Apo escreveu:Johnny escreveu:Isso vale para as mansões tomadas em áreas de preservação, por grilagem insdustrial e outras ou só para a ralé? Se for para todos, concordo.
Espantalho, tu quoque e incitação à violência generalizada.
Ô manela, não estou defendendo o MST, aliás, nunca defendi. Mas vamos lá:
RICO NÃO INVADE. RICO OCUPA
Construir sobre cursos d'água ou próximo deles resulta, quase sempre, em tragédia. Foi assim ontem no porto Chibatão, onde uma parte do rio Negro acabou aterrada para dar lugar ao empreendimento. O desmoronamento da estrutura do porto - com mortos e feridos - pode se repetir em outros locais, igualmente aterrados ou invadidos. E são áreas que, sem nenhum esforço, podem ser pontuadas e identificadas. Na década de 80 um terreno de aproximadamente 5000 metros quadrados, às margens do igarapé do 40, foi invadido no bairro Japiim. A polícia retirou os invasores, mas a área foi ocupada em seguida - sem nenhuma resistência do poder público - pela família Daou, que construiu ali um shopping e até condomínios. Ao estender seus domínios sobre um terreno que era da sociedade, os Daou repetiram a invasão anterior, feita por famílias pobres, mas na visão do governo da época, agora não se tratava de invasão, mas de ocupação para preservar um cartão postal, que representava a saída do distrito industrial da Suframa. A área é composta por solo arenoso e instável, suscetível a afundamento da estrutura montada.
O Manauara Shopping também está em terreno arenoso. O caso se repete com o shopping Millenium Center, todos construídos às margens de igarapés ou sobre cursos de rios aterrados. Numa cidade metrópole como Manaus, a não existência de um plano de prevenção de risco, que concentre uma vigilância permanente sobre esses imóveis que em tese estariam distantes das encostas de barrancos e portanto não sujeitos a desabamentos, acaba se tornando uma vergonhosa irresponsabilidade do poder público.
Essas áreas se tornaram densamente habitadas ou frequentadas por milhares de pessoas. Até um nova tragédia, pode demorar pouco e custar muitas vidas. Mas Manaus é uma cidade onde a invasão de risco só é invasão quando é feita pelos mais pobres. Rico não invade. Rico ocupa. E sai das tragédias que provoca sem que lhe seja atribuída qualquer penalidade. Falta consciência inclusive dos mais abastados sobre o risco que é construir sobre igarapés. E há um criminoso conluio do poder público com essas pessoas ou grupos econômicos, o que é lamentável.
Os donos do poder
A ocupação dos cargos no Legislativo e no Executivo no Brasil não reflete a sua base social, mas a cúpula social, em um país onde a concentração de poder político reflete a concentração da propriedade, da renda e do saber. Grileiros ricos que invadiram propriedades públicas e falsificaram escrituras com conivência dos donos de cartório e grileiros, como o ricaço Sr. Cutrale que surrupiou terras públicas no interior paulista.esperneiam e esbravejam contra a “violência” do MST... Hilário, se não fosse trágico, quando a reforma agrária não tem nada de comunismo ou socialismo, mais foi feita muito cedo dos Estados Unidos, e foram os norte-americanos que forçaram a reforma agrária no Japão e em Taiwan.