No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros em vídeo
Lucas Azevedo 6 de novembro de 2010 às 0:30h
Durante uma ação da Polícia Civil gaúcha pelo combate a um grupo neonazista em Porto Alegre (RS), um vídeo chamou a atenção. Em meio a trechos de reportagens sobre a política de quotas nas universidades, cenas de violência entre agressores negros e vítimas brancas, a imagem do senador Paulo Paim (PT-RS) e da ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro.
O material, que inclui ainda CD’s, DVD’s, fotografias, camisetas, distintivos, facas, correntes, uma soqueira e um computador portátil, foi recolhido em uma residência, no início da tarde desta sexta-feira, no Centro de Porto Alegre.
O responsável pelos objetos não foi localizado. Ele é membro do White Power Sul Skin, um dos grupos neonazistas atuantes no Sul do país que pregam a limpeza racial e a doutrina de que negros, homossexuais e judeus são inferiores.
“Isso não nos intimida. Se pensavam que iam me prejudicar no processo eleitoral, se deram mal. Pretendo fazer uma audiência pública no Congresso, chamar a CNBB, a OAB, o Ministério da Justiça, porque isso é uma situação nacional. É inadmissível, enquanto os EUA elegem um presidente negro, a Bolívia, um índio, e o Brasil, um operário e, agora, uma mulher”, afirmou Paim.
“O Paim está sendo identificado como aquele que, no exercício do seu mandato, tem criado situações que garantem aos negros, como as quotas, as igualdades. A partir daí eles entendem ele como inimigo”, avalia o fundador do MJDH-RS, Jair Krischke. Uma das mais importantes vozes dos direitos humanos na América Latina, Krischke foi quem, há oito dez anos, denunciou as práticas dos neonazistas no Rio Grande do Sul.
A apreensão do material foi realizada hoje, pois havia o temor de que o grupo estaria planejando uma ação armada, com bombas, inclusive. Mas nada foi encontrado. “Havia suspeitas de que até o final do ano ocorresse algum atentado, tanto em sinagogas, como em passeatas, como a Parada do Orgulho Gay, e o Dia da Consciência Negra [celebrado em 20 de novembro]”, relata o delegado Jardim.
Jardim, que já efetuou diversas operações contra os neonazistas em solo gaúcho, contabiliza em cerca de 40 elementos indiciados, alguns cumprindo pena, outros procurados.
A maioria dos elementos é de classe média, embora alguns sejam de classe alta e outros mais humildes. No entanto, uma forte semelhança entre si, além das tatuagens, são os discursos. “Quando falo com alguns deles, argumentaram comigo sobre sua ideologia e até indicam livros para que eu leia e saiba mais”, revela Jardim.
Em maio de 2005 doze neonazistas agrediram três jovens judeus num bairro boêmio de Porto Alegre durante a comemoração do fim do holocausto. Em setembro de 2007, após um Grenal, um grupo de punks foi agredido na saída da partida. Um deles recebeu 11 facadas, mas sobreviveu. Já em junho de 2009, dois skinheads atacaram um casal de punks na saída de um supermercado, na região central da capital gaúcha. No mesmo ano, a polícia desmantelou cinco células neonazistas no Estado. Bombas que seriam utilizadas em sinagogas foram apreendidas.
Lucas Azevedo 6 de novembro de 2010 às 0:30h
Durante uma ação da Polícia Civil gaúcha pelo combate a um grupo neonazista em Porto Alegre (RS), um vídeo chamou a atenção. Em meio a trechos de reportagens sobre a política de quotas nas universidades, cenas de violência entre agressores negros e vítimas brancas, a imagem do senador Paulo Paim (PT-RS) e da ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro.
O material, que inclui ainda CD’s, DVD’s, fotografias, camisetas, distintivos, facas, correntes, uma soqueira e um computador portátil, foi recolhido em uma residência, no início da tarde desta sexta-feira, no Centro de Porto Alegre.
O responsável pelos objetos não foi localizado. Ele é membro do White Power Sul Skin, um dos grupos neonazistas atuantes no Sul do país que pregam a limpeza racial e a doutrina de que negros, homossexuais e judeus são inferiores.
“Isso não nos intimida. Se pensavam que iam me prejudicar no processo eleitoral, se deram mal. Pretendo fazer uma audiência pública no Congresso, chamar a CNBB, a OAB, o Ministério da Justiça, porque isso é uma situação nacional. É inadmissível, enquanto os EUA elegem um presidente negro, a Bolívia, um índio, e o Brasil, um operário e, agora, uma mulher”, afirmou Paim.
“O Paim está sendo identificado como aquele que, no exercício do seu mandato, tem criado situações que garantem aos negros, como as quotas, as igualdades. A partir daí eles entendem ele como inimigo”, avalia o fundador do MJDH-RS, Jair Krischke. Uma das mais importantes vozes dos direitos humanos na América Latina, Krischke foi quem, há oito dez anos, denunciou as práticas dos neonazistas no Rio Grande do Sul.
A apreensão do material foi realizada hoje, pois havia o temor de que o grupo estaria planejando uma ação armada, com bombas, inclusive. Mas nada foi encontrado. “Havia suspeitas de que até o final do ano ocorresse algum atentado, tanto em sinagogas, como em passeatas, como a Parada do Orgulho Gay, e o Dia da Consciência Negra [celebrado em 20 de novembro]”, relata o delegado Jardim.
Jardim, que já efetuou diversas operações contra os neonazistas em solo gaúcho, contabiliza em cerca de 40 elementos indiciados, alguns cumprindo pena, outros procurados.
A maioria dos elementos é de classe média, embora alguns sejam de classe alta e outros mais humildes. No entanto, uma forte semelhança entre si, além das tatuagens, são os discursos. “Quando falo com alguns deles, argumentaram comigo sobre sua ideologia e até indicam livros para que eu leia e saiba mais”, revela Jardim.
Em maio de 2005 doze neonazistas agrediram três jovens judeus num bairro boêmio de Porto Alegre durante a comemoração do fim do holocausto. Em setembro de 2007, após um Grenal, um grupo de punks foi agredido na saída da partida. Um deles recebeu 11 facadas, mas sobreviveu. Já em junho de 2009, dois skinheads atacaram um casal de punks na saída de um supermercado, na região central da capital gaúcha. No mesmo ano, a polícia desmantelou cinco células neonazistas no Estado. Bombas que seriam utilizadas em sinagogas foram apreendidas.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
Sexta-feira, Novembro 05, 2010
Lamentável.
Os velhos cursos de jornalismo dos idos de setenta ensinavam que não se deve dar destaque para casos de suicídio na imprensa. Diziam os velhos professores que havia estudos que afirmavam que transformar suicidas em personagens famosos poderia incentivar outros casos. Ou que suicidas famosos poderiam virar uma inspiração para outros doentes. Este artigo trata do assunto. A premissa aceita pela imprensa sobre o suicídio talvez devesse ter sido aplicada ao noticiário dado aos comentários racistas e xenófobos de uma jovem paulista contra nordestinos, postados no twitter.
A OAB de Pernambuco entrou com um pedido de ação junto ao Ministério Público Federal, exigindo a pena máxima para a comentarista. É óbvio que houve uma infração gravíssima. Um crime. Mas também ficou muito claro que existem interessados em faturar politicamente em cima do fato, oficializando, por assim dizer, esta divisão entre brasileiros, transformando-o em gravíssimo problema nacional. A primeira pergunta que várias pessoas estão fazendo é: por que o assunto só vem à baila agora, se o que Lula mais fez nestes oito anos foi dividir o país entre os pobres do nordeste e a elite do sul e sudeste, jogando brasileiros uns contra os outros?
A verdade é que o assunto ganhou repercussão. E, aí é o ponto, surgem os exageros. Um jornal já publicou uma foto da "criminosa" que, desta vez, não recebeu a presunção da inocência e está sendo linchada publicamente, chamando-a de "a paulista". Um jornal, um veículo de comunicação. Alguém se manifestou para processar o editor por pregar abertamente a xenofobia, de forma tão irresponsável? O resultado é o mais indesejado de todos: pipocam, nas redes sociais, movimentos pró e contra, reproduzindo aquelas brigas de torcida que tantas mortes já causaram.
Paremos por aqui. Não há justificativa para abrir discussão sobre este tema, a partir de um fato isolado e de uma mensagem no twitter. A xenofobia existe, sim, às vezes clara, na maior parte das vezes velada. Assim como existe racismo, homofobia . Existindo o problema, que seja objeto de pesquisas, estudos e de uma ampla campanha que promova a união do país com base em valores e não em rigores. A OAB de Pernambuco perdeu uma excelente oportunidade para pregar, em vez da prisão de um bode expiatório, um grande movimento em prol da busca de mais paz social no país. Teve uma atitude de ameaça, na base do "olho por olho, dente por dente" , que ficou bem explícita na entrevista dada pelo seu presidente. Não é por aí. Que as diferenças fiquem no campo da política, sem olhar o sotaque, o formato do queixo ou a cor dos olhos. Não vamos deixar este país cometer um suicídio social, usando a borduna em vez do diálogo.
http://coturnonoturno.blogspot.com/2010 ... tavel.html
Lamentável.
Os velhos cursos de jornalismo dos idos de setenta ensinavam que não se deve dar destaque para casos de suicídio na imprensa. Diziam os velhos professores que havia estudos que afirmavam que transformar suicidas em personagens famosos poderia incentivar outros casos. Ou que suicidas famosos poderiam virar uma inspiração para outros doentes. Este artigo trata do assunto. A premissa aceita pela imprensa sobre o suicídio talvez devesse ter sido aplicada ao noticiário dado aos comentários racistas e xenófobos de uma jovem paulista contra nordestinos, postados no twitter.
A OAB de Pernambuco entrou com um pedido de ação junto ao Ministério Público Federal, exigindo a pena máxima para a comentarista. É óbvio que houve uma infração gravíssima. Um crime. Mas também ficou muito claro que existem interessados em faturar politicamente em cima do fato, oficializando, por assim dizer, esta divisão entre brasileiros, transformando-o em gravíssimo problema nacional. A primeira pergunta que várias pessoas estão fazendo é: por que o assunto só vem à baila agora, se o que Lula mais fez nestes oito anos foi dividir o país entre os pobres do nordeste e a elite do sul e sudeste, jogando brasileiros uns contra os outros?
A verdade é que o assunto ganhou repercussão. E, aí é o ponto, surgem os exageros. Um jornal já publicou uma foto da "criminosa" que, desta vez, não recebeu a presunção da inocência e está sendo linchada publicamente, chamando-a de "a paulista". Um jornal, um veículo de comunicação. Alguém se manifestou para processar o editor por pregar abertamente a xenofobia, de forma tão irresponsável? O resultado é o mais indesejado de todos: pipocam, nas redes sociais, movimentos pró e contra, reproduzindo aquelas brigas de torcida que tantas mortes já causaram.
Paremos por aqui. Não há justificativa para abrir discussão sobre este tema, a partir de um fato isolado e de uma mensagem no twitter. A xenofobia existe, sim, às vezes clara, na maior parte das vezes velada. Assim como existe racismo, homofobia . Existindo o problema, que seja objeto de pesquisas, estudos e de uma ampla campanha que promova a união do país com base em valores e não em rigores. A OAB de Pernambuco perdeu uma excelente oportunidade para pregar, em vez da prisão de um bode expiatório, um grande movimento em prol da busca de mais paz social no país. Teve uma atitude de ameaça, na base do "olho por olho, dente por dente" , que ficou bem explícita na entrevista dada pelo seu presidente. Não é por aí. Que as diferenças fiquem no campo da política, sem olhar o sotaque, o formato do queixo ou a cor dos olhos. Não vamos deixar este país cometer um suicídio social, usando a borduna em vez do diálogo.
http://coturnonoturno.blogspot.com/2010 ... tavel.html
Re: No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
É óbvio que houve uma infração gravíssima. Um crime. Mas também ficou muito claro que existem interessados em faturar politicamente em cima do fato, oficializando, por assim dizer, esta divisão entre brasileiros, transformando-o em gravíssimo problema nacional.
“Isso não nos intimida. Se pensavam que iam me prejudicar no processo eleitoral, se deram mal. Pretendo fazer uma audiência pública no Congresso, chamar a CNBB, a OAB, o Ministério da Justiça, porque isso é uma situação nacional. É inadmissível, enquanto os EUA elegem um presidente negro, a Bolívia, um índio, e o Brasil, um operário e, agora, uma mulher”, afirmou Paim.
Re: No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
Herf escreveu:Sexta-feira, Novembro 05, 2010
Lamentável.
Os velhos cursos de jornalismo dos idos de setenta ensinavam que não se deve dar destaque para casos de suicídio na imprensa. Diziam os velhos professores que havia estudos que afirmavam que transformar suicidas em personagens famosos poderia incentivar outros casos. Ou que suicidas famosos poderiam virar uma inspiração para outros doentes. Este artigo trata do assunto. A premissa aceita pela imprensa sobre o suicídio talvez devesse ter sido aplicada ao noticiário dado aos comentários racistas e xenófobos de uma jovem paulista contra nordestinos, postados no twitter.
A OAB de Pernambuco entrou com um pedido de ação junto ao Ministério Público Federal, exigindo a pena máxima para a comentarista. É óbvio que houve uma infração gravíssima. Um crime. Mas também ficou muito claro que existem interessados em faturar politicamente em cima do fato, oficializando, por assim dizer, esta divisão entre brasileiros, transformando-o em gravíssimo problema nacional. A primeira pergunta que várias pessoas estão fazendo é: por que o assunto só vem à baila agora, se o que Lula mais fez nestes oito anos foi dividir o país entre os pobres do nordeste e a elite do sul e sudeste, jogando brasileiros uns contra os outros?
A verdade é que o assunto ganhou repercussão. E, aí é o ponto, surgem os exageros. Um jornal já publicou uma foto da "criminosa" que, desta vez, não recebeu a presunção da inocência e está sendo linchada publicamente, chamando-a de "a paulista". Um jornal, um veículo de comunicação. Alguém se manifestou para processar o editor por pregar abertamente a xenofobia, de forma tão irresponsável? O resultado é o mais indesejado de todos: pipocam, nas redes sociais, movimentos pró e contra, reproduzindo aquelas brigas de torcida que tantas mortes já causaram.
Paremos por aqui. Não há justificativa para abrir discussão sobre este tema, a partir de um fato isolado e de uma mensagem no twitter. A xenofobia existe, sim, às vezes clara, na maior parte das vezes velada. Assim como existe racismo, homofobia . Existindo o problema, que seja objeto de pesquisas, estudos e de uma ampla campanha que promova a união do país com base em valores e não em rigores. A OAB de Pernambuco perdeu uma excelente oportunidade para pregar, em vez da prisão de um bode expiatório, um grande movimento em prol da busca de mais paz social no país. Teve uma atitude de ameaça, na base do "olho por olho, dente por dente" , que ficou bem explícita na entrevista dada pelo seu presidente. Não é por aí. Que as diferenças fiquem no campo da política, sem olhar o sotaque, o formato do queixo ou a cor dos olhos. Não vamos deixar este país cometer um suicídio social, usando a borduna em vez do diálogo.
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Se o problema é que a midia torna as coisas repercutíveis, o que sugere? Controle?

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Re: No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
Johnny escreveu:Se o problema é que a midia torna as coisas repercutíveis, o que sugere? Controle?
Bom senso.
Não se trata de não querer que as coisas não sejam noticiadas, mas sim de dar a cada acontecimento a sua devida importância e, sobretudo, de não contribuir com o uso autopromocional de tais ocorrências feito por alguns bostas atrás de poder.
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Re: No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
Paim é que é nazista. Assim como Matilde Ribeiro. Assim como as cotas e outras perversidades que incitam o ódio racial e entre classes, porque o Estado ( que se diz responsável por inclusões e socializações) é de um cinismo atroz.
Dêem-se nomes verdadeiros às ovelhas e aos lobos.
FDP!
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Re: No RS, skinheads ameaçam senador e ex-ministra negros
Não concordo com atos de violência, até porque seria me rebaixar ao nível desta gente.
Mas qualquer palavra emitida contra este sistema nojento e repugnante é taxado de nazista, fascista e outras merdas desqualificáveis da liberdade e do Estado de Direito e Igualdade verdadeiros.
FsDP!
Mas qualquer palavra emitida contra este sistema nojento e repugnante é taxado de nazista, fascista e outras merdas desqualificáveis da liberdade e do Estado de Direito e Igualdade verdadeiros.
FsDP!
