Suyndara escreveu:Sim, inclusive alguns psicólogos modernos falam do fato da espiritualidade ser importante na formação ética do ser humano, não como uma obediência à uma instituição religiosa (como vc mesmo percebeu, há diferenças), mas sim como formação de valores
Tem uma pesquisa interessante sobre isso, já leu:
Não conhecia não...
Suyndara escreveu:Sinceramente me preocupo sim com pessoas sem discernimento, incluise ateus que acham legal travar uma guerra contra à religião se dirigindo às pessoas (como aquela campanha idiota do Daniel Sottomaior

) ou mesmo pessoas que de tanto ódio que tem à religião passam a discriminar os religiosos e se sentirem "superiores"
Estamos de acordo novamente então.
Me preocupa também o entendimento correto de conceitos como crença e céticismo, pois o discurso de crentes de ambos os lados, associa ateus a céticos e teístas a crentes, quando na verdade ateus também podem ser crentes assim como teístas podem ser céticos.
Militâncias como as que tenho visto, e que se propõe a defesa dentro outras coisas do ceticismo, tem é na verdade ocultado essas coisas, da mesma forma que teístas crentes e sem discernimento ocultam a religião.
Suyndara escreveu:Autocontrole está ligado ao autoconhecimento, se a pessoa se conhece sabe exatamente os limites que não poderá ultrapassar

Só não acho que ninguém precisa se converter a nenhuma Igreja pra isso, existem outras formas
[]s
Sim, concordamos mais uma vez. Não acho que ninguém precise de igreja pra isso, apesar de também não condenar quem as procure. você conhece o Fernando? (otimo forista que anda sumido) É estudante de filosofia ou já formado, não sei... Ele é protestante e frequenta a igreja, pra ele funciona. Talvez para pessoas racionais e que pensem por si a igreja possa trazer alguma ajuda. O ser humano é único e talvez nem todos se dêem bem como auto-didatas.
Acho, entretanto, que estudar textos religiosos e praticar tais ensinamentos, no meu caso, sem me envolver com instituições como igrejas ou seitas, me ajudou bastante e pode ajudar qualquer um, pois se trata de estudo.
Como venho dizendo aqui, textos religiosos são fonte de conhecimento e podem facilitar esse processo e levar a pessoa ao próximo passo... mas que tipo de pratica cada um precisa, varia de pessoa pra pessoa.
Enquanto ateu eu já era basicamente um monge, pois já levava uma vida ascética a que cheguei por motivos diversos. Não são poucos os filósofos e artistas que falam sobre os benefícios de praticas desse tipo.
Quando encontrei a religião, estava em uma época de estudo de filósofos ocidentais, tinha acabado de ler "A Queda" de Albert Camus, livro que achei muito pesado dado o nível de verdade, como já tinha alguma curiosidade sobre a filosofia oriental, achei que ler em seguida um livro mais "zen", me recomporia após engolir Camus a seco.
Foi quando percebi algumas coisas, uma é que a filosofia oriental não é menos "pesada" que a ocidental, em alguns aspectos o livro que li era ainda mais assustador que a queda e não tinha nada de "Zen" (no sentido moderno que damos no ocidente a essa palavra), outra descoberta foi que eu não sabia quase nada sobre religião, pois ali tudo era diferente do que o pregado pelos Edir's Macedos da vida. Por fim também descobri que mesmo sendo ateu, eu já praticava a maioria daquelas coisas e conhecia seus benefícios.
Basicamente o estudo da religião me acrescentou a meditação, um maior foco em vigiar meus próprios pensamentos e, o principal, aumentou meu ceticismo.
De resto, tive acesso a outras abordagens sobre dilemas filosóficos como o da existência do livre-arbítrio, o dilema do "Eu", a questão da relatividade dos conceitos que formam nosso conhecimento, entre outros temas.
Esses textos são impregnados de filosofia que não perdem em nada pra ocidental, claro que o tema e a abordagem sempre variam de autor pra autor.
Só não entendo o motivo de tanta negação acerca dessas fontes de conhecimento, influencia da ladainha das igrejas cristãs imagino, mas se conhecessem bons textos orientais, perceberiam que mesmo o cristianismo é próximo ao básico oriental e que existem bons textos de ocultistas cristãos, bem como de padres e monges.
Mas as pessoas preferem negar o que não conhecem ou não entendem e se limitar a afirmações como: "Religião não tem nada de bom, veja os terroristas islâmicos".
Bom... esse tópico mesmo já diz tudo.