Vote nulo para deputado

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http://www.tribuna.inf.br/coluna.asp?coluna=helio


Esperando o Voto Distrital e 2 anos de mandato
Vote nulo para deputado

O professor de Direito e juiz aposentado Antonio Sebastião de Lima fez ontem aqui mesmo, num artigo admirável, a sugestão magistral: o cidadão-contribuinte-eleitor ANULARIA o voto para deputado. Votaria para presidente, governador, um terço do Senado e REPUDIARIA ou se RECUSARIA a votar para deputado.

Se isso acontecer ou acontecesse, deveria haver outra eleição para a Câmara Federal. E os candidatos recusados pelo eleitorado não poderiam se candidatar novamente. Antes que alguém diga que isso representaria uma restrição aos direitos coletivos, duas explicações imediatas e antecipadas.

Se o povo seguisse a sugestão-recomendação do professor, o candidato teria sido vetado e não atingido no seu legítimo direito. O próprio cidadão-contribuinte-eleitor, pelo voto direto e explícito, estaria dizendo: "Nesses candidatos eu não quero votar". Então, se insistissem em fazer eleição com os mesmos candidatos, o cidadão é que estaria sendo desobedecido.

E como segunda explicação para nova eleição com novos candidatos, a constatação insubstituível: essa Câmara vem se degradando através dos tempos, mas agora atingiu o máximo em matéria de desmoralização. Depois de dezenas e dezenas de deputados envolvidos nas mais diversas CPIs, essa operação sanguessuga, que acusa, até o momento, 170 deputados.

O cidadão-contribuinte-eleitor sabe que 170 é um terço dos 513 deputados do total. Portanto, mesmo não levando em conta os implicados em outros escândalos escabrosos, sobrariam dois terços que mereceriam o voto, depois que a população, como um todo e revoltada, votasse NULO, exigindo outra eleição. Este repórter votaria em diversos deputados de vários partidos, mas teria que fazer triagem muito grande.

Depois do cidadão-contribuinte-eleitor responder positivamente à sugestão moralizadora do professor Sebastião de Lima, seriam necessárias outras deliberações importantíssimas, que contribuiriam para transformar a representatividade das urnas numa representatividade de consciência.

1 - Voto Distrital. É imprescindível para que haja ligação e conhecimento maior entre o eleitor e o candidato. No mundo ocidental são raros os países que não adotam esse tipo de escolha. Até mesmo no bipartidarismo dos EUA e da Inglaterra o voto é Distrital. E com isso se encerraria o absurdo que tem acontecido: candidatos com 100 e até 150 mil votos não são eleitos, enquanto outros com 20 mil e até menos vão para a Câmara.

2 - Menos deputados. 513 é muito. Novamente citando os EUA, os deputados são 440 numa população de 276 milhões de habitantes. Nos EUA e na Inglaterra existe o voto independente, sem partido, como já existiu no Brasil até 1934. As despesas seriam infinitamente menores e o povo, melhor representado.

3 - Mandato menor. 2 anos é o ideal. Nem adianta, como dizem para tudo: "Temos que estar sempre indo de Brasília para nossas bases". A Câmara dos Representantes dos EUA é eleita nos Distritos dos 50 estados, mas funciona em Washington, exigindo, em muitos casos, viagem de 7 ou 8 horas. Mas se chama Câmara dos Representantes, está tudo aí explicado. E se o Representante não satisfaz, 2 anos passa logo, o povo não vota mais nele.

Pode ser que muitos aleguem que isso seria muito sacrifício para um mandato "tão curto". Pois então não se candidatem, são raros os casos de apelo do povo ao candidato.

[Perseus]

Isso pode ser uma faca de dois gumes.

Assim como há os ladrões, os corruptos, os traficantes, os evangélicos e a turma da extorsão em geral, existe gente boa lá também que vai acabar saindo prejudicada.
Além do mais, a imensa maioria dos deputados atuais, está em seu primeiro mandato. A tal "renovação" ja ocorreu, e o resultado esta aí..

[zencem]

Isso pode ser uma faca de dois gumes.

Assim como há os ladrões, os corruptos, os traficantes, os evangélicos e a turma da extorsão em geral, existe gente boa lá também que vai acabar saindo prejudicada.
Além do mais, a imensa maioria dos deputados atuais, está em seu primeiro mandato. A tal "renovação" ja ocorreu, e o resultado esta aí..

Abandonar o barco será um ótimo espetáculo para os que apreciam o mar de dentro dele.

[O ENCOSTO]

Se isso acontecer ou acontecesse, deveria haver outra eleição para a Câmara Federal. E os candidatos recusados pelo eleitorado não poderiam se candidatar novamente. Antes que alguém diga que isso representaria uma restrição aos direitos coletivos, duas explicações imediatas e antecipadas.

Nas eleições proporcionais (deputados) isso não ocorre de forma alguma. Se ocorre, cite a fonte confiável (TRE). Além disso, é tolice acreditar que todo mundo irá anular o voto.

Nas eleições majoritárias (presidente), poderá ocorrer anulação mas os mesmos candidatos poderão se candidatar novamente já que estão LEGALMENTE registrados. Se não for assim, citem a fonte confiável.

É uma forma idiota de protestar tendo em vista que apenas iria dobrar o custo da eleição.

[Fernando Silva]

Os imbecis e os criminosos não anulam o voto.
Os canalhas serão votados pela massa de idiotas que alegará "votei nele porque é cristão" ou "votei nele porque me deu isto ou aquilo" (sendo que "isto ou aquilo" pode ter vindo do governo federal e não do canalha, que apenas posou como benfeitor).
Os criminosos votarão em seus compadres para garantir suas mordomias ilegais e sua impunidade.

Temos que votar nos menos ruins, nem que seja apenas para impedir que os canalhas sejam eleitos.