Rede Canção Nova terá debate com candidatos

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Fernando Silva
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Rede Canção Nova terá debate com candidatos

Mensagem por Fernando Silva »

Amigos,

Temos que divulgar isto, pois finalmente nos debates serão feitas as nossas perguntas. Vamos interceder por tudo!

Os candidatos à Presidência da República, Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), já confirmaram presença no debate do dia 23 de agosto promovido pelas emissoras católicas TV Aparecida e Rede Canção Nova de Comunicação. Além destes, o convite também foi feito para a candidata Dilma Roussef (PT), porém a petista ainda não confirmou presença.

Ela declarou, que por questões de agenda, participará apenas dos debates agendados pelas Redes Bandeirantes, Globo, Record e Rede TV. O local do debate será no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Este será o primeiro debate, entre presidenciáveis, promovido por emissoras católicas.

As duas emissoras instaladas no Vale do Paraíba, juntas abrangem mais de 100 milhões de espectadores. O debate terá quatro blocos, com duração de duas horas. Os candidatos responderão perguntas de um mediador, de jornalistas da TV Aparecida, Rede Canção Nova e de membros de pastorais católicas.

Não haverá perguntas entre os candidatos. Eles não serão poupados de questões polêmicas, como o aborto, o uso de contraceptivos, a união homossexual, a manutenção de símbolos religiosos em repartições públicas e a utilização de células-tronco embrionárias para pesquisas científicas e tratamento.

No primeiro bloco o mediador fará as perguntas sobre saúde, educação, habitação e emprego. No segundo bloco três jornalistas perguntam aos candidatos. Por sorteio, um candidato responde e outro comenta, com direito a réplica e tréplica. No terceiro bloco membros das pastorais católicas perguntam a um candidato, outro comenta com direito a réplica e tréplica.

No quarto bloco cada candidato responde a uma pergunta, feita pelo mediador, sobre um determinado problema do país. Em seguida os candidatos fazem suas considerações finais. O objetivo do debate, segundo os organizadores, é conscientizar o público cristão.

Fonte: Jornal de Itupeva

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joaomichelazzo
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Re: Rede Canção Nova terá debate com candidatos

Mensagem por joaomichelazzo »

Depois do debate todos os candidatos serão obrigados a ajoelhar no milho e rezar 300 aves-maria e 500 pai-nosso.

Geraldo Alckimin não foi convidado, mas confirmou presença.
Ele irá demonstrar as novas técnicas de auto-flagelo que aprendeu na Opus Dei.
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)

"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"

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Fernando Silva
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Re: Rede Canção Nova terá debate com candidatos

Mensagem por Fernando Silva »

Dilma alega problemas de agenda para não comparecer, mas passa o debate twittando.

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes ... 02186.html
Candidatos criticam ausência de Dilma em debate católico
O debate das emissoras Canção Nova e Aparecida contou com perguntas sensíveis à doutrina Católica, como aborto e homossexualismo

Rodrigo Rodrigues

Principal ausência no debate entre os presidenciáveis promovido pelas redes de TV católicas Canção Nova e Aparecida, a candidata Dilma Rousseff (PT) recebeu pesadas críticas dos adversários. Segundo Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, a ausência da petista significa “arrogância e prepotência da candidata que acha que já ganhou as eleições”.

"Dos quatro candidatos, só ela que não podia deixar de estar aqui", disse Plínio. "O meio cristão sabe muito bem quem é José Serra, quem é Marina e os bispos e padres aqui também me conhecem. Mas essa senhora (Dilma) é uma incógnita. Não sabemos quem é. Foi inventada pelo Lula e foge do debate", atacou.

Além do candidato do PSOL, o presidenciável José Serra (PSDB) também centrou críticas à Dilma no final do debate. Segundo o tucano, a ausência da petista é reflexo da dificuldade que ela tem de dizer o que de fato pensa. “O prejuízo é da população, que perde uma possibilidade de comparação. A ausência dela é por não querer se explicar ou dizer o que pensa. E porque esse não é o rumo que eles (PT) deram a campanha dela, de apresentação clara de propostas, de ideia e de debate”, afirmou Serra.

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Avessa a críticas, a candidata do PV, Marina Silva, não poupou a adversária desta vez. Ela se disse muito chateada ao saber que Dilma estava postando mensagens na rede de microblog Twitter no horário do debate. “Procurei ser muito respeitosa com a sua ausência. Mas lamento profundamente que ela não tenha respeitado a nossa presença. Foi enviado uma justificativa de que havia problema de agenda e agora nós sabemos que ela estava twittando. Eu gostaria de que tivesse pelo menos o respeito com a nossa presença”, reclamou Marina.

A postagem de mensagens de Dilma no Twitter foi tema até mesmo dentro do debate. Ao saber que a rival estava usando a internet no horário do encontro, Plínio de Arruda Sampaio fez questão de ironizar a petista. “A candidata do governo é que deveria estar aqui defendendo o plano. Mas ela não está. Sabem o que ela está fazendo? Twittando...”, comentou o candidato socialista ao responder uma pergunta sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH).

Clima religioso

Apesar das críticas contra Dilma, o clima do debate no auditório da Faculdade Santa Marcelina foi bastante ameno. Sem perguntas diretas entre os candidatos, a abordagem de assuntos polêmicos partiu diretamente dos organizadores do evento, através de jornalistas e representantes de pastorais católicas. Os candidatos foram questionados sobre aborto, homossexualismo, símbolos religiosos em repartições públicas e até castidade, temas caros a doutrina da Igreja Católica.

Presentes em peso no evento, bispos, padres e freiras católicas ocuparam toda a parte central do auditório, enfileirados nas primeiras poltronas do bloco. A cada resposta mais ríspida dos candidatos, eles olhavam com ar de reprovação e até balançavam a cabeça negativamente, comentando uns com os outros a postura dos presidenciáveis.

A presença da alta hierarquia católica no Brasil chamou atenção até do candidato José Serra, gerando comentários ao término da transmissão. “A presença da alta hierarquia da igreja e o olhar compenetrado deles gerou uma tensão que me chamou atenção até aqui do estúdio”, disse o tucano. Na passagem do terceiro para o quarto bloco, porém, Serra saiu da bancada e foi cumprimentar uma a uma as freiras que ocupavam a fila do gargarejo.

Questões polêmicas

Presente no evento, dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo, teve que ouvir a defesa rasgada de Plínio sobre o aborto e a condenação de Serra sobre o projeto de lei que criminaliza o preconceito contra homossexuais. “No Brasil tem até esquadrões para matar, torturar e perseguir pessoas que tem preferência pelo mesmo sexo. Isso é crime. Que uma religião não aceite a ideia do homossexualismo, que considere que deve pregar ou falar contra essa prática, é uma coisa. Outra coisa é a questão social que está envolvida, que é a da humilhação e da discriminação”, afirmou o tucano.

Ao ser questionado sobre a distribuição de material preventivo contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) que preguem a fidelidade e a castidade, Serra deixou claro que é a favor da monogamia e contra o sexo precoce. “Tem 30 mil crianças no Brasil que nascem de mães de até 12 anos de idade. Não terei o menor problema em me manifestar contra o sexo precoce e a favor do monoganismo, que ajudam a diminuir o problema”, declarou.

Nervosismo e ironia

Mais comedida e com posições mais conservadoras alinhadas com a Igreja Católica, a candidata Marina Silva voltou a defender o plebiscito para o aborto. Abusando dos termos religiosos, ela disse que é preciso fazer um debate sério no Brasil sobre o assunto, mesmo ela sendo pessoalmente contra. “O debate precisa ser aberto, sem preconceito ou satanização de quem é contra ou a favor”, ressaltou a presidenciável, que é evangélica da Assembleia de Deus.

Aparentemente nervosa, Marina deve muita dificuldade nos dois primeiros blocos de responder as perguntas no tempo estipulado de dois minutos, quase sempre deixando de concluir o raciocínio. Ao ser rotulada pela segunda vez de "ecocapitalista" por Plínio, a candidata rebateu forte: “Não estamos em uma guerra entre o mal e o bem. O mundo é mais complexo do que isso. Temos que evitar a satanização através dos rótulos, que é o argumento de alguém que não quer debater, mas só rotular. Chamar de ecocapitalista evita o debate”, defendeu-se.

A monotonia do debate foi quebrada várias vezes por Plínio de Arruda Sampaio, que mais uma vez roubou a cena com piadas e comentários maldosos contra os adversários. Além das críticas diretas à Dilma, o candidato do PSOL chamou a construção da hidrelétrica de Belo Monte de “bolsa-empreiteira”e desqualificou a ideia de criação do Ministério da Segurança Pública, defendida por Serra e Marina. “Não é violência que acaba com a violência. O que acaba é a cidadania. É a terra, o trabalho e um teto para morar para todos”, afirmou Plínio.

Apesar de ausente, Dilma Rousseff foi convidada para participar do evento, mas não compareceu alegando problemas de agenda. Mesmo longe, a candidata petista foi alvo de uma manifesto distribuído ao final do evento, em que religiosos contestam a posição do PT sobre o aborto. O manifesto é assinado pela "Comissão em Defesa da Vida", órgão ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), mas foi articulado por dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos (SP) que já tinha publicado um artigo pregando o boicote à candidatura da petista.

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Fernando Silva
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Re: Rede Canção Nova terá debate com candidatos

Mensagem por Fernando Silva »

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes20 ... 463426.asp
Em debate de TVs católicas, Serra apoia monogamia, Marina explica posição sobre aborto e Plínio critica erotismo na televisão

Sérgio Roxo e Sílvia Amorim

SÃO PAULO - Os candidatos a presidente da República tiveram que se deparar com questões ligadas à religião em debate promovido na noite desta segunda-feira em São Paulo pelas TVs católicas Canção Nova e Aparecida. O presidenciável José Serra (PSDB) defendeu a monogamia como forma de evitar a Aids, Marina Silva (PV) disse que a sua proposta de um plebiscito sobre o aborto "não é uma posição de meio termo" e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) falou da necessidade de "combater o erotismo de uma sociedade burguesa".

Sem a possibilidade de um candidato perguntar ao outro, houve poucos embates no encontro. Os presidenciáveis tinham apenas a opção de comentar as respostas dos oponentes.

A ausência da candidata Dilma Rousseff (PT) serviu de munição para os adversários. Plínio criticou duramente a petista no começo do programa dizendo que as pessoas precisam conhecer a "candidata inventada pelo Lula" e disse que ela estava postando mensagens no Twitter durante o programa.

- Dos quatro candidatos, tem uma que não poderia deixar de estar aqui. No entanto, esta senhora, que é uma incógnita... que foi inventada pelo Lula, esta senhora manda uma cartinha cheia de gratitudes e foge das questões que vão ser discutidas aqui hoje - atacou Plínio, arrancando aplausos da plateia.

Dilma, que aparece com 17 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, justificou sua ausência em nota lida pelo mediador alegando problemas de agenda.

Em outro momento do debate, foi a vez de Serra atacar a petista ao falar sobre os problemas da economia, como a alta taxa de juros, a carga tributária elevada e o baixo investimento público.

- A candidata ausente tem defendido essa política (de juros) - disse o tucano.

Questionado sobre as pesquisas que o mostram atrás de Dilma e sobre o que fará para reverter esse quadro, Serra respondeu que a pesquisa que vale é o do dia da eleição.

- Pesquisa é um indicador que políticos e jornalistas têm fascinação - ironizou.

Mais sutil, a referência de Marina à ausência de Dilma veio na sua saudação inicial. Sem citar a candidata petista, a presidenciável verde defendeu a importância da participação nos debates.

- Para mim, é uma satisfação estar em mais um debate. É fundamental comparecer a todos os debates para que as pessoas possam ver as nossas trajetórias.

Ao ser perguntado por um jornalista se o combate ao sexo precoce e a defesa da monogamia eram caminhos para evitar a Aids, Serra disse:

- Não terei a menor dificuldade, pelo contrário, de me manifestar, de dizer que não é bom, o sexo precoce, e pelo monogamismo, se é possível dizer assim. Ajuda a combater a doença.

Marina, que é evangélica da Assembleia de Deus, enfrentou uma saia justa quando foi perguntada de forma dura sobre a sua posição de defender um plebiscito para a questão do aborto. Segundo ela, é preciso fazer um debate "sem satanização" e resolver essa questão de forma transparente.

- Eu defendo que, na democracia, se faça o plebiscito para que se faça aquilo que está faltando, o debate aberto - disse Marina.

- Não se trata de uma posição de meio termo. Tenho uma posição pessoal em defesa da vida. É um valor inegociável. Não é uma questão puramente religiosa. É também moral e política. O único ponto de convergência é que precisamos debater o assunto - completou.
Plínio diz que governo cria 'bolsa empreiteira' com projeto de Belo Monte

Uma pergunta sobre a possibilidade de apoiarem ou não um projeto de lei sobre criminalização da homofobia provocou os candidatos. Plínio mostrou-se favorável à criminalização.

- Sou contra toda discriminação. Não se pode humilhar pessoas por sua opção sexual - afirmou Plínio.

O candidato do PSDB também disse que qualquer preferência sexual não pode ser objeto de discriminação. Mas defendeu o direito das igrejas ou religiões pregarem seus princípios dentro de recintos religiosos

Ao defender o controle social da mídia, Plínio disse que nas televisões brasileiras "só há erotismo". Escalado para comentar a resposta do candidato do PSOL, Serra se disse contrário ao controle social e afirmou que o "PT aparelhou" os conselhos federais.

Plínio mais uma vez distribuiu ataques aos adversários. Disse que a proposta de Serra de criar um Ministério da Segurança "é uma bobagem". Acusou o governo federal de criar o "bolsa empreiteira" ao fazer o projeto da usina de Belo Monte e chamou novamente Marina de "ecocapitalista".

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Johnny
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Re: Rede Canção Nova terá debate com candidatos

Mensagem por Johnny »

Fernando Silva escreveu:Dilma alega problemas de agenda para não comparecer, mas passa o debate twittando.


Entre viajarmuitas horas (depende de disponibilidade de agenda) e ficar na frente do PC algumas horas, tem uma grande diferença. Bem, pra mim tem.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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joaomichelazzo
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Re: Rede Canção Nova terá debate com candidatos

Mensagem por joaomichelazzo »

Johnny escreveu:
Fernando Silva escreveu:Dilma alega problemas de agenda para não comparecer, mas passa o debate twittando.


Entre viajarmuitas horas (depende de disponibilidade de agenda) e ficar na frente do PC algumas horas, tem uma grande diferença. Bem, pra mim tem.


O Serra quando era governador alegava um monte de problemas de agenda e passava todas as madrugadas tuitando.
“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)

"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"

Trancado