A farsa das estradas européias de SP
Re: A farsa das estradas européias de SP
Toda esta história de Zé Alagão e Zé Pedágio apenas prova que nem os opositores mais agressivos do ex-governador do Estado de São Paulo ousam lhe aplicar pejorativos realmente graves como corrupto, ignorante ou mentiroso, que tão fácil e verdadeiramente podem ser dirigidos ao líder e ídolo destes opositores.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re: A farsa das estradas européias de SP
E se vierem com este papo de Zé Alagão nas eleições vão tomar na cabeça, por achar que o povo que dizem representar é estúpido ao ponto de não saber que choveu prá caralho em São Paulo este ano e quando paulista fala que choveu prá caralho é porque choveu prá caralho mesmo.
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Acauan escreveu:Toda esta história de Zé Alagão e Zé Pedágio apenas prova que nem os opositores mais agressivos do ex-governador do Estado de São Paulo ousam lhe aplicar pejorativos realmente graves como corrupto, ignorante ou mentiroso, que tão fácil e verdadeiramente podem ser dirigidos ao líder e ídolo destes opositores.
Fato.
Game Over.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
Re: A farsa das estradas européias de SP
Acauan escreveu:Toda esta história de Zé Alagão e Zé Pedágio apenas prova que nem os opositores mais agressivos do ex-governador do Estado de São Paulo ousam lhe aplicar pejorativos realmente graves como corrupto, ignorante ou mentiroso, que tão fácil e verdadeiramente podem ser dirigidos ao líder e ídolo destes opositores.
FHC não foi corrupto. Sarney não foi. Collor não foi. O bom de se estar lá em cima é que sempre haverá um bode expiatório, não é mesmo?
Quem inventou a frase "eu não sei de nada" que eu saiba não foi o Lula. No mais, se o problema é saber, tem muito gerente aí roubando debaixo das barbas do dono sem que ele saiba. Se for pensar assim o Dono está roubando a si mesmo.
Agora eu pergunto: Os politicos que tem amigos envolvidos diretamente com a corrupção não sabiam de nada? Por que isso se aplica ao Lula e não ao Serra?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: A farsa das estradas européias de SP
Fernando Silva escreveu:Se a estrada dá lucro, ótimo. O governo chama a concessionária e diz "Se vira. É contigo". E só fiscaliza.
O problema é que não fiscaliza. Vide as estradas citadas.
Fernando Silva escreveu:Se a estrada não dá lucro, o governo contrata a concessionária como prestadora de serviço e lhe paga o que for necessário.
Não vi vantagem então em se permitir que poucos lucrem muito se o governo tem de fazer sua parte.
Fernando Silva escreveu:Não se pode esperar que tudo dê lucro. Algumas coisas simplesmente têm que ser feitas, como hospitais e escolas públicas ou como segurança. É para isto que pagamos nossos impostos: não para receber de volta com juros, mas para termos resultados.
Verdade. E o que temos de retorno com tudo o que pagamos de impostos? Está sendo investido em escolas? Em segurança?
E a pergunta persiste: Por que no estado mais rico do país não se investe em tudo isso?
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Jack Torrance escreveu:São Paulo wins!!!Jack Torrance escreveu:Estado de SP possui as dez melhores estradas do Brasil
http://www.jusbrasil.com.br/politica/40 ... -do-brasil
Ninguém disse que as piores estradas estão em SP. Mas dizer que são tão boas quanto as da Europa, tem chão.
O que está sendo colocado aqui é que as concessionadas (?) cobram preços abusivos pelo uso. Eu não me importaria em pagar um preço justo.
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Johnny escreveu:O que está sendo colocado aqui é que as concessionadas (?) cobram preços abusivos pelo uso. Eu não me importaria em pagar um preço justo.
O que seria um preço justo? Como calcular?
E se o preço justo estiver além de suas posses?
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:Se a estrada dá lucro, ótimo. O governo chama a concessionária e diz "Se vira. É contigo". E só fiscaliza.
O problema é que não fiscaliza. Vide as estradas citadas.
Então o problema não é do sistema, é de quem o aplica.
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:Se a estrada não dá lucro, o governo contrata a concessionária como prestadora de serviço e lhe paga o que for necessário.
Não vi vantagem então em se permitir que poucos lucrem muito se o governo tem de fazer sua parte.
Qual o problema de serem poucos se o objetivo (estradas boas) for atingido?
Se o governo, de uma forma ou de outra, nos der estradas boas, ele terá feito sua parte.
É para isto que pagamos nossos impostos. O que o governo deveria fazer é eliminar certos impostos quando houver pedágio, ou seja, em vez de pagarmos ao governo, pagaremos diretamente às concessionárias.
Johnny escreveu:Fernando Silva escreveu:Não se pode esperar que tudo dê lucro. Algumas coisas simplesmente têm que ser feitas, como hospitais e escolas públicas ou como segurança. É para isto que pagamos nossos impostos: não para receber de volta com juros, mas para termos resultados.
Verdade. E o que temos de retorno com tudo o que pagamos de impostos? Está sendo investido em escolas? Em segurança?
Não, mas ... de quem é a culpa? Do sistema ou de quem o aplica?
Johnny escreveu:E a pergunta persiste: Por que no estado mais rico do país não se investe em tudo isso?
Porque temos governos ruins, prefeitos ruins, um presidente corrupto e sem noção etc.
- Fernando Silva
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Johnny escreveu:Acauan escreveu:Toda esta história de Zé Alagão e Zé Pedágio apenas prova que nem os opositores mais agressivos do ex-governador do Estado de São Paulo ousam lhe aplicar pejorativos realmente graves como corrupto, ignorante ou mentiroso, que tão fácil e verdadeiramente podem ser dirigidos ao líder e ídolo destes opositores.
FHC não foi corrupto. Sarney não foi. Collor não foi. O bom de se estar lá em cima é que sempre haverá um bode expiatório, não é mesmo?
Acho que você leu, mas não entendeu: por que chamar de Zé Alagão (ou seja, incompetente) em vez de corrupto?
Houve alguns escândalos no governo FHC, mas onde estão as evidências de que ele estava envolvido (tirando os tais dossiês fabricados por petistas) ?
Johnny escreveu:Quem inventou a frase "eu não sei de nada" que eu saiba não foi o Lula. No mais, se o problema é saber, tem muito gerente aí roubando debaixo das barbas do dono sem que ele saiba. Se for pensar assim o Dono está roubando a si mesmo.
Agora eu pergunto: Os politicos que tem amigos envolvidos diretamente com a corrupção não sabiam de nada? Por que isso se aplica ao Lula e não ao Serra?
Vamos às evidências. Por que os inimigos de Serra não mostram alguma coisa? Estão guardando para a campanha eleitoral?
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Re: A farsa das estradas européias de SP
marta escreveu:sem gasolina na estrada
Se a lei fosse séria e se houvesse uma fiscalização decente da PMR-SP, você teria sido multada. Pane seca é falta grave, punida com multa e 5 pontos na carteira.
Porém não discordo de ti quanto a pagar pedágio. Em geral as estradas são boas e o serviço prestado pelas concessionárias é bom. Somente acho um pouco alto a taxa que é cobrada. Na itália que tem estradas muito melhores você paga somente pelo que utiliza. E é bem mais barato que em São Paulo.
O pedágio na Regis Bittencourt (BR-116) é R$1,50 no trecho de São Paulo a Curitiba e a estrada é muito boa (exceto na serra em São Paulo que ainda não está duplicada devido a questões ambientais).
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)
"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"
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Re: A farsa das estradas européias de SP
[quote/Privatizar rodovias é a melhor coisa a se fazer num país onde a maior parte da riqueza produzida é escoada pelo sistema rodoviario.
Os governos federais e estaduais falham miseravelmente em manter as rodoviais sob suas responsabilidades em condições minimas para se ter agilidade no deslocamento e segurança.[/quote]
A melhor coisa que alguém em sã consciência tem a fazer, num país onde a maior parte da riqueza produzida é escoada pelo sistema rodoviario, é buscar substituir este modo de transporte por algo mais eficiente, seguro e barato.
Logicamente o transporte rodoviário é o mais ineficaz no transporte da riqueza de qualquer país.
Mas difícil mesmo é investir em outros modais de transporte num país onde o lobby do petróleo e das montadoras é fortíssimo.
Os governos federais e estaduais falham miseravelmente em manter as rodoviais sob suas responsabilidades em condições minimas para se ter agilidade no deslocamento e segurança.[/quote]
A melhor coisa que alguém em sã consciência tem a fazer, num país onde a maior parte da riqueza produzida é escoada pelo sistema rodoviario, é buscar substituir este modo de transporte por algo mais eficiente, seguro e barato.
Logicamente o transporte rodoviário é o mais ineficaz no transporte da riqueza de qualquer país.
Mas difícil mesmo é investir em outros modais de transporte num país onde o lobby do petróleo e das montadoras é fortíssimo.
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Johnny escreveu:
E a pergunta persiste: Por que no estado mais rico do país não se investe em tudo isso?
Porque dos 100% de impostos que vai para a federação, menos de 20% voltam. Simples assim. Separação Já.



marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
Re: A farsa das estradas européias de SP
marta escreveu:Johnny escreveu:
E a pergunta persiste: Por que no estado mais rico do país não se investe em tudo isso?
Porque dos 100% de impostos que vai para a federação, menos de 20% voltam. Simples assim. Separação Já.
Você acha pouco Marta, quase 10% do pib nacional em retorno? E os impostos estaduais que não vão para a união?
E o RJ que recebe limpinho 7,5 Bi de royalties? Estão sendo investidos em quê? Só se for no bonde do tigrão.
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Re: A farsa das estradas européias de SP
O MODELO DILMA DE PRIVATIZAÇÃO DAS ESTRADAS VAI PARA O BREJO, O BURACO, O DESMORONAMENTO… RÉGIS BITTENCOURT CONTINUA A SER “A ESTRADA DA MORTE”. MATA, SIM, GENTE, MAS O PEDÁGIO PARA O CÉU É BARATINHO
Reinaldo Azevedo
quarta-feira, 14 de abril de 2010 | 5:39
No post de ontem, em que tratei do grande monte que o governo está fazendo em Belo Monte, lembrei o insucesso do chamado “Modelo Dilma” de privatização das estradas — que, obviamente, deu errado. Pois bem… Às vezes, modéstia às favas, pago o preço por ver com um pouquinho mais de aguda vista (como diria Padre Vieira) do que boa parte dos colegas. E por que vejo? Minha receita é simples: desconfie dos políticos, mas desconfie ainda mais dos petistas — coisa difícil para muitos porque simpatizantes do partido… Vocês sabem: detesto a crítica “nem-nem”, “nem isso nem aquilo”. Posso errar, mas sou sempre muito claro. No caso de petistas, não erro quase nunca porque eles não deixam. Embora o tema pareça técnico, leiam um dos editoriais do Estadão de hoje, que segue abaixo. Leiam, comentem e depois prestem atenção ao post abaixo deste.
*
O barato sai caro
O barato está saindo caro demais na administração e manutenção das Rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt - os chamados corredores do Mercosul, que se colocam entre as primeiras estradas brasileiras em valor de carga transportada. Dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários. Em alguns trechos, toras escoram partes das pistas, as encostas cedem, ameaçando arrastar as pistas de rolamento e abalando estruturas de viadutos. Automóveis e caminhões caem em buracos onde deveria haver uma pista. Os desvios da Rodovia Fernão Dias aumentavam, em março, em 70 quilômetros a viagem entre São Paulo e Belo Horizonte.
As expectativas dos motoristas que apostavam que a Rodovia Régis Bittencourt melhoraria com a privatização foram frustradas. Ela continua merecendo o título de “estrada da morte”. Seu principal gargalo, na Serra do Cafezal, é um funil de 30,5 quilômetros onde acontecem 46% mais acidentes do que no restante da rodovia. Mas esse trecho não será duplicado tão cedo.
Em fevereiro, o governo federal e a concessionária responsável pela rodovia anunciaram o adiamento da duplicação do trecho da Serra do Cafezal para 2013. Não tendo cumprido obrigação contratual, a concessionária, que assumiu a estrada em 2008 em troca da exploração de pedágios por 25 anos, não poderá aumentar o valor do pedágio. Triste consolo para os usuários, que continuarão trafegando numa estrada ruim e perigosa.
Em 2008, o governo federal comemorou o sucesso da segunda etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais, baseada no pedágio mais barato possível. Numa crítica direta ao governo do Estado de São Paulo, as autoridades federais reviram os cálculos de retorno dos investimentos das empresas concessionárias. Argumentavam que os cálculos eram baseados em premissas antigas, como taxa de juro anual de até 25% e risco país de mil pontos, o que levava os consórcios a exigirem rentabilidade garantida de 12,8% - e pedágios caros.
A repercussão dos leilões de concessão das Rodovias Régis Bittencourt e Fernão Dias foi estrondosa. Foram oferecidos deságios de 46% e de 65%, respectivamente, a tarifa mínima fixada pelo governo. Com isso, os motoristas que percorressem a Fernão Dias deixariam em suas oito praças de pedágio apenas R$ 8,00, o que equivalia a apenas 13% da tarifa -calculada por quilômetro - que vigorava na Rodovia dos Bandeirantes, privatizada pelo governo paulista há 12 anos.
A concessionária espanhola OHL, que passou a administrar as Rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt, não conseguiu fazer milagres. As estradas continuam em estado precário e os prazos para a solução dos seus principais problemas são longos demais.
Mas, ainda que o preço baixo da tarifa não ofereça o fôlego necessário para que a concessionária invista na recuperação dos corredores degradados, era de esperar que o empréstimo de R$ 756 milhões concedido pelo BNDES à concessionária, há um ano, fosse suficiente para, pelo menos, custear obras preventivas que evitassem, na época de chuvas, os estragos que provocam extensas interrupções nesses dois corredores de grande importância para a economia nacional.
Não foi o que aconteceu. Pelo contrato, nos primeiros seis meses de concessão da Fernão Dias, por exemplo, a concessionária deveria cumprir uma lista de melhorias que ia da recuperação do pavimento, de passarelas e de proteções de pontes e viadutos, até a retirada do mato e melhoria da sinalização. Apesar das sanções previstas, como multas, proibição de cobrança de pedágio e até a perda da concessão, o cronograma de obras não vem sendo cumprido, como mostrou reportagem do Estado, publicada no domingo. Os elevados índices de acidentes e mortes e o péssimo estado de conservação em que se encontram são o testemunho do fracasso do modelo federal de privatização de rodovias.
Reinaldo Azevedo
quarta-feira, 14 de abril de 2010 | 5:39
No post de ontem, em que tratei do grande monte que o governo está fazendo em Belo Monte, lembrei o insucesso do chamado “Modelo Dilma” de privatização das estradas — que, obviamente, deu errado. Pois bem… Às vezes, modéstia às favas, pago o preço por ver com um pouquinho mais de aguda vista (como diria Padre Vieira) do que boa parte dos colegas. E por que vejo? Minha receita é simples: desconfie dos políticos, mas desconfie ainda mais dos petistas — coisa difícil para muitos porque simpatizantes do partido… Vocês sabem: detesto a crítica “nem-nem”, “nem isso nem aquilo”. Posso errar, mas sou sempre muito claro. No caso de petistas, não erro quase nunca porque eles não deixam. Embora o tema pareça técnico, leiam um dos editoriais do Estadão de hoje, que segue abaixo. Leiam, comentem e depois prestem atenção ao post abaixo deste.
*
O barato sai caro
O barato está saindo caro demais na administração e manutenção das Rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt - os chamados corredores do Mercosul, que se colocam entre as primeiras estradas brasileiras em valor de carga transportada. Dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários. Em alguns trechos, toras escoram partes das pistas, as encostas cedem, ameaçando arrastar as pistas de rolamento e abalando estruturas de viadutos. Automóveis e caminhões caem em buracos onde deveria haver uma pista. Os desvios da Rodovia Fernão Dias aumentavam, em março, em 70 quilômetros a viagem entre São Paulo e Belo Horizonte.
As expectativas dos motoristas que apostavam que a Rodovia Régis Bittencourt melhoraria com a privatização foram frustradas. Ela continua merecendo o título de “estrada da morte”. Seu principal gargalo, na Serra do Cafezal, é um funil de 30,5 quilômetros onde acontecem 46% mais acidentes do que no restante da rodovia. Mas esse trecho não será duplicado tão cedo.
Em fevereiro, o governo federal e a concessionária responsável pela rodovia anunciaram o adiamento da duplicação do trecho da Serra do Cafezal para 2013. Não tendo cumprido obrigação contratual, a concessionária, que assumiu a estrada em 2008 em troca da exploração de pedágios por 25 anos, não poderá aumentar o valor do pedágio. Triste consolo para os usuários, que continuarão trafegando numa estrada ruim e perigosa.
Em 2008, o governo federal comemorou o sucesso da segunda etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais, baseada no pedágio mais barato possível. Numa crítica direta ao governo do Estado de São Paulo, as autoridades federais reviram os cálculos de retorno dos investimentos das empresas concessionárias. Argumentavam que os cálculos eram baseados em premissas antigas, como taxa de juro anual de até 25% e risco país de mil pontos, o que levava os consórcios a exigirem rentabilidade garantida de 12,8% - e pedágios caros.
A repercussão dos leilões de concessão das Rodovias Régis Bittencourt e Fernão Dias foi estrondosa. Foram oferecidos deságios de 46% e de 65%, respectivamente, a tarifa mínima fixada pelo governo. Com isso, os motoristas que percorressem a Fernão Dias deixariam em suas oito praças de pedágio apenas R$ 8,00, o que equivalia a apenas 13% da tarifa -calculada por quilômetro - que vigorava na Rodovia dos Bandeirantes, privatizada pelo governo paulista há 12 anos.
A concessionária espanhola OHL, que passou a administrar as Rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt, não conseguiu fazer milagres. As estradas continuam em estado precário e os prazos para a solução dos seus principais problemas são longos demais.
Mas, ainda que o preço baixo da tarifa não ofereça o fôlego necessário para que a concessionária invista na recuperação dos corredores degradados, era de esperar que o empréstimo de R$ 756 milhões concedido pelo BNDES à concessionária, há um ano, fosse suficiente para, pelo menos, custear obras preventivas que evitassem, na época de chuvas, os estragos que provocam extensas interrupções nesses dois corredores de grande importância para a economia nacional.
Não foi o que aconteceu. Pelo contrato, nos primeiros seis meses de concessão da Fernão Dias, por exemplo, a concessionária deveria cumprir uma lista de melhorias que ia da recuperação do pavimento, de passarelas e de proteções de pontes e viadutos, até a retirada do mato e melhoria da sinalização. Apesar das sanções previstas, como multas, proibição de cobrança de pedágio e até a perda da concessão, o cronograma de obras não vem sendo cumprido, como mostrou reportagem do Estado, publicada no domingo. Os elevados índices de acidentes e mortes e o péssimo estado de conservação em que se encontram são o testemunho do fracasso do modelo federal de privatização de rodovias.



marta
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- Fernando Silva
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários.
Deve ser o tal do pedágio "social": "Tudo bem, a gente privatiza, mas vocês não podem cobrar quase nada".
Ganha uma empresa pilantra, que sabe que não vai poder cumprir o prometido, e o governo finge que não sabe disto.
As empresas honestas desistem e ainda são acusadas de querer explorar o povo.
O governo simula uma privatização, mas, na verdade, nada muda.
Re: A farsa das estradas européias de SP
Fernando Silva escreveu:Dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários.
Deve ser o tal do pedágio "social": "Tudo bem, a gente privatiza, mas vocês não podem cobrar quase nada".
Ganha uma empresa pilantra, que sabe que não vai poder cumprir o prometido, e o governo finge que não sabe disto.
As empresas honestas desistem e ainda são acusadas de querer explorar o povo.
O governo simula uma privatização, mas, na verdade, nada muda.
É o jeitinho competentemente petralha de privatizar estradas. Depois reclamam dos pedágios de São Paulo. Aqui, pelo menos, se anda nas estradas.
É o método meia-boca do corruPT de governar. Apesar do preço baixo, ainda deve ser descontado aqueles noves fora que a gente já tá careca de saber como funciona. O resultado é esse aí.



marta
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Re: A farsa das estradas européias de SP
Fernando Silva escreveu:Dois anos após o governo federal ter concedido as estradas a operadores privados, pelo pedágio mais barato possível, elas estão longe de oferecer segurança a seus usuários.
Deve ser o tal do pedágio "social":
Pelo que se lê no texto, está mais para pedágio-funeral



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