A Falácia Mente=Cérebro

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Leonardo
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Re: Re.: A Falácia Mente=Cérebro

Mensagem por Leonardo »

Res Cogitans escreveu: Defina reducionismo.


Grosso modo, é quando se assume que sistemas (teorias) complexos(as) podem ser explicados por sua partes mais elementares (se tiver outro significado e se vc usou em outro sentido e eu não soube interpretar, desconsidere minha afirmativa anterior. Explique-se que eu reformulo.).

Res Cogitans escreveu:Dennett, Searle, Chalmers, Putnan, Churchland, Crick, Edelman, Damasio, Koch, Bogen, Libet, Logothetis, Schall, Llinas, Ribary, Joliot, Wang, Greenfield, Flanagan, Calvin, Jackendoff, todos têm artigos sobre consciência. Poderia demonstrar os erros dos artigos de cada um deles?
Para você multiverso é ciência ou especulação?


Por que eu faria isso (não tenho competência para tal, não é minha área de pesuisa)? Mas eu não lembro de ter apontado que algum deles estão errados.
Foi algum das minhas afirmativas abaixo?
- (...) Damaso apresenta a discordância com Penrose em termos de dúvidas, uma vez que não pode provar que o físico estivesse errado (...)
- (...) Neste contexto, a necessidade de um cérebro mais complexo é possivelmente embasado dentro do que Roger Penrose propõe como modelo de funcionamento daquele (...)
- (...) Dentro da proposta de Penrose, ele demonstra (segundo ao autor) que a intuição matemática não é computacional. Mas não é razoável traçar uma divisória entre o entendimento matemático e outra forma entendimento: são entendimentos e pronto (...)


Sobre o multiverso, além do evento da DC “Crise nas Infinitas Terras” (muito bom, ta acompanhando a Crise atual?), acho q há um “que” dos dois. É ciência quando todo um rigoroso tratamento matemático possibilitou esta conclusão. É especulação quando se usa este estudo além de mera possibilidade.

Abç
Leo

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Res Cogitans
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Re.: A Falácia Mente=Cérebro

Mensagem por Res Cogitans »

Leonardo escreveu:Grosso modo, é quando se assume que sistemas (teorias) complexos(as) podem ser explicados por sua partes mais elementares (se tiver outro significado e se vc usou em outro sentido e eu não soube interpretar, desconsidere minha afirmativa anterior. Explique-se que eu reformulo.).

Para citar dois conceitos de reducionimso: o reducionismo de substituição e o reducionismo hierárquico. No de substituição você tem que expressar um termo de uma ciência por algo que seja um sinônimo perfeito em outra ciência. No hirárquico você simplesmente faz uma relação a termos entre as ciências.
Hilary Putnan argumenta que o simples fato de você não conseguir encaixar um quadrado num buraco redondo não poderia ser explicado usando o nível de análise de moléculas e átomos, prescindindo de graus mais altos de abstração (usando conceitos como rigidez e geometria).

Leonardo escreveu:Por que eu faria isso (não tenho competência para tal, não é minha área de pesuisa)? Mas eu não lembro de ter apontado que algum deles estão errados.

São teorias mutuamente excludentes, se aceita uma tem que descartar a outra. Ao aceitar a de Penrose você está afirmando que os demais estão errados.

É ciência quando todo um rigoroso tratamento matemático possibilitou esta conclusão. É especulação quando se usa este estudo além de mera possibilidade.


Os artigos cientificos são argumentos e basta que os revisores considerem que as premissas fundamentem razoavelmente as conclusões. Você encontrará proponentes de teorias ou intrepretações de resultados diversas num mesmo periódico. Inclusive, obviamente, nos periódicos que Penrose e Hameroff publicaram.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Leonardo
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Re: Re.: A Falácia Mente=Cérebro

Mensagem por Leonardo »

Res Cogitans escreveu: Para citar dois conceitos de reducionimso: o reducionismo de substituição e o reducionismo hierárquico. No de substituição você tem que expressar um termo de uma ciência por algo que seja um sinônimo perfeito em outra ciência. No hirárquico você simplesmente faz uma relação a termos entre as ciências.
Hilary Putnan argumenta que o simples fato de você não conseguir encaixar um quadrado num buraco redondo não poderia ser explicado usando o nível de análise de moléculas e átomos, prescindindo de graus mais altos de abstração (usando conceitos como rigidez e geometria).


Eu discordo, embora a opção oferecida (não molecular ou atômica) represente uma simplificação soberba e muitíssimo prática.
Se eu fizesse a análise, faria não reducionista por fins práticos.


Res Cogitans escreveu: São teorias mutuamente excludentes, se aceita uma tem que descartar a outra. Ao aceitar a de Penrose você está afirmando que os demais estão errados.


Ai é que está a diferença fundamental de nossos argumentos: eu aceito os argumentos de Penrose como possíveis e científicos, mas não descarto a corrente tradicional.
Não é minha área de pesquisa, não tenho que fazer opções de desprezar uma em detrimento de outra.
Já trabalhei com teorias excludentes, a princípio, que se mostraram necessárias em situações.
Um exemplo “clássico” na física são as teorias de maior “sucesso” de hoje: relatividade e quântica.
Mais uma vez, se for provado que Penrose está errado, eu simplesmente deixo de considerar o que ele apontava.
Não tenho cacife para decidir entre estas duas correntes, como já disse. Não sou da área, apenas me interesso pelo assunto.


Res Cogitans escreveu: Os artigos cientificos são argumentos e basta que os revisores considerem que as premissas fundamentem razoavelmente as conclusões. Você encontrará proponentes de teorias ou intrepretações de resultados diversas num mesmo periódico. Inclusive, obviamente, nos periódicos que Penrose e Hameroff publicaram.


Concordamos.
Abç
Leo

Trancado