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Entre as tribos tupis do sul a virgindade da mulher era valorizada e traziam uma liga simbólica indicando esta situação. Existiam mulheres também que se negavam a casar, ficavam virgens, exercitavam-se no arco e flecha, caça e atividades masculinas, sendo tal atitude respeitada pelos homens da tribo. Assim também existiam homens que não se casavam e alguns podiam até mesmo exercer funções femininas. A homossexualidade tanto masculina ou feminina era tratada com naturalidade na tribo, no entanto era mais comum a masculina, existindo em algumas tribos relações sexuais entre cunhados antes do casamento com a irmã.
As mulheres podiam ser deixadas pelo marido em função de outra, sendo ela ainda jovem cabia-lhe procurar outro marido, sendo ela velha o ex-marido deveria manter seu sustento; cabendo as mulheres ainda o direito de trocar de maridos. O casamento entre tio e sobrinha somente era possível quando esta era filha da irmã, sendo filha do irmão era considerado incesto, sendo que em algumas tribos isso se dava de forma inversa.
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http://www.piracaia.com/index.php?optio ... Itemid=120...
O antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) escreveu que há registros de homossexualidade entre índios desde ao menos o século 19. Em Mato Grosso, ele estudou os cadiuéus, que chamavam o homossexual de kudina -que decidiu ser mulher.
O cientista social e professor bilíngüe (português e ticuna) de história Raimundo Leopardo Ferreira afirma que, entre os ticunas, não havia registros anteriores da existência de homossexuais, como se vê hoje.
Ele teme que, devido ao preconceito, aumentem os problemas sociais entre os jovens, como o uso de álcool e cocaína.
"Isso [a homossexualidade] é uma coisa que meus avós falavam que não existia", afirmou.
Assunto não é tabu, diz antropóloga
Antropólogos como Pierre Clastres (1934-1977) e Darcy Ribeiro (1922-1997) registraram em artigos a existência de casos de homossexualidade nas tribos indígenas do Brasil. Mas, sobre os índios gays contemporâneos, não há pesquisas.
A antropóloga da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) Helena Rangel diz que a homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade e que, no mundo indígena, alguns mitos fazem referência a essa opção sexual. "Na sociedade indígena, há uma divisão muito clara do trabalho entre homens e mulheres, então, se um homem quer ser mulher, assume o trabalho feminino. Não é um assunto tabu nem absurdo."
Sobre a maior visibilidade dos homossexuais atualmente, Rangel diz que acredita ser um fenômeno mundial e que não pode comentar especificamente sobre os ticunas. "A homossexualidade tem se tornado um fenômeno mais explícito", disse.
Com relação ao preconceito enfrentado pelos indígenas, ela afirma que a discriminação hoje pode ser maior do que a enfrentada anteriormente, devido à maior aproximação dos índios com a moral ocidental-cristã. (KB)
Fonte: Folha de S. Paulo, domingo, 27 de julho de 2008 (Brasil)
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http://www.afrobras.org.br/index.php?op ... 4&Itemid=2(ese já foi postado aqui, se me lembro)
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Não foram somente essas habilidades que os portugueses identificaram nos índios. Desde o descobrimento do Brasil a primeira constatação, que tanto chocou os colonizadores, foi a relação que os índios mantinham com a nudez, suas sujidades, seus incansáveis gozos eróticos, magias e afrodisíacos sexuais.
A poligamia também foi fato estranho aos portugueses. Os guerreiros mais velhos tinham maiores acesso as mulheres mais novas.
Os portugueses perceberam também, não só entre os Tupinambás, mais nos mais diversos povos indígenas, um grande número de investidos. Os homossexuais masculinos eram chamados de tibira e as lésbicas de çacoaimbeguira (FREIRE, 1998).
Estabelecendo uma relação entre o Brasil e a homossexualidade, TREVISAN, 2000, mostra a cara de um país marcado por uma alta dívida externa, desigualdades sociais, trabalho escravo, grandes índices de violência e prostituição infantil.
Porém, nada mais chocou o povo brasileiro, desde a sua colonização do que a homossexualidade. Atualmente essas marcas ficam expostas na homofobia institucionalizada e religiosa, que é responsável por diversos assassinatos e torturas a cidadãos homossexuais.
Desde o período da colonização, o "pecado nefando", a "sodomia" ou a "sujidade", como eram denominados a relação entre dois homens, foi considerada um costume devasso pelos cristãos.
Em 1549, o Padre Manoel da Nóbrega[5], ficou completamente chocado ao ver que muitos colonos tinham índios como mulheres. Foi o primeiro a observar a pratica da sodomia no Brasil. (TREVISAN, 2000: P. 65).
Tanto os índios tupinambás como os seus vizinhos tupinaés, tinham como, pratica a homossexualidade em suas aldeias. Chegava até a existir uma certa forma de prostituição entre os índios de modo que os mais valentes dominavam os mais fracos e submetiam estes a todas as praticas sexuais.
Alguns colonizadores como Gabriel Soares e Pero de Magalhães de Gandovo, chegavam a dizer que "os índios se entregavam ao vicio (homossexualidade) de tal forma como se neles não houvera razão de homens".
Entre os indígenas, havia um xingamento com o palavrão tivira ou tibirô, que significa na língua tupi: veado ou homem do traseiro roto.
No inicio do século XIX, entre os índios guaicurus, colonizadores encontraram os cudinas, homens castrados que se vestiam de mulher. Estes se dedicavam as atividades exclusivamente femininas como: tecer, fiar e fabricar potes.
Em 1884, o costume foi confirmado pelo então etnólogo G. A. Colini[6], que entre os guaicurus, os cudinas ou cudinhos (animais castrados), eram utilizados como prostitutas ou para iniciação da vida sexual dos índios mais novos.
No nordeste brasileiro, segundo pesquisadores alemães, entre os índios botocudos não se faziam distinção entre os homens e as mulheres. A forma física desses índios não permitia que se fizessem tão definição, eles eram denominados homem-mulher e mulher-homem.
Dentro do baio (denominado casa dos homens), lugar onde somente era permitida a presença dos índios do sexo masculino sob severas provas de iniciação, ali aconteciam relações sexuais entre índios da Tribo Bororó do mesmo sexo.
As práticas de cura das enfermidades por parte dos Pajés eram transmitidas através de tanto o sexo oral como o sexo anal. Essa pratica também funcionava como forma de aprendizado pelos alunos por seu mestre.
A prática da homossexualidade tornou-se mais acentuada com a chegada dos negros africanos escravizados ao Brasil.
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http://www.webartigos.com/articles/1319 ... gina1.html...
Desde a chegada dos primeiros missionários ao Brasil, já nos meados do século XVI, noticiaram ministros católicos e protestantes a presença do “mau pecado” entre os ameríndios de ambos os sexos, sendo que alguns sacerdotes fizeram vista grossa de tal desvio, apesar de ser referido pelos documentos papais como “o mais torpe, sujo e desonesto pecado, o mais aborrecido a Deus. ”
1549: O Padre Manoel da Nóbrega relata que “os índios do Brasil cometem pecados que clamam aos céus e andam os filhos dos cristãos pelo sertão perdidos entre os gentios, e sendo cristão vivem em seus bestiais costumes”
1551: O jesuíta Pero Correia escreve de São Vicente (SP): “O pecado contra a natureza, que dizem ser lá em África muito comum, o mesmo é nesta terra do Brasil, de maneira que há cá muitas mulheres que assim nas armas como em todas as outras coisas, seguem oficio de homens e tem outras mulheres com que são casadas. A maior injúria que lhes podem fazer é chamá-las mulheres.”
1557: O calvinista Jean de Lery refere-se à presença de índios “tibira” entre os Tupinambá, “praticantes do pecado nefando de sodomia”
1621: no Vocabulário da Língua Brasílica, dos Jesuítas, aparece pela primeira vez referência a “çacoaimbeguira: “entre os Tupinambá, mulher macho que se casa com outras mulheres".
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http://maniadehistoria.wordpress.com/ig ... 1547-2006/É... non eczistem indios gays....