ímpio escreveu:o governo não se restringe a elite, que eu saiba, vide o Lula.
O Lula não faz parte da elite? Jamais!
Quem do povão consegue sobreviver por mais de uma década virtualmente desempregado, vivendo de ser presidente de honra de um partido? E vivendo de graça numa mansão emprestada por um amigo do peito? (Que as prefeituras petistas souberam reconhecer e retribuir tamanha consideração para com seu líder maior.)
Nunca vi ninguém do povão ter acesso a uma bocona dessas.
Lula era povo até sua primeira eleição como dirigente sindical. Depois passou a integrar a elite dos trabalhadores. Elite mesmo. Representou os metalúrgicos do ABC, que são a elite da elite dos trabalhadores brasileiros até hoje.
Dirigentes de confederações sindicais são a elite dos trabalhadores. Assim como os líderes estudantis que presidem a UNE e outras entidades são a elite dos estudantes. Ou você acha que consegue uma vaguinha dessas aquele estudante de meia-tigela que se mata para tirar 5 de média e passar de ano? E que só se interessa em passar de ano por exigência dos pais, pois está mais interessado em torrar dinheiro em lan house e em comer as colegas? Para enrolar e conduzir toda uma assembléia de milhares de cabeças ocas é preciso ter bastante habilidade social e poder de argumentação/manipulação. É coisa para cérebros privilegiados. Líderes, não liderados.
ímpio escreveu:Em algum ponto tem que se traçar algum critério. Hoje o critério não considero ser o melhor possível, é a "elite etária" que pode votar, enquanto os menores de 16 anos são excluídos, oprimidos e vivem, à mercê do voto alheio, tal como mulheres e negros em décadas que felizmente hoje estão no passado. "Por que eles não tem direito de votar? Não são seres humanos?
Francamente, ímpio! Esse argumento não faz jus à sua capacidade. É estúpido demais. A restrição etária tem por pressuposto uma restrição na capacidade. E, se você observar as diferentes sociedades e culturas espalhadas pelo mundo, verá que em toda parte uma restrição puramente etária NÃO É considerada discriminatória, ao contrário, é considerada justa.
Por quê? Simples. Porque a antiguidade é um bem ao alcance de todos. Todos têm acesso à velhice, basta sobreviver. Ser mulher, negro, pobre, analfabeto, nada disso impede uma pessoa de acumular anos e chegar à idade mínima requerida.
É o mesmo raciocínio por trás da naturalidade com que as pessoas enxergam o privilégio dos idosos de mais de 65 anos de furarem filas, andarem de graça nos ônibus, etc. Eu ainda não posso, e por 65 anos serei preterido, mas um dia chegará a minha vez. Por mais pobre, burro ou discriminado que eu seja.
Concluindo, há um certo consenso mundial de que discriminações etárias não são injustas.