NadaSei escreveu:Márcio escreveu:Gostaria imensamente que o Nadasabe colocasse aqui a sua definição de deus de uma forma clara e ''desenrolada''.
E a partir daí poderíamos tecer comentários que SÓ fariam sentido quanto à definição dele.
E quantas milhares de definições devem existir...
Segundo Jesus Cristo, Lao Tsé, Krishna e muitos outros, Deus é tudo e todos, mas também transcende tudo e todos.
É o conceito de panenteísmo.
Essa definição é constante, as discordâncias giram apenas em torno de pessoas que só puderem ver uma pequena "parte" disso.
Conhece a musica Gita?
“Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando”,
“Foi justamente num sonho que ele me falou”
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou eu fui eu vou
Gita
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água, do ar
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra A tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa
Nos pegues pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo
Gita
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai, o avô
O filho que ainda não veio,
O início, o fim, e o meio
O início, o fim, e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio.Essa é a definição mais presente vinda dos grandes nomes da religião.
O resto só trata de discussões sobre partes disso.
Bom! Suponho que sua definição para a palavra ''deus'' também seja a mesma que Jesus Cristo, Lao Tsé, Krishna, Raul Seixas/Paulo Coelho e muitos outros aceitam, (Deus é tudo e todos, mas também transcende tudo e todos).
Eu penso que inicialmente só há duas possibilidades, uma coisa existe ou não existe. Se estamos aqui, pela lógica devemos assumir que tal coisa existe, então suponho que ou ela passou a existir do NADA (ai, ai, ai, esse NADA) ou sempre existiu, (assim o NADA vira apenas figura de linguagem).
Parece mais elegante pensar que a coisa sempre existiu e assim será para sempre, num contexto temporal claro, retire o tempo e verá como algo pode ser eterno e imutável.
A coisa então poderia ser de tal forma que contivesse em si algo que chamamos de consciência com poder de decisão. Ou seria apenas um sistema de onde configurações podem emergir aleatoriamente.
Se num determinado momento (por decisão própria ou aleatoriedade), uma configuração surgir desse meio, de tal forma que apareçam também o tempo e espaço como efeitos, além de toda uma dinâmica coesa que chamamos de leis da física, etc. teremos aquilo que chamamos de Universo atual, sendo uma forma de arranjo específico gerado desse meio e ainda sim sendo parte dele, visto que está imerso no resto dele.
A coisa infinita, isotrópica, estável na média, imaterial, teve em uma determinada parte de sua rede de energias positivas e negativas equilibradas, (nulas) um evento que podemos dizer que foi uma instabilidade (se comparado ao resto), uma estruturação diferenciada que é limitada em si do ponto de vista da configuração energética nova, da forma apenas.
A coisa é infinita, entretanto as ''instabilidades'' que podem ocorrer dentro dela seriam limitadas, pois são sistemas configurados que emergem com propriedades distintas, assim poderíamos chamar a coisa de ''suporte''.
Bom, daí deduzo que estamos vivendo (e sendo parte) dentro de uma dessas configurações geradas em alguma parte do suporte. Sugerindo que possam haver tantos universos diferentes quanto configurações se formando por toda rede.
Entendo que uma macro-configuração seja composta de micro-configurações interagindo entre sí dentro do sistema, e talvez um dia, pelo efeito da entropia (que seria um fenômeno natural do suporte, estabilizando a área da configuração pela ''pressão'' do restante estável) toda a configuração do Universo acabaria se desfazendo, voltando ao mesmo estado inicial, igual ao resto.
Bem, esse suporte poderia ser o tal deus, ainda que fosse um deus consciente ou um deus aleatório, o deus do acaso.
Na verdade, eu queria dizer que tudo poderia ser apenas sinais trafegando, se configurando, numa rede de energia.
Afinal, o que seria uma partícula fundamental, senão um ''ponto'' (no sentido de se delimitar uma unidade qualquer)que pode assumir determinadas propriedades básicas (informação), que em conjunto, constroem tudo aquilo que chamamos de realidade?
Acho que se tratarmos tudo como se fossem elementos de informação, talvez pudéssemos ter a solução para certas ''estranhezas'' que são observadas no mundo quântico.
É mais ou menos isso. Ainda que não seja muito ''romântico'' do ponto de vista humano.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!