Ajuda contra céticos
Re.: Ajuda contra céticos
Atenção espíritas do portal: vão se ferrar!
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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- Fernando Silva
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Re: Re.: Ajuda contra céticos
Alenônimo escreveu:No entanto, o que faria isso lhe dar vantagem em um debate? Num debate não se responde ao que está escrito? É só refutar o índio, oras!
Sem ficar insistindo para que ele refute assuntos que já encheram o saco, de tão debatidos por aqui.
E que sempre voltam à pauta porque sempre aparece alguém que, ou finge que não leu ou então acabou de entrar no fórum e acha que está cheio de verdades definitivas que vão destroçar os pobres ateus que ficam aqui falando bobagens sem perceber o risco que correm de serem mandados para o inferno pelo Bom Deus.
Argumentos profundos, do tipo "A Bíblia diz que ...".
- Fernando Silva
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Re: Re.: Ajuda contra céticos
RCAdeBH escreveu:A batalha não é só minha. Se fosse, já teria desistido. Estou com o senhor dos exercitos.
Ele é chamado "O Senhor dos Exércitos" porque, na origem, antes de ser adotado por Judá, era um deus da guerra dos cananeus.
E ele mostra isso com todas as barbaridades que comete ao longo do Antigo Testamento.
Quanto à sua pretensão em se dizer apoiado por essa entidade sanguinária, injusta e vingativa, não se esqueça de que centenas de batalhas já foram travadas ao longo da história em que os dois exércitos se julgavam protegidos por ele.
E não se esqueça também de que outras facções cristãs, que se dizem o povo eleito de seu deus, abominam o espiritismo e o consideram demoníaco.
Se o deus dos cristãos existe, não há nenhuma garantia de que ele esteja do seu lado.
- Flavio Costa
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Re: Re.: Ajuda contra céticos
BooDha escreveu:RCAdeBH escreveu:És Português? Então por isso não entendeu.
Mais preconceito desse espírito pouco evoluido...
O Miguel tem razão, Raul. Você tem que adotar uma postura mais evoluída.
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- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
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Re: Re.: Ajuda contra céticos
videomaker escreveu:
Confrade .
Mexes num vespeiro , a quantidade de puxa saco , do grande pajé , é infinita.
Acho que vc fez o certo .
Não estrapole , vai na boa , ai fica dificil , a tão temida suspensão .
um abraço.
Não gostaria de acreditar que seríamos impedidos de falar ou refutar alguem pelo título que carrega dentro do fórum. Se não apresentei ofensa pessoal nem infringi as regras do fórum, seria leviano me darem suspençao.
Um abraço.
Re.: Ajuda contra céticos
Sugestão:
Mudem as regras do RV e criem uma cláusula de banimento sumário por chatice.
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Re: Re.: Ajuda contra céticos
Não gostaria de acreditar que seríamos impedidos de falar ou refutar alguem pelo título que carrega dentro do fórum. Se não apresentei ofensa pessoal nem infringi as regras do fórum, seria leviano me darem suspençao.
Um abraço.[/quote]
Vamos disfazer essa confusão :
O Acauan é um cara vamos dizer , adimirado por grande parte da comunidade RV , uns porque respeitam o cara , outros por puxarem o saco mesmo .
Nunca vi ele tomar NENHUMA atitude que não fosse JUSTA .
E olha que o cara já me suspendeu 2 vezes !
Pedi apenas um certo cuidado ao falar , pois isso sim poderia lhe custar a tão temida suspenção .
foi só isso .
um abraço.
Um abraço.[/quote]
Vamos disfazer essa confusão :
O Acauan é um cara vamos dizer , adimirado por grande parte da comunidade RV , uns porque respeitam o cara , outros por puxarem o saco mesmo .
Nunca vi ele tomar NENHUMA atitude que não fosse JUSTA .
E olha que o cara já me suspendeu 2 vezes !
Pedi apenas um certo cuidado ao falar , pois isso sim poderia lhe custar a tão temida suspenção .
foi só isso .
um abraço.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: Ajuda contra céticos
RCAdeBH escreveu:BooDha escreveu:RCA... porque chamaste os teus amigos para enfrentar a tua batalha?
A batalha não é só minha. Se fosse, já teria desistido. Estou com o senhor dos exercitos.
Porque o "senhor dos exercitos" não participa de sua propria batalha?

"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Ajuda contra céticos
O senhor dos exércitos deve ser o maléfico Sauron de "O Senhor dos Aneis". E o RCA, pela qualidade do seu raciocínio, deve ser um Orc...
Re.: Ajuda contra céticos
O senhor dos exércitos tem mais o que fazer.
Pensam que dar atenção às ladainhas dos crentes não demanda tempo?
Tira um encosto daqui, desfaz um trabalho lá, promove um sucesso financeiro acolá... vocês acham que o senhor dos exércitos tem tempo para ajudar o ABCDEFGHdeWYZ a aprender a interpretar textos?
Pensam que dar atenção às ladainhas dos crentes não demanda tempo?
Tira um encosto daqui, desfaz um trabalho lá, promove um sucesso financeiro acolá... vocês acham que o senhor dos exércitos tem tempo para ajudar o ABCDEFGHdeWYZ a aprender a interpretar textos?
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
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Re: Re.: Ajuda contra céticos
Tranca-Ruas escreveu:O senhor dos exércitos tem mais o que fazer.
Pensam que dar atenção às ladainhas dos crentes não demanda tempo?
Tira um encosto daqui, desfaz um trabalho lá, promove um sucesso financeiro acolá... vocês acham que o senhor dos exércitos tem tempo para ajudar o ABCDEFGHdeWYZ a aprender a interpretar textos?



Fala Irmão Tranca!
COmo foi de culto nos ultimos dias? Manteve a guarda do santa carnaval em homenagem à deusa Cerva?
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Ajuda contra céticos
Fala Alter-Ego!
Como detesto carnaval, fiz um retiro sediado em minha casa, assistindo sessões de filmes policiais, terror e suspense, ouvindo uma carrada de CDs novos, namorando e claro, deitando goela abaixo umas cervas, porquê ninguém é feito de ferro.
Abraço!
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Acauan escreveu:
Já aqui temos um confronto específico e direto entre eu e você, versando sobre acusações de parte a parte de ser preconceituoso, sendo que a continuidade não pode ser assumida por quaisquer terceiros.
RÁ RÁÁÁÁ !!!
Peguei um erro do Acauan ! É difícil, mas acontece.

Não é "entre eu e você ! Como existe uma preposição antes ( entre ), torna-se obrigatório o uso do pronome oblíquo "mim". Então ficaria assim : "entre mim e você ...
Ora, tem tudo a ver com os Índios dos filmes antigos : "Mim tá com fome" ; "Mim pega homem branco pra fazê sopa"
Acauan, é brincadeirinha.

Você escreve muito bem, e quando você coloca "uma vírgula" fora do lugar, é motivo para manchete de primeira página !

Ô Cacique, não fique bravo, por favor. Quando eu era "Criancinha pequena lá em Barbacena", eu morria de medo de flechada". Você não usa mais isso, usa ? Acho que não. Afinal, um índio velhinho, com mais de 100 anos, não usa mais arco-e-flecha, não é mesmo ?

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- Flavio Costa
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Irã escreveu:Não é "entre eu e você ! Como existe uma preposição antes ( entre ), torna-se obrigatório o uso do pronome oblíquo "mim". Então ficaria assim : "entre mim e você ...
Tem certeza que o motivo da preferência pelo "mim" é por haver preposição antes? Acho que não.
O pronome "eu" é do caso reto, logo exerce função de sujeito. Como a auto-referência é num complemento verbal, convém usar o caso oblíquo.
Mas talvez, o "mim" sempre venha precedido de preposição e eu nunca percebi isso.
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- Luis Inácio, 20/10/2006
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Irã escreveu:Acauan escreveu:
Já aqui temos um confronto específico e direto entre eu e você, versando sobre acusações de parte a parte de ser preconceituoso, sendo que a continuidade não pode ser assumida por quaisquer terceiros.
RÁ RÁÁÁÁ !!!
Peguei um erro do Acauan ! É difícil, mas acontece.![]()
Não é "entre eu e você ! Como existe uma preposição antes ( entre ), torna-se obrigatório o uso do pronome oblíquo "mim". Então ficaria assim : "entre mim e você ...
Oh não!
Agora o RCAdeBH vai poder exibir a vergonha da minha queda por todos os fóruns espíritas da Internet...
Irã escreveu:Ora, tem tudo a ver com os Índios dos filmes antigos : "Mim tá com fome" ; "Mim pega homem branco pra fazê sopa"
Que é isto. Sopa de homem branco engorda. Melhor sopa de mulher branca, que é light.
Irã escreveu:Acauan, é brincadeirinha.![]()
Você escreve muito bem, e quando você coloca "uma vírgula" fora do lugar, é motivo para manchete de primeira página !![]()
Se hoje escrevo melhorzinho, sou grato ao Fórum Religião é Veneno. Quando caí aqui, há quase quatro anos, eu escrevia coisas como "a quase quatro anos". Foi uma lição legal descobrir que se aprende a escrever escrevendo, que deve valer para as outras coisas da vida também.
Irã escreveu:Ô Cacique, não fique bravo, por favor. Quando eu era "Criancinha pequena lá em Barbacena", eu morria de medo de flechada". Você não usa mais isso, usa ? Acho que não. Afinal, um índio velhinho, com mais de 100 anos, não usa mais arco-e-flecha, não é mesmo ?.
Entre os Tupis, arco e flecha é coisa de mulherzinha. Guerreiro macho que se preza usa borduna.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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- Flavio Costa
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Acauan escreveu:Se hoje escrevo melhorzinho, sou grato ao Fórum Religião é Veneno. Quando caí aqui, há quase quatro anos, eu escrevia coisas como "a quase quatro anos".
Eu também já escrevi assim e aprendi com uma portuguesa por que não está certo. Parece que em Portugal tal problema não é tão freqüente.
Acauan escreveu:Foi uma lição legal descobrir que se aprende a escrever escrevendo, que deve valer para as outras coisas da vida também.
Certamente.

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- Luis Inácio, 20/10/2006
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Se hoje escrevo melhorzinho, sou grato ao Fórum Religião é Veneno. Quando caí aqui, há quase quatro anos, eu escrevia coisas como "a quase quatro anos". Foi uma lição legal descobrir que se aprende a escrever escrevendo, que deve valer para as outras coisas da vida também.
Agora ninguem aplaude o cara !
Tenho que dizer : Isso sim é um exemplo .
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Tenho que dizer : Isso sim é um exemplo .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Re.: Ajuda contra céticos
Artigo do Prof.Pasquale Cipro Neto em
http://www2.uol.com.br/linguaportuguesa ... 010622.htm
Não são poucas as pessoas que escrevem para perguntar a respeito dos pronomes "eu" e "mim". Talvez o caso mais pedido seja o da preposição "entre": "Entre mim e você as coisas vão muito mal" ou "Entre eu e você as coisas vão muito mal"?
Vamos lá. De início, caro leitor, peço-lhe um pouco de paciência. É preciso entender o problema para saber por que as coisas são como são. O pronome "eu" faz parte dos chamados pronomes pessoais do caso reto. Sabe de cabeça a lista completa? Não são muitos: "eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas". Esses pronomes se prestam basicamente à função de sujeito, ou seja, "conjugam" o verbo: "eu sou, tu és, ele/ela é, nós somos, vós sois, eles/elas são".
É por isso que, na língua culta, esses pronomes não podem desempenhar papel de complemento direto de verbos, ou seja, não podem aparecer em frases como "Faz tempo que não vejo ela" ou "Procurei ele a noite toda". Na língua falada, no entanto, essas formas são muito comuns, independentemente da classe social e da escolaridade do falante.
O que se usaria nesses casos, então, em se tratando de linguagem formal? Em vez de "Faz tempo que não vejo ela", dir-se-ia "Faz tempo que não a vejo"; em vez de "Procurei ele a noite toda", dir-se-ia "Procurei-o a noite toda". Os pronomes "o" e "a" pertencem ao rol dos pronomes oblíquos, cujo papel básico é justamente complementar verbos ou nomes.
Na memorável "Neide Candolina", canção com que mestre Caetano Veloso homenageia uma semi-real professora de português, há o seguinte trecho: "E a cidade (...) tem que reverter o quadro atual pra lhe ser igual". O que significa "pra lhe ser igual"? O pronome "lhe" complementa o adjetivo "igual". Referindo-se à então imunda Salvador (hoje bem mais limpa, graças a Deus), Caetano quer dizer que a cidade deve reverter o quadro para ser igual à professora, citada na letra como exemplo de cidadã. O pronome oblíquo "lhe" foi usado em uma de suas funções possíveis (complemento de um adjetivo).
Alguém talvez esteja perguntando se nesse caso não se poderia substituir o pronome oblíquo "lhe" por "a ela": "...reverter o quadro atual para ser igual a ela". É claro que seria possível. Então, se é possível usar "ela" para complementar um adjetivo ("igual"), ou seja, se é possível usar o pronome reto "ela" sem ocupar a função de sujeito, a teoria está furada?
Era aí que eu queria chegar. Note que, para usar o pronome reto "ela" sem ocupar a função de sujeito, foi preciso lançar mão de uma preposição ("a", no caso). É possível, sim, que pronomes retos ocupem função de complemento, desde que precedidos de preposição. Quer exemplos? Vários: "A moça ainda sonha com ele"; "Estou apaixonado por ela"; "O rapaz nada faz sem nós"; "Faremos tudo por vós"; "Pensamos muito neles (neles = em+eles)" etc. Em nenhuma das frases, os pronomes retos presentes ("ele", "ela", "nós", "vós" e "eles", respectivamente) exercem a função de sujeito.
Agora tente construir frases em que os pronomes retos "eu" e "tu" não funcionem como sujeito, isto é, frases em que esses pronomes retos tenham papel de complemento e sejam, por isso mesmo, precedidos de preposição. Vamos lá! Tente! Que tal "Ela gosta de eu" ou "Eu gosto muito de tu"? E estas: "Ela pensa em tu" ou "Ela pensa em eu"? Talvez você goste de "Ela quer sair com eu" ou "Ele quer sair com tu". Não gostou? Então tente "Ela nunca se refere a eu" ou "Ele nunca se refere a tu". Que tal?
Apesar de muito comuns na fala de várias regiões brasileiras, nenhuma dessas frases é aceitável no padrão culto da língua, e por uma razão muito simples: os pronomes "eu" e "tu" são diferentes dos outros retos ("ele/ela", "nós", "vós", "eles/elas"). Diferentes em quê? Na possibilidade de serem regidos por preposição. Não se diz "de eu", "de tu", "em eu", "em tu", "com eu", "com tu", "a eu" e "a tu" justamente porque os pronomes retos "eu" e "tu" não podem ser regidos por preposição ("de", "em", "com" e "a", nos casos citados).
E o que é "entre"? Nada mais do que uma reles preposição, tão preposição quanto "de", "em", "com", "a" e outras. Então, se na língua padrão não é possível usar "de eu", "de tu", "em eu", "em tu", "com eu", "com tu", "a eu" e "a tu", ou seja, se não é possível empregar esses pronomes retos ("eu" e "tu") regidos de preposição, não é possível usá-los com a preposição "entre".
Na língua padrão, portanto, nada de "Entre eu e você as coisas vão muito mal". Para que as coisas não piorem, o que se diz mesmo é "Entre mim e você as coisas vão muito mal".
Antes que alguém pergunte, a ordem não faz a menor diferença: "Entre você e mim as coisas vão muito mal"; "As coisas vão muito mal entre mim e você"; "As coisas vão muito mal entre você e mim". Sei que tudo isso parece feio, esquisito e errado, afinal não é hábito dizer "entre mim". Paciência. Em termos de língua padrão, é assim. E, como você viu, há motivo para isso.
Um forte abraço.
http://www2.uol.com.br/linguaportuguesa ... 010622.htm
Não são poucas as pessoas que escrevem para perguntar a respeito dos pronomes "eu" e "mim". Talvez o caso mais pedido seja o da preposição "entre": "Entre mim e você as coisas vão muito mal" ou "Entre eu e você as coisas vão muito mal"?
Vamos lá. De início, caro leitor, peço-lhe um pouco de paciência. É preciso entender o problema para saber por que as coisas são como são. O pronome "eu" faz parte dos chamados pronomes pessoais do caso reto. Sabe de cabeça a lista completa? Não são muitos: "eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas". Esses pronomes se prestam basicamente à função de sujeito, ou seja, "conjugam" o verbo: "eu sou, tu és, ele/ela é, nós somos, vós sois, eles/elas são".
É por isso que, na língua culta, esses pronomes não podem desempenhar papel de complemento direto de verbos, ou seja, não podem aparecer em frases como "Faz tempo que não vejo ela" ou "Procurei ele a noite toda". Na língua falada, no entanto, essas formas são muito comuns, independentemente da classe social e da escolaridade do falante.
O que se usaria nesses casos, então, em se tratando de linguagem formal? Em vez de "Faz tempo que não vejo ela", dir-se-ia "Faz tempo que não a vejo"; em vez de "Procurei ele a noite toda", dir-se-ia "Procurei-o a noite toda". Os pronomes "o" e "a" pertencem ao rol dos pronomes oblíquos, cujo papel básico é justamente complementar verbos ou nomes.
Na memorável "Neide Candolina", canção com que mestre Caetano Veloso homenageia uma semi-real professora de português, há o seguinte trecho: "E a cidade (...) tem que reverter o quadro atual pra lhe ser igual". O que significa "pra lhe ser igual"? O pronome "lhe" complementa o adjetivo "igual". Referindo-se à então imunda Salvador (hoje bem mais limpa, graças a Deus), Caetano quer dizer que a cidade deve reverter o quadro para ser igual à professora, citada na letra como exemplo de cidadã. O pronome oblíquo "lhe" foi usado em uma de suas funções possíveis (complemento de um adjetivo).
Alguém talvez esteja perguntando se nesse caso não se poderia substituir o pronome oblíquo "lhe" por "a ela": "...reverter o quadro atual para ser igual a ela". É claro que seria possível. Então, se é possível usar "ela" para complementar um adjetivo ("igual"), ou seja, se é possível usar o pronome reto "ela" sem ocupar a função de sujeito, a teoria está furada?
Era aí que eu queria chegar. Note que, para usar o pronome reto "ela" sem ocupar a função de sujeito, foi preciso lançar mão de uma preposição ("a", no caso). É possível, sim, que pronomes retos ocupem função de complemento, desde que precedidos de preposição. Quer exemplos? Vários: "A moça ainda sonha com ele"; "Estou apaixonado por ela"; "O rapaz nada faz sem nós"; "Faremos tudo por vós"; "Pensamos muito neles (neles = em+eles)" etc. Em nenhuma das frases, os pronomes retos presentes ("ele", "ela", "nós", "vós" e "eles", respectivamente) exercem a função de sujeito.
Agora tente construir frases em que os pronomes retos "eu" e "tu" não funcionem como sujeito, isto é, frases em que esses pronomes retos tenham papel de complemento e sejam, por isso mesmo, precedidos de preposição. Vamos lá! Tente! Que tal "Ela gosta de eu" ou "Eu gosto muito de tu"? E estas: "Ela pensa em tu" ou "Ela pensa em eu"? Talvez você goste de "Ela quer sair com eu" ou "Ele quer sair com tu". Não gostou? Então tente "Ela nunca se refere a eu" ou "Ele nunca se refere a tu". Que tal?
Apesar de muito comuns na fala de várias regiões brasileiras, nenhuma dessas frases é aceitável no padrão culto da língua, e por uma razão muito simples: os pronomes "eu" e "tu" são diferentes dos outros retos ("ele/ela", "nós", "vós", "eles/elas"). Diferentes em quê? Na possibilidade de serem regidos por preposição. Não se diz "de eu", "de tu", "em eu", "em tu", "com eu", "com tu", "a eu" e "a tu" justamente porque os pronomes retos "eu" e "tu" não podem ser regidos por preposição ("de", "em", "com" e "a", nos casos citados).
E o que é "entre"? Nada mais do que uma reles preposição, tão preposição quanto "de", "em", "com", "a" e outras. Então, se na língua padrão não é possível usar "de eu", "de tu", "em eu", "em tu", "com eu", "com tu", "a eu" e "a tu", ou seja, se não é possível empregar esses pronomes retos ("eu" e "tu") regidos de preposição, não é possível usá-los com a preposição "entre".
Na língua padrão, portanto, nada de "Entre eu e você as coisas vão muito mal". Para que as coisas não piorem, o que se diz mesmo é "Entre mim e você as coisas vão muito mal".
Antes que alguém pergunte, a ordem não faz a menor diferença: "Entre você e mim as coisas vão muito mal"; "As coisas vão muito mal entre mim e você"; "As coisas vão muito mal entre você e mim". Sei que tudo isso parece feio, esquisito e errado, afinal não é hábito dizer "entre mim". Paciência. Em termos de língua padrão, é assim. E, como você viu, há motivo para isso.
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