Artigo do MSU
Artigo do MSU
No dia 08 de fevereiro de 2006 o MSU obteve uma grande conquista: depois de vários anos de luta, foi aprovada a reserva de vagas para a escola pública nas universidades federais, CEFET´s e escolas técnicas federais (no mínimo 50 %, por curso e por turno), respeitando a proporção de negros(as) e índios(as) nas diferentes regiões.
A aprovação do Projeto de Lei ocorreu na votação por unanimidade na CCJ, Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados. Ele já havia sido aprovado também por unanimidade nas comissões de educação e de direitos humanos. O projeto está na câmara desde 1999.
Agora, liderados pelos deputados Rodrigo Maia (RJ) e Alberto Goldman (SP), um grupo de deputados quer mudar o resultado da votação e impedir que o projeto siga da Câmara Federal para a aprovação final do Senado Federal. Por isso, estamos sob perigo real e imediato e só uma ação forte de nossa parte garantirá a vitória final. O que podemos fazer?
1. Saber quais são os interesses em jogo.
Quem é contra: indústria do vestibular (empresas, grupos, pessoas que se beneficiam dos atuais sistemas de vestibulares), máfia dos cursinhos comerciais, pequenos cursinhos grandes negócios, federação nacional das escolas particulares, máfia do ensino privado nacional, parte da burocracia das universidades públicas, políticos eleitos com o dinheiro destes setores, parte da mídia que recebe dinheiro deste setor através de anúncios e propagandas, inocentes úteis.
Quem é a favor: o conjunto dos movimentos sociais, rede nacional de escolas públicas, educadores públicos, 21 universidades que já implementaram projetos de reserva de vagas, movimento indígena, movimento Hip Hop, Ong´s, sindicatos de trabalhadores(as), movimento negro brasileiro, intelectuais e personalidades que tem compromisso social, setores da mídia que tem compromisso social, famílias que querem ver seus filhos e filhas na universidade pública, parlamentares com compromisso social.
2. Entender, se convencer e convencer outros(as) da força da argumentação do MSU.
A. O vestibular é injusto, cruel e humilhante. Cada vez que a gente pega um fusca, os endinheirados pegam uma ferrari, se a gente pega uma ferrari eles vão de helicóptero, se a gente pega o helicóptero, eles vão a jato, de modo que a gente nunca os alcança na corrida para a universidade pública se mantidas as atuais regras do jogo, que sempre são confirmadas pelas exceções.
B. Quem sempre estudou em escola particular, teve conforto, curso de inglês, viagem ao exterior e tira nota 8 NÃO É MAIS INTELIGENTE que a pessoa que sempre estudou em escola pública, lutou a vida inteira e tira 7.
C. As estatísticas e os números são um escândalo: cerca de 88% das matrículas do ensino médio está nas escolas públicas. Em medicina, direito, veterinária, odontologia, engenharias, jornalismo, arquitetura, o perfil dos que estudam nas universidades federais se repete anos à fio: cerca de 80% vem de famílias de alta renda, estudou em escolas privadas e são brancos. Em alguns casos esse perfil chega a dominar 94% da vagas. São os donos das vagas públicas.
D. É um absurdo toda a população brasileira financiar, através de impostos, as universidades públicas e só meia dúzia de bacanas usufruirem do direito à universidade pública.
E. A universidade pública deve atender ao público e não parte dele apenas.
F. Um grande número de pessoas é constantemente prejudicado pelo vestibular, porque a família de fulaninho e fulaninha, teve mais dinheiro, pro cursinho caro, pra escola privada cara, para o livro caro, para o bem cultural caro. Isso não significa que os que não passaram são um bando de burrões e incompetentes. Pelo contrário, com os vícios do vestibular, o Brasil joga no lixo milhões de talentos todos os anos.
G. Pesquisa da Unicamp de 2005 e análise dos resultados das universidades que já adotaram reserva de vagas mostram desempenho acadêmico superior dentro da universidade dos que vieram da escola pública e do sistema de reserva de vagas. Quando se tem oportunidade, nós sabemos valorizá-la.
H. Nós não estamos marcados como gados para frequentar apenas universidades privadas, muitas delas de qualidade duvidosa. Queremos do bom e do melhor.
I. O fato da escola pública levar os seus para a universidade pública vai lhe dar orgulho, motivação, respeito, moral, sentimento do dever cumprido, apoio das famílias, o que vai redundar no aumento geral da qualidade das escolas públicas, o que de resto é estratégico para o presente e o futuro do Brasil.
J. Se você perguntar se existe racismo no Brasil, quase 100% vai dizer que sim. Se você questionar as pessoas se pessoalmente elas são racistas, quase ninguém vai dizer que é. É este o Brasil real. Por isto que as políticas públicas de acesso à universidade devem respeitar os negros e os índios.
K. Pesquisas de opinião indicam o apoio da maioria da população ao projeto de reserva de vagas.
L. Quem diz que a escola pública não pode ir para a universidade pública, é contra a escola pública.
3. Ler a mídia (rádio, televisão, jornais, revistas, outdoors, propagandas, internet) com olhos, ouvidos, coração e cabeça livres e críticos. Usar o método do ver, julgar e agir, para não ser levado no bico. Está em disputa, na sociedade, a felicidade e o sonho de milhões de pessoas. Temos que influenciar a opinião das pessoas para fortalecer os nossos sonhos, para transformá-los em realidade.
Veja estes dois exemplos:
A. Jornal Nacional: CONTRA A RESERVA DE VAGAS. Editou matérias contra o povo e contra a escola pública na quarta-feira 08/02 (dia em que o projeto foi aprovado), na quinta-feira, 09/02/06, e na sexta-feira, dia 10/02.
Entra de graça na casa das pessoas, tem audiência de cerca de 50 milhões de pessoas, portanto influencia as pessoas, como por exemplo, o papel que a Globo teve grande para ajudar a eleger o Collor, conforme prova a história do Brasil.
B. Revista Carta Capital: A FAVOR DA RESERVA DE VAGAS. Revista semanal, cerca de 100 mil leitores, distribuidas em bancas, R$7,50. Veja o editorial:
"As cotas e os 'iluministas'
Na quarta-feira 8, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a reserva de vagas das universidades e centros de formação técnica federais para estudantes de escolas públicas. Se for aprovado pelo Senado e sancionado pelo Presidente da República, o sistema deverá ser plenamente implantado num prazo de quatro anos. Partes das vagas reservadas serão destinadas a negros e índios, de acordo com a participação desses grupos na população de cada região do País.
A notícia da aprovação do projeto veio, em vários veículos da mídia, acompanhada por críticas severas e reações indignadas baseadas em pretensas defesas dos princípios do 'mérito' e da 'igualdade'.
O mérito em questão, como lembram os dicionários, se estabelece por empenho e capacidade intelectual. Como poderia uma avaliação de aprendizado como o vestibular ser considerada critério absoluto de aferição de mérito diante da abissal desigualdade de oportunidades entre os alunos das escolas particulares e os estudantes da rede pública?
Deve-se discutir os porcentuais de vagas a serem reservados e os critérios de inclusão nas cotas. Urge lutar pela melhoria da educação básica pública, cuja situação falimentar encontra-se na base do problema. Mas tentar impedir a implementação de um amplo sistema de cotas, em nome de uma defesa intransigente de princípios iluministas é, na melhor hipótese, risível. A hora, entretanto, é de levar a sério esta chance de conduzir a educação pública brasileira pelo caminho civilizatório da melhor distribuição de oportunidades e da redução das desigualdades." (Revista Carta Capital, ano XII, número 380, pg. 18)
4. Por que os deputados Goldmam e Maia mentem?
“Ela não foi discutida na Câmara. Ela foi discutida apenas numa comissão e é uma matéria muito complexa, que envolve discussões profundas, não é uma questão simples, portanto quem tem que opinar sobre isso é o conjunto da Câmara, não apenas um grupamento pequeno de uma comissão”, falou o deputado Alberto Goldman (PSDB – SP) , líder do partido. (Jornal Nacional, 09/02/2006)
"Os líderes dos dois partidos (Rodrigo Maia e Alberto Goldman) dizem que o projeto, considerado polêmico, não deveria ser discutido apenas numa comissão e sim por todos os deputados." (Jornal Nacional, 09/02/2006)
MENTIRA: O projeto foi discutido em três comissões e todos os partidos pediram urgência para este projeto em 2004. (veja as assinaturas) O projeto é de 1999 e eles não podem dizer que em 7 anos não tiveram tempo para analisá-lo.
5. Por que não podemos assistir calados ou de camarote o desenrolar dos acontecimentos?
Porque os privilegiados não querem largar o filé. Se não lutarmos, alguns políticos de aluguel continuarão a serviço dos piratas da educação e definindo o destino de nossas vidas. É missão social do MSU lutar pela vitória final, pela aprovação final do projeto no senado federal e pela sanção do presidente da república.
6. O que fazer agora? Imediatamente? Já?
Os deputados Rodrigo Maia e Alberto Goldmam estão coletando assinaturas dos outros deputados para impedir a ida do projeto para o senado.
Temos que agir, conversar com as pessoas próximas, nas igrejas, nas escolas, na comunidade, nas festas, nos orkut´s da vida, telefonar para amigos, conversar com os pais, com parentes, com namorado(a). A pior coisa que pode acontecer é a gente se calar. Temos que agir como um enxame de abelhas para que o nosso zumbido seja ouvido na câmara dos deputados e o eco de nossos sonhos se ouça por todo o Brasil.
Como a internet pode ser uma "arma" social, nós precisamos enviar tambérm um enxame de mensagens eletrônicas ("e-mails") para os deputados em Brasília ficarem a favor da maioria da população e da escola pública. Como são quinhentos e tantos deputados, estamos sugerindo que as mensagem sejam enviadas para as lideranças dos partidos, com cópias ao presidente da CCJ, aos membros da mesa diretora da Câmara dos Deputados. As mensagens devem ser responsáveis e não ofensivas, mas firmes em termos daquilo que queremos, que é o que interessa.
Sugestão de texto:
" Prezado líder,
Venho por meio desta solicitar o seu apoio ao Projeto de Reserva de Vagas para a Escola Pública nas Universidades Públicas, respeitando a proporção de negros e índios nas regiões, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, CCJ no dia 08 de fevereiro de 2006. Esperamos que o senhor reafirme seu compromisso com a escola pública, com os milhões de excluídos da universidade pública e com o presente e o futuro do Brasil. Estamos muito preocupados com a movimentação de alguns parlamentares isolados na tentativa de barrar o sucesso deste projeto. Manter o atual quadro de privilégios no acesso à universidade pública é perpeturar um crime contra gerações inteiras e o maior bem estratégico do Brasil: o povo brasileiro e sua felicidade. Num momento dramático de crise ética no Brasil, esperamos que o senhor não esqueça que o povo está vigilante e os que negam o que seus próprios líderes assinaram em documento em 2004, na própria câmara dos deputados, não merecem confiança alguma do povo.
Muito obrigado."
http://www.msu.org.br/mentiras.htm
NOME.
A aprovação do Projeto de Lei ocorreu na votação por unanimidade na CCJ, Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados. Ele já havia sido aprovado também por unanimidade nas comissões de educação e de direitos humanos. O projeto está na câmara desde 1999.
Agora, liderados pelos deputados Rodrigo Maia (RJ) e Alberto Goldman (SP), um grupo de deputados quer mudar o resultado da votação e impedir que o projeto siga da Câmara Federal para a aprovação final do Senado Federal. Por isso, estamos sob perigo real e imediato e só uma ação forte de nossa parte garantirá a vitória final. O que podemos fazer?
1. Saber quais são os interesses em jogo.
Quem é contra: indústria do vestibular (empresas, grupos, pessoas que se beneficiam dos atuais sistemas de vestibulares), máfia dos cursinhos comerciais, pequenos cursinhos grandes negócios, federação nacional das escolas particulares, máfia do ensino privado nacional, parte da burocracia das universidades públicas, políticos eleitos com o dinheiro destes setores, parte da mídia que recebe dinheiro deste setor através de anúncios e propagandas, inocentes úteis.
Quem é a favor: o conjunto dos movimentos sociais, rede nacional de escolas públicas, educadores públicos, 21 universidades que já implementaram projetos de reserva de vagas, movimento indígena, movimento Hip Hop, Ong´s, sindicatos de trabalhadores(as), movimento negro brasileiro, intelectuais e personalidades que tem compromisso social, setores da mídia que tem compromisso social, famílias que querem ver seus filhos e filhas na universidade pública, parlamentares com compromisso social.
2. Entender, se convencer e convencer outros(as) da força da argumentação do MSU.
A. O vestibular é injusto, cruel e humilhante. Cada vez que a gente pega um fusca, os endinheirados pegam uma ferrari, se a gente pega uma ferrari eles vão de helicóptero, se a gente pega o helicóptero, eles vão a jato, de modo que a gente nunca os alcança na corrida para a universidade pública se mantidas as atuais regras do jogo, que sempre são confirmadas pelas exceções.
B. Quem sempre estudou em escola particular, teve conforto, curso de inglês, viagem ao exterior e tira nota 8 NÃO É MAIS INTELIGENTE que a pessoa que sempre estudou em escola pública, lutou a vida inteira e tira 7.
C. As estatísticas e os números são um escândalo: cerca de 88% das matrículas do ensino médio está nas escolas públicas. Em medicina, direito, veterinária, odontologia, engenharias, jornalismo, arquitetura, o perfil dos que estudam nas universidades federais se repete anos à fio: cerca de 80% vem de famílias de alta renda, estudou em escolas privadas e são brancos. Em alguns casos esse perfil chega a dominar 94% da vagas. São os donos das vagas públicas.
D. É um absurdo toda a população brasileira financiar, através de impostos, as universidades públicas e só meia dúzia de bacanas usufruirem do direito à universidade pública.
E. A universidade pública deve atender ao público e não parte dele apenas.
F. Um grande número de pessoas é constantemente prejudicado pelo vestibular, porque a família de fulaninho e fulaninha, teve mais dinheiro, pro cursinho caro, pra escola privada cara, para o livro caro, para o bem cultural caro. Isso não significa que os que não passaram são um bando de burrões e incompetentes. Pelo contrário, com os vícios do vestibular, o Brasil joga no lixo milhões de talentos todos os anos.
G. Pesquisa da Unicamp de 2005 e análise dos resultados das universidades que já adotaram reserva de vagas mostram desempenho acadêmico superior dentro da universidade dos que vieram da escola pública e do sistema de reserva de vagas. Quando se tem oportunidade, nós sabemos valorizá-la.
H. Nós não estamos marcados como gados para frequentar apenas universidades privadas, muitas delas de qualidade duvidosa. Queremos do bom e do melhor.
I. O fato da escola pública levar os seus para a universidade pública vai lhe dar orgulho, motivação, respeito, moral, sentimento do dever cumprido, apoio das famílias, o que vai redundar no aumento geral da qualidade das escolas públicas, o que de resto é estratégico para o presente e o futuro do Brasil.
J. Se você perguntar se existe racismo no Brasil, quase 100% vai dizer que sim. Se você questionar as pessoas se pessoalmente elas são racistas, quase ninguém vai dizer que é. É este o Brasil real. Por isto que as políticas públicas de acesso à universidade devem respeitar os negros e os índios.
K. Pesquisas de opinião indicam o apoio da maioria da população ao projeto de reserva de vagas.
L. Quem diz que a escola pública não pode ir para a universidade pública, é contra a escola pública.
3. Ler a mídia (rádio, televisão, jornais, revistas, outdoors, propagandas, internet) com olhos, ouvidos, coração e cabeça livres e críticos. Usar o método do ver, julgar e agir, para não ser levado no bico. Está em disputa, na sociedade, a felicidade e o sonho de milhões de pessoas. Temos que influenciar a opinião das pessoas para fortalecer os nossos sonhos, para transformá-los em realidade.
Veja estes dois exemplos:
A. Jornal Nacional: CONTRA A RESERVA DE VAGAS. Editou matérias contra o povo e contra a escola pública na quarta-feira 08/02 (dia em que o projeto foi aprovado), na quinta-feira, 09/02/06, e na sexta-feira, dia 10/02.
Entra de graça na casa das pessoas, tem audiência de cerca de 50 milhões de pessoas, portanto influencia as pessoas, como por exemplo, o papel que a Globo teve grande para ajudar a eleger o Collor, conforme prova a história do Brasil.
B. Revista Carta Capital: A FAVOR DA RESERVA DE VAGAS. Revista semanal, cerca de 100 mil leitores, distribuidas em bancas, R$7,50. Veja o editorial:
"As cotas e os 'iluministas'
Na quarta-feira 8, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a reserva de vagas das universidades e centros de formação técnica federais para estudantes de escolas públicas. Se for aprovado pelo Senado e sancionado pelo Presidente da República, o sistema deverá ser plenamente implantado num prazo de quatro anos. Partes das vagas reservadas serão destinadas a negros e índios, de acordo com a participação desses grupos na população de cada região do País.
A notícia da aprovação do projeto veio, em vários veículos da mídia, acompanhada por críticas severas e reações indignadas baseadas em pretensas defesas dos princípios do 'mérito' e da 'igualdade'.
O mérito em questão, como lembram os dicionários, se estabelece por empenho e capacidade intelectual. Como poderia uma avaliação de aprendizado como o vestibular ser considerada critério absoluto de aferição de mérito diante da abissal desigualdade de oportunidades entre os alunos das escolas particulares e os estudantes da rede pública?
Deve-se discutir os porcentuais de vagas a serem reservados e os critérios de inclusão nas cotas. Urge lutar pela melhoria da educação básica pública, cuja situação falimentar encontra-se na base do problema. Mas tentar impedir a implementação de um amplo sistema de cotas, em nome de uma defesa intransigente de princípios iluministas é, na melhor hipótese, risível. A hora, entretanto, é de levar a sério esta chance de conduzir a educação pública brasileira pelo caminho civilizatório da melhor distribuição de oportunidades e da redução das desigualdades." (Revista Carta Capital, ano XII, número 380, pg. 18)
4. Por que os deputados Goldmam e Maia mentem?
“Ela não foi discutida na Câmara. Ela foi discutida apenas numa comissão e é uma matéria muito complexa, que envolve discussões profundas, não é uma questão simples, portanto quem tem que opinar sobre isso é o conjunto da Câmara, não apenas um grupamento pequeno de uma comissão”, falou o deputado Alberto Goldman (PSDB – SP) , líder do partido. (Jornal Nacional, 09/02/2006)
"Os líderes dos dois partidos (Rodrigo Maia e Alberto Goldman) dizem que o projeto, considerado polêmico, não deveria ser discutido apenas numa comissão e sim por todos os deputados." (Jornal Nacional, 09/02/2006)
MENTIRA: O projeto foi discutido em três comissões e todos os partidos pediram urgência para este projeto em 2004. (veja as assinaturas) O projeto é de 1999 e eles não podem dizer que em 7 anos não tiveram tempo para analisá-lo.
5. Por que não podemos assistir calados ou de camarote o desenrolar dos acontecimentos?
Porque os privilegiados não querem largar o filé. Se não lutarmos, alguns políticos de aluguel continuarão a serviço dos piratas da educação e definindo o destino de nossas vidas. É missão social do MSU lutar pela vitória final, pela aprovação final do projeto no senado federal e pela sanção do presidente da república.
6. O que fazer agora? Imediatamente? Já?
Os deputados Rodrigo Maia e Alberto Goldmam estão coletando assinaturas dos outros deputados para impedir a ida do projeto para o senado.
Temos que agir, conversar com as pessoas próximas, nas igrejas, nas escolas, na comunidade, nas festas, nos orkut´s da vida, telefonar para amigos, conversar com os pais, com parentes, com namorado(a). A pior coisa que pode acontecer é a gente se calar. Temos que agir como um enxame de abelhas para que o nosso zumbido seja ouvido na câmara dos deputados e o eco de nossos sonhos se ouça por todo o Brasil.
Como a internet pode ser uma "arma" social, nós precisamos enviar tambérm um enxame de mensagens eletrônicas ("e-mails") para os deputados em Brasília ficarem a favor da maioria da população e da escola pública. Como são quinhentos e tantos deputados, estamos sugerindo que as mensagem sejam enviadas para as lideranças dos partidos, com cópias ao presidente da CCJ, aos membros da mesa diretora da Câmara dos Deputados. As mensagens devem ser responsáveis e não ofensivas, mas firmes em termos daquilo que queremos, que é o que interessa.
Sugestão de texto:
" Prezado líder,
Venho por meio desta solicitar o seu apoio ao Projeto de Reserva de Vagas para a Escola Pública nas Universidades Públicas, respeitando a proporção de negros e índios nas regiões, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, CCJ no dia 08 de fevereiro de 2006. Esperamos que o senhor reafirme seu compromisso com a escola pública, com os milhões de excluídos da universidade pública e com o presente e o futuro do Brasil. Estamos muito preocupados com a movimentação de alguns parlamentares isolados na tentativa de barrar o sucesso deste projeto. Manter o atual quadro de privilégios no acesso à universidade pública é perpeturar um crime contra gerações inteiras e o maior bem estratégico do Brasil: o povo brasileiro e sua felicidade. Num momento dramático de crise ética no Brasil, esperamos que o senhor não esqueça que o povo está vigilante e os que negam o que seus próprios líderes assinaram em documento em 2004, na própria câmara dos deputados, não merecem confiança alguma do povo.
Muito obrigado."
http://www.msu.org.br/mentiras.htm
NOME.
Re.: Artigo do MSU
Isso é uma bobagem.
Colocar alguém que não teve um ensino básico aequado em um curso superior exigente é a mesma coisa que colocar uma criança de 7 anos na 1ª série do ensino médio ou um criacionista numa aula de Biologia. É pedir para dar merda.
O pior é a argumentação maniqueísta do texto.. de um lado, os demonios que comem criancinhas contrários ao projeto. Do lado favorável, anjinhos de cabelos louros encaracolados com direito a nuves azuis para transporte e cornetas.
Não interessa se o Vestibular é injusto ou não. O que importa, é que os mais aptos são selecionados e ponto final.
- Não vejo como alguém que não consegue fazer uma prova de uma Usp, de uma Unicamp, de uma UERJ/UFRJ vai conseguir ir até o final de um curso de engenharia ou qualquer outra coisa -
Resultado.. daqui 5 anos, teremos estampado na capa de nossos jornais: "Indíce de abandono de cursos superiores bate recorde"... "Qualidade do ensino superior nas Universidade públicas cai"
E sim, existem sim injustiças no que se refere aos meios para conseguir a vaga no vestibular, mas no vestibular em si, não (um não com ressalvas, é claro).
Isso vai da merda.
Colocar alguém que não teve um ensino básico aequado em um curso superior exigente é a mesma coisa que colocar uma criança de 7 anos na 1ª série do ensino médio ou um criacionista numa aula de Biologia. É pedir para dar merda.
O pior é a argumentação maniqueísta do texto.. de um lado, os demonios que comem criancinhas contrários ao projeto. Do lado favorável, anjinhos de cabelos louros encaracolados com direito a nuves azuis para transporte e cornetas.
Não interessa se o Vestibular é injusto ou não. O que importa, é que os mais aptos são selecionados e ponto final.
- Não vejo como alguém que não consegue fazer uma prova de uma Usp, de uma Unicamp, de uma UERJ/UFRJ vai conseguir ir até o final de um curso de engenharia ou qualquer outra coisa -
Resultado.. daqui 5 anos, teremos estampado na capa de nossos jornais: "Indíce de abandono de cursos superiores bate recorde"... "Qualidade do ensino superior nas Universidade públicas cai"
E sim, existem sim injustiças no que se refere aos meios para conseguir a vaga no vestibular, mas no vestibular em si, não (um não com ressalvas, é claro).
Isso vai da merda.
Re: Re.: Artigo do MSU
Perseus escreveu:Isso é uma bobagem.
Colocar alguém que não teve um ensino básico aequado em um curso superior exigente é a mesma coisa que colocar uma criança de 7 anos na 1ª série do ensino médio ou um criacionista numa aula de Biologia. É pedir para dar merda.
O pior é a argumentação maniqueísta do texto.. de um lado, os demonios que comem criancinhas contrários ao projeto. Do lado favorável, anjinhos de cabelos louros encaracolados com direito a nuves azuis para transporte e cornetas.
Não interessa se o Vestibular é injusto ou não. O que importa, é que os mais aptos são selecionados e ponto final.
- Não vejo como alguém que não consegue fazer uma prova de uma Usp, de uma Unicamp, de uma UERJ/UFRJ vai conseguir ir até o final de um curso de engenharia ou qualquer outra coisa -
Resultado.. daqui 5 anos, teremos estampado na capa de nossos jornais: "Indíce de abandono de cursos superiores bate recorde"... "Qualidade do ensino superior nas Universidade públicas cai"
E sim, existem sim injustiças no que se refere aos meios para conseguir a vaga no vestibular, mas no vestibular em si, não (um não com ressalvas, é claro).
O Q ME INDIGNA É Q TANTO OS OPOSITORES QUANTOS OS DEFENSORES DAS COTAS NÃO VÃO PRA RUA SE MANIFESTAR CONTRA O ABANDONO DA ESCOLA PUBLICA!!
Isso vai da merda.
Re.: Artigo do MSU
O Q ME INDIGNA É Q TANTO OS OPOSITORES QUANTOS OS DEFENSORES DAS COTAS NÃO VÃO PRA RUA SE MANIFESTAR CONTRA O ABANDONO DA ESCOLA PUBLICA!!
Eu tenho mais o que fazer. Preciso estudar, tocar a vida para a frente. Não tenho grana para ir e voltar de Brasilía, sequer tenho tempo para ir a são Paulo ficar gritando.
Se você acha que tem de conseguir algo na base do grito, você sempre vai se dar mal.
Nós temos é de votar bem. Ou seja, o próximo que me aparecer na televisão afirmando que vai criar um número de empregos superior a 2 milhões, vai perder meu voto na hora.
(sim, vou votar nulo nas eleições presidenciais)
"Uau! O Brasil é grande"
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
- Flavio Costa
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Re: Re.: Artigo do MSU
Perseus escreveu:Eu tenho mais o que fazer. Preciso estudar, tocar a vida para a frente. Não tenho grana para ir e voltar de Brasilía, sequer tenho tempo para ir a são Paulo ficar gritando.
Morando aqui em Brasília eu vejo que, quando estudantes e "grupos desfavorecidos" vão fazer protesto em frente ao Congresso, a resposta do governo é um silencioso "fodam-se".
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
Re.: Artigo do MSU
Ainda bem. Se o Planalto fosse ceder a todos os desejos de qualquer um que apareça gritando em seu quintal estaríamos perdidos.
O melhor jeito de conseguir o que queremos, é votando bem.
O melhor jeito de conseguir o que queremos, é votando bem.