O acaso é um dos argumentos favoritos dos críticos da evolução: "Como é que mutações ao acaso podem contribuir para construir coisas na evolução?"
Vejam a opinião de John Maynard-Smith (um dos maiores evolucionistas de sempre):
"É dito por vezes - geralmente por críticos do Darwinismo - que a mutação é fortuita. Bem, mas fortuita é notoriamente uma palavra dificil de definir. Penso que a maioria dos cientistas, quando fala em um evento ser fortuito, pretende significar que não seria eficiente investigar as causas, quer porque a causa em questão é um princípio incognoscivel, como na teoria quântica, quer porque daria muito trabalho a descobrir. Neste sentido a mutação não é certamente fortuita."
Portanto, o acaso na evolução não é um jogo de roleta russa. Em principio a seleção natural poderá actuar a um nível muito profundo e dificil de analisar. Aos níveis dificeis de investigar nós dizemos que são dominados pelo acaso.
Repetindo: para um cientista, o acaso é apenas algo dificil (senão impossível em termos práticos) de analisar. Mas não é certamente algo, pelo menos a niveis superiores ao quântico, sem causas. E tudo o que é causal encaixa bem na teoria da evolução.