e filhos biológicos continuará sendo frequente e necessário, mas a criação, que na prática já não é tão automática assim, passará a ser reconhecida como algo importante demais para ser largada ao acaso, à tradição obsoleta e/ou a caprichos familiares específicos.
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Apo »

Luis Dantas escreveu:A grosso modo, são variações de "procure ter uma margem de manobra para lidar com a imprevisibilidade do futuro" e "não deixe que as esperanças te tornem iludido".


Margens de manobra são necessárias em todas as instâncias humanas. Costumamos até pensar nisto com relação à filhos, mas nunca no sentido de negar as capacidades psíquicas para tal empreendimento ( já que estamos falando de infelicidade e não apenas de coisas práticas).
A esperança e a contemporização são mesmo faca de dois gumes. Pode dar certo e pode resultar num problema sem solução nem a longo prazo.
O problema com filho é que ele é não é um investimento nosso, como costumamos pensar em certas racionalizações. Depois é que se vê que o buraco é muito mais embaixo.

Especificamente, eu recomendo que se deixe de lado a insistência em ter filhos,


Sim, certamente! Resistir à determinadas demandas e pressões é que saõ elas.
Basta ser mulher e trabalhar. Se você tem ou fala em ter filhos, é considerada normal e realizada. Ao mesmo tempo, aquela "normalidade" gera perdas para a produção, nem que seja algo administrável.
Se você não tem filhos ou declara não querer, a imagem que as pessoas têm desta mulher pode chegar à estranheza.

mas ao mesmo tempo se dê mais importância à criação dos mesmos.


Sim, as pessoas se preocupam com o evento e esquecem que ele pode representar muito trabalho durante muito tempo. Então, vão tendo filhos e entregando a criação à própria natureza. Como diziam os antigos:
- Onde come 1, comem 2.
- Enfim, os filhos se criam...

Acho que se deve desmistificar tanto o aborto quanto a adoção


O aborto concordo, mas jamais como método contraceptivo. Para isto existem os métodos disponíveis. Já tive discussões homéricas aqui sobre o que penso sobre aborto. Mas sempre o coloquei como saída à infelicidade ( impossibilidade de suportar a vida ) do filho e da mãe, por questões fisiológicas.

Adoção é assunto igualmente complicado. Assim como se pode melhorar vidas adotando, pode-se transformar vidas num inferno grotesco.

e começar a pensar seriamente em rever os critérios e hábitos da criação de filhos. Pessoalmente acho um tanto fantasioso pensar que os filhos são responsabilidade exclusiva dos pais biológicos, ou mesmo principalmente deles.


Não são mesmo. Mas isto é depois que eles nascem. O problema está no "antes", pois pode ser que não haja pais para determinados filhos.

Não se pode esperar que a sociedade continue viável se não passarmos a ser mais realistas quanto à variedade de estímulos e referências sociais de que as crianças e adolescentes precisam.


Numa sociedade cheia de desníveis, é mais realista e satisfatório que minha filha seja responsabilidade minha e que a variedade e as referências sirvam apenas de pano de fundo. Sorry...

Na minha cabeça, fatalmente acabaremos por precisar criar crianças e adolescentes de uma forma mais comunitária, em que a distinção entre escola e família será bem menor e a atribuição de responsabilidades será mais dinâmica e mais realista.

Mas cada um nos seus quadrados. Sou realista no meu sectarismo. Até porque sou responsável por ela, não posso negar que certas variedades façam algum bem na construção da personalidade dela.
Aqui não há teoria que não ceda aos fatos: socialistas de carteirinha botam os filhos em escolas particulares. Logo, não sou eu que vou colocar a minha filha em escola pública, só para dar um exemplo do meu senso anticomunitário.
Mesmo escolhendo a melhor escola, segundo meus critérios, me permito exigir que a instituição faça a sua parte e eu, a minha. Mais do que isto, só utopias e a tal esperança de um mundo ideal.

O contato afetivo entre pais e filhos biológicos continuará sendo frequente e necessário, mas a criação, que na prática já não é tão automática assim, passará a ser reconhecida como algo importante demais para ser largada ao acaso, à tradição obsoleta e/ou a caprichos familiares específicos.


Hum...pode definir alguns critérios que conceituem "contato afetivo frequente" e "criação"? Este parágrafo me deixou encafifada...
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Ser pai é uma vocação.
Quem não a tem, nem tente.


Quase todos imaginam ter tal vocação...

Antes de serem pais, claro! :emoticon1:
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Darkside escreveu:Pesquisa nenhuma pode determinar que as pessoas serão mais ou menos felizes tendo filhos, isso depende de uma infinidade de fatores envolvendo cada pessoa individualmente.

Olá Darkside;

Acho que a conclusão da pesquisa é no aspecto geral.

Tipo assim: no geral os brancos ganham mais dinheiro que os negros. Isso não quer dizer que não se pode ganhar bem sendo negro, nem que se é necessário ser branco para ganhar bem.

Abraços
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

leonardo_schunk escreveu:Todos buscam tapar o vazio interior de algum jeito, seja com hobbys, artes. vícios, etc.


Para mim é tudo vício. A diferença é que uns são mais saudáveis que outros.

leonardo_schunk escreveu:Conheci pessoas que na ânsia de taparem tal vazio, adotaram animais, o que é ótimo ao meu ver (gosto muito de animais...)


Gosto mais de bicho do que de gente. São mais sinceros e honestos nos seus sentimentos. Isso me faz sentir mais a vontade.
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:Ser pai é uma vocação.
Quem não a tem, nem tente.


Quase todos imaginam ter tal vocação...
Antes de serem pais, claro! :emoticon1:


Vocação não é sinônimo de competência, mas geralmente quando se tem vocação para um ofício também se tem mais dedicação e paciência para desenvolver as habilidades requeridas para exercê-lo.
Nós, Índios.

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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

leonardo_schunk escreveu:Creio que existem muitas pessoas que fazem a mesma coisa só que através dos filhos, utilizando os mesmos e o respectivo trabalhão que dão para serem cuidados como forma (talvez inconsciente) de tapar o vácuo existencial nunca antes preenchido de outra forma...

O que acham disso ?


Leo;

Sei que posso parecer cruel, mas na minha mente a família não está nada perto da idéia que a sociedade faz dela.

Frases do tipo:

"O amor dos pais é incondicional".
"Os filhos devem sempre honrar seus pais".
"O amor entre irmão precisa ser compromissado".

Tais frases para mim são vazias. Não existe amor gratuito.

O que mais vejo são relações de amor e ódio entre pais e filhos, irmãos e irmãs. Os pais, principalmente as mulheres, que possuem filhos por carência, acabam projetando seus traumas, anseios e frustrações goela abaixo nos filhos.

Acabam desenvolvendo, na maioria das vezes, uma relação simbiótica, possessiva e chamam isso de "AMOR", não preparando o caminho do filho para a liberdade, independência e autonomia, mas de modo que sempre fiquem dentro do seu campo de visão e controle.
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

....
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Luis Dantas »

Apo escreveu:Sim, as pessoas se preocupam com o evento e esquecem que ele pode representar muito trabalho durante muito tempo. Então, vão tendo filhos e entregando a criação à própria natureza. Como diziam os antigos:
- Onde come 1, comem 2.
- Enfim, os filhos se criam...


Ou a clássica "vou entregar a Deus", que significa "vou negligenciar o assunto" mas soa melhor.

Sensibilidade seletiva é mesmo algo impressionante. No discurso, criar filhos é algo extremamente complicado ou fácil e intuitivo. Depende da conveniência do momento.

Acho que se deve desmistificar tanto o aborto quanto a adoção


O aborto concordo, mas jamais como método contraceptivo. Para isto existem os métodos disponíveis. Já tive discussões homéricas aqui sobre o que penso sobre aborto. Mas sempre o coloquei como saída à infelicidade (impossibilidade de suportar a vida) do filho e da mãe, por questões fisiológicas.


O aborto deve sem dúvida ser evitado. Mas não a qualquer custo. Infelizmente, e em boa parte por causa da própria falta de maturidade da sociedade, ele muitas vezes é a menos ruim das alternativas.

Adoção é assunto igualmente complicado. Assim como se pode melhorar vidas adotando, pode-se transformar vidas num inferno grotesco.


Em tese, sim. Mas com que frequência? Penso que seja um problema menor.

(...)
Não se pode esperar que a sociedade continue viável se não passarmos a ser mais realistas quanto à variedade de estímulos e referências sociais de que as crianças e adolescentes precisam.


Numa sociedade cheia de desníveis, é mais realista e satisfatório que minha filha seja responsabilidade minha e que a variedade e as referências sirvam apenas de pano de fundo. Sorry...


Não entendi.

Na minha cabeça, fatalmente acabaremos por precisar criar crianças e adolescentes de uma forma mais comunitária, em que a distinção entre escola e família será bem menor e a atribuição de responsabilidades será mais dinâmica e mais realista.

Mas cada um nos seus quadrados.


Se é que há realmente mais de um quadrado. Pessoalmente duvido...

Sou realista no meu sectarismo. Até porque sou responsável por ela, não posso negar que certas variedades façam algum bem na construção da personalidade dela.
Aqui não há teoria que não ceda aos fatos: socialistas de carteirinha botam os filhos em escolas particulares. Logo, não sou eu que vou colocar a minha filha em escola pública, só para dar um exemplo do meu senso anticomunitário.


Aí é menos uma questão de princípio do que de reconhecimento da realidade. Devemos buscar a integração social, mas não de uma forma brusca que nos agrida.

(...)
O contato afetivo entre pais e filhos biológicos continuará sendo frequente e necessário, mas a criação, que na prática já não é tão automática assim, passará a ser reconhecida como algo importante demais para ser largada ao acaso, à tradição obsoleta e/ou a caprichos familiares específicos.


Hum...pode definir alguns critérios que conceituem "contato afetivo frequente" e "criação"? Este parágrafo me deixou encafifada...


Indo direto ao ponto, contato afetivo frequente é a oportunidade de seguir os instintos e sentir e dizer o quanto os parentes de sangue fazem falta uns para os outros. Não é algo racional, mas também não é fácil de superar ou de contornar. Realisticamente, precisamos nos planejar para manter essa tradição.

Já criação, no fundo é algo completamente distinto, que pode ou não ser também coincidente. É a exposição das crianças a conhecimentos e experiências de vida que as preparem para lidar com a sociedade como um todo, como adolescentes e mais tarde adultos. Envolve, por exemplo, algum tipo de formação de opinião sobre assuntos como religião, homossexualismo, política.
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Luis Dantas »

Acauan escreveu:Vocação não é sinônimo de competência, mas geralmente quando se tem vocação para um ofício também se tem mais dedicação e paciência para desenvolver as habilidades requiridas para exercê-lo.


Na sua opinião, Acauan, quão significativos são os riscos de quem tem vocação não perceber que o tem - e, principalmente, de quem não tem achar que tem e só perceber o erro tarde demais?
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:
Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:Ser pai é uma vocação.
Quem não a tem, nem tente.


Quase todos imaginam ter tal vocação...
Antes de serem pais, claro! :emoticon1:


Vocação não é sinônimo de competência, mas geralmente quando se tem vocação para um ofício também se tem mais dedicação e paciência para desenvolver as habilidades requeridas para exercê-lo.


Acho que compreendo perfeitamente, pois tal raciocínio soa análogo ao magistério. Por exemplo: Quero ser um professor cada vez melhor e meu desejo não possui relação alguma com aumento de salário. Dessa forma estou sempre pensando onde estou errando, o quê preciso fazer para melhorar, etc e tal...

Acabo gradativamente desenvolvendo habilidades que vão me tornando cada vez mais competente...

E não vejo como isso seria possível sem vocação...

Entendi corretamento o que você quis dizer?!
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Luis Dantas escreveu:
Acauan escreveu:Vocação não é sinônimo de competência, mas geralmente quando se tem vocação para um ofício também se tem mais dedicação e paciência para desenvolver as habilidades requiridas para exercê-lo.


Na sua opinião, Acauan, quão significativos são os riscos de quem tem vocação não perceber que o tem - e, principalmente, de quem não tem achar que tem e só perceber o erro tarde demais?


Ótima pergunta!
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Darkside »

Apo escreveu:
Darkside escreveu:
Anna escreveu:
Darkside escreveu:Acho que esse tipo de pesquisa revela algumas coisas sobre o comportamento de determinadas sociedades, mas não deve de jeito nenhum servir como um "guia".

Pesquisa nenhuma pode determinar que as pessoas serão mais ou menos felizes tendo filhos, isso depende de uma infinidade de fatores envolvendo cada pessoa individualmente.



Que é uma ilusão é. É quase um efeito drug addiction, principalmente para as fêmeas, elas querem filhos loucamente, e nem sabem porquê, só querem. E nem sempre faz muita diferença com quem, chega a batida do relógio biológico elas querem casar e ter filho, e pronto!


É verdade.

São célebres os casos de mulheres em determinada faixa de idade que atacam homens distraídos na rua, com objetivos procriativos. Eventualmente são mulheres com muita massa muscular, dificultando a resistência do macho à cópula forçada pela fêmea, que está temporariamente dominada pelo frenesi procriatório.


HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH!

Traumatizado? :emoticon4:


Eu geralmente ando acompanhado de uma fêmea que não permite a aproximação de nenhuma outra, o que me garante certa segurança nesse sentido (e alguma dor de cabeça eventualmente).
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."

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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Darkside escreveu:Eu geralmente ando acompanhado de uma fêmea que não permite a aproximação de nenhuma outra, o que me garante certa segurança nesse sentido (e alguma dor de cabeça eventualmente).


Dor de cabeça? :emoticon39:
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Darkside »

Res Cogitans escreveu:
Darkside escreveu:Acho que esse tipo de pesquisa revela algumas coisas sobre o comportamento de determinadas sociedades, mas não deve de jeito nenhum servir como um "guia".

Pesquisa nenhuma pode determinar que as pessoas serão mais ou menos felizes tendo filhos, isso depende de uma infinidade de fatores envolvendo cada pessoa individualmente.


Todas as pesquisas em psicologia revelam comportamentos médios. Eu consultei um pouco da literatura a respeito e regra nas sociedades ocidentais é a de que filhos não aumentarem a satisfação com a vida. Algumas pesquisas em sociedades como a Índia não revelaram este efeito, lá casais com filhos em média estão mais satisfeitos com a vida que casais sem filhos.


Tenho lá minhas dúvidas sobre o resultado de pesquisas que medem "felicidade".

Pelo que já li do assunto, parece que eles simplesmente perguntam o nível de satisfação pessoal na vida em geral dos consultados e cruzam os resultados entre os grupos que estão analisando. E todos os fatores que podem influenciar nas respostas, inclusive a própria definição de satisfação entre as pessoas?

Até existem exames cerebrais que podem determinar se as áreas do cérebro responsáveis pelos estados emocionais relacionadas à alegria estão ativas, mas mesmo que algo assim fosse utilizado em pesquisas de larga escala buscando uma resposta definitiva, não seria possível definir que alguém seria ou não feliz por alguma iniciativa individual.

Aliás, parando pra pensar, eu não conheço ninguém que tenha o pensamento de que filhos tragam felicidade, como se fossem um eletrodoméstico novo ou algo assim.
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Darkside »

Edson Jr escreveu:
Darkside escreveu:Eu geralmente ando acompanhado de uma fêmea que não permite a aproximação de nenhuma outra, o que me garante certa segurança nesse sentido (e alguma dor de cabeça eventualmente).


Dor de cabeça? :emoticon39:


É... you know... algumas fêmeas passam por certos períodos emocionais complicados algumas vezes, onde consideram as amigas de seus pares como possíveis concorrentes...

E não adianta explicar. Não há argumentos.
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."

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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Apo »

Darkside escreveu:
Apo escreveu:
Darkside escreveu:
Anna escreveu:
Darkside escreveu:Acho que esse tipo de pesquisa revela algumas coisas sobre o comportamento de determinadas sociedades, mas não deve de jeito nenhum servir como um "guia".

Pesquisa nenhuma pode determinar que as pessoas serão mais ou menos felizes tendo filhos, isso depende de uma infinidade de fatores envolvendo cada pessoa individualmente.



Que é uma ilusão é. É quase um efeito drug addiction, principalmente para as fêmeas, elas querem filhos loucamente, e nem sabem porquê, só querem. E nem sempre faz muita diferença com quem, chega a batida do relógio biológico elas querem casar e ter filho, e pronto!


É verdade.

São célebres os casos de mulheres em determinada faixa de idade que atacam homens distraídos na rua, com objetivos procriativos. Eventualmente são mulheres com muita massa muscular, dificultando a resistência do macho à cópula forçada pela fêmea, que está temporariamente dominada pelo frenesi procriatório.


HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAH!

Traumatizado? :emoticon4:


Eu geralmente ando acompanhado de uma fêmea que não permite a aproximação de nenhuma outra, o que me garante certa segurança nesse sentido (e alguma dor de cabeça eventualmente).


Tadinho, oprimido demais.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Apo »

Darkside escreveu:
Edson Jr escreveu:
Darkside escreveu:Eu geralmente ando acompanhado de uma fêmea que não permite a aproximação de nenhuma outra, o que me garante certa segurança nesse sentido (e alguma dor de cabeça eventualmente).


Dor de cabeça? :emoticon39:


É... you know... algumas fêmeas passam por certos períodos emocionais complicados algumas vezes, onde consideram as amigas de seus pares como possíveis concorrentes...

E não adianta explicar. Não há argumentos.


Homens idem. Pior é que eles têm uma certa razão. Mas a gente acusa eles de paranóicos. :emoticon22:
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:
Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:Ser pai é uma vocação.
Quem não a tem, nem tente.


Quase todos imaginam ter tal vocação...
Antes de serem pais, claro! :emoticon1:


Vocação não é sinônimo de competência, mas geralmente quando se tem vocação para um ofício também se tem mais dedicação e paciência para desenvolver as habilidades requeridas para exercê-lo.


Acho que compreendo perfeitamente, pois tal raciocínio soa análogo ao magistério. Por exemplo: Quero ser um professor cada vez melhor e meu desejo não possui relação alguma com aumento de salário. Dessa forma estou sempre pensando onde estou errando, o quê preciso fazer para melhorar, etc e tal...
Acabo gradativamente desenvolvendo habilidades que vão me tornando cada vez mais competente...
E não vejo como isso seria possível sem vocação...
Entendi corretamento o que você quis dizer?!


Entendeu perfeitamente, além do que a vocação torna prazeirosa a experiência do desenvolvimento na atividadade para a qual se é vocacionado.
Entre dois professores de mesma capacidade intelectual e igualmente dedicados - um vocacionado e outro não - os dois certamente se desenvolverão, geralmente o vocacionado se desenvolve mais rápido, pois concentrar-se em algo que lhe é agradável é mais fácil do que em algo que não o é...
Nós, Índios.

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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Darkside escreveu:É... you know... algumas fêmeas passam por certos períodos emocionais complicados algumas vezes, onde consideram as amigas de seus pares como possíveis concorrentes...

E não adianta explicar. Não há argumentos.


Mulheres são seres emocionais com altíssima capacidade de manipulação decorrentes dos longos períodos onde só conseguiam obter as coisas através da chantagem e ludibriação...

É quase sempre inútil debater...
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Apo escreveu:Homens idem. Pior é que eles têm uma certa razão. Mas a gente acusa eles de paranóicos. :emoticon22:


Isso confirma o que acabei de dizer no post anterior. :emoticon16:
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Edson Jr
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Entendeu perfeitamente, além do que a vocação torna prazeirosa a experiência do desenvolvimento na atividadade para a qual se é vocacionado.


A vocação também possibilita o enfrentamento de enormes dificulades e sofrimentos sem desistir ou se corromper. Para alguns é mais fácil desistir. Para outros é mais fácil se corromper. Aos que possuem vocação só existe desistência quando a corrupção é inevitável. Deu para entender?!

Acauan escreveu:Entre dois professores de mesma capacidade intelectual e igualmente dedicados - um vocacionado e outro não - os dois certamente se desenvolverão, geralmente o vocacionado se desenvolve mais rápido, pois concentrar-se em algo que lhe é agradável é mais fácil do que em algo que não o é...


Muito bom ter levantado essa questão. Isso é uma coisa que preciso aprender a lidar, pois tenho percebido que os melhores são vocacionados, mas dificilmente são esses que estão na "crista da onda". Então é aí que estou procurando desenvolver um outra habilidade que é a de não me preocupar em obter o sucesso aos olhos dos outros. Ter esse anseio é uma armadilha para a corrupção.

Concorda, meu caro guerreiro!?

Abraços
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu: A vocação também possibilita o enfrentamento de enormes dificulades e sofrimentos sem desistir ou se corromper. Para alguns é mais fácil desistir. Para outros é mais fácil se corromper. Aos que possuem vocação só existe desistência quando a corrupção é inevitável. Deu para entender?!


Vocação garante que se percorra boa parte do caminho certo, mas não todo ele. Pessoas bem vocacionadas podem ser corruptas, contra isto atua o senso moral mais do que a vocação.

Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:Entre dois professores de mesma capacidade intelectual e igualmente dedicados - um vocacionado e outro não - os dois certamente se desenvolverão, geralmente o vocacionado se desenvolve mais rápido, pois concentrar-se em algo que lhe é agradável é mais fácil do que em algo que não o é...


Muito bom ter levantado essa questão. Isso é uma coisa que preciso aprender a lidar, pois tenho percebido que os melhores são vocacionados, mas dificilmente são esses que estão na "crista da onda". Então é aí que estou procurando desenvolver um outra habilidade que é a de não me preocupar em obter o sucesso aos olhos dos outros. Ter esse anseio é uma armadilha para a corrupção.


Instituições burocráticas como escolas públicas tem horror ao talento, mas o talento fala por si e se exprime naturalmente onde quer que se confronte com a mediocridade.
O reconhecimento ocorre no tempo certo e no modo devido na proporção direta da visibilidade do talento em questão.
Nós, Índios.

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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Vocação garante que se percorra boa parte do caminho certo, mas não todo ele. Pessoas bem vocacionadas podem ser corruptas, contra isto atua o senso moral mais do que a vocação.


Talvez a picaretagem também seja uma vocação.

Acauan escreveu:Instituições burocráticas como escolas públicas tem horror ao talento, mas o talento fala por si e se exprime naturalmente onde quer que se confronte com a mediocridade.


A inveja não permite o medíocre reconhecer o talento. Medíocres valorizam medíocres. E isso é o que mais existe nas instituições burocráticas. A meritocracia simplesmente não existe!!!

Acauan escreveu:O reconhecimento ocorre no tempo certo e no modo devido na proporção direta da visibilidade do talento em questão.


Se é para ser reconhecido, desejo ser pelos melhores, que são poucos, raros.

Ficaria muito preocupado se tivesse um reconhecimento do quilate de Paulo Coelho, por exemplo.
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Re: Filhos trazem felicidade?

Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu: Talvez a picaretagem também seja uma vocação.


Vocações nos levam a superar dificuldades enquanto a picaretagem é a procura da facilidade, a qualquer custo.

Edson Jr escreveu: A inveja não permite o medíocre reconhecer o talento.


A inveja, por si, já é um reconhecimento. Não há porque invejar alguém tão medíocre quanto o próprio invejoso.

Edson Jr escreveu: Medíocres valorizam medíocres.


Medíocres se autodefendem corporativamente e querem que todos sejam como eles, o que não é exatamente valorização.

Edson Jr escreveu: E isso é o que mais existe nas instituições burocráticas. A meritocracia simplesmente não existe!!!


Não existe e ai de quem tentar instituí-la.
Céus e terras caíram sobre a cabeça de quem ousar cobrar resultados individuais, muitas vezes acompanhados dos mais comoventes discursos contra a perversidade da ideologia neoliberal que quer obrigá-los a trabalhar.


Edson Jr escreveu: Se é para ser reconhecido, desejo ser pelos melhores, que são poucos, raros.


Reconhecimento é uma coisa, recompensa é outra.
O bom professor deve antes de tudo ser reconhecido pelos seus alunos, mesmo que não seja recompensado nem por eles, nem por ninguém.


Edson Jr escreveu: Ficaria muito preocupado se tivesse um reconhecimento do quilate de Paulo Coelho, por exemplo.


Argh!
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