Dilma diz que MST não é caso de polícia

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Fernando Silva
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Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fernando Silva »

Nada de reprimir os coitadinhos.
Começamos bem...

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes ... 68214.html
Dilma voltou a falar sobre o tratamento que pretende dar ao Movimento dos Sem-Terra. “O MST não é um caso de polícia. Eu não vou dar margem para nenhum tipo de Eldorado dos Carajás”,

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Fenrir
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fenrir »

Não é?? Começou mal a presidenta.

Basta procurar por "MST invade propriedade produtiva" no Google - vai vir um monte de links.
Claro que, para os crentes do PT, deve ser tudo intriga e raiva da mídia e da oposição.
Porque há que se levar em conta que os crentes do PT julgam qualquer crítica ao PT como sendo falsa a priori, venha ela de onde vier.

Por isto é que já disse por aqui que a adoração de muitos por seus partidos e/ou doutrinas e ideologias políticas de estimação se parece muito
com a fé cega dos crentes: ambos compartilham esta crença na infalibilidade e na moral e ética inabaláveis dos objetos do seus credos, por
mais que hajam evidências em contrário.

A propósito, a invasão de propriedade particular por sí só já é crime.
Editado pela última vez por Fenrir em 03 Nov 2010, 12:53, em um total de 1 vez.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apáte »

Também acho. É caso de Forças Armadas.
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Johnny
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Johnny »

Isso vale para as mansões tomadas em áreas de preservação, por grilagem insdustrial e outras ou só para a ralé? Se for para todos, concordo.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apo »

Esta é apenas uma das primeiras noticiazinhas do 4º diazinho a 2 meses de assumir a presidência.

Olhai e vigiai. O monstrengo está adormecido, ainda.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:Isso vale para as mansões tomadas em áreas de preservação, por grilagem insdustrial e outras ou só para a ralé? Se for para todos, concordo.


Espantalho, tu quoque e incitação à violência generalizada.
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Fenrir
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fenrir »

Acho até que deveriam criar um MST do MST, para invadir todas as propriedades invadidas pelo MST que ainda continuam improdutivas (ou não, se eu quiser ser 100% consistente com o comportamento deles).

Como não tenho nenhuma terra, sou sem-terra, portanto me reservo o direito de invadir terras que o MST invadiu (improdutivas ou não), e sem que o ato seja qualificado como "caso de polícia". Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apáte »

Fenrir escreveu:Acho até que deveriam criar um MST do MST, para invadir todas as propriedades invadidas pelo MST que ainda continuam improdutivas (ou não, se eu quiser ser 100% consistente com o comportamento deles).

Como não tenho nenhuma terra, sou sem-terra, portanto me reservo o direito de invadir terras que o MST invadiu (improdutivas ou não), e sem que o ato seja qualificado como "caso de polícia". Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
O pior é que eles te meteriam bala.
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Johnny
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:
Johnny escreveu:Isso vale para as mansões tomadas em áreas de preservação, por grilagem insdustrial e outras ou só para a ralé? Se for para todos, concordo.


Espantalho, tu quoque e incitação à violência generalizada.

Ô manela, não estou defendendo o MST, aliás, nunca defendi. Mas vamos lá:

RICO NÃO INVADE. RICO OCUPA

Construir sobre cursos d'água ou próximo deles resulta, quase sempre, em tragédia. Foi assim ontem no porto Chibatão, onde uma parte do rio Negro acabou aterrada para dar lugar ao empreendimento. O desmoronamento da estrutura do porto - com mortos e feridos - pode se repetir em outros locais, igualmente aterrados ou invadidos. E são áreas que, sem nenhum esforço, podem ser pontuadas e identificadas. Na década de 80 um terreno de aproximadamente 5000 metros quadrados, às margens do igarapé do 40, foi invadido no bairro Japiim. A polícia retirou os invasores, mas a área foi ocupada em seguida - sem nenhuma resistência do poder público - pela família Daou, que construiu ali um shopping e até condomínios. Ao estender seus domínios sobre um terreno que era da sociedade, os Daou repetiram a invasão anterior, feita por famílias pobres, mas na visão do governo da época, agora não se tratava de invasão, mas de ocupação para preservar um cartão postal, que representava a saída do distrito industrial da Suframa. A área é composta por solo arenoso e instável, suscetível a afundamento da estrutura montada.

O Manauara Shopping também está em terreno arenoso. O caso se repete com o shopping Millenium Center, todos construídos às margens de igarapés ou sobre cursos de rios aterrados. Numa cidade metrópole como Manaus, a não existência de um plano de prevenção de risco, que concentre uma vigilância permanente sobre esses imóveis que em tese estariam distantes das encostas de barrancos e portanto não sujeitos a desabamentos, acaba se tornando uma vergonhosa irresponsabilidade do poder público.

Essas áreas se tornaram densamente habitadas ou frequentadas por milhares de pessoas. Até um nova tragédia, pode demorar pouco e custar muitas vidas. Mas Manaus é uma cidade onde a invasão de risco só é invasão quando é feita pelos mais pobres. Rico não invade. Rico ocupa. E sai das tragédias que provoca sem que lhe seja atribuída qualquer penalidade. Falta consciência inclusive dos mais abastados sobre o risco que é construir sobre igarapés. E há um criminoso conluio do poder público com essas pessoas ou grupos econômicos, o que é lamentável.

Os donos do poder

A ocupação dos cargos no Legislativo e no Executivo no Brasil não reflete a sua base social, mas a cúpula social, em um país onde a concentração de poder político reflete a concentração da propriedade, da renda e do saber. Grileiros ricos que invadiram propriedades públicas e falsificaram escrituras com conivência dos donos de cartório e grileiros, como o ricaço Sr. Cutrale que surrupiou terras públicas no interior paulista.esperneiam e esbravejam contra a “violência” do MST... Hilário, se não fosse trágico, quando a reforma agrária não tem nada de comunismo ou socialismo, mais foi feita muito cedo dos Estados Unidos, e foram os norte-americanos que forçaram a reforma agrária no Japão e em Taiwan.
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Apo
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apo »

Aqui na minha terra, tá cheio de obra embargada há anos, virando pó, porque alguns grupos de incorporação fizeram o que não podiam ( obviamente sob o endosso do Estado, que "rico" não ocupa coisa alguma aos moldes dos pobres). Se no resto no Brasil isto não funciona, problema da bagunça gerada e permitida por maus governantes.

Daí a achar que o MST deve ser tratado na mesma moeda que os demais casos, é incitação à criminalidade mais baixa que já existiu neste país, SIM! É baixa porque usa a ideologia para destruir o trabalho de gente que já sofre com impostos escrochantes e outros danos naturais e PORQUE É FINANCIADA PELO GOVERNO CENTRAL.

CRIME ORGANIZADO! CADEIA!
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Fabris
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fabris »

Fernando Silva escreveu:Nada de reprimir os coitadinhos.
Começamos bem...

http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes ... 68214.html
Dilma voltou a falar sobre o tratamento que pretende dar ao Movimento dos Sem-Terra. “O MST não é um caso de polícia. Eu não vou dar margem para nenhum tipo de Eldorado dos Carajás”,
Que tal um pouco de honestidade intelectual e citar todo o trecho da entrevista em que ela citou o MST?
Eu pensava que misquotation fosse uma arma típica de crentes e criacionistas...
Parece que me enganei!

No que se refere ao MST, me neguei a tratar como caso de polícia porque não é. Mas não compactuo com ilegalidade, nem com invasão de prédio público nem de propriedades produtivas. Acho que a nossa política de agricultura familiar é fundamental para garantir ao assentado renda monetária. Nós temos que trabalhar no sentido de transformar o produtor em pequeno proprietário. O produtor tem de ter renda, perceber que ele melhorou de vida.

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Apo
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apo »

Blablabla e ela ainda nem assumiu. Deve ser pra posar de boazinha pro PMDB, que já tá dando botando as manguinhas de fora, graças a deus.

Engraçado o papo desta gentalha. Ela diz que não é caso de polícia, MAS não concorda com invasões etc? E o que é o MST faz? Pede licença pra tomar um chazinho? :emoticon21:
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Fenrir
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fenrir »

Ué e a comparação que a Dilma fez? Tambem não é falaciosa?
Desde quando "ser caso de polícia" significa "dar margem a algum tipo de Eldorado dos Carajás"?
Ou devemos supor que sempre ou quase sempre que a polícia se involver num caso destes o desfecho será como em Eldorado dos Carajás?
Se isto não for falacioso, sou o papai noel.

Ela disse: "me neguei a tratar como caso de polícia porque não é"
e depois: "Mas não compactuo com ilegalidade, nem com nem com invasão de prédio público nem de propriedades produtivas ". Ora, é fato que o MST invadiu propriedades produtivas.
Portanto vemos que a sra Dilma entrou em contradição flagrante aqui!

Duas falacias em umas poucas linhas de texto!
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Apo »

Flagrante nada! Eles entregam o jogo sempre! São daquele naipe de gente que duplipensa e duplifala! E os trouxas batem palmas, enquanto a caravana passa.
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Fabris
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fabris »

Fenrir escreveu:Ué e a comparação que a Dilma fez? Tambem não é falaciosa?
Desde quando "ser caso de polícia" significa "dar margem a algum tipo de Eldorado dos Carajás"?
Ou devemos supor que sempre ou quase sempre que a polícia se involver num caso destes o desfecho será como em Eldorado dos Carajás?
Se isto não for falacioso, sou o papai noel.

Ela disse: "me neguei a tratar como caso de polícia porque não é"
e depois: "Mas não compactuo com ilegalidade, nem com nem com invasão de prédio público nem de propriedades produtivas ". Ora, é fato que o MST invadiu propriedades produtivas.
Portanto vemos que a sra Dilma entrou em contradição flagrante aqui!

Duas falacias em umas poucas linhas de texto!
Novamente: você está fazendo misquotation e está sendo totalmente incapaz de entender um trecho extremamente simples da entrevista coletiva. Vamos mudar o objeto do discurso para um menos emocional, para ver se você consegue entender:

"Sempre me neguei a tratar a questão das torcidas organizadas como caso de polícia porque não é. Mas não compactuo com ilegalidade, nem com agressões a torcedores rivais, nem com depredação de clubes".

Consegue entender , agora, a diferença entre uma agremiação e suas ações?
Entendeu agora que o MST não é criminoso per se e que algumas de suas ações, sim é que podem ser consideradas crimes?
Pior ainda: não é capaz de entender que não se pode criminalizar nenhum segmento de uma sociedade apenas por seus ideais ou características, mas apenas por suas ações?
Em 1935, um determinado governo resolveu pegar aquilo que considerava características de uma parcela da sociedade e criminalizar esse segmento apenas por essas características. Foi assim que Hitler criminalizou o simples fato de ser judeu.
O fato do MST ser um segmento que defende a reforma agrária (que foi realizada por praticamente todos os países do mundo, inclusive na Meca neoliberal) não torna o movimento criminoso. Suas ações, sim, é que podem ser julgadas.

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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

Fabris escreveu:
No que se refere ao MST, me neguei a tratar como caso de polícia porque não é. Mas não compactuo com ilegalidade, nem com invasão de prédio público nem de propriedades produtivas. Acho que a nossa política de agricultura familiar é fundamental para garantir ao assentado renda monetária. Nós temos que trabalhar no sentido de transformar o produtor em pequeno proprietário. O produtor tem de ter renda, perceber que ele melhorou de vida.


Pior a emenda que o soneto.

Ao dizer que é contra "invasão de prédio público ou de propriedades produtivas", a presidente eleita deixa em aberto se apoia a invasão de prédios privados e de propriedades improdutivas, lembrando que mesmo propriedades improdutivas são protegidas pela lei e só podem ser desapropriadas para a reforma agrária após o devido processo legal. NENHUMA lei autoriza invasões de propriedades, sejam elas produtivas ou não.

Se a presidente eleita diz que não compactua com a ilegalidade, se contradiz ao dizer que o MST não é caso de polícia, uma vez que esta organização viola a lei sistematicamente, quase sempre se valendo de intimidação e violência para atingir seus fins.

No mais, em Eldorado dos Carajás uma multidão de militantes do MST avançou aos gritos contra a polícia brandindo instrumentos agrícolas que nas circunstâncias podiam ser usados como armas - foices, facões, enxadas etc.
Se a presidente eleita não quer ver repetida tal tragédia, deve conter também e principalmente os líderes do MST que usam seus próprios militantes como bucha de canhão para conquistar dividendos políticos.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

Fabris escreveu:"Sempre me neguei a tratar a questão das torcidas organizadas como caso de polícia porque não é. Mas não compactuo com ilegalidade, nem com agressões a torcedores rivais, nem com depredação de clubes".

Consegue entender , agora, a diferença entre uma agremiação e suas ações?
Entendeu agora que o MST não é criminoso per se e que algumas de suas ações, sim é que podem ser consideradas crimes?


Exemplo oportuno.
Segue texto de sentença de dissolução judicial da Mancha Verde.
As semelhanças que podem ser levantadas com relação ao MST não são mera coincidência.

http://brs.aasp.org.br/netacgi/nph-brs. ... /aasp1.asp



Fabris escreveu:Pior ainda: não é capaz de entender que não se pode criminalizar nenhum segmento de uma sociedade apenas por seus ideais ou características, mas apenas por suas ações?


Qual o critério utilizado para elevar o MST à condição de "segmento da sociedade"?

Fabris escreveu:Em 1935, um determinado governo resolveu pegar aquilo que considerava características de uma parcela da sociedade e criminalizar esse segmento apenas por essas características. Foi assim que Hitler criminalizou o simples fato de ser judeu.


Outro exemplo oportuno.
Em 1945 o Partido Nazista foi criminalizado.
Poderia-se dizer que foi apenas por conta dos ideais de um segmento da sociedade alemã?
De novo a analogia cabe.


Fabris escreveu:O fato do MST ser um segmento que defende a reforma agrária (que foi realizada por praticamente todos os países do mundo, inclusive na Meca neoliberal) não torna o movimento criminoso. Suas ações, sim, é que podem ser julgadas.


Basta ler as próprias declarações de intenção do MST em seu próprio site para que fique claro que são um movimento revolucionário que quer destruir as instituições democráticas deste país, o que o coloca muito além da condição de simples defensor da reforma agrária.

Se quiser, podemos discutir uma a uma estas intenções declaradas no site.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fabris »

Acauan escreveu:Exemplo oportuno.
Segue texto de sentença de dissolução judicial da Mancha Verde.
As semelhanças que podem ser levantadas com relação ao MST não são mera coincidência.
http://brs.aasp.org.br/netacgi/nph-brs. ... /aasp1.asp
Eu sou um mero bioquímico e não um douto causídico, mas sou capaz de entender alguma coisa disso que chamamos de justiça, no Brasil. No caso em questão, ficou claro o envolvimento da diretoria da associação em questão em atos de violência. Em que casos isso foi demonstrado para o MST? Lembro que o movimento existia já antes do governio de Sua Majestade, o Sociólogo. Quantos de seus membros foram efetivamente julgados e condenados durtante o governo daquele iluminado?
Acauan escreveu:Qual o critério utilizado para elevar o MST à condição de "segmento da sociedade"?
O simples fato da existência de um segmento legítimo, independente de seu número. Caso discorde, devolvo a pergunta de volta a você.

Acauan escreveu:Outro exemplo oportuno.
Em 1945 o Partido Nazista foi criminalizado.
Poderia-se dizer que foi apenas por conta dos ideais de um segmento da sociedade alemã?
De novo a analogia cabe.
Aqui exstem dois erros:
1 - o partido nazista não foi criminalizado (o julgamento pertinente é o de Nuremberg). O que foi considerado criminoso foi o Corpo de Líderes do Partido Nazista.
2 - o julgamento de Nuremberg ocorreu ex post facto. Ou seja: condenou-se pessoas por ações que não eram consideradas crime na época em que as mesmas ocorreram. No caso das organizações que foram consideradas criminosas naquele julgamento (SS, SD-Gestapo e Corpo de Líderes do Partido Nazista), nenhum indivíduo seria declarado culpado por associação ocorrida antes do início da guerra.

Acauan escreveu:Basta ler as próprias declarações de intenção do MST em seu próprio site para que fique claro que são um movimento revolucionário que quer destruir as instituições democráticas deste país, o que o coloca muito além da condição de simples defensor da reforma agrária. Se quiser, podemos discutir uma a uma estas intenções declaradas no site.
Façamos isso, então! Passo-lhe a palavra.
http://www.mst.org.br/taxonomy/term/329

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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

Fabris escreveu: Eu sou um mero bioquímico e não um douto causídico,...


E eu um silvícola aculturado.

Fabris escreveu:...mas sou capaz de entender alguma coisa disso que chamamos de justiça, no Brasil. No caso em questão, ficou claro o envolvimento da diretoria da associação em questão em atos de violência. Em que casos isso foi demonstrado para o MST? Lembro que o movimento existia já antes do governio de Sua Majestade, o Sociólogo. Quantos de seus membros foram efetivamente julgados e condenados durtante o governo daquele iluminado?


Basta buscar no Google a longa lista de processos contra José Rainha. Outros líderes locais do MST respondem a processos.
E se o governo Fernando Henrique Cardoso não aplicou a lei contra o MST, isto torna aquele governo errado e não o MST certo.


Fabris escreveu: O simples fato da existência de um segmento legítimo, independente de seu número. Caso discorde, devolvo a pergunta de volta a você.


O MST não é um segmento legítimo porque não tem existência jurídica, funcionando, portanto, como organização clandestina.

Fabris escreveu: Aqui exstem dois erros:
1 - o partido nazista não foi criminalizado (o julgamento pertinente é o de Nuremberg). O que foi considerado criminoso foi o Corpo de Líderes do Partido Nazista.


Errado.
Não apenas o Partido Nazista foi proibido na Alemanha – até hoje – como organizações inteiras do regime, como as SS e a Gestapo, foram consideradas organizações criminosas e seus membros passíveis de processo, mesmo que fossem burocratas que não participavam das ações.


Fabris escreveu:2 - o julgamento de Nuremberg ocorreu ex post facto. Ou seja: condenou-se pessoas por ações que não eram consideradas crime na época em que as mesmas ocorreram. No caso das organizações que foram consideradas criminosas naquele julgamento (SS, SD-Gestapo e Corpo de Líderes do Partido Nazista), nenhum indivíduo seria declarado culpado por associação ocorrida antes do início da guerra.


Este argumento é muito repetido e só faz sentido dentro da filosofia do direito como discussão teórica.
No mundo real, danem-se as tecnicalidades, aqueles monstros mataram dezenas de milhões de pessoas e isto fala por si só.
Caso prefira argumento melhor elaborado, veja Eichmann em Jerusalém, de Hanna Arendt.


Fabris escreveu: Façamos isso, então! Passo-lhe a palavra.
http://www.mst.org.br/taxonomy/term/329


Ok! Aguarde.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

II – AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS

1. A TERRA


A terra e os bens da natureza são acima de tudo, um patrimônio dos povos que habitam cada território, e devem estar a serviço do desenvolvimento da humanidade. Democratizar o acesso a terra, aos bens da natureza e aos meios de produção na agricultura a todos os que querem nela viver e trabalhar. A propriedade, posse e uso da terra e dos bens da natureza devem estar subordinados aos interesses gerais do povo brasileiro, para atender as necessidades de toda população.

Proposta de Reforma Agrária Popular do MST

http://www.mst.org.br/node/7708



Consituição da República Federativa do Brasil
Dos Direitos e Garantias Fundamentais


XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;


Considerando que os textos públicos do MST tem por objetivo a propaganda política, seus objetivos são disfarçados por eufemismos que visam conquistar adesão popular e apoio ideológico.

Mesmo no texto acima, que abusa deste artifício, é evidente a intenção de suprimir o direito de propriedade, violando a constituição.
Os métodos registrados para valer esta intenção são planejados, violentos e intimidatórios, o que caracteriza o MST como organização que – na essência – atua contra a ordem constitucional.
Nós, Índios.

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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

Democratização da Comunicação

Acreditamos que as concessões de radiodifusão (radio e TV) que têm caráter público devam ser discutidas no âmbito da sociedade, para que essa possa debater sobre outorgas e renovações. Deve ser proibido o uso de concessões públicas de meios de comunicação como forma de obtenção do lucro. A comunicação não é mercadoria. Ela é um serviço público em benefício do povo, como determina a Constituição brasileira e não pode estar subordinada à lógica financeira. Deve ser proibido qualquer investimento ou ingerência estrangeira em qualquer meio de comunicação social.

http://www.mst.org.br/taxonomy/term/329



Constituição da República Federativa do Brasil – Da Comunicação Social

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.


Conforme citado sobre eufemismos de propaganda, o MST utiliza o termo "democratização" para propor a supressão da liberdade de imprensa e a imposição de uma ditadura estatal dos meios de comunicação.

A liberdade de imprensa é pilar da democracia, garantido constitucionalmente. O ataque à instituição democrática nada tem a ver com quaisquer políticas relativas à reforma agrária, mas à estratégia revolucionária de dominar os meios de comunicação como instrumento de tomada do poder político.
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

Linhas políticas reafirmadas no V Congresso Nacional do MST - 2007

4. Lutar para que todos os latifúndios sejam desapropriados e prioritariamente as propriedades do capital estrangeiro e dos bancos.

http://www.mst.org.br/node/7701


A declaração sem retoques do MST é que organização não visa a reforma agrária ou a desapropriação dos latifúndios improdutivos e sim a supressão do direito de propriedade privada, expressa em sua disposição contrária a TODOS os latifúndios – prioritariamente os ligados ao agronegócio, cuja produtividade e geração de divisas têm papel decisivo nos resultados econômicos brasileiros.

Entenda-se que o verbo "lutar" é sempre usado como eufemismo para invadir e vandalizar propriedades e intimidar proprietários, pelo uso ostensivo da violência.
Nós, Índios.

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Fenrir
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Fenrir »

Fabris escreveu:
Fenrir escreveu:Ué e a comparação que a Dilma fez? Tambem não é falaciosa?
Desde quando "ser caso de polícia" significa "dar margem a algum tipo de Eldorado dos Carajás"?
Ou devemos supor que sempre ou quase sempre que a polícia se involver num caso destes o desfecho será como em Eldorado dos Carajás?
Se isto não for falacioso, sou o papai noel.

Ela disse: "me neguei a tratar como caso de polícia porque não é"
e depois: "Mas não compactuo com ilegalidade, nem com nem com invasão de prédio público nem de propriedades produtivas ". Ora, é fato que o MST invadiu propriedades produtivas.
Portanto vemos que a sra Dilma entrou em contradição flagrante aqui!

Duas falacias em umas poucas linhas de texto!
Novamente: você está fazendo misquotation e está sendo totalmente incapaz de entender um trecho extremamente simples da entrevista coletiva. Vamos mudar o objeto do discurso para um menos emocional, para ver se você consegue entender:

"Sempre me neguei a tratar a questão das torcidas organizadas como caso de polícia porque não é. Mas não compactuo com ilegalidade, nem com agressões a torcedores rivais, nem com depredação de clubes".

Consegue entender , agora, a diferença entre uma agremiação e suas ações?
Entendeu agora que o MST não é criminoso per se e que algumas de suas ações, sim é que podem ser consideradas crimes?
Pior ainda: não é capaz de entender que não se pode criminalizar nenhum segmento de uma sociedade apenas por seus ideais ou características, mas apenas por suas ações?
Em 1935, um determinado governo resolveu pegar aquilo que considerava características de uma parcela da sociedade e criminalizar esse segmento apenas por essas características. Foi assim que Hitler criminalizou o simples fato de ser judeu.
O fato do MST ser um segmento que defende a reforma agrária (que foi realizada por praticamente todos os países do mundo, inclusive na Meca neoliberal) não torna o movimento criminoso. Suas ações, sim, é que podem ser julgadas.


Não, não consigo entender não. E perdoe minha ignorancia, mas uma agremiação não deveria ter ao menos uma parcela de responsabilidade e de controle quanto as ações de seus agremiados? Principalmente aquele tipo de agremiação cujo razão de ser é política, ideológica ou religiosa?
Assuntos que não raro estão associados a excessos?

Neste seu exemplo,

"Sempre me neguei a tratar a questão das torcidas organizadas como caso de polícia porque não é. Mas não compactuo com ilegalidade, nem com agressões a torcedores rivais, nem com depredação de clubes".

Suponha que alguns integrantes da torcida organizada XPTO saiam por ai vandalizando o que encontram pela frente. Agora suponha que isto ocorra não apenas uma vez, mas mais de uma. Voce acha lícito considerar a TOg XPTO isenta de qualquer responsabilidade, por menor que seja, em relação aos atos daqueles torcedores? Ela não deveria, no mínino, repudiar em público as ações daqueles torcedores, dizer que não as apóia, repreende-los e se necessário expulsa-los de sua agremiação?
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Edson Jr
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:
[b]A declaração sem retoques do MST é que organização não visa a reforma agrária ou a desapropriação dos latifúndios improdutivos e sim a supressão do direito de propriedade privada, expressa em sua disposição contrária a TODOS os latifúndios – prioritariamente os ligados ao agronegócio, cuja produtividade e geração de divisas têm papel decisivo nos resultados econômicos brasileiros.

Entenda-se que o verbo "lutar" é sempre usado como eufemismo para invadir e vandalizar propriedades e intimidar proprietários, pelo uso ostensivo da violência.


Qual motivo do governo não resolver esse problema da reforma agrária?! Até mesmo porque, uma vez feito isso, se saberá claramente as reais intenções do MST.

Ps: Não entendo bem sobre esse assunto. Estou me aventurando agora...
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Acauan
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Re: Dilma diz que MST não é caso de polícia

Mensagem por Acauan »

Linhas políticas reafirmadas no V Congresso Nacional do MST - 2007

6. Combater as empresas transnacionais que querem controlar as sementes, a produção e o comércio agrícola brasileiro, como a Monsanto, Syngenta, Cargill, Bunge, ADM, Nestlé, Basf, Bayer, Aracruz, Stora Enso, entre outras. Impedir que continuem explorando nossa natureza, nossa força de trabalho e nosso país.

http://www.mst.org.br/node/7701


O método pelo qual o MST "combate" empresas é a invasão e destruição de instalações e plantios, como visto na Aracruz, Cutrale, Monsanto e outras.
Estes crimes, como evidenciado nas próprias linhas políticas do movimento, não são atos isolados ou espontâneos de seus membros, mas ações coordenadas estrategicamente pelas lideranças, como admitido publicamente pelo próprio João Pedro Stédile.

Dentro de uma ordem constitucional democrática, qualquer oposição ao funcionamento destas empresas com base em interesse da sociedade deve ser apresentada ao Ministério Público, junto com as respectivas provas para o processo cabível.

A tática assumida do MST é tomar a lei em suas próprias mãos e declarar-se juiz, júri e executor das sentenças que decreta contra seus inimigos ideológicos.
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