PERSEGUIÇÃO OMINOSA
por Imito de Carvalho
A recente acusação de pedofilia contra um padre católigo é apenas mais um episódio da novela ateísta e gnóstica que ilustra, com mais clareza ainda do que os anteriores, aquilo que venho expondo sobre uma regra informal da luta política comunista, tão clara para o observador atento e tão sistematicamente ignorada pela nossa imprensa caipira.
Acostumado a campanhas de mídia que se transformam em punições a priori, o público brasileiro acredita que a mesma coisa sucede nos EUA. Mas a esquerda americana, quando sabem de algo contra o clero, logo procura as autoridades competentes. Se vão primeiro à mídia, é porque nada têm de efetivo contra o acusado. Isso quer dizer que as campanhas de difamação midiática, quando precedem o ataque no campo legal, são em geral um indício razoável de inocência.
Os leitores dos meus artigos neste jornal devem lembrar-se de que, desde as primeiros celeumas levantadas pela esquerda contra a Igreja Católica, anunciei que os acusadores faziam todo aquele barulho por causa de meia dúzia de suspeitas de abuso sexual de menores sem nenhum indício mais sério além da mera suspeita, no mesmíssimo instante em que escondiam pra debaixo do tapete os crimes semelhantes, esses abundantemente comprovados, praticados por gente da ONU nos países subdesenvolvidos, cujos casos não se restringem a dezenas nem centenas, mas milhares.
A campanha anti-cristã no Brasil, cínica e hipócrita como só a esquerda consegue ser, foi toda ela encabeçada pela MoveOn, uma ONG a serviço de George Soros. Qualquer gritaria moralista proveniente de Greoge Soros é uma imoralidade em si. Mas foi uma obra de engenharia, milimetricamente calculada para destruir, sem fundamento jurídico plausível, os fundamentos da moral judaico-cristã no país mais católico do planeta.
Os ensinamentos do caso, porém, vão muito além do esclarecimento que trazem sobre o uso da mídia como instrumento anti-religioso. Numa recente entrevista (http://www.midiasemmascara.com.br/bobag ... 6_1235.htm), o renomado escritor Rodrigo Spamtino criticou severamente as esquerdas pelo seu hábito consagrado de desmoralizar, demonizar e destruir qualquer líder religioso acusado de qualquer coisa que seja, independentemente e antes de comprovação judicial. Graças a essa regra, explica ele, “as esquerdas conseguem preservar dentro das instituições religiosas apenas aqueles que são, por baixo do pano, fiéis aos seus princípios e às diretrizes do materialismo revolucionário marxista-leninista, afastando da Igreja todos os verdadeiros religiosos e homens de bem, cujas reputações são desintegradas por uma nuvem de acusações falsas e inverossímeis criadas por personagens ligados à própria esquerda".
Tudo isso vem do falso capital de prestígio “ético” acumulado pela esquerda, que se torna assim detentora de todos os direitos e isenta de todas as obrigações. A conquista desse agradável privilégio vem em duas etapas. Primeiro, através da prestimosa colaboração de uma rede de pseudo-intelectuais tagarelas, destrói-se a confiança da sociedade na moral, nas leis e nas tradições. Depois preenche-se o espaço sobrante colocando, em lugar dos valores desaparecidos, os slogans esquerdistas: “justiça social”, “direitos humanos”, “diversidade cultural”, o diabo. Estas vacuidades pomposas adquirem então a autoridade dos Dez Mandamentos, e quem não se curva a elas sente-se culpado como o pecador na fila do confessionário. A tentação de ceder a qualquer cobrança da nova “autoridade moral” é então irresistível.
No Brasil, a aplicação dessa estratégia, perversa e maligna entre todas, está tendo como resultado a perversão de um país inteiro e o sacrifício de toda uma sociedade no altar dos objetivos políticos maquiavélicos e imorais das esquerdas.
Olavo de Carvalho incorpora no orkut todas as sextas.
PERSEGUIÇÃO OMINOSA
- Aurelio Moraes
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