Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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marta
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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Apo escreveu:
Usuário deletado escreveu:
marta escreveu:Nigt, ninguém disse aqui QUE TODO PODRE É PEDÓFILO. Eu sei que muitos não são. Mas TODO PODRE É CONIVENTE COM A PEDOLIFIA, uma vez que permanece dentro de uma instituição que aceita; aceita porque acoberta; e se acoberta incentiva. Quem é contra e tem vergonha na cara deveria pular fora, se não pula é porque, de um jeito ou de outro, também concorda. Vai negar?


As coisas não são tão simples, sei que muitos padres repudiam com veemência esses crimes, contudo largar o celibato é complicado, é abdicar de uma vida inteira.


Abdicar de quê? Não é obrigado a largar. Só deixem de molestar as crianças.


Não foi isso que ele quis dizer, Apo
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marta
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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Usuário deletado escreveu:
marta escreveu:Nigt, ninguém disse aqui QUE TODO PODRE É PEDÓFILO. Eu sei que muitos não são. Mas TODO PODRE É CONIVENTE COM A PEDOLIFIA, uma vez que permanece dentro de uma instituição que aceita; aceita porque acoberta; e se acoberta incentiva. Quem é contra e tem vergonha na cara deveria pular fora, se não pula é porque, de um jeito ou de outro, também concorda. Vai negar?


As coisas não são tão simples, sei que muitos padres repudiam com veemência esses crimes, contudo largar o celibato é complicado, é abdicar de uma vida inteira.


Vc quis dizer o sacerdócio? Eu sei que é complicado. Mesmo porque muitos tem dificuldade em ganhar a vida fora da igreja que, bem ou mal lhes dá casa, comida e roupa lavada. No entanto, Night, a vida é feita de opções. Eles podem optar por deixar a batina ou permanecer com ela, mas quem permanece opta, e se opta está sujeito a levar o rótulo na testa. Até que não se limpe devidamente essa latrina, todos os podres são suspeitos, até prova em contrário.
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marta
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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Usuário deletado escreveu:
marta escreveu:Vc quis dizer o sacerdócio? Eu sei que é complicado. Mesmo porque muitos tem dificuldade em ganhar a vida fora da igreja que, bem ou mal lhes dá casa, comida e roupa lavada.


Sim, eu me referia ao sacerdócio mesmo.

marta escreveu:No entanto, Night, a vida é feita de opções. Eles podem optar por deixar a batina ou permanecer com ela, mas quem permanece opta, e se opta está sujeito a levar o rótulo na testa.


Qual rótulo? "Membro de uma instituição que acoberta o crime" ou "pedófilo"?

Porque como já expliquei, o rótulo de pedófilo é um insulto gratuito passível de processo.


marta escreveu:Até que não se limpe devidamente essa latrina, todos os podres são suspeitos, até prova em contrário.


Isso eu não entendi. Todos são suspeitos de quê? De pedofilia? Essa presunção não faz sentido, é uma generalização absurda e como já dito alhures: criminosa


[color=#00FF00]Night, nós estamos numa conversa circular. Vou dizer de novo. Rótulo de conivente e suspeito de pedofilia, sim. Esquecendo meu ateísmo, faço reportagens com podres, às vezes. Eu não consigo mais olhar para um podre sem imaginar que ele possa ser um pedófilo sim, mais um desses que são transferidos de cu em cu, como já falei. Quem vai saber? Quem pode ter certeza?
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Moninha
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por Moninha »

Usuário deletado escreveu: ...Isso eu não entendi. Todos são suspeitos de quê? De pedofilia? Essa presunção não faz sentido, é uma generalização absurda e como já dito alhures: criminosa


Night, é exatamente isto. Após dois casos que ocorreram por aqui e que depois se provou que não passavam de calúnias, eu decidi que não posso julgar um padre um "pedófilo em potencial" pelo simples fato dele ser padre.
O primeiro caso foi de uma mulher que acusou um padre de molestar sua criança, depois ficou provado que a mulher só disse isto pois o padre se negou a ter um caso com a mesma, ela era casada.
O outro caso foi que em uma paróquia aqui no Recife foi encontrado um pendrive com imagens de crianças nuas em posições sexuais, o pároco imediatamente procurou saber de quem era o pendrive, havia uma suspeita sobre uma pessoa, mas nada provava que o objeto fosse desta pessoa. Após este caso, pessoas que gostam de generalizar, estavam contando que o padre foi achado com o objeto. Sendo que quem achou foi um fiel em cima de um banco da igreja. Contudo a história não pegou pois os paroquianos sabiam como tinha ocorrido o caso.
Após isto, não me sinto no direito de dizer que todo padre é uma pessoa suspeita de pedófilia, generalizações sempre são burras. O fato de não gostar da icar não pode turvar meu senso de justiça, dizendo que todo padre não presta. Muito lúcida sua postagem Night.

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Reid
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por Reid »

Moninha escreveu:
Usuário deletado escreveu: ...Isso eu não entendi. Todos são suspeitos de quê? De pedofilia? Essa presunção não faz sentido, é uma generalização absurda e como já dito alhures: criminosa


Night, é exatamente isto. Após dois casos que ocorreram por aqui e que depois se provou que não passavam de calúnias, eu decidi que não posso julgar um padre um "pedófilo em potencial" pelo simples fato dele ser padre.
O primeiro caso foi de uma mulher que acusou um padre de molestar sua criança, depois ficou provado que a mulher só disse isto pois o padre se negou a ter um caso com a mesma, ela era casada.
O outro caso foi que em uma paróquia aqui no Recife foi encontrado um pendrive com imagens de crianças nuas em posições sexuais, o pároco imediatamente procurou saber de quem era o pendrive, havia uma suspeita sobre uma pessoa, mas nada provava que o objeto fosse desta pessoa. Após este caso, pessoas que gostam de generalizar, estavam contando que o padre foi achado com o objeto. Sendo que quem achou foi um fiel em cima de um banco da igreja. Contudo a história não pegou pois os paroquianos sabiam como tinha ocorrido o caso.
Após isto, não me sinto no direito de dizer que todo padre é uma pessoa suspeita de pedófilia, generalizações sempre são burras. O fato de não gostar da icar não pode turvar meu senso de justiça, dizendo que todo padre não presta. Muito lúcida sua postagem Night.


isso significa q (levando pelo lado exagerado) q ateh em grupos de exterminios, ah pessoas boas? q nao devem ser julgadas so pq fazem parte desse grupo? :emoticon26:

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salgueiro
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por salgueiro »

Quando um assunto sério e grave como pedofilia é tratado como uma vendetta ou uma caça as bruxas moderna, quando a histeria se instala a seriedade se perde.

Colocar argumentos do tipo celibato é a porta de entrada para a pedofilia contraria a realidade dos pedófilos não celibatários, Até chegarmos ao extremo de vermos em cada homem como um pedófilo em potencial, isso é histeria.

Pessoalmente acho sim que a ICAR deve ser responsabilizada porque não se acoberta crimes quanto mais um crime que não tem nada de ocasional, é deixar livre alguém que vai reincindir no abuso, na violência. O problema é o direito da vítima de fazer justiça da forma que achar conveniente e por seus motivos, que eu me recuso a colocar no banco dos réus.
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marta
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por marta »

salgueiro escreveu:


Colocar argumentos do tipo celibato é a porta de entrada para a pedofilia contraria a realidade dos pedófilos não celibatários,


Eu, pelo menos jamais afirmei que o celibato é a porta de entrada para a pedofilia, uma vez que há muito padres que não são celibatários e muitos que não são padres, são. A porta de entrada para a pedofilia é A IMPUNIDADE. O acobertamento da igreja é a porta de entrada para pervertidos sexuas se abrigarem nela.
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salgueiro
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por salgueiro »

marta escreveu:
salgueiro escreveu:


Colocar argumentos do tipo celibato é a porta de entrada para a pedofilia contraria a realidade dos pedófilos não celibatários,


Eu, pelo menos jamais afirmei que o celibato é a porta de entrada para a pedofilia, uma vez que há muito padres que não são celibatários e muitos que não são padres, são. A porta de entrada para a pedofilia é A IMPUNIDADE. O acobertamento da igreja é a porta de entrada para pervertidos sexuas se abrigarem nela.


Só acho que a incidência não é maior porque vida de padre é um saco.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por marta »

salgueiro escreveu:
marta escreveu:
salgueiro escreveu:


Colocar argumentos do tipo celibato é a porta de entrada para a pedofilia contraria a realidade dos pedófilos não celibatários,


Eu, pelo menos jamais afirmei que o celibato é a porta de entrada para a pedofilia, uma vez que há muito padres que não são celibatários e muitos que não são padres, são. A porta de entrada para a pedofilia é A IMPUNIDADE. O acobertamento da igreja é a porta de entrada para pervertidos sexuas se abrigarem nela.


Só acho que a incidência não é maior porque vida de padre é um saco.


Não entendi, Sal. :emoticon39:
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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Marta

Porque o preço pelo acobertamento é alto, vida de padre é um saco, estudar mesmo , existe uma hierarquia rígida que exige obediência total, pode ser mandado para qualquer lugar no planeta, etc, etc, etc, ...
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por marta »

Moninha escreveu:
Usuário deletado escreveu: ...Isso eu não entendi. Todos são suspeitos de quê? De pedofilia? Essa presunção não faz sentido, é uma generalização absurda e como já dito alhures: criminosa


Night, é exatamente isto. Após dois casos que ocorreram por aqui e que depois se provou que não passavam de calúnias, eu decidi que não posso julgar um padre um "pedófilo em potencial" pelo simples fato dele ser padre.
O primeiro caso foi de uma mulher que acusou um padre de molestar sua criança, depois ficou provado que a mulher só disse isto pois o padre se negou a ter um caso com a mesma, ela era casada.
O outro caso foi que em uma paróquia aqui no Recife foi encontrado um pendrive com imagens de crianças nuas em posições sexuais, o pároco imediatamente procurou saber de quem era o pendrive, havia uma suspeita sobre uma pessoa, mas nada provava que o objeto fosse desta pessoa. Após este caso, pessoas que gostam de generalizar, estavam contando que o padre foi achado com o objeto. Sendo que quem achou foi um fiel em cima de um banco da igreja. Contudo a história não pegou pois os paroquianos sabiam como tinha ocorrido o caso.
Após isto, não me sinto no direito de dizer que todo padre é uma pessoa suspeita de pedófilia, generalizações sempre são burras. O fato de não gostar da icar não pode turvar meu senso de justiça, dizendo que todo padre não presta. Muito lúcida sua postagem Night.


Seu pedoimento prova minha teoria. Depois de tantos casos acobertados, é fácil colar o rótulo de pedófilo em qualquer podre. A partir de agora, são eles que precisam provar que são inocentes. A presunção de inocência não serve mais para os podres.
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por salgueiro »

Marta escreveu:A partir de agora, são eles que precisam provar que são inocentes. A presunção de inocência não serve mais para os podres.


Tem noção exata do que vc diz? Das consequências desse tipo de argumento, da mentalidade da exceção? Do básico do básico no Direito?
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por marta »

salgueiro escreveu:
Marta escreveu:A partir de agora, são eles que precisam provar que são inocentes. A presunção de inocência não serve mais para os podres.


Tem noção exata do que vc diz? Das consequências desse tipo de argumento, da mentalidade da exceção? Do básico do básico no Direito?


Tenho exata noção exata sim, Sal. Aliás, exatíssima. Como falar em Direito, se eles não são expostos à legislação de nenhum país?. Aí há dois pesos e duas medidas. Uma vez não sendo os podres, submetidos a um julgamento criminal como determina a lei, não podem requerer o direito da pesunção de inocência. A presunção de inocência é um direito dos cidadãos que estão submetidos às leis e não de criminosos que se encondem e se protegem debaixo de batinas sagradas e por consequência se tornam impunes
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por salgueiro »

Bem Marta, existe uma linha que não ultrapasso por mais indignada que fique ( e esse é um assunto que tira do sério )que é de que um erro não justifica outro.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por Apo »

O erro de não ultrapassarmos algumas linhas viciadas ( juridica e moralmente) é que faz com que determinados criminosos se sintam confortáveis.
Se o crime encontra lacunas na Lei, que se mude a Lei porque ela está errada. É ela que deve servir à Humanidade, e não o contrário.
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salgueiro
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por salgueiro »

É exatamente o não ultrapassar essas linhas que separa a civilização da barbárie.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por Apo »

salgueiro escreveu:É exatamente o não ultrapassar essas linhas que separa a civilização da barbárie.


Clichê que serve bem aos criminosos e a povos conformados com seus algozes. Barbárie igual ou pior.
Já disse: abram-se precedentes para casos especiais ( isto não é novidade alguma na História do Direito). Se a Lei não previa detreminados casos porque havia tabu ou inocência sobre determinados aspectos da psiqué humana ( ou certas instituições ininputáveis), que seja providenciada uma renovação das Leis.
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Moninha
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por Moninha »

Reid escreveu:
Moninha escreveu:
Usuário deletado escreveu: ...Isso eu não entendi. Todos são suspeitos de quê? De pedofilia? Essa presunção não faz sentido, é uma generalização absurda e como já dito alhures: criminosa


Night, é exatamente isto. Após dois casos que ocorreram por aqui e que depois se provou que não passavam de calúnias, eu decidi que não posso julgar um padre um "pedófilo em potencial" pelo simples fato dele ser padre.
O primeiro caso foi de uma mulher que acusou um padre de molestar sua criança, depois ficou provado que a mulher só disse isto pois o padre se negou a ter um caso com a mesma, ela era casada.
O outro caso foi que em uma paróquia aqui no Recife foi encontrado um pendrive com imagens de crianças nuas em posições sexuais, o pároco imediatamente procurou saber de quem era o pendrive, havia uma suspeita sobre uma pessoa, mas nada provava que o objeto fosse desta pessoa. Após este caso, pessoas que gostam de generalizar, estavam contando que o padre foi achado com o objeto. Sendo que quem achou foi um fiel em cima de um banco da igreja. Contudo a história não pegou pois os paroquianos sabiam como tinha ocorrido o caso.
Após isto, não me sinto no direito de dizer que todo padre é uma pessoa suspeita de pedófilia, generalizações sempre são burras. O fato de não gostar da icar não pode turvar meu senso de justiça, dizendo que todo padre não presta. Muito lúcida sua postagem Night.


isso significa q (levando pelo lado exagerado) q ateh em grupos de exterminios, ah pessoas boas? q nao devem ser julgadas so pq fazem parte desse grupo? :emoticon26:


Só se for levando para o lado ultra exagerado. Pois quem entra para um grupo de extermínio com certeza não merece a presunção de inocência. Convenhamos existe uma diferença enorme entre entrar para um grupo de extermínio e entrar para a icar. Realmente é um exagero e não serve como parâmetro.

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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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salgueiro escreveu:Bem Marta, existe uma linha que não ultrapasso por mais indignada que fique ( e esse é um assunto que tira do sério )que é de que um erro não justifica outro.


Mas nós não estamos falando em ERROS neste tópico. Estamos falando em CRIMES.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

Mensagem por marta »

Moninha escreveu:
Reid escreveu:
Moninha escreveu:
Usuário deletado escreveu: ...Isso eu não entendi. Todos são suspeitos de quê? De pedofilia? Essa presunção não faz sentido, é uma generalização absurda e como já dito alhures: criminosa


Night, é exatamente isto. Após dois casos que ocorreram por aqui e que depois se provou que não passavam de calúnias, eu decidi que não posso julgar um padre um "pedófilo em potencial" pelo simples fato dele ser padre.
O primeiro caso foi de uma mulher que acusou um padre de molestar sua criança, depois ficou provado que a mulher só disse isto pois o padre se negou a ter um caso com a mesma, ela era casada.
O outro caso foi que em uma paróquia aqui no Recife foi encontrado um pendrive com imagens de crianças nuas em posições sexuais, o pároco imediatamente procurou saber de quem era o pendrive, havia uma suspeita sobre uma pessoa, mas nada provava que o objeto fosse desta pessoa. Após este caso, pessoas que gostam de generalizar, estavam contando que o padre foi achado com o objeto. Sendo que quem achou foi um fiel em cima de um banco da igreja. Contudo a história não pegou pois os paroquianos sabiam como tinha ocorrido o caso.
Após isto, não me sinto no direito de dizer que todo padre é uma pessoa suspeita de pedófilia, generalizações sempre são burras. O fato de não gostar da icar não pode turvar meu senso de justiça, dizendo que todo padre não presta. Muito lúcida sua postagem Night.


isso significa q (levando pelo lado exagerado) q ateh em grupos de exterminios, ah pessoas boas? q nao devem ser julgadas so pq fazem parte desse grupo? :emoticon26:


Só se for levando para o lado ultra exagerado. Pois quem entra para um grupo de extermínio com certeza não merece a presunção de inocência. Convenhamos existe uma diferença enorme entre entrar para um grupo de extermínio e entrar para a icar. Realmente é um exagero e não serve como parâmetro.


Serve como parâmetro sim. Entrar para um grupo de extermínio é ser conivente com a matança e entrar para a IPAR - IGREJA PEDÓLIFA ASSASSINA ROMANA é ser conivente com o extermínio do futuro de milhares de pessoas. Eu não sei o que é pior: se morrer de vez ou ficar com o psiquico mutilado para o resto da vida.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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marta escreveu:
salgueiro escreveu:Bem Marta, existe uma linha que não ultrapasso por mais indignada que fique ( e esse é um assunto que tira do sério )que é de que um erro não justifica outro.


Mas nós não estamos falando em ERROS neste tópico. Estamos falando em CRIMES.


Essa minha colocação foi feita em relação a presunção de inocência.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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Apo escreveu:
salgueiro escreveu:É exatamente o não ultrapassar essas linhas que separa a civilização da barbárie.


Clichê que serve bem aos criminosos e a povos conformados com seus algozes. Barbárie igual ou pior.
Já disse: abram-se precedentes para casos especiais ( isto não é novidade alguma na História do Direito). Se a Lei não previa detreminados casos porque havia tabu ou inocência sobre determinados aspectos da psiqué humana ( ou certas instituições ininputáveis), que seja providenciada uma renovação das Leis.


lullorota é um caso exemplar. Ainda não fizeram uma lei específica para botaa a rédia no animal, então ele está a galope. Digo lei específica porque as que existem na Constituição Nacional e as que jazem nas prateleiras do Judiciário, não servem pra ele.
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Re: Inglaterra não quer visita do Elemento 16

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salgueiro escreveu:
marta escreveu:
salgueiro escreveu:Bem Marta, existe uma linha que não ultrapasso por mais indignada que fique ( e esse é um assunto que tira do sério )que é de que um erro não justifica outro.


Mas nós não estamos falando em ERROS neste tópico. Estamos falando em CRIMES.


Essa minha colocação foi feita em relação a presunção de inocência.


Acho que vou precisar desenhar. :emoticon23:
Primeiro que vc está agindo igualzinho ao psicopapa, denominando CRIMES de pedofilia como ERROS de certos, alguns, raros, esporádicos podres ou bispos ou qualquer que seja a laia.
Segundo: Presunção de inocência pertence ao universo do Direito. Todo cidadão que está submetido ao cumprimento das leis elaboradas pela sociedade aonde ele está inserido, tem o direito à presunção de inocência.
Os podres, por sua vez, NÃO SE SUBMETEM ÀS LEIS, uma vez que descoberto algum caso ou diante de alguma denúncia, a santa madre entra no jogo, abafa o caso, resolve com indenizações sob condição da vítima ficar calada (o que é ilegal em caso de crime) transfere o criminoso de paróquia e o deixa livre, leve e solto para continuar praticando seus crimes, sossegadamente, tranquilamente e permanentemente. Considerando que o modus operandi da santa madre, intituição à qual pertencem os supostos pedófilos, sempre foi esse e nunca outro diferente desse, logo, a padraiada não está submetida à lei porque a santa madre utiliza de todas as ferramentas para que isso não ocorra. Logo eles não tem direito à presunção de inocência.
Se precisasse assinar um termo de responsabilidade pelo bom comportamento do podre da paróquia do seu bairro, assumindo solidariamente, civil e criminalmente, por qualquer deslize que ele possa vir a cometer, você assinaria?
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Arapiraca (AL) reproduz paralisia do Vaticano em casos de pedofilia

População da cidade está chocada com o caso de abusos de jovens que envolve membro da Igreja
10 de abril de 2010 | 22h 19


ARAPIRACA - Nas ruas de Arapiraca, as pessoas usam expressões de espanto e de repulsa quando comentam as denúncias que vieram à tona no mês passado envolvendo três padres da cidade alagoana, acusados de terem abusado sexualmente, durante anos seguidos, de coroinhas de suas paróquias. "Não consigo acreditar", disse o aposentado José Pedro de Oliveira, que conhecia e admirava um dos padres há 20 anos. "Um choque. Foi um choque", definiu o comerciante Moacir da Silva, dono de uma lanchonete na região central.

Essa é a visão da gente que conhecia os sacerdotes por meio de aparições públicas, missas e orações. Mas, entre as pessoas que têm ou já tiveram acesso às sacristias, casas paroquiais, seminários e outras dependências do mundo eclesial, os comentários mudam. Ganha corpo ali outro tipo de perplexidade, que envolve a demora da Igreja na adoção de medidas que impeçam o surgimento dos abusos e, pior ainda, sua continuidade. Em Arapiraca não se leva muito tempo para descobrir que os possíveis abusos sexuais cometidos pelos padres denunciados são tema de conversas há mais de dez anos nos bastidores da Diocese de Penedo - a província eclesiástica que engloba a cidade.

O que se pergunta aqui é: por que a Igreja não tomou providência? Por que deixou se repetir nesta cidade nordestina de pouco mais de 200 mil habitantes o mesmo tipo de inoperância que já foi seguidas vezes observado em diversas partes do mundo, desde meados dos anos 80, quando eclodiram nos EUA as primeiras denúncias de pedofilia envolvendo sacerdotes? Uma das possíveis respostas é que a Igreja ainda se vê como um mundo à parte, capaz de resolver sozinha, com seus códigos e normas religiosas, atos que a sociedade considera criminosos.

Os transgressores de Arapiraca usaram a seu favor essa atitude da Igreja. Pareciam tão seguros da impunidade que chegaram a tratar o assunto publicamente. Anderson Faria, de 21 anos, um dos três ex-coroinhas que decidiram denunciar os abusos a que teriam sido submetidos, relatou ao Estado que, seis anos atrás, quando decidiu se afastar do monsenhor Raimundo Gomes Nascimento, um dos acusados, foi surpreendido com a reação dele. No púlpito, diante de fiéis que não entendiam exatamente o que estava acontecendo, ele atacou o rapaz que desejava se livrar dos abusos, acusando-o de ingrato. "Disse que eu estava indo para o caminho do mal", lembrou o ex-coroinha.

Foi tão pesado que a mãe de Anderson dirigiu-se à sacristia, após a missa, para reclamar. Só recentemente, quando o filho relatou-lhe os abusos, ela teria compreendido a contundência da homilia do monsenhor. "Ele não tinha vergonha nenhuma do que fazia", disse o ex-coroinha.

Os fatos eram conhecidos nos círculos internos. Quando começaram a vir à tona, dois anos atrás, foram feitas negociações secretas para silenciar os ex-coroinhas. O bispo italiano d. Valério Breda, à frente da Diocese de Penedo há 13 anos, teria sido informado sobre cada passo desses episódios, segundo relatos e documentos apresentados pelos ex-coroinhas.

Silêncio

O Estado procurou, sem sucesso, conversar com o bispo em diferentes ocasiões na semana passada. Ele tem evitado a imprensa e também proíbe os padres de falarem. Em nota oficial, porém, assegurou na quinta-feira que só soube dos fatos após a reportagem veiculada pelo SBT em março, que deu repercussão nacional ao caso.

Em Arapiraca, a 130 quilômetros da capital, os três acusados que apareceram na primeira denúncia são bem conhecidos. Monsenhor Raimundo, de 53 anos, um homem robusto e de pensamento conservador, já chegou a dirigir a Diocese de Penedo, como vigário capitular. Isso ocorreu entre 1994 e 1997, quando o bispo alemão Constantino Lüers afastou-se do cargo e o Vaticano ficou indeciso quanto ao sucessor. Desde aquela época o nome do monsenhor passou a ser cogitado em todas as nomeações de novos bispos na região. Dizia-se até que seria o futuro bispo de Arapiraca, que, na condição de segunda maior cidade do Estado, sonha em ser elevada pelo Vaticano à condição de sede diocesana.

Prestígio maior tinha monsenhor Luiz Marques Barbosa - o sacerdote de 83 anos que aparece mantendo relações sexuais com um jovem na reportagem exibida pelo SBT e, de modo mais detalhado e explícito, no DVD que pode ser comprado em qualquer esquina de Arapiraca, ao preço de R$ 5. Ligado à Renovação Carismática, comandava uma onda de reavivamento conservador na Igreja local e dirigia obras sociais. Simpático, voz forte e afinada, dava ênfase aos cânticos durante as missas e pregava de modo direto e tocante.

É difícil encontrar alguém que não faça algum tipo de elogio ao monsenhor Luiz. Suas missas, na Paróquia São José, atraíam gente de toda a cidade. O motorista de táxi Cícero da Silva saía todos os domingos do bairro conhecido como Baixão e atravessava a cidade para ouvir monsenhor Luiz. "Ele falava da Bíblia de um jeito que até eu, que não sou muito bom de escrita, compreendia." Após as denúncias, o motorista deixou de ir à igreja: "Agora rezo o meu Pai Nosso sozinho em casa."

Se voltasse à Paróquia São José, o taxista veria que os admiradores do monsenhor se recusam a tirar seu retrato da parede da casa paroquial. Ele continua lá, imponente, ao lado do papa Bento XVI e de d. Valério.

O terceiro acusado, padre Edilson de Duarte, de 43 anos, era o mais jovem. Dirigia a Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, no centro da cidade e, com o apoio dos dois monsenhores, era um nome em ascensão.

Entre as pessoas que procuram explicações para o que aconteceu encontra-se o padre Manoel Henrique Santana, professor em Maceió e ex-presidente da Associação Nacional do Clero. Para ele, parte da hierarquia da Igreja ainda tende a tratar casos de abuso como pecados a serem perdoados internamente. Na mesma linha, o juiz Manoel Tenório de Oliveira, professor de Direito Penal em Arapiraca, destaca que a cúpula da Igreja não se deu conta que deixou de ser inatacável, como no passado. "Espero que as denúncias acabem estimulando reformas na instituição", disse o juiz, que é padre casado, pai de três jovens e afastado das funções sacerdotais pela Igreja.

http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 6656,0.htm

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O que Joseph Ratzinger sabia?

O papa é acusado de acobertar casos de pedofilia quando cardeal. O Vaticano denuncia um complô

A sucessão de escândalos de abusos sexuais envolvendo padres em vários países não está causando espanto entre os fiéis apenas pela gravidade dos atos em si, o que já seria compreensível. A preocupação sobre o futuro do catolicismo aumenta porque as denúncias mais recentes atingem, ainda que por enquanto indiretamente, a figura central da Igreja: o papa.

Talvez o caso mais complicado entre os que puseram Bento XVI em uma posição delicada seja o revelado na semana passada pelo The New York Times. O jornal americano teve acesso a uma investigação interna sobre o padre Lawrence Murphy, do Estado de Wisconsin. Ele teria abusado de até 200 crianças com deficiência auditiva entre 1950 e 1974, quando era capelão numa escola especial. Em 1996, o arcebispo de Milwaukee, Rembert Weakland, enviou duas cartas ao Vaticano em que denunciava o comportamento de Murphy. O destinatário era Joseph Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por determinar ou não punições a sacerdotes. Nove anos depois, Ratzinger se tornaria o papa Bento XVI. Naquela época, ele não respondeu a nenhuma das cartas do arcebispo e ainda recebeu uma de Murphy pedindo para não ser punido porque se arrependera. Murphy morreu em 1998, sem nunca ter sido julgado por seus crimes.

Esse caso expõe uma característica comum à maioria das denúncias de pedofilia contra sacerdotes, inclusive no Brasil: a tentativa da Igreja de abafar os escândalos (leia o quadro abaixo). Além de Murphy, Bento XVI também é acusado de ter “poupado” um padre alemão, na época em que era arcebispo de Munique, em 1980. O sacerdote era Peter Hullermann, acusado de molestar uma criança em outra cidade. Ratzinger o aceitou em sua diocese e lhe recomendou apenas “terapia”. Só na semana passada, quase 30 anos após a denúncia, Hullermann foi expulso da Igreja. O momento do papa é tão ruim que até sua família traz problemas: seu irmão, Georg, admitiu que agredia alguns alunos num coral que ele dirigiu por três décadas.

Até agora a medida mais concreta tomada por Bento XVI ante o escândalo da pedofilia foi escrever uma carta endereçada aos fiéis da Irlanda. Lá, um relatório de uma comissão independente revelou que milhares de crianças foram violentadas em instituições de ensino católicas entre 1930 e 1990. No texto, ele diz se sentir “perturbado” pelas denúncias e que não deixava de “partilhar o pavor e a sensação de traição”. No entanto, nenhuma palavra sobre punição aos que abusaram, nem dentro da instituição e muito menos na Justiça comum (leia o artigo de Christopher Hitchens).

Alguns membros da Igreja já questionam se o celibato não é um fator que leva ao abuso de menores

Alguns representantes do Vaticano enxergam uma perseguição ao papa, como se a revelação das denúncias fosse uma campanha para enfraquecê-lo. O vaticanista italiano Andrea Tornielli não concorda com isso, mas reconhece que o tratamento dado a Bento XVI é bem diferente do que tinha seu antecessor, João Paulo II, morto em 2005. “João Paulo II era um campeão de carisma, e por isso recebia críticas mais suaves que Bento XVI.” Por conta de seu passado como integrante da Juventude Hitlerista, Ratzinger nunca ganhou a simpatia do judaísmo e é visto como inflexível também por outras religiões. Seu envolvimento nas denúncias de abusos sexuais só fez piorar sua imagem.

Embora João Paulo II tenha enfrentado poucas denúncias de pedofilia em seu longo papado – a pior foi de Boston, em 2002 –, a forma como lidou com este escândalo não diferiu muito do que agora tem feito Bento XVI, afirma Tornielli. Só depois de muita pressão João Paulo II aceitou a renúncia do arcebispo Bernard Law, acusado de acobertar o caso, mas não fez nenhum comunicado público sobre o episódio. Karol Wojtyla confiou a investigação desses casos justamente a Ratzinger, que foi o prefeito da Congregação entre 1981 e 2005, até se tornar papa.

A dificuldade de lidar com a pedofilia é evidente. Há quem questione, dentro da Igreja, se o celibato não é um dos fatores que podem ter levado a essa situação. Há duas semanas, o arcebispo de Viena, Christoph Schönborg, escreveu um artigo, sem se referir abertamente à privação do sexo, dizendo que a Igreja precisava buscar na formação dos padres as causas dos abusos. Seu colega de Salzburgo, Alois Kothgasser, foi mais direto. “Os tempos e a sociedade mudaram. Por isso, a Igreja deve se perguntar se pode manter este modo de vida (o celibato) ou se algo deve mudar”, afirmou a uma rádio austríaca.

Esperar punições severas por parte do Vaticano aos pedófilos parece algo distante. Bento XVI ainda tem muito de Joseph Ratzinger a deixar para trás – como a decisão, então como prefeito da Congregação, de proibir bispos de contribuir com investigações sobre abusos sexuais de sacerdotes. Se não o fizer, corre o risco de ver sua Igreja ser corroída pelo pior dos segredos.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... SABIA.html

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Trancado